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Chapter twenty eight

Voltei cambada, sentiram saudades? Sei que sim.

Vejam como é o terno Militar, meu marido esta usando para vocês imaginarem melhor:

Boa leitura!

Jeon Jungkook

- Eu amo você. - Beijo seu rosto demoradamente e Jimin solta um leve suspiro entre os lábios.

Vou até nosso closet, no outro cômodo, visto meus coturnos pretos, calça preta e jaqueta de couro, também coloquei minhas luvas.

Olhei-me no espelho, coloquei meu capuz em minha cabeça e sorri.

Eu adiei esse momento por muitos dias...

Jimin não acordaria por enquanto, não depois de tudo o que fizemos ontem, ele está muito cansado e eu não estou muito diferente, mas para isso eu tenho uma disposição enorme, arrumo forças de onde não tem.

Seria agora ou nunca.

Era de manhã, 05h25AM para ser exato, o sol nem mesmo apareceu ainda embora o céu esteja clareando.

Destranquei o portão de casa e saí, caminhei por um bom tempo, eu não queria vir de carro por isso o deixei em casa. Passei por várias pessoas que estavam indo trabalhar, algumas correndo sozinhas ou com seus cães, cumprimentei algumas delas.

Até mesmo ajudei uma senhora a atravessar a rua.

Parecia ser apenas uma manhã normal.

Eu cheguei até meu ponto de destino, olhei para meu telefone e lá estava o endereço dele.

Encaro a casa poucos metros à frente, eu conseguia ouvi-lo andar pela casa, parecia apressado, talvez estaria se preparando para sair e ir para o trabalho, pena que hoje não irá. Um carro passou, eu atravessei a rua chegando exatamente em seu gramado, encostei-me na parede e dei algumas batidas na porta.

"Quem será uma hora dessas?"

O ouvi descer as escadas.

"Não tem ninguém ali..."

Eu estava com nojo e raiva da sua voz.

Ele pareceu querer subir novamente, mas eu bati mais uma vez.

Dessa vez, ele veio abrir a porta e assim que abriu, eu não esperei mais nenhum segundo e agarrei seu pescoço prendendo-o contra parede.

O alfa bem menor que eu.

O desespero em sua feição me fez rir enquanto eu negava com a cabeça, com a mão livre, eu fechei a porta e o encarei.

- O que você quer? O que está fazendo na minha casa? - Apertei minha mão em torno de seu pescoço e o vi ficar vermelho.

Ele segurava meu pulso e tentava se soltar, seu desespero era tão engraçado.

Eu o joguei contra o chão e ele puxou fortemente o ar pela boca recuperando todo o fôlego.

Suas roupas eram exatamente a de seu trabalho, como eu sei? Jimin tinha umas quase igual que eu dei um jeitinho de me livrar.

Ajoelhei-me ao seu lado enquanto Taemin ainda estava recuperando o fôlego, ele parecia massagear o próprio pescoço, eu o segurei pela nuca, bati seu rosto contra o chão e em seguida mais uma vez o pressionei contra a parede.

- Você não está nem um pouco curioso em saber o porquê de eu estar aqui fazendo isso tudo, não é? - Perguntei forçando seu rosto contra a parede. - Claro que não, você sabe muito bem o que você fez, não sabe? - Eu bati seu rosto contra a parede. - Eu te fiz uma pergunta e eu gosto de ser respondido.

O alfa acertou uma cotovelada em meu abdômen, eu tive que me afastar pela dor repentina e coloquei a mão no local da batida. Taemin virou-se para me encarar, ele estava com raiva e eu estava me divertindo com sua raiva.

Ele vai pagar por tudo.

Sorri de lado.

- Eu mandei você ficar longe dele e esquecê-lo, você fez totalmente o contrário, então aqui estou eu para cumprir com minha promessa. - Nós dois estávamos com os punhos levantados um para o outro.

- Está com raivinha por eu ter mostrado para ele quem você é de verdade? - Perguntou sarcástico e com um sorrisinho nos lábios. - No fundo, você sabe que ele ainda sente algo por mim.

Não esperei por mais nada, eu estava cansado de todo aquele papo.

Eu avancei contra ele e acertei um soco em seu rosto, ele foi um pouco para trás cambaleando, com a mão no rosto, estava saindo sangue.

Dessa vez, ele veio para cima de mim, ele me deu um chute giratório que acertou meu rosto também, perto da sobrancelha.

Eu o derrubei no chão e virei seu corpo, segurei-o por sua camisa e o joguei em cima de uma pequena mesinha de centro que havia ali, Taemin estava sem ar, ele se virou para mim e eu sorri, me aproximei dele e chutei sua barriga repetidas vezes.

O alfa começou a cuspir sangue, ele levantou em sobressalto e me enforcou forçando-me contra a parede atrás de mim. O ar começou a me faltar, segurei seu pulso e Taemin começou a acertar socos em cada lado do meu rosto, por fim, acertou um forte soco em meu abdômen. Tão forte que me fez curvar-me para frente.

Ele é forte, isso eu não posso negar, mas ele não é mais forte do que eu.

Mais uma vez, ele me enforcou forçando-me contra a parede, dessa vez eu não teria piedade.

Segurei seu pulso, afastando sua mão de mim e fiz um truque que aprendi com Yoongi.

Acertei um chute com a planta dos pés em sua barriga, ele caiu ajoelhado, ainda segurando seu pulso, eu dei um chute com o calcanhar em seu ombro fazendo-o cair, coloquei o pé em seu outro ombro e segurei firmemente seu pulso.

- Você nunca mais. - Aproximei-me. - Ouça bem, nunca mais. - Forcei o aperto em seu pulso. - Nunca mais chegue perto do meu ômega. - O girei.

E seu grito de dor atravessou meus ouvidos como uma lâmina.

- Nem mesmo ouse tentar acabar com meu casamento mais uma vez, ou um pulso quebrado será pouco. - O soltei e Taemin estava chorando pela dor. - Você me entendeu? - Perguntei segurando-o por sua camisa.

- S-sim! - Ele disse com dificuldade.

Sua voz saiu trêmula.

Eu o soltei e sai pela porta, a rua estava vazia, ninguém nem mesmo me viu saindo dali, eu coloquei meu capuz novamente e caminhei até minha casa novamente.

Pela hora, Jimin talvez já esteja acordado.

06h32AM.

Bam quem veio me receber, eu fui até a cozinha para pegar um pouco de sua ração e vitaminas, enchi seu pote de água e coloquei a vasilha de comida no suporte. Não havia feito isso antes porque estava muito cedo e fora de seu horário, eu o acariciei enquanto ele comia como um esfomeado.

Tal pai, tal filho...

Olho para o espelho não muito longe e vejo o pequeno estrago que o maldito fez.

Acima de minha sobrancelha, perto do couro cabeludo, ele me fez um machucado pequeno, mas ao redor está um pouco roxo.

No restante do meu rosto tinha apenas pequenas marcas vermelhas que sumiriam daqui a pouco.

Percebi que não tinha comprado as coisas para o café da manhã, então fui até a padaria e trouxe um pedaço de bolo de chocolate e outro de morango, torta de limão e uma de maracujá, também trouxe algumas rosquinhas com cobertura.

Deixei tudo em cima da mesa, fui para meu quarto para tomar um banho e me vestir para o trabalho, falando nisso, hoje sairá as notas dos meninos e no sábado será a formatura deles.

Eu sei que eles passaram, é impossível aqueles dois não terem passado naquela prova, mas sei que Mingyu deve estar afogado na ansiedade e Yoongi, bem, o Yoongi é a calmaria em pessoa nesses momentos, se ele não fosse policial, talvez eu poderia suspeitar que ele usa narcóticos de vez em quando.

Jimin ainda estava dormindo, eu fui logo tomar meu banho.

As marcas haviam sumido, mas ainda tinha o machucado em minha testa.

Quando sai, Jimin estava acordado.

- Bom dia, amor. - Vou até ele e beijo sua testa. - Dormiu bem? - Pergunto indo até nosso armário para pegar minhas roupas.

- Aonde você estava? Acordei mais cedo e você não estava na cama, espera, isso é um machucado na sua testa? - Ele perguntou com o cenho franzido e eu revirei os olhos sem ele ver.

- É, acho que acabei batendo no batente da porta hoje mais cedo, isso já me ocorreu, lembra? - Jimin soltou uma baixa risada. - Não se preocupe, está tudo bem agora. - Ele assentiu. - Você está bem?

- Sim, só estou muito dolorido. - Eu deixei uma risada escapar.

- Olha, eu ainda tenho bastante tempo, quer que eu te faça uma massagem?

Vesti minha camiseta branca, só faltava a farda e a bota agora, eu já estava com a calça camuflada também.

- Você não usa sua dog tag? - A peguei na caixinha e a coloquei em meu pescoço.

- Eu fico gostoso, não é?

- Você é muito convencido, isso sim. - Eu ri.

Jimin foi até o banheiro, e eu terminei de me arrumar.

Olho meu telefone e tinha uma mensagem de Namjoon.

"É, eles foram muito bem."

"Eles são da Quinta Divisão, o que o senhor esperava?"

Eu podia vê-lo rindo de minha mensagem.

Jimin deitou-se de barriga para baixo e eu entendi que ele havia aceitado minha massagem.

Deixei o telefone ali de lado e fui até ele, pressionei os dedos contra suas costas e dei alguns beijinhos em seu ombro.

- Amor? - Ele nada respondeu, apenas soltou um gemido. - Sábado, vai ter a formatura dos meninos, você quer ir? - Peguei um pouco de creme para continuar com a massagem. - Está bom assim? - Jimin assentiu.

- Está ótimo... - Murmurou e eu beijei sua nuca, em seguida inspirei seu cheiro. - Sim, eu quero. - Respondeu. - Terei que vê-lo com seu terno militar?

- Sim. - Pressionei os dedos em sua cintura.

- Será difícil esperar até estarmos em casa... - Eu soltei uma risada nasal. - Você realmente deve ficar gostoso com terno militar. - Jimin deixou escapar mais um gemido.

- Você verá. - O virei para mim. - E também terá o prazer de tirá-lo do meu corpo. - Nos beijamos, Jimin segurava minha nuca, cada um tombou a cabeça para um lado oposto e eu me inclinei ainda mais para frente.

Nos afastamos um pouco ofegante e eu coloquei uma de suas mechas atrás de sua orelha.

- Você sabe qual é o significado de "nepente"? - Pergunto olhando em seus olhos castanhos.

- Li uma vez que é uma droga do esquecimento mencionada na mitologia grega. - Deixei uma risada escapar enquanto assentia.

- Supostamente, - Segurei seu rosto com as duas mãos. - ela afastava a tristeza e a melancolia. - Aproximei nossos rostos. - Sendo assim, significa que ela te faz esquecer ou apagar a sua dor e faz a tristeza diminuir. - Sorri gentilmente. - Você é meu nepente. - Mais uma vez, eu o beijei.

[...]

Abri a porta da minha sala e lá estava eles, bom, Yoongi ainda não tinha chego.

- Bom dia, Quinta Divisão.

- Bom dia, Capitão.

- Bom dia... - Mingyu murmurou roendo a unha do polegar e olhando para o nada.

Eu segurei uma risada e passei por eles sentando-me em minha cadeira.

- Onde está o Yoongi?

Eles nem precisaram me responder, Yoongi abriu a porta e passou por ela, com um imenso sorriso nos lábios e com os olhos brilhando.

- Capitão. - Yoongi me deu um aceno com a cabeça e sentou-se ao lado de Jongho no sofá.

O alfa cruzou os braços e suspirou, como um verdadeiro apaixonado.

- Aonde estava? - Perguntei.

- Quando acordamos, você não estava no dormitório. - Hoseok disse olhando-o.

- Eu acordei mais cedo hoje.

- Por que? - Jongho perguntou.

- Taehyung e eu fomos correr um pouco, tivemos um pequeno treino e depois fomos tomar café da manhã juntos. - Ele contou tudo com um sorriso nos lábios.

Eu neguei com a cabeça.

Yoongi não sabe onde está se metendo...

- Como eu não sabia se daria tempo, eu levei minha farda e me arrumei em sua casa.

- Você está apaixonado pelo meu cunhado, Sargento Min? - Perguntei com o cenho franzido e ele na mesma hora ajeitou a própria postura forçando uma tosse.

- Não. - Respondeu. - Mas se eu tivesse, tem algum problema?

Além do óbvio?

- Park Taehyung, filho do General Park Seo-Joon? Claro que não, nenhum problema. - Eu disse sarcástico.

- Não entendi aonde o senhor quer chegar.

Suspirei.

- Podem nos deixar um tempinho a sós, meninos? - Pedi e eles assentiram.

Levantaram-se.

- Vamos ver se saiu a listagem.

- Nem fala sobre isso. - Mingyu pediu e Jongho riu por seu nervosismo.

Logo, eles saíram e nós estávamos sozinhos.

Eu e Yoongi.

- Sabe que me preocupo com você. - Eu disse e ele balançou a cabeça positivamente.

- Eu sei, mas ainda não consigo compreender o que o senhor quer dizer.

- Taehyung vem de uma família que segue certos padrões-

- Capitão, por favor, seja direto.

Eu suspirei pesadamente mais uma vez.

- Eu e Jimin nos casamos por conta de uma tradição.

- Taehyung a rejeitou.

- Eu sei. - Falei. - Mas não é como se ele realmente pudesse fugir disso. - Yoongi franziu o cenho.

- Como assim? - Perguntou.

- Eu estive com o General, ele disse que está pensando em casar Taehyung em breve, - Sua feição mudou para uma quase que desesperada. - Ainda mais agora que os três irmãos já estão casados e ele está sozinho naquele apartamento, ele teme pela segurança dele. - Realmente não é algo bom, alguém como Taehyung morando sozinho.

Tudo bem que ele pode se proteger, mas ainda é um ômega.

- O senhor não tem com o que se preocupar, Capitão...

- Tem certeza disso, Sargento?

- Sim, eu não estou apaixonado por Park Taehyung. - Ele disse, mas parecia inseguro de suas próprias palavras.

- Fico aliviado por isso. - Coloquei a mão no topo de sua cabeça e mexi em seus cabelos.

- A lista já saiu. - Hoseok nos informou pelo walkie-talkie

- Certo, estamos indo. - Respondi.

Yoongi ainda estava estranho, seu olhar um pouco distante.

Claro que ele está apaixonado por Taehyung...

- Vamos, Yoongi? - Ele assentiu levantando-se e saiu da minha sala. - Espero que ele fique bem.

Estava um pouco cheio onde a lista foi colocada, afinal, não eram apenas os dois e sim outros soldados de outras Divisões.

Com a animação de Hoseok e de seus outros companheiros, Yoongi ficou um pouco melhor, eles se aproximaram juntos e lá estava o nome deles.

Como já sabemos, eles passaram e serão promovidos.

- Parabéns, Tenente Kim e Min. - O Coronel os desejou.

Mingyu ainda parecia desacreditado e Yoongi foi abraçado fortemente por Jongho e Hoseok.

Eu e Namjoon nos demos um pequeno aceno com a cabeça.

- Parabéns, meninos. - Coloquei os braços em seus ombros. - Isso merece uma comemoração, não acham? - Os três balançaram as cabeças positivamente enquanto tinham um imenso sorriso nos lábios.

Eu os levei até um restaurante e claro, paguei tudo.

Nossas sobremesas chegaram, pedimos sorvete e como eu estou pagando, eles pediram os mais caros.

Só matando mesmo...

O mais velho entre os quatro, ainda parecia não acreditar no resultado, diferente dos outros que estavam bem felizes. Eu estranhei seu comportamento, Mingyu estava sério e vez ou outra lançava um olhar estranho para Yoongi.

O que será que aconteceu?

Não demorou muito para voltarmos para o quartel, por conta de tudo o que estava acontecendo, não tivemos muito o que fazer hoje, apenas tarefas de rotina. Coisas simples e fáceis, eu já não via a hora de ir para casa logo.

- Acho bom começar a me respeitar desde agora. - Yoongi disse com o braço em volta do pescoço de Jongho. - Pois semana que vem, será Tenente Min! - Ele mexeu em seus cabelos e Jongho apenas lhe lançou um olhar mortal que o fez soltá-lo imediatamente.

- Tenente Min que tem medo de um Sargento. - Eu e o pequeno Hobi rimos. - Acho que foi um erro terem te promovido, hein Yoongi. - Falei brincando.

- É, eu também acho.

Nós paramos de rir e olhamos para quem disse isso, e eu fiquei um tanto impressionado por ter sido o Mingyu.

Foi um tom sério e um tanto frio e sua feição também estava séria.

- É, mesmo? E por quê? - Yoongi perguntou brincalhão.

- Porque não faz sentido você ter passado. - Ele respondeu e agora, Yoongi percebeu que ele não disse aquilo brincando como eu. - Você nem mesmo estudou, você não fez nada para se preparar para a prova e ainda teve a melhor nota. - Seu tom foi quase como de indignação.

Yoongi forçou uma risada.

- Então é por isso que estava me lançando esses olhares durante o dia todo? Está com raiva por eu ter sido melhor do que você, é isso?

- É, é exatamente isso.

- Não vamos começar uma discussão, deveriam estar felizes um pelo outro. - Hoseok disse tentando apaziguar, mas parece que piorou tudo.

- O que foi? Está se sentindo ameaçado por mim? - Mingyu riu alto.

- Eu nunca vou me sentir ameaçado por você! Não faz sentido nenhum você ter sido-

- Melhor do que você? - Yoongi o interrompeu. - Não faz sentido eu ser melhor do que você em alguma coisa?

- Parem, antes que isso termine de um jeito ruim.

- Não, não faz. - Ele respondeu de imediato ignorando totalmente o pedido de Jongho. - Você não merecia isso.

- Quem você pensa que é para dizer uma coisa dessas? - Dessa vez, eu intervi e Mingyu na mesma abaixou a cabeça. - Eu te fiz uma pergunta, Sargento.

O alfa não respondeu nada, continuou em silêncio e de cabeça abaixada.

- Jamais será um Capitão tendo esse tipo de atitude, estou decepcionado com você.

- Capitão-

- Dispensados!

Yoongi foi o primeiro a sair, Jongho suspirou e pareceu ir atrás dele, Mingyu saiu em seguida e antes de Hoseok também ir, ele me olhou e eu lhe dei um aceno.

- Eles vão se acertar. - O garanti.

Hoseok veio até mim, me deu um rápido abraço e também foi.

Não é a primeira vez que acontece um desentendimento na equipe e não será a última vez, Mingyu errou, errou feio, e eu espero que ele aprenda com o próprio erro.

É compreensivo essa revolta, mas não significa que ele pode fazer o que fez.

Eu cheguei em casa, fiz um leve carinho em Bam e abri a porta da sala, nós dois entramos e Jimin estava vindo da cozinha, o cheiro estava muito bom e eu estava morrendo de fome.

Fui até ele e dei um beijo em sua testa.

- Você está bem?

- Sim, só aconteceram algumas coisas no quartel, nada demais. - Jimin colocou a mão em meu rosto.

- Tem certeza? - Balanço a cabeça positivamente.

- Não tem com o que se preocupar. - Dei-lhe um demorado selinho. - Eu vou tomar banho. - Ele assentiu me soltando logo em seguida.

[...]

O Coronel me pediu para passar um treino para toda a Companhia, um treino que recebi quando também era Sargento e felizmente é um treino que não necessitará de trabalho em equipe, será cada um por si.

Todos estavam no campo, apenas ouvindo minha explicação, e esse treino é unicamente para alfas solteiros.

- Estão me ouvindo?

- Sim, Capitão! - Responderam todos em uníssono.

- Vamos supor que tenhamos uma missão de resgate em uma cabana na floresta, um ômega em perigo e que de repente entrou no cio. - Eles ouvia tudo atentamente. - Por natureza, quando um ômega entra no cio, ele fica necessitado por nós e o cheiro dele nos deixam alucinados por ser bem atrativo. - Todos concordaram. - Geralmente, perdemos o controle de nós mesmos e fazemos aquilo que desejamos, fodemos com eles até não aguentarem mais ou até nós estarmos totalmente satisfeitos. Não é verdade?

Eles riram maliciosamente e concordaram comigo.

- Então, é exatamente sobre isso. - Alguns franziram o cenho. - O exercício de hoje consistirá unicamente em controle, domínio próprio de suas vontades, até porque antes de termos DNA de lobos, nós somos humanos. - Eles começaram a cochichar entre si. - Não se esqueçam que durante o cio, os ômegas ficam vulneráveis e se fizemos algo contra a vontade deles, sexualmente falando, isso é considerado por lei, estupro. Óbvio que com ou sem cio, sexo sem consentimento é estupro, mas estamos falando no caso de um ômega entrar no cio de repente durante uma missão.

Um dos soldados levantou a mão.

- Pode falar, Cabo.

- Então, o treino de hoje será para nos controlar quando um ômega entrar no cio?

- Exatamente. - Afirmei. - Já que perguntou, você será um dos primeiros a fazer o teste.

- O quê? - O alfa perguntou.

- Pode vim você, Sargento Josh, Sargento Pierre e Sargento Liam. - Os quatro vieram para perto de mim enquanto o restante continuou nos observando. - Isso aqui vai deixar nosso Cabo Lee Woozi com o cheiro parecido de um ômega no cio. - Mostrei a essência para eles. - Para vocês sentirem, terão que estar aqui e ele ali. - O cheiro se espalhava até uma distância de 7 metros.

Não será tão forte, mas será o suficiente para terem a sensação de que há um ômega no cio.

- O controle terá que ser esforço de vocês, mas vou facilitar um pouquinho. - Chamei Solar com a mão e ela trouxe algumas cordas. - Eles amarraram vocês, apenas por enquanto, depois terão que fazer tudo por vocês mesmos.

Eles foram amarrados e colocados ajoelhados no gramado, dei um aceno para Woozi e ele assentiu, então despejei a essência nele, logo tudo começou a acontecer.

- Lembrem-se, tenham controle.

Os alfas conseguiram se soltar, a essência durará cerca de cinco minutos, eu fiquei ao redor de Woozi imobilizando-os para que não encostassem nele.

Sobre Solar, não conversamos mais depois daquilo e eu não estou reclamando, entretanto, seus olhares para mim não são nada agradáveis. Ela não deveria ter tentado nada daquilo, não sei nem se podemos ser mais amigos, mas tenho quase certeza que não.

- Venham vocês quatro. - Apontei para cada um e eles vieram enquanto os outros saíam murmurando. - Já sabem o que fazer, ou preciso dizer tudo novamente?

- Já sabemos.

- Ótimo.

E tudo se repetiu, mais uma vez eu estava imobilizando os alfas para não atacarem Woozi.

Inclusive, o coitado estava quase que aterrorizado e com certeza arrependido de ter aceitado ser minha vítima.

A Quinta Divisão também estava presente no treino, e surpreendentemente eles até que não foram tão ruins assim, exceto por Hoseok e Jongho que por serem os mais novos estão com os hormônios bem elevados e isso pode influenciar bastante.

-Vocês têm três minutos para descanso.

Como podem ser tão ruins?

Suspirei pesadamente.

E tudo começou a acontecer de novo, grupos e mais grupos e todos se deixando levar pelos instintos idiotas.

Eu já estava ficando com raiva.

- Vocês são péssimos! É isso, é alguém entrar no cio que vocês colocarão tudo a perder por agirem como selvagens descontrolados. - Neguei com a cabeça. - Nem mesmo eu fui tão ruim assim.

Virei-me e bem na hora, eu ouvi alguém rir de maneira debochada.

Alguém não, mais especificamente Kim Yongsun.

- Posso saber o que tem de tão engraçado, Tenente? - Perguntei olhando-a.

Ela me olhou.

- Não, não tem nada. - Solar disse. - Só que eu estive em sua antiga Companhia e Divisão, então posso dizer que você não foi tão bem quanto aparentemente diz que foi. - Eu com certeza estou muito alucinado.

Solar não está fazendo isso.

Está?

- Até porque, você é um lúpus, seu controle é bem menor comparado aos demais alfas. - No final, ela ainda tombou a cabeça para o lado e sorriu. - Está tentando intimidá-los com uma história falsa?

Os soldados logo começaram a cochichar novamente e eu podia ouvir todos.

"Será que o Capitão mentiu?"

"É, ele não deve ser tão bom como diz, apenas disse tudo isso para nos sentirmos inferiores."

"Como ele é lúpus, o controle dele deveria realmente ser quase nulo."

- Eu poderia fazer uma pequena demonstração, mas não será possível sem meu esposo aqui, até porque como o marquei, me atraio unicamente por seu cheiro. - Olhei o meu relógio. - Bom, acho que posso pedir para que ele venha. - Peguei meu telefone e liguei para ele.

Não demorou muito, Woozi foi buscá-lo e logo Jimin vinha em minha direção.

- Esse é meu esposo, Jeon Jimin. - Praticamente o apresentei.

O ódio de Solar era nítido e Jimin não a olhava de forma diferente.

- Isso mesmo, o homem a qual se referiram com comentários obscenos é meu esposo. - Eles já sabiam disso desde aquele dia, mas ouvir isso da minha boca parecia fazer tudo ser mais real e os solados abaixaram suas cabeças fazendo expressões de medo. - Jimin, eu vou fazer um pequeno teste de demonstração, a única coisa que preciso que faça é liberar seus feromônios e eu vou espirrar essa essência em você.

Jimin pediu que eu abaixasse.

- Eles não vão me atacar, não é?

- Não se preocupe, eu vou proteger você. - Beijei sua testa e ele assentiu.

Chamei uma Tenente ômega e pedi que ela espirasse a essência em Jimin.

Eu não fui amarrado e fiquei a menos de um metro dele.

Se era para mostrar meu auto controle, então que seja assim, com mais dificuldade.

- Posso, Capitão?

- Sim, Tenente.

Jimin liberou seus feromônios e ela espirrou o perfume nele, na mesma hora, meus olhos acenderam e eu comecei a suar frio, era muito mais difícil se tratando do meu próprio ômega. Eu caí de joelhos, quase que sem ar e lutando contra meus próprios instintos, a minha vontade era de simplesmente agarrá-lo.

E não demorou nem mais um instante e eu estava próximo de Jimin, mas minhas mãos estavam para trás, fechadas em punho resistindo a vontade de tocá-lo com minhas mãos, eu fechei meus olhos fortemente e apoiei minha testa em seu ombro.

O cheiro dele se espalhou e chegou nos outros alfas, como um ômega lúpus, eles são 10x mais atingidos, portanto, mais atraídos por seu cheiro.

Levantaram-se cerca de cinco alfas e vieram em sua direção.

Eu, Yoongi, Mingyu, Jongho e Hoseok os imobilizamos na mesma hora.

Eles também estavam afetados pelo cheiro de Jimin, mas ainda sim resistiram e o protegeram junto a mim em vez de atacá-lo como esses cinco.

Os olhei e lhes dei um sinal positivo.

O efeito havia passado, então nos levantamos e todos voltaram para seus lugares.

- Você está bem, amor? - Jimin perguntou com a mão em meu ombro e eu assenti.

- Estou, e você?

- Também. - Ele abraçou meu pescoço por trás e me soltou em seguida.

- Eu resisti ao meu próprio esposo, então essa é a prova de que vocês também podem, basta serem mais fortes contra suas próprias vontades. - Olhei para Solar e claro, ela não estava nada feliz. - Tenente Kim, na minha sala agora e o restante estão liberados. - Não a deixarei impune.

Eles fizeram continência e em seguida bateram em suas pernas, logo se retiraram.

- O que vai fazer? - Jimin me perguntou.

- Colocá-la em seu devido lugar. - Respondi.

Seu telefone começou a tocar e ele franziu o cenho.

- Taehyung está me ligando.

- Vejo você mais tarde. - Nos beijamos e ele atendeu o telefone refazendo o caminho para ir embora.

Eu fui às pressas para minha sala, eu não poderia deixar isso passar.

Lá estava ela, sentada na cadeira em frente a minha mesa, não demorei muito para sentar-me logo em minha cadeira e encará-la.

- Tenente Kim Yongsun.

- Jung-

- Fique quieta, seu Capitão, ou seja, seu superior está falando e eu não gosto de ser interrompido. - Solar fechou as mãos em um punho. - Você sabe o que você fez Solar? O que pensa que estava fazendo, hein? Me desrespeitando na frente de toda a Companhia!

- Eu te desrespeitei contando um fato? - Perguntou e soltou uma risada logo em seguida. - Uau, eu devo me informar sobre as novas normas, porque eu realmente não lembro disso ser um desrespeito.

- Não se faça de cínica! Aqui dentro eu não sou seu colega da antiga Divisão, aqui eu sou seu Capitão e você deve me respeitar e me tratar como tal. - Ela mais uma vez forçou uma risada debochada. - Saiba diferenciar e separar o pessoal do profissional.

- Você acha-

- Você não, senhor. - Solar inflou o peito.

- O senhor acha mesmo que isso foi por causa daquilo?

- Se foi, eu não sei, mas isso não irá se repetir de jeito nenhum. - Eu disse sério. - Nunca mais fale comigo de forma íntima, desrespeitosa, melhor dizendo, nosso relacionamento não passa de superior e subordinada. - Ela ia fazer mais uma vez. - Se não sabe agir como profissional e me respeitar, não é mais bem-vinda em minha Companhia até que aprenda e eu realmente não estou disposto a ensinar isso para pessoas como você.

- O que está dizendo?

- Será transferida, não me importa para onde, mas eu não a quero aqui.

- Agora quem está sendo antiprofissional é vo-

- Senhor.- A interrompi. - Não somos amigos e não somos nada. - Eu disse. - Meu antigo, meu não. - Forcei uma risada. - Nosso, nosso Capitão me ensinou que o mal deve ser cortado pela raiz e se você não sofrer as consequências devidas outros soldados poderão seguir seu mal exemplo, então apenas estou prevenindo problemas futuros. - Como eu estava com raiva. - Em breve lhe passarão suas informações sobre a transferência, está dispensada Tenente.

Solar levantou-se, fez uma continência completamente enfurecida e saiu da minha sala.

Eu odeio que me desrespeitem como Capitão e nunca deixarei barato quem fizer isso.

Namjoon entrou em minha sala e eu suspirei pesadamente pela impaciência e estresse.

- Soube do ocorrido.

- Também deve saber que mandarei transferir Kim Yongsun.

- Está mais do que certo em ter essa atitude. - Ele disse. - Eu faria o mesmo, e já havia sentido que ela não aceitaria bem seu casamento. - Senti-me um pouco aliviado e melhor por saber que Namjoon aprovou minha sentença.

Fomos liberados de nossas atividades mais cedo por conta da preparação para a formatura, Yoongi subiu em sua moto e Mingyu entrou em seu carro, cada um foi para uma direção oposta.

O fato de Mingyu ter feito o que fez ainda me irrita, e me irrita ainda mais ele ainda não ter se desculpado com Yoongi.

Eu não gosto de vê-los assim, mesmo com tudo o que acontecia entre eles, Yoongi e Mingyu sempre foram muito parceiros por serem os mais velhos.

De todos, o pequeno Hoseok era o que mais estava sendo afetado pela briga dos mais velhos, Jongho então tomou a responsabilidade de cuidar dele e também, antes de sair, vi que ele foi buscar Mingi.

Mingi está em um de nossos abrigos, em breve ele começará a estudar, foi totalmente escolha dele permanecer na Coréia e isso deixou Jongho feliz. Como Sargento, ele tem uma certa confiança a mais com os responsáveis do abrigo e por isso, consegue que Mingi passe um tempo a mais consigo.

Eu estava tão estressado por tudo o que havia acontecido que a única coisa que eu queria era chegar em casa, tomar banho e dormir, mentira, eu queria descontar meu estresse em alguma coisa, mas como eu não posso, eu vou optar por me dopar e dormir.

Meu nível de estresse estava tão alto que eu parecia um barril de pólvora esperando apenas uma pequena chama para explodir e nem precisava ser uma chama muito forte.

E adivinhem quem aparentemente quis ser essa chama?

- Jungkook?

- Jimin, eu não estou bem para termos qualquer tipo de conversa hoje.

- Essa conversa em específico, não pode esperar.

- Você está grávido? Alguém está no hospital precisando urgentemente ouvir minha voz para acordar ou ser curado? - Perguntei irônico. - Vejo que não, então pode esperar sim. - Eu estava pronto para subir as escadas.

- Não!

- Jimin, eu não tive um dia nada agradável, eu não estou com cabeça para qualquer pequena conversa que você queira ter nesse momento, então para eu não me arrepender de falar algo que não deveria, me deixa quieto.

- Você sabia que meu pai estava pensando em casar Taehyung?

- Sabia, era isso? Eu sabia, pronto, agora eu posso ir?

- Por que você não me contou sobre isso?

- Onde diabos está escrito que eu tenho obrigação de te contar tudo? E outra, isso não é problema nosso! - Eu disse alto sendo totalmente dominado pelo estresse.

- Isso pode não ser problema seu, mas é meu, ele é meu irmão, minha família.

Ali, já não era mais eu.

Eu forcei uma risada alta e neguei com a cabeça.

- Está dizendo que não sou sua família, é isso? - Perguntei desacreditado e ainda rindo. - Você não para de me impressionar de um jeito ruim, Jimin.

- Eu não quis dizer isso.

- Mas você disse! Essa é a droga do problema, você sempre diz o que não deve! - Eu praticamente gritei. - Quer saber? Já chega!

- Eu ainda não acabei.

- Eu não me importo! Quer falar? Pois bem, fale com o Bam, mas me esqueça.

- Eu sei que você bateu no Taemin - Jimin falou entre os dentes.

- Bati. - Respondi olhando-o. - E vou bater de novo se ele ousar se aproximar de você ou tentar mais alguma coisa para nos separar, não me arrependo de nada que fiz e se isso te impressiona, eu realmente não estou nem aí.

- Ele não foi o único que tentou nos separar e nem por isso eu bati em quem tentou.

- Poxa, pois deveria, perdeu a oportunidade, pena que ela vai embora. - Fingi uma feição triste. - É, diferente de você, eu ajo e o resultado é imediato.

- O que você quer dizer com isso? - Perguntou-me e eu revirei os olhos.

- Entenda como quiser!

- Você-

- Você tome cuidado com o que dirá. - Eu disse com o rosto bem próximo do dele.

Jimin pareceu estar com um pouco de medo e eu logo me retrai.

Respirei bem fundo e segurei seu rosto.

- Me desculpa, eu não-

- Eu já estou cansado disso. - Ele se afastou do meu toque.

- E eu não estou muito diferente, na verdade, eu estou bem mais cansado do que você e eu posso lhe garantir isso.

Naquela noite, fomos dormir brigados e aquilo me fez mal, óbvio que faria, quando ele se afastou do meu toque foi como se ele estivesse começando a me rejeitar de novo.

A formatura de Yoongi e Mingyu aconteceria em uma hora, eu já estava terminando de me arrumar, apenas faltava a gravata e o terno por cima, eu a ajeitei e em seguida coloquei meu terno.

Peguei meu chapéu, mas não o coloquei.

Fui até o quarto chamar por Jimin, e ele estava estupidamente lindo.

É só nós brigarmos que ele parece ficar milhões de vezes mais bonito do que o natural.

Jimin virou-se para mim e me olhou de cima para baixo, era a primeira vez que ele me via com terno militar, parecia que nós dois queríamos dizer alguma coisa um para o outro, mas ninguém tinha coragem para dar o primeiro passo.

- Vamos, tenho que passar para buscar seu irmão.

- Tá bom. - Dei espaço para ir na frente.

Já lá embaixo, eu abri a porta do carro para ele entrar e em seguida fui para o banco do motorista.

Jimin estava usando um terno azul não muito escuro, na parte de cima, a camisa tinha um pequeno decote em V, ele está tão lindo.

Como eu disse, ainda passei para buscar Taehyung e ele não estava muito diferente do irmão, a diferença era que o terno dele era preto.

- Esse terno ficou muito bonito em você. - Taehyung disse para Jimin que sorriu. - Você também não está nada mal com esse terno, cunhadinho...

- Obrigado, você também ficou bonitinho com esse terno.

- Bonitinho?

- Sim, lindo está meu esposo.

Eu não deveria tê-lo elogiado, mas é mais forte que eu.

Jimin olhou-me por um rápido momento, mas logo mudou a direção de seu olhar.

Ele e Taehyung conversaram durante todo o percurso, eu preferi não tentar me encaixar.

O lugar estava lotado, afinal, muitos soldados serão promovidos e muitas de suas famílias vieram. Como não poderia ser diferente, eu abri a porta para os dois ômegas e os dois entrelaçaram o braço ao meu.

Cumprimentei alguns soldados conforme passava por eles, eu vi Seokjin sentado e na mesma hora fui com os dois até ele.

- Seokjin!

- Jungkook! - Ele abraçou meu pescoço. - Você cresceu.

- Eu sempre fui mais alto. - Jin me deu um leve tapa no braço. - Já te apresentei meu esposo.

- Sim, no seu casamento, mas pode apresentar de novo.

Eu ri, ele e o Coronel são completos opostos.

- Seokjin, este é meu esposo Jimin e esse é meu cunhado Taehyung. - Eles sorriram uns para os outros. - Jimin e Taehyung, este é Seokjin, ele é esposo do Coronel Kim.

- Então o senhor e Namjoon foi quem cuidaram de Jungkook por um tempo?

- Deixe o "Senhor" para o Namjoon, eu odeio essas formalidades! - Jin disse quase que em súplica. - Mas sim, - Respondeu a Jimin. - Seu marido nos deu um pequeno trabalho, felizmente agora é outra pessoa.

- Ele era tão ruim assim?

- Ruim não, Jungkook só precisava de um pouco de amor e compreensão.

Eu fiquei vermelho com seu comentário e agradeci por anunciarem que a formatura começaria.

- Sentem-se aqui. - Jin indicou e nós fizemos o que ele disse.

Eu me sentei ao lado dele, ao meu lado estava Jimin e por fim Taehyung.

Não muito longe, eu vi Jongho, Mingi, Hoseok e Wonwoo, eles acenaram para mim e eu devolvi o aceno.

- Ele está lindo. - Taehyung falou olhando para Yoongi.

Yoongi e Mingyu estavam entrando junto com os outros soldados, todos em formação, também estavam usando o terno militar e a boina.

- Estou orgulhoso... - Eu murmurei com um sorriso.

Eles pararam e fizeram uma continência.

- Descansar!

Todos bateram suas palmas em suas pernas e o barulho ecoou pelo local.

A formatura estava ocorrendo em um campo aberto do quartel.

- Hoje estamos aqui para promover nossos novos Tenentes, são eles. - Começaram a falar o nome de um monte de pessoas até que chegou neles. - Kim Mingyu, Min Yoongi. - E continuou até o último nome.

Serão 20 soldados que serão promovidos, cada certa quantidade de um batalhão e quem trocará suas insígnias serão seus Coronéis.

No caso de Yoongi e Mingyu, será Namjoon.

Os Coronéis deram um passo para frente, os Tenentes-Coronéis estavam em seus auxílios com a maleta com as insígnias.

Eles foram até seus soldados para remover a insígnia de Sargento e colocar a de Tenente, que é uma barrinha dourada.

Na mesma hora, eu me lembrei de quando era eu ali embaixo e nem eu mesmo acreditava que seria Tenente um dia.

Namjoon removeu a insígnia de Mingyu e colocou a nova, o alfa fez uma continência e Namjoon apertou sua mão em seguida.

Em seguida, foi a vez de Yoongi, ele não conseguia parar de sorrir e ficar sério, Namjoon trocou sua insígnia e também não aguentou ficar sério enquanto o cumprimentava.

Yoongi pareceu procurar Taehyung com os olhos e quando o achou, segurou a barra de seu terno, o puxando para mostrá-lo a nova insígnia. O ômega apenas sorriu e seus lábios diziam "Parabéns, você merece." Em seguida, ele mandou um beijo para o alfa que fingiu pegá-lo no ar.

Aí, Yoongi...

Todos fecharam os punhos e o colocaram em seu peito, como se fizessem um juramento à bandeira e começaram a cantar o hino nacional.

Olhei para Jongho e ele estava mais sério que o normal, ele olhou para o canto, mais precisamente um soldado atrás de Namjoon, eu acompanhei seu olhar.

- Ele vai tentar alguma coisa.

- Têm outros também, Capitão.

Hoseok e Jongho disseram um atrás do outro, na mesma hora eu me levantei.

Jimin segurou minha mão e eu o olhei.

- O que foi?

Voltei a olhar para lá, o soldado parecia trocar olhares com outros soldados.

Mandei um sinal para Jongho e Hoseok, imediatamente eles entenderam

- Saiam daqui agora!

- O que está acontecendo?

Estávamos sob ataque.

- Jungkook...

Woozi, Jongho e Hoseok chegaram ao meu lado.

- Tirem-nos daqui agora mesmo! - Ordenei.

- O que está acontecendo? - Namjoon me perguntou.

- Apenas façam o que estou mandando para a segurança de vocês.

Jimin segurou minha mão e eu olhei para ele.

- Vai ficar tudo bem. - O beijei. - Eu amo você.

- Eu também amo você.

- Agora vai. - Woozi colocou a mão em suas costas o guiando para fora dali.

Yoongi e Mingyu pareceram entender tudo e agora me olhavam preocupados.

Mandei que eles ficassem atentos.

Eu fui mais para frente, ninguém me notou ali, tinha vários soldados e eu me misturei entre eles.

Namjoon voltou para seu lugar, em pé de frente para os outros soldados e atrás dele estava o soldado suspeito.

A formatura prosseguiu, mas eu não parava de olhá-lo, chegou aquele momento de todos irem se abraçar e foi nessa hora que eu tive que me fazer presente, porque ele tirou uma faca de sua manga e estava indo em direção ao Namjoon.

Por conta de toda a multidão, ele passaria despercebido, mas não por mim.

Namjoon estava cumprimentando uma das famílias, ele ia acerta-lo em cheio, eu fui o mais rápido que podia, passando por todas aquelas pessoas em total desespero, meu coração estava acelerado pelo medo de algo acontecer com meu Coronel.

Eu o vi levantar a faca, pronto para afundá-la em seu crânio.

- CAPITÃO! - Namjoon olhou para trás.

Foi tudo em câmera lenta.

Eu dei um salto e agarrei o pescoço do alfa, na mesma hora, todos começaram a gritar e armas a serem disparadas.

Haviam infiltrados.

O alfa se inclinou para frente e me puxou fazendo minhas costas e cabeça baterem contra o chão fortemente, ele ainda estava com a faca na mão pronto para me esfaquear, mas Namjoon atirou em sua mão e a faca caiu.

Começou a sair sangue de sua mão e ele caiu ajoelhado, Namjoon acertou um chute em sua cabeça e ele caiu desmaiado.

Minha visão estava começando a falhar, meus sentidos a sumirem, tudo parecia estar uma bagunça ao redor, a última coisa que vi antes de apagar por completo foi Namjoon e ele parecia estar me chamando.

[... ]

Minha cabeça doía fortemente, tão forte que eu tentava pará-la pressionando os dedos contra minha testa, eu também sentia minha garganta seca e eu queria muito água.

- Jungkook?

- Eu quero água! - Eu praticamente gritei.

Não demorou muito e um ômega pegou um copo de água para mim, ele o entregou para mim e eu o bebi rapidamente, minha cabeça ainda doía como um inferno.

Eu nunca havia sentido uma dor tão chata antes.

- Você está bem?

- Eu sinto muita dor de cabeça.

- Wonwoo tinha dito que você acordaria dessa forma. - Eu senti seu toque no topo de minha cabeça e a dor se foi instantaneamente. - Eu fiquei tão preocupado...

Ele abraçou minha cabeça fazendo-me deitar em seu peito.

Eu o toquei e ele me olhou com seus olhos castanhos, ele é tão lindo.

- Me desculpa, mas quem é você? - Perguntei e ele franziu o cenho.

Na mesma hora, o ômega se afastou e eu me senti estranho sem seu toque.

- Como assim? Você não lembra de mim? - Neguei com a cabeça.

- Não, eu não-

A porta se abriu e por ela passaram cinco pessoas, quatro alfas e um ômega, todos ofegantes e pareciam aliviados em me ver.

- Capitão, o senhor nos deixou muito preocupado. - O segundo maior entre eles disse e eu mais uma vez franzi o cenho.

Chanyeol e Baekhyun, aqueles desgraçados estão me pregando uma peça daquelas.

- O senhor está se sentindo melhor? - O loiro e o menor perguntou.

Capitão? Senhor?

- O que foi, por que está assim? - O ômega perguntou para o outro ômega.

Ele o abraçou e o ômega de terno preto ficou sem entender.

Antes que eu pensasse em responder algo, finalmente dois rostos familiares.

Namjoon e Seokjin.

- Jungkook, você está bem? - Ele perguntou-me.

- Sim, eu estou bem, eu só estava com uma dor chata quando acordei.

Todos respiraram aliviados, exceto os dois ômegas que pareciam estar em sua própria bolha.

- Você não faz ideia do quanto eu estou feliz por isso. - O quanto será que eu bebi da última vez para vir parar aqui? E de terno militar? - Obrigado por ter salvo a minha vida. - Salvo a vida dele?

Aqueles miseráveis conseguiram convencer até o Capitão a participar dessa peça?

Forcei uma tosse.

- De nada? - Eu disse um tanto sem graça.

Chanyeol, você me paga!

- Aconteceu alguma coisa? - Ele perguntou.

- Bom, eu não sei, acho que não, o que o Chanyeol fez para convencê-lo a isso? - Meu Capitão franziu o cenho.

- Convencer, a que exatamente?

- Não sei, me diz o senhor, Capitão. - Dessa vez, não só ele, mas todos franziram o cenho.

Agora que reparei que estão todos com ternos militares e os ômegas com ternos chiques.

Que merda aconteceu?

- Capitão? - O maior perguntou com o cenho franzido. - Se referiu ao Coronel como Capitão?

- Quem é Coronel aqui? - Eu perguntei sem entender nada. - O Capitão, é Coronel?! - Levei a mão até a boca. - Como isso aconteceu?

- Ué, ele foi promovido, cargo por cargo... - O segundo maior disse. - Assim com o senhor.

- Assim como eu? - Apontei para mim e eles assentiram. - Eu sou só um Sargento, por livre e espontânea pressão do meu pai.

- O senhor é Capitão.

Eu não evitei segurar a risada.

- Aquele vagabundo se superou, ele merece até palmas... - Neguei com a cabeça. - Eu, Capitão, que piada mais engraçada. - Continuei rindo.

Até perceber que eu estava rindo sozinho.

O Capitão, Coronel, enfim, o Namjoon me olhava tão estranho como se não estivesse dizendo a coisa mais maluca do mundo, e os outros meninos a mesma coisa, os quatro, sem exceção me olhavam desacreditados.

- Jungkook?

- Capitão?

- Em que ano estamos?

- Hm... Deixa eu pensar, estamos no ano em que meu pai acabou com a minha vida, 2015.

- Sua idade? - Perguntou.

- 19.

Mais uma vez, eu recebi aqueles olhares desacreditados e eu não estava gostando nem um pouco, eu só quero ir para casa.

Não espera, eu não tenho casa.

Ir para o dormitório, isso.

Eu olhei para minha mão esquerda e arregalei os olhos, levantei a mão e fiquei encarando aquele anel dourado.

- Meu Deus, Chanyeol, você me paga!

- O que foi? - O ômega de terno preto perguntou.

- Aquele alfa miserável e aquele ômega, me encheram de bebida, me vestiram com esse terno militar ridículo, pagaram todos vocês para fingirem sei lá o que e ainda... - Suspirei. - Me casaram com alguém que eu nem faço ideia de quem seja. Meu pai vai me matar, eu tenho um noivo seus idiotas! - Eu gritei para que eles ouvissem.

Desliguem logo essa câmera, eu acho que já fui punido o suficiente.

- Capitão, eles devem ser punidos por tudo isso! Se o senhor não fizer nada, meu avô fará e eu não terei pena desses imbecis.

- Jungkook?

- Sim?

- Você está casado.

- Eu sei, e meu pai vai me matar quando descobrir. - Coloquei as mãos no rosto. Eu nunca mais bebo com esses dois! - Ele já estava com vontade de cancelar meu noivado mesmo, isso só vai ser um motivo bônus.

- Seu esposo está aí, do seu lado. - Eu olhei para o lado e franzi o cenho.

- Meus esposos? Aquele miserável-

- O de terno azul! - Agora que pude ler seu sobrenome, o segundo mais alto chamava-se "Min".

- Obrigado, Min!

Foi ele quem fez minha dor passar anteriormente.

- Você é um ômega lúpus. - Eu disse. - Pai, eu sinto muito, mas eu vou continuar muito bem casado com esse ômega e Chanyeol, obrigado.

- Deixa de ser idiota! - O Capitão me deu um tapa na nuca. - Ele era seu noivo e vocês se casaram, ou seja, era ele, quem seu pai te comprometeu.

- Eu não te conheço, mas vou adorar conhecer melhor. - Eu sorri para ele e, seja lá qual o nome dele, revirou os olhos.

- Então, como está nosso Capitão? - Um ômega apareceu com um jaleco branco.

- Como você está, Capitão? Diga para o moço. - Mais uma vez, ele me deu outro tapa.

- O que foi isso?

- Ele perdeu a memória, tipo, perdeu uns seis anos de memória.

- Per-

- PERDI? - Perguntei desesperado. - COMO ISSO ACONTECEU?

- Você caiu e bateu a cabeça no chão, isso com certeza foi a causa, vamos fazer mais alguns exames em você.

Eu perdi a memória...

- Quem é você e quantos anos tem?

- Jeon Jungkook, 19 anos.

- 19?

- Espera, 6+19 é igual a 25, eu tenho 25 anos?!

- Hey, se acalme.

Na mesma hora, eu virei Buda.

Ainda mais que ele me tocou de novo.

- É melhor irmos. - O doutor disse. - Amanhã faremos todos os exames necessários para sabermos mais sobre seu quadro. - Assenti enquanto ele anotava alguma coisa. - Eu vou te aplicar um pouco de morfina e vamos deixá-lo descansar.

Todas balançaram a cabeça positivamente.

Ele fez o que falou, não demoraria muito tempo para fazer efeito.

Eles saíram, até meu suposto esposo saiu também e o Capitão agarrou meu colarinho.

- Capitão...

- Eu espero que você não o trate mal.

- Bom, aí vai depender inteiramente dele, sabe como é...

- Eu realmente não tenho mais cabeça para lidar com você com 19 anos de novo. - Ele me soltou. - Fique bem, Jungkook.

- Obrigado.

Ele também saiu e eu estava sozinho no quarto do hospital.

Por pouco tempo, pois eu ouvi a porta ser aberta de novo e meu esposo passou por ela.

- Jungkook, eu-

- Qual é o seu nome? - O perguntei.

- Jimin, Park Jimin.

- Casou-se comigo, então é Jeon Jimin. - Eu disse. - Você vai ficar comigo? - Perguntei um pouco inseguro.

Jimin assentiu.

- Vou sim.

- Certo, - Meus olhos começaram a pesar. - Amanhã, eu quero saber de tudo. - Jimin sentou-se no pequeno sofá que havia ali.

E eu caí em sono profundo.

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