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JUPITER

— Chefe, o Gonzalez está morto. — Fala Américo olhando para o cadáver. — Ele sofreu até o último minuto. — Informa pelo telefone, o homem parrudo, com cavanhaque. — Sim senhor... Sem problemas, vamos fazer isso agora. — Américo vira-se para o oriental que está ao seu lado e retransmite a ordem. — O chefe mandou tocar fogo no corpo.

— Américo... Olha o estado desse  corpo. — O oriental fala sem ação. Está estático, em frente ao monumento à morte.

— Vá até a casa e traga o galão com gasolina, e os três extintores H2O. — Ordena Américo, acendendo um cigarro.

Cláudio continua parado.

— O que você está esperando homem? — Américo grita dando mais um trago no cigarro.

— Não quero voltar lá sozinho. — Reclama o oriental.

— Hum, está com medo mariquinha?

— Você não está?— A testa de Claudio transpira a bicas.

— Eu não! E você também não deveria, até por que, esse louco, só está matando quem teve envolvimento ou alguma participação no crime da filha. Graças a Deus, estava viajando. — Américo joga o toco fora.

— Eu, sim. — O oriental passa a mão através dos cabelos.

Américo olha de supetão.

— Puta que pariu homem! E só agora é que você me diz?

— Ela, gritava e lutou muito.

— Homem, o que você fez?

— Ora bolas Américo... O que sempre fiz!  O chefe mandou dar uma sova nela, e quem amacia a carne fresca sou eu, porra!

— Bicho, vamos fazer logo o serviço e se mandar. Não quero ficar perto de você por mais tempo. — Américo, olha a munição da sua pistola.— Você assinou sua sentença de morte!

Os dois, saem de perto do corpo e vão até o casarão, pegam o galão com a gasolina, extintores e voltam.

Claudio está com sua pistola na cintura.

— Agora, que percebi... Os cães... Não os vi. Você os prendeu? — Claudio olha em volta para Américo.

— Lógico que não! Está louco? Não nos afastamos desde que chegamos. Eles devem está presos.

— Antes de sairmos, vamos dar comida a eles?

— Eles se comeram! Depois de três dias não há mais nada deles. — Sentencia Américo.

Já de frente à árvore, eles banham o corpo deformado de Gonzalez com a gasolina e ateiam fogo.

Os olhos deles refletem as labaredas que consomem o defunto.

O cheiro de carne queimada incensa as narinas dos três homens.

— Você, — Drake, aponta para Américo. Os dois pulam assustados para trás. — Pode ir. — Ele está segurando os três cachorros com sua mão direita.

— M-mas, se eu for sem pelo menos uma fratura, serei morto! — Fala assutado o homem parrudo, porque, ele sabe que abandonar um "soldado" à sorte, é traição com a punição de morte.

— O que? Você está debandando para o lado dele?

— Não fui eu quem deu uma sova na filha dele! E morrer por você? É sério isso? Lógico que não!

Drake assiste os dois discutirem.

— Filho da puta!— Claudio, olha para o homem que segura os três cães.

— É com você e a sorte. — Fala o coroa grisalho, olhando para os dois. — Não tenho nada contra sua vida, — Nem Drake e os dobermans, tiram os olhos de Claudio. — Apenas, quero que entregue uma mensagem, para o homem que falava no telefone. — O coroa vira-se para entregar a mensagem.

— Q-qual seria?

— Não há lugar entre os vivos que ele possa se esconder de mim. — Américo, gela com a voz do homem, de cabelos grisalhos.

A forma explicada como ele diz e a certeza na fala, deixa Américo perturbado.

— Pode ir, antes que me arrependa. — Manda Drake.

Claudio, quando pensa em sacar a arma, Drake atira na sua perna.

O oriental geme.

Drake olha para os três dobermans e eles sentam nas folhagens.

Ficam esperando a ordem, grunhindo e impacientes.

Drake começa a surrar Claudio.

— Então você gosta de bater em mulher?

— Eu fui obrigado. — Grita o covarde.

— Morra com dignidade. — Drake pega uma tora que ele tirou de uma das árvores e a confeccionou nesses três dias enquanto esperou alguém reclamar o corpo. — Você vai sentir o que é amaciar uma carne fresca.

— Não! Por favor! — Implora o futuro defunto.

— Estenda suas mãos! — Ordena o coroa. Claudio, reluta.

— Estenda suas mãos! — O grito que sai da boca de Drake, faz com que os cães tenham medo de olhar para seu novo dono.

Cláudio estende se tremendo.

Drake acerta-lhe a mão.

O oriental grita e súplica pela sua vida, mas, de nada adianta.

Drake, literalmente começa a amaciar a carne do corpo do homem, seus dedos, pés, clavícula vão sendo quebrados.

O homem está vivo, lavado de sangue e deformado, quando o coroa para.

Drake faz um gesto com a cabeça, que de pronto é entendido pelos três Dobermans. Os demônios de focinho avançam sobre o homem agonizante, desmembrando o corpo do antigo dono com mordidas vorazes.

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