Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1


Teresa estava terminando de arrumar suas coisas na clínica onde havia estado internada por anos na capital. Ela não sabia quem era, não lembrava de seus familiares, nem de onde viera. As únicas pistas de seu passado surgiam em sonhos. Em muitos deles, aparecia uma menininha loirinha, que a chamava de "mamãe". Sem lembranças de seu verdadeiro nome, ela atendia por Rebeca, nome que lhe fora dado na clínica.

Certa noite, teve um sonho diferente. Nele, conversava com um homem vestido de branco que, com uma voz calma e firme, lhe disse: "Você precisa ir a Doce Horizonte. Lá, encontrará respostas para suas dúvidas e seu passado."

Com essas palavras ecoando em sua mente, Rebeca decidiu seguir o conselho do sonho. Ao se despedir das enfermeiras que cuidaram dela com tanto carinho, sentiu-se emocionada. Todas desejavam boa sorte em sua nova jornada, esperando que ela finalmente descobrisse a verdade sobre seu passado.

— Rebeca, desejo toda a sorte do mundo. Espero de coração que você consiga encontrar seus familiares nessa cidade. — Disse uma das enfermeiras, com um sorriso acolhedor.

— Estaremos sempre aqui, torcendo e orando por você. E, por favor, não se esqueça de nos mandar notícias quando puder. — Completou a outra enfermeira, segurando suavemente a mão dela.

— Muito obrigada por tudo. Sou imensamente grata pelo carinho e pelos cuidados que vocês tiveram comigo durante todos esses anos. — Respondeu Rebeca, emocionada, retribuindo o aperto de mão com sinceridade.

De malas prontas, após a despedida, ela partiu em direção à rodoviária, onde pegaria o ônibus que a levaria a Doce Horizonte, o lugar que, segundo o sonho, traria as respostas que tanto buscava. Durante o caminho, muitos pensamentos tomavam conta de sua mente. Quem ela encontraria em Doce Horizonte? Como procuraria por amigos ou familiares que talvez nem se lembrassem mais dela? Será que alguém a reconheceria?

Uma das enfermeiras, antes de sua partida, havia sugerido que ela procurasse a escola Doce Horizonte, conhecida por ser um lugar acolhedor. "Quem sabe você pode trabalhar lá como professora de educação infantil," dissera a enfermeira, incentivando-a a começar uma nova vida enquanto buscava pistas de seu passado.

A viagem de ônibus parecia interminável. As paisagens se transformavam à medida que o ônibus avançava por estradas cercadas de montanhas e campos abertos. Teresa, ou Rebeca, olhava pela janela, mergulhada em seus pensamentos, enquanto o mistério de sua vida parecia cada vez mais palpável, mas ainda assim distante.

Quando finalmente chegou ao destino, desceu do ônibus e avistou uma pequena estrada que levava até um sítio onde ficava a escola Doce Horizonte. Com uma mala na mão e uma sensação de esperança misturada com medo, ela começou a caminhar. A cada passo, seu coração batia mais forte. O que a esperava ali? Seria esse o lugar onde finalmente descobriria quem realmente era?

Ao se aproximar da entrada da escola, uma construção simples cercada por árvores altas e flores, Teresa respirou fundo, parando por um instante. O vento suave acariciava seu rosto, como se o destino sussurrasse que ela estava no caminho certo. Segurando firme a alça da mala, ela deu o primeiro passo em direção à escola, sem saber que ali, na simplicidade daquele lugar, começaria a maior aventura de sua vida.

Ao entrar na escola, Teresa olhou ao redor, admirando o ambiente simples e acolhedor. Crianças corriam pelos corredores, rindo e brincando, e ela não resistiu a sorrir para todas. Adorava crianças, sempre sentira uma conexão especial com elas. No entanto, nenhuma daquelas crianças se parecia com a menininha loirinha que aparecia em seus sonhos.

Freiras passavam apressadas por ela, e uma delas, uma mulher de sorriso caloroso e olhos gentis, se aproximou.

— Olá! Quem é você? Precisa de ajuda? — Perguntou a freira, com um tom acolhedor.

— Meu nome é Rebeca. Gostaria de falar com a diretora desta escola. Me indicaram este lugar, e eu adoraria ensinar as crianças. — Explicou, com um sorriso tímido e sincero.

— Claro, Rebeca! Vou levá-la até a diretora, Irmã Fabiana. — Disse a freira, que logo se apresentou como Irmã Didi.

Guiada pela Irmã Didi, Rebeca foi conduzida até uma pequena sala de portas de madeira, onde a diretora estava.

— Irmã Fabiana, esta moça gostaria de falar com você. Disse que tem interesse em ser professora na educação infantil. — Disse Irmã, ao abrir a porta e se retirar logo em seguida.

Irmã Fabiana olhou para Rebeca,  a examinando com curiosidade, enquanto um brilho de reconhecimento aparecia em seus olhos.

— Rebeca... parece que já vi você antes, de algum lugar. Você é da cidade? — Perguntou, franzindo a testa.

— Não, quer dizer... na verdade, eu não sei. — Respondeu a loira, com um suspiro. — Não sei quem sou. Estive internada em uma clínica por anos. Disseram que sofri um acidente de asa-delta e fiquei em coma por muito tempo. Me deram o nome de Rebeca porque eu não lembrava meu verdadeiro nome.

Irmã Fabiana ficou em estado de choque. Algo parecia começar a fazer sentido em sua mente. De repente, com um estalo, a memória lhe trouxe uma imagem antiga. Levantou-se bruscamente da cadeira.

— Rebeca, espere aqui por um momento, por favor! — Disse a diretora, apressada.

Irmã Fabiana saiu da sala rapidamente, caminhando com passos firmes até o dormitório das meninas. Aproximou-se da cama de Dulce Maria, onde pegou o porta-retrato que sempre estava no criado-mudo ao lado da cama. Era uma foto de Teresa, a mãe de Dulce, com um sorriso caloroso.

Com o porta-retrato nas mãos, Irmã Fabiana voltou à sala da diretoria e o entregou para Rebeca.

— Veja esta foto. — Disse, quase sem fôlego. — Essa é você, não é?

Rebeca pegou o porta-retrato, olhando fixamente para a imagem. Algo dentro dela se agitou. Seus olhos se encheram de lágrimas, e ela assentiu, confirmando com um gesto leve.

— Sim, sou eu... — Murmurou, surpresa. — Então, eu trabalhei nesta escola?

Irmã Fabiana, emocionada, aproximou-se e a abraçou carinhosamente.

— Então você é a Teresa... mãe da Dulce! — Exclamou, com um sorriso largo. — Eu nunca te conheci pessoalmente, mas conheço muito bem sua filha. E também  seu ex-marido Gustavo. — Ela ficou séria por um momento. — Então você estava viva esse tempo todo?

Teresa, ainda atordoada, se sentou.

— Eu sempre sonhei com uma menininha loirinha que me chamava de mamãe e com um homem de branco que me dizia que deveria vir até aqui. Ele me disse que eu encontraria respostas. Então, eu sou casada? Tenho uma filha?

— Sim, sua filha se chama Dulce Maria. — Respondeu, com um brilho nos olhos. — Ela tem treze anos agora. É uma menina linda. Seu ex-marido, Gustavo, se casou novamente com Cecília, uma amiga minha e ex-noviça. Eles têm um menino chamado Arthur, que está com sete anos.

Teresa sentiu um turbilhão de emoções invadirem sua mente e coração. O nome Dulce soava doce e familiar.

— Dulce... que nome lindo. — Disse ela, com a voz trêmula. — Ela está aqui na escola? Eu não quero estragar a felicidade de ninguém. Não quero perturbar a família de Gustavo ou sua paz. Só preciso saber quem eu sou. Gostaria de ver minha filha, mas não espero que ela me perdoe... ou que me chame de mamãe.

Irmã Fabiana segurou a mão de Teresa com ternura.

— Oh, Teresa, claro que ela vai te chamar de mamãe. E quanto ao perdão, ela sempre falou de você com tanto amor. Não tem como ela não te perdoar. — Disse a irmã, emocionada. — Eu estou tão feliz em conhecê-la! Dulce falava de você o tempo todo, com tanto carinho. Você foi e ainda é muito importante para ela.

Teresa respirou fundo, tentando absorver toda aquela nova realidade. Ainda não estava preparada para encontrar Dulce, mas saber que ela estava ali, tão perto, trazia um misto de alegria e medo.

— Eu só preciso de um tempo para processar tudo isso. — Murmurou a recém chegada. — Não quero que a Dulce me veja antes de eu entender o que realmente aconteceu e como posso fazer parte da vida dela novamente, sem causar dor a ninguém.

Irmã Fabiana assentiu, compreendendo.

— Tome o tempo que precisar, Teresa. Eu estarei aqui para te ajudar. E quando você estiver pronta, Dulce estará esperando por você sempre. — disse com um sorriso reconfortante.

Enquanto isso, no pátio da escola, Dulce Maria estava sentada em um círculo com suas amigas. Valentina, Bárbara, Frida, Duda, Lulu e Lúcia a escutavam com atenção enquanto ela contava, com os olhos brilhando, sobre a festa de aniversário de casamento de seus pais.

— Minha mãe Cecília estava tão linda no aniversário de casamento deles! — disse Dulce, sorrindo. — Meu pai preparou uma surpresa incrível pra ela! Eles dançaram uma música que minha mamãe adora, e eu fiz um discurso, claro, porque sou a filha mais orgulhosa do mundo.

— Deve ter sido emocionante — comentou Valentina, encantada.

— Foi sim! — respondeu, balançando a cabeça animadamente. — Eu amo ver a felicidade deles juntos. Parece que a casa está sempre cheia de amor, sabe?

— E você vai ganhar presentes? Tipo, pelo aniversário deles? — perguntou Lulu, com um olhar esperançoso.

Dulce riu.

— Não, Lulu! Não é meu aniversário! Mas, confesso, só ver o sorriso da minha mãe Ceci e do meu pai já é o melhor presente pra mim.

Enquanto isso, do lado de dentro, Irmã Fabiana observava a cena pela janela da diretoria. Ela se virou para Teresa, que agora segurava o porta-retrato de si mesma.

— Olhe pela janela — sugeriu Irmã Fabiana, apontando para o pátio. — Aquela ali, no centro do grupo, é Dulce Maria, sua filha.

Teresa caminhou lentamente até a janela e, com o coração acelerado, olhou para fora. Lá estava ela. A menininha dos seus sonhos, agora crescida, cercada de amigas, rindo e conversando.

— Ela... ela parece tão feliz — comentou, sentindo um misto de alegria e dor.

Irmã Fabiana, ao lado dela, sorriu com ternura.

— Sim, ela é muito feliz. Cecília e Gustavo cuidaram dela com todo o amor. Mas agora você está aqui, Teresa, e sei que essa história ainda tem muito para se desenrolar.

Teresa deu um suspiro profundo, as emoções se misturando em seu coração. Ela queria abraçar a filha, mas não sabia como ou quando seria o momento certo.

— Eu só espero que Dulce ainda tenha um lugar para mim em sua vida. — Disse, com a voz baixa e cheia de incerteza.

Irmã Fabiana colocou a mão no ombro de Teresa.

— Tenha fé. No momento certo, você saberá o que fazer.

Enquanto isso, na família Lários, Cecília e Gustavo estavam aproveitando um dia tranquilo juntos. Gustavo havia tirado uma folga do trabalho especialmente para passar o dia com sua esposa, comemorando os sete anos de casamento. O clima era leve e repleto de carinho, como costumava ser entre eles.

Na sala de estar, Cecília estava sentada no sofá, sorrindo enquanto observava Gustavo preparar um café. Ele insistira em cuidar dos detalhes do dia, desde o café da manhã até o jantar, e ela simplesmente deixava-se mimar por ele.

— Sabe, meu amor, eu ainda me surpreendo como você consegue me fazer sentir especial todos os dias, mesmo depois de tantos anos — disse Cecília, com um brilho nos olhos.

Gustavo virou-se, sorrindo de volta para ela enquanto mexia o café.

— Sete anos é só o começo, amor. Ainda temos muito para viver e celebrar juntos. E eu quero que cada ano seja mais especial que o anterior.

Ele terminou de preparar o café e sentou-se ao lado dela no sofá, entregando a xícara. Cecília sorriu, aceitando-a com gratidão.

— Sabe — começou ela, pensativa.. — Quando penso em tudo o que vivemos até aqui, parece que foi um conto de fadas. Nós, Dulce, Arthur... Nossa família é tudo o que eu sempre sonhei.

Gustavo assentiu, olhando para Cecília com ternura.

— Sim, temos sorte. Dulce é uma menina maravilhosa, e o Arthur é o nosso pequeno raio de sol. Mas nada disso seria possível sem você. — Ele pegou a mão dela e a beijou suavemente. — Você trouxe luz para as nossas vidas de um jeito que eu jamais imaginei.

Cecília sorriu, emocionada, enquanto os dois trocavam olhares carregados de amor e cumplicidade.

— Eu não poderia estar mais feliz, Gustavo. Você é tudo para mim. — Ela inclinou-se para dar um beijo cheio de amor nele.

O clima de carinho entre eles preenchia o ambiente. Cecília encostou a cabeça no ombro de Gustavo, sentindo-se completamente segura e realizada.

— Sabe, meu amor, acho que a gente poderia tirar mais dias assim, longe do trabalho. O que acha de fazermos uma viagem com nossos filhos? Só nós quatro, como uma verdadeira aventura em família.

Cecília riu, gostando da ideia.

— Parece perfeito, amor. Uma viagem para celebrar o amor que construímos. Vamos pensar em um lugar especial.

Os dois ficaram em silêncio por um momento, aproveitando a tranquilidade do dia. Ambos sabiam que, apesar de tudo estar bem agora, a vida tinha seus altos e baixos. Mas, juntos, eles se sentiam prontos para enfrentar o que quer que viesse.

Será que o retorno de Teresa poderia mudar tudo?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro