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🌈VIII. Uma boa metamorfose.

— Jungkook, eu não vou, já pode esquecer. — Proferiu Jimin, inquieto enquanto se remexia no sofá para ajustar seu corpo e sua cabeça que possuía o colo de Jungkook como travesseiro.

Não fazia meia hora que haviam levantado da cama para continuarem o dia juntos fazendo nada de importante, apenas trocando carícias, palavras bonitas e encorajamentos — esses saíam da boca de Jungkook, que estava embirrando para que Jimin o acompanhasse em seu trabalho naquele dia. Para o loiro estava ótimo se fosse mesmo só isso, entretanto, o Jeon dissera que ele não só o acompanharia como também cantaria lá. Jimin jurava de pé junto que não sairia dali nem que fosse forçado.

A ideia de cantar parecia tão errada aos olhos de seus pais que, com o passar do tempo o medo que contraiu por não saber se seria muito bem aceito em um palco de verdade passou a atormentá-lo silenciosamente, como se o corroesse por dentro. Quando mais novo, Jimin treinava somente quando seus parentes não estavam em casa e, embora fizesse seu máximo, nunca achava que tinha uma voz boa o suficiente para o canto.

Mesmo assim, não conseguiu parar. O Park sentia-se perseguido pelo seu próprio sonho, mas não de uma forma necessariamente ruim. Era ótimo, e ele adorava tirar dez minutinhos do dia para entrar na sua bolha confortável e começar a praticar, começar a se sentir confiante.

Ele amava usar a voz para expressar seus sentimentos mais profundos que não tinha coragem alguma de externar, porém, se apresentar em um palco cheio de gente era um pouco demais para Jimin. E se o público não achasse sua voz bonita? E se pedissem para parar de seguir seu sonho assim como seus pais fizeram?

Jimin não sairia daquele sofá.

Jungkook trouxe sua mão livre para fazer um cafuné no mais velho, já que a outra estava apoiando sua cabeça. Sabia que o Park tinha todo o direito de escolher não ir, mas faria o máximo para que ele acabasse indo. Sua meta era deixar o grande amor da sua vida feliz e seguro de si e moveria mundos e fundos para que isso acontecesse.

— Certo, você está certo. Como eu posso te persuadir se nem ao menos escutei sua voz direito? — Trilhou o rosto um pouco gordinho até que chegasse nos lábios rechonchudos para deixar uma carícia. — Pode cantar pra mim? Qualquer coisa que você quiser. — Disse, antes de dar um pequeno sorriso.

— Jungkook, não sei não… — O loiro fraquejou, desvencilhando a troca de olhares que mantinha com o outro. De alguma forma, algo o impedia de fazer as coisas que queria e, ainda era um tanto difícil fazer aquilo sem sentir um nervosismo surreal.

— Por favorzinho? — Pediu, fazendo um biquinho fofo que logo selou os lábios rosados do Park em uma descarada súplica. Jimin torceu-os logo depois, estava pensativo. — Vamos fazer assim? Eu não preciso te olhar, só escutar. — Cobriu os olhos e murmurou um “pode começar”.

— Jungkook, eu não sou uma criança. — Ditou enquanto gargalhava e desferiu um tapinha no braço do outro. Por mais besta que fosse aquele ato do mais novo, Jimin sabia que se sentia um pouco mais confortável daquela forma.

— Vai, você consegue. Aposto que canta como um anjo. — Proferiu e sorriu. Mas, não foi um sorrisinho mixuruca, não. Foi o sorriso mais lindo que Jimin já havia visto em toda a face da terra, uma verdadeira cura para toda a tristeza e insegurança do mundo, uma pérola.

O loiro então, respirou fundo, olhou para qualquer ponto fixo que o distraísse naquele momento — o céu parcialmente nublado do começo da tarde —, puxou toda a pouca coragem que tinha lá de dentro e finalmente, cantou.

Neodo apeujanha 'cause you’re mine
I just want to blow your mind
Ileohge neon tto meol-eojyeo man ganeunde
Amuleohji anh-eunde
Geuleohge malhaneunde
Sasil-eun naega geuge aninga bwa
I want you to be your light, baby
You should be your light
Deoneun apeuji anhge
Nega useul su issge
I want you to be your night, baby
You could be your night

Àquela altura, Jungkook não sabia nem mesmo o seu nome, já havia parado de cobrir os olhos e Jimin mal havia percebido, mas quando o fez, ficou surpreso e arregalou os olhos logo depois de ter terminado de cantar um trecho de uma música na qual havia se identificado bastante. Não soube qual direção tomar, o Park simplesmente não sabia decifrar que expressão era aquela no rosto do Jeon.

Ficaram ali, trocando olhares até que Jungkook mexeu a boca em silêncio, como se buscasse palavras. Jimin ficou preocupado, então sentou-se de frente para o outro.

— O que foi, Jungkook? Diga alguma coisa, foi tão ruim assim? — Perguntou, um pouco eufórico e parecendo estar realmente nervoso.

O mais novo olhava-o maravilhado, acomodou o rostinho do Park com as mãos e começou a balançar a cabeça em negação como resposta, ao mesmo que sorria como um besta que era por Park Jimin.

— Foi lindo, você é lindo, sua voz é linda, tudo seu é lindo, Park Jimin. — Disse, começando a beijar o rosto do outro repetidamente, que riu alto da maneira como Jungkook gostava, com os olhos em formato de riscos. — E eu não consigo acreditar que toda essa essência única é minha. — Completou, deixando Jimin um pouco desnorteado.

— Nossa, eu fiquei tão preocupado… — O loiro proferiu, rindo nervoso ao final da frase enquanto mantinha o olhar em seus dedos com alguns anéis. — Pensei que me acharia uma piada. — Esclareceu, sorrindo fraco.

— Jimin. — Chamou, segurando no queixo do mais velho para que o mesmo não fosse desvencilhar o olhar dessa vez. — Eu nunca acharia isso, você é tudo pra mim e o que eu mais quero é te ver feliz, não tenha dúvidas sobre isso, ok? — Questionou, dando um selinho por fim. Jimin balançou a cabeça e sorriu, como se fosse o homem mais sortudo do mundo por ter alguém tão precioso como Jeon Jungkook.

— Eu te amo, sabia?

— Eu sei porque sinto o mesmo, meu anjo.

(...)

Então, Jimin estava ali no backstage, suando frio como um porco, do modo que ele gostaria de dizer aquela hora. Dançarinos da boate iam e vinham apressados ao seu redor, contudo o seu gogo boy estava consigo, marcando presença e tentado o deixar confiante diante a ocasião. Mas, entendam, era tudo muito apavorante para o Park. O loiro sentia cada célula em seu corpo afogar num poço de medo; receio de que tudo dê errado e que as pessoas não gostem de sua voz.

Nunca antes estivera apresentando seu canto diante a um grande público, e aquele fator o deixava ansiosamente preocupado desde que fora convencido por Jeon a vir até ali, visto que o moreno conseguiu com o dono da boate um pequeno espaço para Jimin se apresentar no palco principal. Agora, o loiro mantinha os seus olhos abaixados, totalmente vulnerável e sem nenhum pingo de confiança já quando a última performance dos gogo boys era apresentada no palco. O Park se comparava com um grande fracassado. Aquele era o seu sonho, não era? Mas o seu maior sonho também se igualava ao seu pior medo, e isso era aterrorizante.

— Ei, bebê, se você não tem certeza, não precisa se forçar. — Ouviu a voz mansa do moreno a sua frente, logo após este tocar seu rosto e fazer olhá-lo. Jimin queria fazer aquilo, mas seu coração estava mais do que acelerado. — Mas se você quer, não tem nada que te impeça, meu anjo. A vida é única e curta demais para que deixemos as oportunidades passar por medo. Jimin é incrível, Jimin tem uma voz linda e Jimin pode! Esse é o seu mantra de hoje. — O moreno encorajou, e Jimin riu um pouco porque, poxa, Jeon Jeongguk é o homem mais espetacular que o loiro já viu na vida, embora o mesmo tenha o conhecido de um modo tão improvável e com várias chances de dar errado.

Mas, agora Jeon estava ali consigo, o ajudando a conquistar seu sonho como se o mais jovem o tivesse tomado como dele também. Talvez eles tinham virado um só sem que nem mesmo percebessem.

— Você vai estar aqui quando eu voltar? — Indagou assim que puxou o mais novo pela nuca, a fim de o manter mais perto, à medida que tentava deixar a respiração mais calma.

Com o seu questionamento, as mãos quentes do Jeon desceram até o quadril do Park e descansaram ali, até que o moreno beijou calmamente a bochecha do outro, como se tivessem todo o tempo do mundo para aquilo, e o loiro sentiu o sorriso do mais alto contra a sua pele. Tudo no moreno exalava tranquilidade, e o seu estado de espírito contribuiu para com o do mais velho.

— Eu vou estar na platéia, meu anjo, tudo para te aplaudir de pé. Você é o meu maior orgulho em qualquer decisão e caminho que você tomar. — Os pêlos de Jimin se eriçaram por inteiro ao ouvir tal declaração. O fitar do outro era profundo sobre o seu, e os dedos alheios acariciavam seu quadril, o transbordando num sentimento nobre qual o loiro sabia ser, sem sombra de dúvidas, amor. E não era cedo para que tivesse aquela confirmação. — Quando sentir medo, olhe para mim e finja que só vê a mim ali, pois eu estarei lá por você.

Caramba, o Park estava tão extremamente apaixonado por ele, que nem mesmo teve tempo de ter uma reação diante as suas palavras. Jeongguk não sabia que, mesmo tendo milhões de pessoas ao redor do mais baixo e ainda contendo uma aliança em seu dedo, o loiro só tinha olhos para ele. Jeongguk roubava toda a sua atenção porque só era a ele quem Jimin queria ao seu lado.

— Park Jimin, vamos, você é o próximo. — E quando uma voz doce e feminina, pertencente a mulher que gerenciava as apresentação na boate,  chegou ao seu alcance,  Jimin nem mesmo se assustou. O mesmo estava pleno. Jeongguk o fazia mais forte.

Foi com o anúncio da mulher morena vindo de detrás do mais velho, que Jeongguk o atacou afoito, levando suas duas mãos até o  maxilar alheio e beijando a boca do loiro como se sua vida dependesse de tal ato, o tirando total fôlego e qualquer resquício de consciência. Jimin sabia que precisava ir, mas ainda amava estar nos braços dele. Contudo, assim que o maior riu nasalado e, com um último selinho, o mandou ir, que o mais velho apenas sorriu e assentiu com a cabeça. Ambos os olhos ainda se mantinham grudados um no outro, embora eles se afastassem cada vez mais à medida que a mulher de sorriso doce acompanhava o Park até a entrada do palco.

— Ju, ninguém nunca me disse algo tão verdadeiro quanto as suas palavras. — Proferiu alto, ainda andando de costas, e o mais novo sorriu grande, capaz de iluminar uma cidade inteira com tamanho brilho. — Eu te amo. — Essa última parte Jimin sibilou, tendo certeza que ele o entenderia, antes que seu nome fosse anunciado e o loiro tivesse que entrar de modo definitivo no palco, sem nem mesmo ter visto a reação do amante.

E, acompanhado de um cara com um violão ao seu lado, seus amigos patetas gritando o seu nome na platéia, pessoas assobiando e os olhos atentos de Jeongguk sobre si, que o Park fechou os olhos por um segundo, antes de abrir calmamente a boca e deixar o seu canto suave e melódico soar ao vento, ganhando atenção imediata dos clientes de modo que todos passaram a gritar animados e incrivelmente encantados, enquanto o dono da voz bonita via os mirantes brilhantes em orgulho de Jeon o passar ainda mais felicidade.

Jimin cantava com a alma, sentia com o coração, e, quando os últimos acordes chegou, e todos o aplaudiram com emoção, que o Park se sentiu em um êxtase mais do que profundo, arrebatador. Agora ele sabia, ele era capaz de ser e conseguir tudo o que  quisesse, bastava confiança e ter as pessoas certas ao seu lado, as quais o loiro já tinha.

——💗💖——

O barulho alto tomava os seus tímpanos com proporção e, embora soubesse ser ligeiramente fraco para aquilo, Jimin tinha um drink em mãos e o virava goela a baixo todas as vezes que sentia a necessidade de ter mais uma dose de álcool correndo livremente em suas veias. O loiro sentia-se alto, e os seus amigos tico e teco estavam ali consigo, dançando ao seu redor como se não houvesse amanhã, então o Park poderia confirmar que, agora, ele se sentia incrivelmente mais vivo e feliz.

Contudo, quando o som se findou nas caixas de som do DJ e todos fizeram um barulho descontente em uníssono, Jimin não ficou tão decepcionado, afinal era anunciado que o seu gogo boy entraria bem aquela hora para uma mais nova performance, e o loiro estava mais entusiasmado em manter os olhos no palco, a fim de que pudesse apoiar o moreno como este o fez consigo na hora da sua apresentação, que o fez sentir-se fantástico. Assobios e gritos se intensificaram quando o homem alto com carinha de bebê subiu até a plataforma mais alta, arrancando suspiros por sua beleza de tirar o fôlego. E o loiro poderia estar enlouquecido, assim como todos os outros, mas ele deixava o alarde de lado para que apenas um sorriso encantado adornasse seu rosto levemente rechonchudo.

Todos ali tinham a chance de ver Jeongguk seminu e desenvolvendo passos sexuais com maestria, mas nenhum deles conhecia aquilo de mais importante no Jeon. Só o Park tinha a entrada vip no coração do moreno e tinha consciência do quão incrível aquele homem era.

Foi assim que a música de batida viciante e de vibe sensual começou a soar em todas as direções, pedindo por mais gritos e delírio da platéia assim quando o mais novo começou a executar movimentos sugestivos e profanos demais para que Jimin não se sentisse endurecer por baixo das calças justas. Certo que no envolvimento deles continha algo mais sério e emocional, mas o Park não podia negar que as coisas entre ambos estavam mais quentes e carnal do que tudo, ainda mais depois do dia qual eles finalmente chegaram ao ponto de praticamente se fundirem em um só.

Aquela manhã foi tão fantástica e memorável que, só em ter um resquício de memória daquele acontecimento, Jimin já sentia algo ardente se fazer presente em suas entranhas e arrepiar todos os pequenos pêlos distribuídos em seu corpo. Ele desejava o Jeon mais que tudo em sua vida. E vê-lo dançando naquele palco com a maior confiança e sedução possível, por saber muito bem como fazer e o que fazer, deixava Jimin numa nostalgia profunda por lembrar do dia qual se conheceram e Jeongguk praticamente fingiu o foder ali em cima, em frente de uma massa enorme de pessoas. Aquilo foi insano e, mesmo que Jimin tivesse se odiado tanto por dias por conta daquele momento e se praguejado por ter deixado que aquilo tivesse acontecido, agora ele via que foi um dos melhores acontecimentos que poderia vir a calhar para si.

Jimin não se arrependia de nada.

— Puta merda, Park Jimin, eu também queria ter tirado a sorte tão grande assim. Que homem gostoso da porra! — O loiro foi tirado do seu torpor quando ouviu Taehyung gritar sobre o barulho presente no local, fazendo Jimin perceber que o mais alto nem mesmo desviava o olhar do seu moreno seminu.

Todavia, apenas revirou os olhos fazendo pouco caso da histeria do amigo. Afinal, foi ele quem tirou a sorte grande mesmo, e ninguém poderia contestar aquilo.

— Cala a boca, Tae, que eu tô sabendo que você anda pegando o solzinho do Hoseok enquanto ainda está de rolo com o carinha do 203. Você nasceu com a bunda virada pra lua também. Tem dois macho de uma vez só. — Seokjin se pronunciou risonho, o que fez Jimin girar a cabeça em direção dos amigos como se fosse a própria boneca Annabelle, quase que fuzilando os outros dois com os olhos, quando o Kim mais velho era estapeado por Tae, que o chamava de “bocarudo”.

O loiro sentia-se traído. Quando Kim Taehyung o contaria que todas aquelas briguinhas idiota com Hoseok era só fogo no rabo e que, na verdade, eles queriam fazer “oba oba”?

— Ora, Ora, meu consagrado, quando que você iria me contar sobre esse rolo aí? Não tem vergonha na cara de ser um amigo falso e nunca me contar nada? — Jimin fez uma expressão chateada para o mais alto, que fez carinha de cachorro. Qualé, Taehyung sempre queria o esconder tudo, e isso não é papel de melhor amigo.

A música continuava alta, mas Jimin estava pouco ligando para a dificuldade na comunicação entre eles. O mais baixo só queria tirar aquilo a limpo.

— Não esquenta, okay? Só foi uns beijinhos e a gente acabou transando naquele dia que eu encontrei vocês dois jantando juntos. Só isso. — Deu de ombros, e o Park semicerrou os olhos. Ele falava aquilo como se estivessem conversando sobre qual sabor de pizza é  mais gostoso.

— Você nunca me conta nada. Eu me sinto traído. — Fez drama, o que era culpa do álcool em seu sangue, tá okay?

Ouviu Jin rir e Taehyung revirar os olhos. Mas ele tinha o direito de ficar chateado, seu amigo mal o deixou saber de suas aventuras amorosas e macabras...afinal, era muito de se questionar as escolhas de Kim Taehyung, visto que ele tinha um gosto bem eclético pra macho. Quem pega um gótico e um cara hiperativo feliz demais ao mesmo tempo? Aquilo era uma loucura.

— Você não está no direito de reclamar, Park Jimin. — Resmungou, cruzando os braços, então Jimin o olhou incrédulo. Como ousa? — Eu não queria atrapalhar seus rolos com o gogo boy. Vocês só vivem grudados e tudo o que acontece com você, ele é o primeiro a saber. Afinal, não foi eu que transei anteontem e não contei para os meus amigos também! Pensa que eu não percebi você mancando quando fui na sua casa ontem? Aposto que até a Somin percebeu, safado. — Fez uma cara maliciosa, e Jimin arregalou os olhos. Céus, as suas acusações estavam se voltando contra si.

— Como assim você deu para o Jeongguk, Jimin?!!! — Seokjin quase se engasgou com a bebida, o que deixou o Park nervoso.

— Pois é, Hyung, ele sentou gostoso na boneca! — Meu Deus, de onde Taehyung tirava aqueles termos inconvenientes? Que vergonha, caralho. — Meus olhos são de águias, Jimin-ssi, não sou bobo. Foi vergonhoso te ver dar desculpinhas bobas por não conseguir sentar direito na hora do almoço ontem. Então, pasmem, estamos quites, bitch. — Fez uma dancinha ridícula com as sobrancelhas, enquanto Jimin se engasgava com a própria saliva.

Queria se enfiar num buraco aquela hora
.
— Você é uma vadia, Kim Taehyung! — Acusou, e o outro gargalhou debochado.

— Nunca disse que não era, meu amor.

(...)

*Um mês e meio depois*

Naquela manhã de domingo, Jimin levantou-se com uma ressaca daquelas. Sabia que não tinha enchido a cara, mas se recordava de ter “quebrado tudo” de tanto dançar a noite inteira, o que vinha acontecendo muito ultimamente. Estava satisfeito com aquela reviravolta impressionante em sua vida, porém o faltava resolver algumas questões pendentes: o seu casamento com Somin. Não se orgulhava de trair a mulher, como também não se sentia confortável em dividir uma cama de casal com a mesma.

Apesar de saber que sua esposa era uma raposa de marca maior, o Park não tinha nada sobre reclamar dela. Tinha lá as suas futilidades, mas sempre foi uma boa companheira com quem pudesse contar. Esperava que, no final de tudo, a mulher continuasse sendo uma boa amiga.

Foi quando finalmente abriu os olhos e avistou a claridade entrando em seu quarto, que suspirou fundo quando se deu conta de que a morena não dormia ao seu lado, mas o fitava com uma expressão serena do batente da porta. Ela sabia que Jimin tinha passado a noite fora novamente, — como nos últimos meses vem acontecendo —, mais especificamente com seu antigo amigo da faculdade de dança.

O porém era que, desde que Jimin, com a sua voz, passou a fazer sucesso na boate onde seu amigo trabalhava, há exato um mês e meio, que o loiro não parava em casa, tampouco ia para o escritório de advocacia dele, visto que o mesmo passou a ganhar uma boa grana com o seu canto.

— Gosto de te ver assim, Jimin... — Ela comentou, com os braços cruzados sobre os seios fartos, ainda de camisola, assim que o loiro sentou-se na cama. — saindo para beber, se divertindo com os amigos. Gosto de te ver vivendo a vida, fazendo aquilo que gosta… — Ela falava com tanta tranquilidade, que Jimin temia que ela imaginasse que ontem mesmo ele foi pego pelo segurança da boate se beijando no banheiro com Jeongguk depois que teve uma crise de ciúmes. Foi vergonhoso da sua parte, mas não pôde evitar ao ver seu homem agarrando uma aniversariante no palco como se sua vida dependesse daquilo.

— Por que você está falando assim? — Franziu o cenho. O fato não era que estranhasse Somin feliz por sua alegria, mas há algum tempo que vem percebendo o modo que ela passou a agir consigo. Há semanas que ela não insiste mais por toques ou atenção sua. De quase cinco meses passado do casamento, a união está mais fria do que as geleiras da Antártica.

— Não posso estar feliz por você ter encontrado alguém que te faça feliz?

O coração de Jimin palpitou naquele exato segundo. Ela estava insinuando algo?

— O quê?

— Eu só estou querendo dizer que amo a sua amizade com Jeongguk. Não poderia imaginar que o convidar para o nosso casamento mêses atrás fosse o  fazer se aproximar de você nessa proporção. — Ela estalou a língua no céu da boca, e Jimin saltou da cama. Tão estranha…

— Que bom que você acha isso. — O loiro falou, tentando não parecer desconcertado, à medida que fazia caminho até o banheiro.

— Depois eu quero conversar com você. — Ainda foi capaz de ouvir a voz doce da mulher assim que entrou no cubículo do banheiro, tremendo em antecipação. — Mas agora só queria te avisar que temos visita hoje. — E o Park não quis se importar com aquele detalhe final antes de bater a porta, hiperventilando.

E, quando Somin afirmou que teriam visita aquela manhã, o Park não imaginava que fosse Jeongguk entrando por sua porta com a maior cara lavada de todos os tempos. Ele sorria, e, mesmo tentando disfarçar o quão bobo Jimin era por aquele homem, o loiro apenas abriu espaço enquanto a morena vinha da cozinha, terminando de pôr a mesa para o almoço, e indo agarrar o mais alto, naquela comoção de sempre que acontecia todas as vezes que ambos se reencontravam.

Aquele seria um longo dia, conseguia prever.

Jeongguk já agia como se fosse de casa, e o Park se pegou perguntando se o outro homem não se sentia mal por trair a melhor amiga de universidade dele pegando o marido dela. Bom, Jimin não conseguia dizer, pois ele se sentia um cafajeste por fazer isso, mas não tinha muito o que mudar quando amava tanto o Jeon que não conseguia imaginar-se sem ele que seu coração apaixonado parecia preste a parar. Enfim, o que lhe restava era o divórcio e a esperança de que Somin não tentasse o matar após a descoberta.

E assim se passou o almoço e o início da tarde, mas antes mesmo que pudessem deixar a mesa, a morena pareceu um pouco curiosa demais sobre eles dois, e o loiro não tinha certeza se Somin estava apenas sendo levada a entender mais sobre a amizade de ambos.

— Eu ainda não consigo entender muito bem… — Ela iniciou, se jogando um pouco mais na cadeira ao lado de Jimin enquanto encarava Jeongguk. — Esse grude de vocês foi meio repentino. JK nem mesmo era assim comigo na época da faculdade, não tem como eu ficar menos enciumada. — Ela riu, descontraída, mas o Park, alarmado como era, tinha o coração batendo na boca. Contudo, Jeongguk aparentava plenitude e controle da situação.

Jimin tentava acreditar que não deveria ficar tão temeroso, mas toda mentira tem perna curta.

— É meio difícil resistir ao Jimin, sabe? Ele é um cara incrível, simplesmente perfeito para ter ao lado. — Jeon sorriu de lado, sendo cínico, sem olhar o loiro uma vez sequer enquanto mantinha os mirantes sobre Somin. O Park se perguntava se ele não possuía um pouquinho de remorso por estar fazendo aquilo com a amiga. — Jimin é um bom amigo.

— Se eu não te conhecesse, diria que você está apaixonado pelo meu marido. — Fez piada, e Jimin, após um silêncio quase constrangedor, se alertou e começou a rir do que a morena falou, mesmo que aquilo não tivesse sido nenhum pouco engraçado para si. — Bom, não seria um problema ver vocês se pegando. Sabe, meu antigo espírito adolescente de fujoshi ainda habita em mim.

Aquele momento, Jimin se encontrava hiperventilando.

— D-do que você está falando, Min? — Se pronunciou, praguejando-se por ter gaguejado enquanto se remexia desconfortável na cadeira. — Não diga asneiras!

— O que foi?! Toda mulher ama ver dois caras se pegando, é normal! — Riu, fazendo Jeongguk rir junto. — Olhe para vocês dois. Juntos é tesão puro. Sabe, eu amava ver Jeongguk pegando os boys no campus da universidade. Era excitante. — Bom, Jimin não gostou daquele comentário final, e logo sua expressão se fechou ainda mais.

— Você não se sente estranha por imaginar seu amigo me pegando?

— Por céus, Jimin, eu não fecho os olhos para o óbvio. — Somin ficou séria de repente. — E o que está claro aqui é que vocês seriam um casal de dar inveja. Tipo Hoseok e Taehyung! Você sabe que o Hobi está junto daquele seu amigo, não?

Jimin estava levemente assustado com aquela conversa.

— Sim…

— Eu shippo muito eles dois. — Ela estava mais do que animada, eufórica. — É bom saber que aquele ódio todo entre os dois era apenas amor.

— Eu não sabia que você era tão mente aberta assim, Somin.

— Tem muitas coisas que você ainda não sabe sobre mim, Jimin. — Falou simplista, levando o Park a arquear as sobrancelhas.

A partir daquele dia, Jimin passou a desconfiar que a morena sabia mais do que ele imaginou que ela soubesse.


Oi oi, como estão?

Eu acho que tenho algum problema com as quintas pois eu sempre esqueço de att a fic nesses dias KKKK MDS, vou entrar em surto.

But, enfim, aqui estou eu. A fic está chegando ao fim, então se você tem algo para reclamar, fale agora ou cale-se para sempre:

Tchauuu

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