Dois
Mariana correu o mais rápido que pode, com uma bolsa grande como aquela era difícil correr. Ainda era bem cedo, e não tinha quase ninguém no ponto de ônibus quando ela chegou, bufando de cansaço. Mas a corrida valeu a pena; assim que pisou na calçada, o ônibus apontou no fim da rua.
Fazia tanto tempo que Mariana não via sua mãe. Seria como voltar no tempo. Voltar a ser criança, quando a vovó fazia brigadeiro em dias de chuva, e contava histórias antigas de terror, enquanto sua mãe cuidava da barraca na feira. O tempo que passou em outra cidade estudando a fez amadurecer, mas ela sentia falta do seu cantinho em Rita de Cassia.
Já no ônibus, ela recordava sua infância, adolescência; seus antigos amigos. Onde estariam?
Levada por pensamentos saudosistas, a bela morena pôs os fones de ouvido, e mergulhou fundo em suas memórias.
"O trem que chega é o mesmo trem da partida...
A hora do encontro é também despedida...
A plataforma dessa estação é a vida desse meu lugar..."
E então adormeceu, embalada por Maria Rita.
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