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12 Você me entende

S/n: Acabo ficando corada com o que ele acabou de falar, sua mão macia continuava tapando minha boca, tentei puxa-la mas foi em vão.

Lee Dong Min: -Não vou soltar –sussurro em seu ouvido.

S/n: Então só tem uma maneira mas acredito que vou estar morta depois de fazer. Fico pensando até que tomo coragem e mordo a palma de sua mão.

Lee Dong Min: -Ai! –falo retirando a mão de sua boca –Você me mordeu?

S/n: -Eu moidi-falo fazendo uma voz fofa –Era a única solução –respondo correndo para a cozinha –Oppa, tem uma coisa virando aqui.

Lee Dong Min: -O molho! –exclamo desesperado, estava brincando com S/n e acabei esquecendo do mundo –Eu vou me trocar e já volto, até porque alguém me sujou, não é?

Terminamos de aprontar o almoço, como o molho havia virado Dong Min o fez mais uma vez e creio que este havia ficado ainda melhor. Coloquei a mesa como na última vez que comemos juntos e ele serviu a bela massa acompanhada do molho e as almôndegas.

Lee Dong Min: -Está bom? –pergunto antes de provar queria saber a opinião de S/n.

S/n: -Delicioso-falo observando sua cara de aliviado como daquela noite –Mas claro, praticamente fui eu que cozinhei –brinco me gabando o deixando bravo.

Lee Dong Min: -Oque mais você vai mentir? Vai falar que fui eu que comecei a guerrinha de farinha e que fui eu que te sujei toda?-brinco fazendo que estava irritado.

S/n: -E que você queria me prender aqui-respondo rindo.

Lee Dong Min: -Mas isso não é mentira, eu vou te prender aqui –falo me voltando para o prato, o resto do almoço foi em silencio constrangedor.

[...]

S/n: Após o almoço lavamos a louça e a guardamos logo fomos para a sala e lá ficamos conversando por um tempo, sobre nossa infância, sobre as burradas que fizemos enquanto nos tornávamos adultos. Dong Min tinha um astral tão bom, longe do ambiente de trabalho ele é doce e calmo mas ao mesmo tempo falava coisas e lançava olhares que me deixavam um tanto envergonhada.

Lee Dong Min: -Vinho? –pergunto perto da adaga, ela nega nervosa com a cabeça.

S/n: -Nunca mais toco nessa bebida roxa.

Lee Dong Min: -Não seja por isso-falo pegando uma garrafa de vinho branco –E este?

S/n: -Você realmente vai beber agora? –pergunto preocupada –Dong Min, você adora vinho, não é mesmo?

Lee Dong Min: -Você está certa –falo largando a garrafa no lugar onde estava –Vamos ver um filme? Acho que deve ter alguma coisa que preste no Netflix- digo pegando o controle da TV.

S/n: -Anime? –pergunto animada.

Lee Dong Min: Qual? –falo lhe entregando o controle, ela então coloca em Tokyo Ghoul –Bin adora esse anime, ele gosta dessas coisas sangrentas.

S/n: -Também gosto, é um dos meus animes favoritos.

Lee Dong Min POV: Estávamos maratonando aquele anime que um dia parei para assistir com Bin de tanto que ele falava do mesmo. S/n parecia animada e estava se divertindo enquanto as cenas sangrentas rolavam na TV, após algumas horas terminamos de assistir.

Lee Dong Min: -Nossa, fazia tempo que eu não parava pra ver anime-falo impressionado desligando a TV.

S/n: -Sério? Não me julgue mas eu sou uma otome-falo rindo –Sempre que posso maratono algum anime.

Lee Dong Min: -Eu prefiro ler no meu tempo livre-falo lançando um olhar para as estantes cheias de livros –Eu peguei esse hábito com a minha mãe, ela sempre lia pra mim.

S/n: -Entendo, quando você toca em algum livro que sua mãe lia você se lembra dela, não é mesmo? –falo vendo seu olhar concentrado no chão, ele balança levemente a cabeça – Isso nós temos em comum, meu pai também costumava ler pra mim e eu tinha muito orgulho dele ser jornalista-falo me lembrando de todas as vezes que lia as matérias dele para me acalmar e me lembrar dele.

Lee Dong Min: -Seu pai era jornalista? –pergunto surpreso, ela então concorda com a cabeça –Por isso que você se tornou uma?.

S/n: -Sim, sempre gostei de escrever e quando descobri que meu pai havia deixado um dinheiro pra minha faculdade, eu decidi prestar vestibular para a mesma universidade que ele se formou e acabei vindo trabalhar no mesmo jornal que ele começou a carreira.

Lee Dong Min: -Está seguindo os passos dele-falo admirado –Mas você está feliz por ter feito isso? –foi uma pergunta boba pelo jeito que ela riu.

S/n: -Claro que sim estou fazendo algo que amo e também, conheci pessoas maravilhosas no caminho e continuo conhecendo –falo sorrindo.

Lee Dong Min: -Eu gosto de escrever, gosto de comandar o jornal mas parece meio forçado, entende?-digo e ela acena calmamente com a cabeça –Então, eu me formei em jornalismo porque meu pai queria assim mas na verdade eu cheguei a estudar música escondido e quando ele descobriu, cortou minhas asas.

S/n: -Você trabalha com algo que não se sente confortável porque isso lhe magoa, é como se você quisesse seguir seu próprio caminho mas não consegue porque tem que agradar a todos a sua volta-falo fazendo uma pausa e logo continuo –Você sabe que se seguir o seu coração, se tentar fazer oque ama todos irão apontar o dedo e lhe jugar até que você consiga sucesso com oque ama.

Lee Dong Min: -Como? Como você consegue ser tão perfeita? –pergunto a fazendo ficar levemente corada até rir.

S/n: -Não sou perfeita.

Lee Dong Min: -Claro que é, você me entende completamente-falo me levantando –Quer comer alguma coisa?

S/n: -Sim, também estou com fome –falo o acompanhando até a cozinha.

Preparamos alguns sanduiches e bebemos limonada junto, Dong Min estava no terceiro sanduiche quando pergunto:

S/n: -Como que você consegue ser magro?-pergunto espantada, ele então me olha levemente irritado.

Lee Dong Min: -Tá me chamando de esfomeado?-falo bravo mas logo rio –Não sei, sempre gostei de comer e nunca tive problema em engordar.

[...]

S/n: Após lancharmos Dong Min pegou seu violão que estava em um dos cantos da sala e fomos até a mesma árvore que tinha a casinha. Ficamos deitados embaixo da grande sombra que a mesma fazia, Dong Min dedilhava o violão fazendo uma doce melodia sair do instrumento.

S/n: -Não sabia que você tocava violão-falo impressionada.

Dong Min: -Eu aprendi escondido, Sanha um amigo de Jinjin me ensinou algumas coisas e o resto aprendi na prática.

S/n: -Você toca bem mas tá me deixando com sono –falo rindo

Dong Min: -Durma no meu colo então-falo retirando o violão para o lado, ela me observa perplexa –Que foi? No dia do filme você dormiu feito um anjo no meu colo.

S/n: -Eu estava bêbada-disparo nervosa sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas.

Dong Min: -Deite logo, estamos sozinhos aqui-falo tocando seu ombro e sussurro –Não precisa ficar vermelha ao meu lado, só deite.

S/n: Concordo calmamente com a cabeça e deito a cabeça em seu colo fechando os olhos sinto os seus dedos percorrerem meu cabelo fazendo carinho, então me aninho ainda mais em seu colo e adormeço.

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