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Chapter thirty six


Jeon Jimin

Eu senti alguns beijinhos sendo distribuídos em minhas costas.

Realmente, algumas coisas nunca mudam.

Sua mão segurou firmemente minha cintura e seus lábios foram para meu pescoço, onde ele ficou dando pequenas mordidas.

Nosso final de semana foi incrível, só saíamos da nossa cama apenas para comer, foi tão bom estar apenas em seus braços, sentindo seu calor e o seu aperto.

Nunca tínhamos parado para assistirmos filmes e séries por horas, e é tudo tão engraçado porque tem filmes que ele já viu, mas por estar sem memória, estava praticamente vendo pela primeira vez e isso o fazia ficar impressionado com cada descoberta.

Por exemplo, estávamos vendo os filmes da Marvel, ele ficou boquiaberto com o estalo do Thanos e no outro filme, ele ficou chocado com poucos minutos o Thor já ter arrancado a cabeça do vilão.

Ele não quer admitir, mas eu vi seus olhos encherem d'água quando a Natasha caiu do precipício e o Homem de Ferro estalando os dedos.

E ainda ficou com raiva do final.

Hoje ele voltaria ao trabalho, como sempre, e eu vou até o apartamento de Taehyung, sinto que ele está precisando conversar, mas é orgulhoso demais para pedir ou ele não quer falar nada porque eu já estou com muitas coisas na cabeça.

Com essa perda de memória dele, nós ainda não falamos sobre o que ele fez com Taemin e agora, ele ter perdido a aliança dele.

Mas aos poucos ele está voltando a ser o meu Jungkook.

Nós tomamos banho juntos com direito a beijos e pequenos carinhos, fomos até uma cafeteria e de lá ele foi para o quartel e eu fui para o apartamento de Taehyung.

Bam também veio comigo, como sempre.

Eu ia bater na porta, mas ela se abriu e quem estava saindo, era ninguém mais ninguém menos que Min Yoongi.

Sim, o próprio.

- Senhor Jimin! - Ele disse, parecia um pouco surpreso e sem graça por me ver ali.

- Yoongi, você não está atrasado para seu expediente?

- Não exatamente...

- Sei.

- O senhor está bem? - Perguntou-me e eu assenti. - Certo, então eu vou indo, senhor Jimin.

- Pelo andar da carruagem, em breve você não precisará me tratar com todas essas formalidades. - Ele soltou uma risadinha e coçou a nuca. - Até mais, Yoongi.

- Até mais...

O alfa passou por mim e desceu as escadas até o hall do prédio.

Eu passei pela porta e a fechei, Tae pelo visto foi tomar banho, pois ouço o barulho do chuveiro ligado.

Outra coisa que pude reparar, o cheiro de Yoongi está um pouco forte aqui, pouco porque o do Taehyung está se sobressaindo e eu sabia bem o porquê daquilo.

O cio de Taehyung está próximo e eu tenho certeza que Yoongi também sabe disso.

Isso explica muitas coisas, como por exemplo, aquele dia com os primos de Jungkook.

Um alfa naturalmente sempre vai proteger seu ômega, mas na situação deles, Taehyung não é o ômega de Yoongi, entretanto eles, mesmo que inconsciente, podem terem se reconhecido como tal, sendo assim, o Yoongi pode sentir boa parte do que Taehyung quer transmiti-lo como sinal de socorro ou necessidade.

Ainda é um sinal fraco, pois não há mordida, não há ligação.

Mas ainda sim, existe um sinal.

Como por exemplo, eu e Jungkook temos uma forte ligação, que ficou ainda mais forte depois de sua segunda mordida.

Eu posso enviar um tipo de sinal para ele, não importa a distância, com esse sinal, ele imediatamente entende que eu preciso dele.

E também, um alfa sente quando seu ômega está em apuros, eu apenas não sei como isso funciona ao certo.

Nós ômegas não conseguimos sentir isso como eles, mas nós sabemos quando nosso alfa está instável, emocionalmente falando.

Deve ser pelo fato deles serem mais protetores no geral, e quanto a nós, somos mais sensíveis e nos preocupamos bastante com sentimentos, já eles...

Taehyung saiu do banheiro com uma toalha em volta de seu corpo e tomou um leve sustinho ao me ver ali.

- Olá irmão.

- Jimin, não me assuste dessa forma. - O pequeno ômega disse com a mão no peito. - Eu vou me vestir. - Assenti.

Bam veio para perto de mim, mais precisamente subiu em cima do sofá e deitou em meu colo.

Ele tem feito isso há alguns dias.

- Oi meu amor... - Fiz carinho no topo de sua cabeça e ele fechou os olhinhos com as orelhas erguidas.

Taehyung não demorou muito para voltar, usando uma bermuda jeans e uma camisa um pouco larga.

Não precisa ser um gênio para saber que essa camisa também é de Yoongi.

- Oi, pequeno príncipe. - Taehyung disse após Bam pular em seu colo. - Estava pensando em pegar um cachorro, o que você acha?

- Pega e deixe-o com Jungkook para treiná-lo quando a memória dele voltar por completo.

- Não pode ser agora? Ele já não está bem?

- Sim e não, ele lembra de algumas coisas, mas não completamente, por exemplo, ele não lembra de muitos momentos nossos, se não me engano ele só lembra de quando conversamos sobre filhos na Coréia, fora isso, mais nada.

- Yoongi me disse que ele lembrou da Quinta Divisão.

- Sim, mas não tudo, ele só lembra de quando os conheceu e me disse que lembrou de algo com Hoseok, e também ele se lembra de tudo com Namjoon e Seokjin, mas só. - Suspirei. - Tenho receio dele não conseguir se lembrar de nada.

- Não se preocupe quanto a isso, ele vai lembrar, isso já foi um grande avanço em uma semana.

É, Taehyung está certo.

Taehyung ainda fazia carinho em meu cachorro que agora estava deitado em seu colo.

Jungkook tem razão, ele é um pequeno traidorzinho quando quer.

- É, você está certo. - Eu disse. - Mas eu não vim aqui para isso.

- Não? - Taehyung me olhou preocupado. - Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu? - Perguntei olhando-o. - Eu vi Yoongi saindo daqui. - Taehyung soltou um longo suspiro. - Vocês passaram o fim-de-semana juntos? Taehyung, você não disse que iria afastá-lo?

- Sim, Jimin. - Ele respondeu. - Mas eu não consigo ficar longe dele por muito tempo, eu não sei o que acontece, nós não conseguimos ficar longe um do outro, até tentamos, mas parece que tem um imã que atrai nossos corpos um para o outro. - Taehyung disse isso tudo com a voz chorosa.

Não demorou muito para ele começar a chorar e apoiar-se em meu ombro, até mesmo Bam levantou-se preocupado com o pequeno Park.

- Tae...

O abracei.

- Você gosta dele, não é? - Comecei a fazer um cafuné em seus cabelos.

Ele assentiu com a cabeça.

- Eu estou apaixonado por ele.

Aí, meu Deus...

- Eu sei que começamos de um jeito muito conturbado, mas depois daquela missão juntos, comecei a olhá-lo de outro modo. - Ele fungou. - Yoongi é tão engraçado, gentil e carinhoso, talvez eu estivesse gostando apenas de sua amizade e companhia, mas vai muito além disso, amigos não fazem seu coração bater mais rápido com simples gestos ou fazê-lo sentir vontade de ir além de abraços. - Realmente não.

- Você o ama?

- Sim, eu amo, mas do que adianta? Nosso pai vai me casar com outra pessoa, ele já me avisou que está marcando para vir ainda esse mês. - Eu suspirei. - Não tem o que fazer, ele irá me casar com uma pessoa qualquer, eu deveria está fazendo-o me esquecer, mas estou trazendo Yoongi para mais perto. - Taehyung fechou os olhos enquanto chorava e apertou-se mais a mim.

Bam também começou a chorar baixinho enquanto apoiava o queixo no ombro dele e esfregava sua cabeça na bochecha de Taehyung.

- Yoongi vai ficar com o coração partido e tudo isso por minha causa, porque eu fui egoísta em não deixá-lo de uma vez.

- Você não conseguiria nem se quisesse. - Taehyung franziu o cenho e olhou para mim, seu rosto estava levemente inchado e seus olhos vermelhos. - Vocês se amam, mesmo que não queiram assumir em voz alta, é por isso que não conseguem ficar longe um do outro e vocês vão sofrer se ficarem longe de verdade, mas ao mesmo tempo, eu não faço ideia do que poderia permitir o papai deixar vocês ficarem juntos. - Com certeza já tem um pretendente para Taehyung, mesmo que não haja, não vejo como meu pai permitiria eles ficarem juntos.

Era nessas horas que eu sentia uma certa raiva de Jungkook por não ter me dito nada, se ele soubesse disso, com certeza não teria trago Yoongi para mais perto, afinal, eles se aproximaram após nossa viagem.

Taehyung ficou ali em meu colo por mais longos minutos, não há nenhuma solução para isso, pelo menos eu não vejo.

Nem mesmo Taehyung tem ideia do que fazer, e Yoongi mordê-lo não é uma opção, até porque Taehyung jamais se entregaria para Yoongi sem estarem casados, mesmo que seu desejo falasse mais alto, ele não faria isso.

Nós dois fomos criados sob esses costumes conservadores, por mais que tenhamos vindo para a Coréia do Sul e ficado esses anos longe de todos esses costumes, nós mantivemos alguns em mente e esse era um deles, ainda que tenhamos tido várias oportunidades, foi nossa escolha não querer se envolver sexualmente com outros alfas que não fosse nossos cônjuges.

Falando por mim, eu não me arrependo de ter feito o que fiz, Jungkook foi maravilhoso comigo e talvez, conhecendo Taemin, se fosse com ele, não teria sido tão bom quanto foi com meu marido. Jungkook se preocupou comigo, com meu bem estar e meu prazer antes dele mesmo e até hoje ele é assim, até mesmo desmemoriado, ele sempre pede permissão para prosseguir com seus atos e quando é "não" ele para sem mais nem menos.

Taemin, mesmo depois do "não", ainda tentava algo comigo e sempre dizia que ele não poderia esperar por muito tempo, ou seja, ele nunca se preocupou comigo exatamente, era sempre sobre seus próprios desejos e vontade, talvez se tivesse sido com ele, não teria sido tão bom quanto foi com Jungkook.

Além de que também, se porventura, eu ficar grávido de Jungkook, ele é meu marido, eu tenho a total certeza que ele cumprirá seu papel como de fato deve.

Agora com Taemin, eu já não poderia ter essa certeza e mesmo se tivesse, eu ainda era noivo de alguém, acho que não preciso nem dizer as dores de cabeça desnecessárias que isso me traria.

Eu passei quase que a tarde toda com Taehyung, fizemos o almoço juntos e ficamos assistindo alguns filmes, quase de noite, nós decidimos passar no shopping para lancharmos algo e depois eu ir para casa.

E nós fizemos isso, nós andamos um pouco, olhando as lojas e depois fomos lanchar, nós já tínhamos terminado de comer, estávamos apenas conversando.

Até que eu olhei para frente e lá estava ele.

Taemin.

Mas ele não estava vindo em nossa direção nem nada, ele estava disperso ao telefone, só que o que me deixou boquiaberto não foi nada disso, mas sim o estado em que ele se encontrava.

Taemin estava com um gesso em seu braço esquerdo e seu rosto cheio de machucados, algumas pequenas marcas vermelhas e roxas, seu nariz também estava com alguns curativos.

- Eu não acredito que ele fez isso com Taemin. - Taehyung olhou para onde eu estava olhando.

- Acredite, há alguns dias atrás estava pior. - Meu irmão murmurou.

Nos despedimos e eu fui para casa com Bam.

Isso não pode passar batido, o que ele fez foi muito errado e desumano.

Ele já estava em casa pela hora que era, eu apenas soltei Bam que foi para seu comedouro e eu subi até nosso quarto, Jungkook estava vestindo uma camisa quando eu abri a porta.

O alfa virou-se para me encarar, ele sorriu, mas seu sorriso sumiu aos poucos ao me olhar.

Jungkook franziu o cenho.

- Aconteceu alguma coisa?

Eu forcei uma risada.

- Aconteceu, Jungkook. - Eu respondi. - Por que você fez aquilo com Taemin? - Eu perguntei um pouco alto.

Por um momento, seu cenho continuou franzido, até que ele suavizou e um sorriso de lado apareceu em seus lábios.

Ótimo, ele lembrou.

- Está me perguntando porque eu bati em seu ex-namorado? Acho que a resposta é bem óbvia, não? Me pergunto, por que está tão irado? Ainda sente algo por ele, é isso? - Aquele seu sarcasmo só me fez sentir ainda mais raiva.

- Sabe de uma coisa, Jungkook? Você disse que não gosta de ser tratado como um animal selvagem, então me diz por que se comporta como um? Por que age como um animal selvagem fora de controle? - Sua expressão mudou. - É até engraçado isso, afinal, você bateu nele antes de bater a cabeça, talvez, no fundo você nunca tenha mudado de fato esse jeito. - Eu disse.

Ele abaixou a cabeça, mas pude ver suas mãos se fecharem em punhos e ele as apertava fortemente.

- Me diz, agora aumentou ainda mais seu arrependimento em ter se casado comigo? - Jungkook perguntou olhando para mim com os olhos carmesins.

Ele se lembrou disso?

- Hein, Jimin? Afinal, além de um animal selvagem, você também disse que eu sou um ser desprezível! - Jungkook falou mais alto e em seguida negou com a cabeça enquanto ria. - Você é igualzinho a eles...

- O que você disse?

- Exatamente isso! Você. É. Igual. A. Eles! - Ele repetiu e eu sentia a raiva dominar meu corpo. - Não importa o quanto eu faça algo bom, eu não recebo nenhum agradecimento de você, mas quando faço o que não é de seu agrado, você me destrata. - Jungkook negou com a cabeça de novo. - Você é igualzinho a eles e nem precisou passar muito tempo com eles.

- Não diga que me pareço com eles!

- Eu estou dizendo a verdade! Eu sou muito idiota de ter suportado isso, me transformei em um otário, só pode, mas agora as coisas são diferentes.

Do que ele estava falando?

- Quer saber, Jimin? Agora quem se arrepende de ter se casado com você e não casaria de novo, sou eu. - Eu senti algo em meu coração, algo ruim. - Eu nunca me casaria com alguém como você e provavelmente apenas suportava isso tudo com medinho de você me deixar, mas sabe de uma coisa? - Ele se aproximou. - Eu não me importo nem um pouco, eu quem não vou continuar aceitando essas coisas, porque isso... - Jungkook bufou fortemente.

O alfa afastou-se de mim e virou de costas.

- Eu realmente me arrependo de ter me casado com alguém como você.

- Se arrepende, Jimin? - Ele perguntou olhando-me com a cabeça virada.

Jungkook tentou chegar perto.

- Não me toque! Eu não quero nenhum tipo de contato com você.

Ele assentiu.

- Se se arrepende tanto, pegue suas coisas e vá embora. - Jungkook disse. - Ou melhor, eu vou embora.

- Jungkook.

- Não! - Ele usou sua voz de alfa. - Não me toque! EU QUEM NÃO QUERO NENHUM TIPO DE CONTATO COM VOCÊ! - Eu fechei os olhos pela dor em meus ouvidos. - Você é igual a minha família, não importa o quanto eu tente, você sempre vai acabar me rejeitando no final e eu estou cansado disso. - Ouvi sua risada forçada. - E não se preocupe, eu pensarei em um jeito de te dar seu tão sonhado divórcio, eu já estou deserdado mesmo, não tenho nada a perder e seu pai com certeza o aceitaria de volta.

O que ouvi a seguir, foi apenas a batida da porta e pela sacada, pude vê-lo entrar em seu carro e ir embora.

Eu ainda fiquei uns bons minutos sentindo aquela raiva por todo meu corpo.

Eu não vou atrás dele, ele quem foi, ele que procure o caminho de volta para casa.

Embora eu esteja preocupado com o que pode acontecer com ele.

Tomei um banho demorado e fui deitar para dormir, eu ainda tinha aquele sentimento ruim em meu peito e uma dor incômoda.

Bam começou a arranhar a porta do quarto e eu a abri, deixando-o entrar, Bam subiu na cama e deitou-se comigo.

Eu o abracei e senti uma imensa vontade de chorar junto com pequenas dores que estava começando a aparecer em meu corpo, dores que eu nunca tinha sentido antes, o cachorro parecia um pouco inquieto, mas eu logo adormeci.

Jeon Jungkook

Quando ele disse que se arrependia...

- Você é um idiota! - Jimin começou a subir as escadas e eu o segui.

- Atualize sua lista de xingamentos, eu ouvi isso outro dia!

Ele parou em nossa porta e olhou para mim com o rosto todo molhado pelas lágrimas.

- Eu me arrependo de ter casado com você e se pudesse, nunca teria casado!

Quando ele me chamou de "ser desprezível".

- Quem te mandou isso?

- Você é um ser desprezível mesmo.

- Eu não fiz nada disso!

Traidor, cínico e ainda disse que infelizmente não poderia se separar de mim.

E agora, me chamou de...

Eu soquei o volante com força.

Por que eu aceitei isso tudo? A resposta é simples.

Eu me tornei aquilo que chamamos de trouxa.

Idiota e babaca.

Deixei uma risada escapar.

Fiquei tanto tempo sem sentir algo como aquilo que Jonghyun me fazia sentir, amor e segurança, que quando finalmente senti de novo, me apeguei em um nível extremo e comecei a ficar dependente daquele ômega.

Logo aceitava todas suas palavras ruins e me desculpava por erros que não eram meus simplesmente para que ele não me deixasse, eu não vou aceitar continuar com alguém que não tem controle de suas próprias palavras.

Eu aceitei meu pai falar aquilo tudo porque não tinha escolha, mas não vou deixá-lo falar assim de mim.

Não vou deixá-lo me ferir com palavras como eles fizeram durante todos esses anos, eu não me casei para passar por isso em minha própria casa, debaixo do meu próprio teto, eu realmente não me importo.

Eu o amo, mas eu me amo mais e por isso, não vou aceitar isso de cabeça baixa.

Era isso que te faltava, Jungkook.

Amor próprio.

Amor próprio para não aceitá-lo falar coisas sobre você apenas para que ele não fosse, que ele vá, mas eu não vou continuar ouvindo coisas que me machucam apenas com medo da rejeição e do abandono.

Eu já sou rejeitado e minha família inteira me abandonou, meu ômega fazer isso também não irá me prejudicar em absolutamente nada, só mais um para a lista de pessoas que me rejeitaram.

Eu já ouvi casos de alfas que sentiram uma terrível dor após ser rejeitado por seu ômega, e tenho quase certeza que foi isso que aconteceu comigo, entretanto, agora é diferente, se algum dia ele teve esse controle sobre mim, agora não tem mais.

Me rejeite o quanto quiser, Park Jimin, eu não me importo e tampouco me doerá.

Eu devo ter ficado traumatizado, sim, apenas traumatizado para aceitar tudo isso de boca calada e sem fazer nada, mas isso nunca mais vai acontecer.

Eu entrei naquele bar e pedi por duas doses de whisky, na mesma hora eu virei uma por uma em minha boca e pedi mais duas.

Eu estou tão decepcionado com você, Jungkook.

Quando você tornou-se tão fraco?

- Vai com calma, Capitão. - Yoongi disse sentando-se ao meu lado.

- Cuide da sua vida. - Virei a quinta dose e no momento seguinte, foi a sexta.

- Problemas?

- Você nem imagina o quanto. - Yoongi chamou o barman com a mão e pediu uma garrafa de cerveja. - Está com problemas também, é?

O alfa deu um sorriso triste.

- Sabe, é nessas horas que eu queria meu Capitão de volta... - Ele murmurou e bebeu um pouco do líquido. - Ele com certeza saberia me ajudar. - Para alguma coisa, ele servia pelo menos.

Eu suspirei.

- Vamos, pode falar. - Yoongi olhou-me. - Eu ainda sou seu Capitão. - Yoongi deu um de seus sorrisos, só ele mesmo para me fazer sorrir um pouco depois de tudo isso que aconteceu.

- Eu e Taehyung terminamos de vez.

- Desculpa, mas vocês tinham começado algo?

Ele forçou uma risada e negou com a cabeça.

- É, mas agora acabou... - A expressão de Yoongi caiu, ele fechou os olhos e espremeu os lábios, logo começou a fungar e de seus olhos saiam lágrimas enquanto seu corpo começava a tremer.

- Yoongi...

Nós dois fomos para fora do bar e Yoongi apoiou a testa em meu ombro enquanto eu o abraçava, um pouco sem jeito, mas eu tentava amenizar sua dor com carícias em seus cabelos.

- Eu não queria assumir isso nem para mim mesmo para não ser tão doloroso, mas eu não posso mais fugir daquilo que sinto e muito menos negar. - Ele olhou para mim. - Capitão, eu o amo e estou completamente apaixonado por ele. - Seus olhos me transmitiam uma dor tão grande.

Eu apenas o abracei fazendo-o deitar a cabeça em meu ombro novamente.

Ver Yoongi chorar estava sendo tão ruim, logo ele, que eu vejo sorrir o tempo todo.

- Por que eu comecei a amar alguém que nunca será meu? - Yoongi perguntou aos prantos.

Enquanto Yoongi chora por não poder ter Taehyung, eu e Jimin brigamos justamente por termos um ao outro.

- Quando foi exatamente que você começou a amá-lo? - Eu perguntei, embora não devesse.

Yoongi respirou fundo controlando suas lágrimas.

- Quando eu percebi que em todos os meus planos para o futuro, ele estava lá, sendo incluído sem eu ao menos perceber. - Ele disse. - Eu faria qualquer coisa para ele ser meu, não quero que ele vá, eu sei que tenho apenas 20 anos, mas se o pai dele permitisse, eu não me importaria em me casar com ele porque eu tenho certeza que somos um do outro. - Eu engoli a saliva.

- Se eu pudesse, eu faria algo para ajudá-lo, mas eu não posso, eu nem mesmo lembro quem é meu sogro. - Yoongi riu mesmo que estivesse chorando. - Eu espero que fique tudo bem entre vocês. - Seu telefone apitou e ele o olhou.

- Eu tenho que ir.

- Aonde?

- Até ele, eu acabei esquecendo minha arma lá. - Ele limpou o canto dos olhos e passou sua camisa em seu rosto. - E o senhor?

- O quê?

- O que aconteceu com o senhor? - Eu soltei um longo suspiro.

- Jimin me disse coisas que me machucaram... Pela terceira vez...

Yoongi franziu o cenho, passou a mão no canto dos olhos e em seguida me deu um forte abraço.

- Eu não sei o que ele disse, mas eu te amo e nada do que ele disse é verdade.

- Eu também te amo, Yoongi...

Ele me soltou e foi até sua moto.

Eu soltei um longo suspiro e decidi que deveria ir também.

Eu não sei para onde devo ir, eu estou me sentindo tão sozinho agora.

Eu estacionei o carro naquela rua que eu bem conhecia, abri a porta e desci do carro, em seguida caminhei até o portão, onde dei algumas batidas e não demorou muito para ele ser aberto.

- O que você-

- Me deixa ficar aqui, eu não tenho mais nenhum lugar para ir e aqui é um dos únicos lugares que eu tenho a visão de ser meu lar... - Eu disse para Namjoon.

Ele soltou um longo suspiro e deu espaço para eu entrar.

- O que aconteceu? - Namjoon perguntou.

Seokjin estava descendo as escadas e quando me viu, sua expressão de dúvida e preocupação me fizeram querer abraçá-lo e foi isso que eu fiz, eu não entendia o porquê, mas por alguma razão, eu senti como se precisasse de seu cuidado.

Do cuidado de um omma.

- Aí, meu amor... - Ele me abraçou de volta e ficou fazendo carinho em meu cabelo.

Eu não sei ao certo quanto tempo ficamos naquele abraço, nem mesmo sei o que aconteceu ao redor eu só sei que ele me convenceu a ir tomar banho e se trocar para dormir, pois estava tarde e eu ainda teria que trabalhar no dia seguinte.

Tinha algumas roupas minhas em um dos quartos que eu logo reconheci como aquele que eu dormi pela primeira vez no dia 23 de Dezembro de 2015, eu não demorei muito, escovei os dentes e saí, Seokjin já estava me esperando sentado na cama.

Eu me deitei em seu colo e ele ficou fazendo cafuné em meus cabelos, seu cheiro estava me trazendo um conforto que nem eu mesmo sabia explicar, não só isso, ouvir seu coração e o do filhote também me faziam sentir relaxado.

- Você quer falar o que aconteceu? - Ele perguntou baixo.

- Eu e Jimin tivemos uma discussão...

- Por quê?

Eu odiava isso, mas não conseguia segurar.

Eu comecei a chorar no colo do ômega, simplesmente comecei a chorar.

- Jimin me disse coisas que me machucaram, eu não lembro ao certo, mas eu realmente não acho que eu tenha feito coisas que lhe deram o direito de me dizer aquelas coisas. - Seokjin continuava a me ninar e a limpar meu rosto conforte as lágrimas desciam. - Eu não escolhi nascer um lúpus, eu não tenho culpa se me irrito com facilidade, mas jamais o machucaria, Seokjin, ele me prendeu como se eu fosse um animal e também me chamou de...

- Shh... - O ômega fez e eu fechei os olhos fortemente. - Vai ficar tudo bem. - Seokjin continuava a acariciar meus cabelos. - Vocês precisam conversar, você precisa dizer isso a ele.

- Eu não quero conversar com ele.

- Não agora, mas você vai. Ele ainda é seu esposo, não deixe que isso acabe com seu casamento, vocês se amam, e todo mundo erra, você aprendeu com seu erro agora será a vez dele.

Seokjin continuou com suas carícias em meus cabelos, até que eu estivesse quase dormindo.

Talvez fosse pela bebida, ou porque eu já estava cansado daquele dia, mas não demorou muito para que eu dormisse após eu deitar no travesseiro, Seokjin puxar a coberta até meu pescoço e deixar um beijo demorado em meus cabelos.

- Boa noite, Jungkook. - Senti seu polegar em minha bochecha.

- Obrigado, omma...

E adormeci.

Naquela manhã acordei apenas com um mal estar, nada além disso, eu levantei e fui até o armário, eu só não esperava que também fosse cair uma caixa cheia de coisas após eu abri-lo.

- Merda. - Murmurei bufando em seguida. - Espera, o que são essas coisas? - Era uma caixa com um monte de cartas.

Todas datadas, com o ano de 2015 e uma delas me chamou a atenção, ela foi escrita em 2016, também parecia que havia algo dentro dela e assim que a abri, eu vi o que era.

Era meu colar com a letra "J".

O colar que Jonghyun me deu.

- Você não vai vim jantar?

- Sim, eu só vou terminar isso aqui. - Seokjin assentiu e fechou a porta do quarto.

Hoje é dia 11 de fevereiro de 2016, pois é, meu aniversário, parabéns para mim, Jonghyun.

Eu sei, eu sei.

A última vez que escrevi uma carta, foi dia 30 de Dezembro e talvez você deva estar se perguntando porque eu apareci de novo só agora e não no Ano Novo, e nos dias seguintes, acontece que eu simplesmente não tive tempo.

E por quê? Simples, Namjoon conseguiu me convencer a permanecer no quartel e seguir carreira militar, inclusive esse é um dos porquês eu não tive tempo, estive estudando para aquela prova para ser Tenente e a outra razão é porque agora estou cuidando de quatro alfas.

Sim, eles ainda estão sob meus cuidados, mas de certa forma eles estão mais maleáveis, exceto o Yoongi, você lembra dele? Min Yoongi me faz querer gastar meu réu primário o tempo todo e eu devo manter a calma, se não eu realmente o mato.

Mas voltando...

Eu estive estudando e cuidando deles, mas também há outra razão, a mais importante de todas e espero que você fique feliz por essa em específico.

Sabe Jonghyun, eu comecei a escrever cartas porque eu me sentia sozinho, não havia quem eu conversar ou dividir alguma coisa banal sobre meu dia, mas agora eu tenho eles.

Lembra daquele vazio? Eu já não o sinto com tanta frequência mais, eles simplesmente fazem tudo e quero agradecer também por meu pedido de Natal ter sido realizado, mesmo que tenha sido através de quatro pequenos delinquentes...

Sendo assim, aqui eu me despeço de você e essa será minha última carta.

Eu espero vê-lo em breve para contar pessoalmente sobre tudo isso que estou vivendo agora e quero também agradecê-lo por ter estado comigo durante esses últimos anos, mesmo depois de já ter ido.

Agora eu posso deixá-lo ir de uma vez, prometo não importuná-lo mais com minhas reclamações, até porque agora tem quatro pessoas para me ouvir e espero que esse número aumente.

Então, adeus Jonghyun, até mais.

De: Kookie.

Para: Jonghyun.

É, Jonghyun... Agora eu tenho muitas pessoas que se importam comigo e ainda tem uma a caminho.

Peguei o colar e o coloquei em meu pescoço.

- Mas eu ainda o quero por perto de algum modo, ok? - Eu disse olhando para o nada e sorri.

Me senti melhor depois disso, eu desci as escadas e Namjoon estava colocando a mesa do café da manhã.

Sentei-me no mesmo lugar de sempre.

- Está melhor? - Ele perguntou e eu assenti. - Fico feliz com isso. - Namjoon colocou a mão em minha cabeça e eu sorri mais ainda.

Eu comi um pouco rápido, precisava ir até o quartel, eu tinha uma farda extra lá.

E assim eu fiz, eu peguei a farda em meu armário e fui até o dormitório dos meninos, o que eu não esperava era encontrar Jongho dormindo de conchinha com Mingi, aliás, eles eram os únicos daquele recinto.

Jongho acordou primeiro e olhou para mim.

- Capitão...

- Jongho. - Mingi pareceu aconchegar-se mais a Jongho e ele ficou um pouco vermelho.

- Ok, isso aqui não é muito da sua conta.

- Aham.

- O que está fazendo aqui a essa hora da manhã? - Ele olhou para o ômega. - Ele não vai acordar assim, tem um sono muito pesado. - Disso eu entendia.

- Eu briguei com Jimin, ele me rejeitou pela sei lá qual vez e aqui estou eu.

- Devo mandar uma mensagem para Wonwoo preparar uma maca para o senhor? - Eu franzi o cenho.

- Por quê?

- Da última vez que ele o rejeitou, o senhor teve abstinência. - Eu soltei uma risada nasal. - É sério.

- Eu acredito em você, Jongho. - Passei por sua cama. - Eu vou só tomar banho e me vestir, ok? - Ele assentiu e beijou a testa de Mingi que o abraçou ainda mais. - Bom dia e boa sorte com ele.

- Obrigado? - Nós rimos - Príncipe... - Ele começou a distribuir beijinhos no rosto do ômega que pelo visto começou a acordar.

Eu fechei a porta do banheiro e coloquei minha farda no cabide, tomei um banho rápido, apenas joguei água no corpo e a peguei para vesti-la.

(...)

O dia passou rápido, logo já anoitecia novamente.

Yoongi não apareceu no quartel e eu estranhei bastante isso, na verdade, ele apareceu apenas de noite e sua feição ainda estava cabisbaixa e triste, também senti o cheiro de Taehyung em suas roupas e ele estava bem forte.

Eu preferi não perguntar nada, embora tivesse um grande sinal de interrogação em minha cabeça.

Eu estava certo de que voltaria para casa, não que eu quisesse, mas não havia muita escolha, devemos conversar sobre isso, afinal, eu o amo e ele é minha alma gêmea, não posso simplesmente deixá-lo ir assim.

Bom, pelo menos não antes de lhe dar a chance de talvez se redimir pelo o que fez, todos merecem uma segunda chance.

Eu peguei meu casaco e ouvi um pequeno ruído, como de um pequeno metal batendo contra o chão.

Eu fechei meu casaco e quando olhei para o chão, lá estava ela.

Minha aliança.

Agora que me lembrei, eu tinha a tirado para tomar banho sim, só que a coloquei no bolso desse casaco e o trouxe para o quartel.

Eu me abaixei para pegá-la.

Jeon Jimin.

- Jeon Jimin... - Eu ainda sentia um pouco de raiva do que aconteceu, mas ao mesmo tempo ele estava indo embora e um sentimento de saudade estava adentrando meu peito.

Eu coloquei a aliança em meu dedo anelar e no segundo seguinte, eu acabei me desequilibrando e me apoiei na pia, olhei para o espelho e meus olhos estavam violetas.

O quê?

- Você, Park Jimin, aceita Jungkook como seu marido? Prometendo priorizá-lo acima de tudo, prometendo cuidar dele e prometendo ser paciente?

- Sim, eu aceito. - Colocou a aliança em meu dedo anelar. - A partir de hoje, iniciaremos uma nova vida juntos e eu prometo priorizá-lo, estar ao seu lado independente do que aconteça, ser fiel à você e respeitá-lo.

- Você, Jeon Jungkook, aceita Jimin como seu esposo? Prometendo priorizá-lo acima de tudo, prometendo cuidar dele e prometendo ser paciente?

Eu peguei o anel na caixinha e também sua mão esquerda.

- Sim, eu aceito. - Coloquei a aliança em seu dedo anelar.

- Hoje, faço de você meu esposo, até que a morte nos separe. Prometo ser paciente. Prometo ser cuidadoso. Prometo apoiá-lo. Serei fiel à você e sempre o respeitarei. E eu prometo priorizá-lo acima de tudo.

- Pelo poder investido em mim, eu os declaro casados.

Uma forte dor de cabeça me atingiu.

Seus olhos desceram para meus machucados e seu olhar tornou-se preocupado e assustado.

- O que aconteceu com você? - Ele perguntou vindo até mim e olhando-os mais de perto.

Jimin tocou os hematomas em minha barriga e eu tive um salto interno seguido de um baixo gemido de dor.

- Me desculpa.

- Não, não é sua culpa, pare de pedir desculpas. - Jimin olhou para meu braço enfaixado. - Foi só um corte leve, nada sério, eu estou bem. - Vesti minha camisa e eu acho que ele simplesmente esqueceu que eu estava com a pele sensível.

Pois ele me abraçou e eu tive que reprimir um gemido de dor.

Lentamente, eu o envolvi em meus braços e a dor foi sumindo.

- Eu pensei em você. - Eu disse com o queixo encostado no topo de sua cabeça.

- Eu não parei de pensar em você um minuto sequer. - Ele me apertou e eu mais uma vez o reprimi.

Eu estava me lembrando de tudo.

- Até que você sabe cantar bem... - Ouvi-o dizer.

- Eu tenho meus talentos. - Respondi. - I still wanna be your favorite girl... - Cantei olhando-o um pouco voltando a olhar a estrada. - I wanna be the one... I might just be the one...

- O grammy está perdendo esse talento.

- Jura? Acha mesmo que eu devo tentar ser cantor ainda? Será que dá tempo? Eu já tenho 25.

- Para os norte-americanos não precisa de muito para fazer sucesso. - Fingi uma feição ofendida. - Na Coréia, você treina desde muito cedo sem previsão de quando vai debutar, tem muitos que nem debutam e treinaram bastante.

- Assim você me magoa.

- Eu não ligo. - Ele bocejou. - Eu não dormi com essas roupas.

- Você não queria que eu o trouxesse com roupa de dormir, não é?

- É, você está certo. - Jimin ainda estava um pouco lento.

O processador mental dele ainda estava carregando pelo visto.

Ele arregalou os olhos, olhou para si mesmo, olhou para mim, olhou para ele e ficou nesse looping por vários segundos.

- Jeon Jungkook!

- Jeon Jimin?

- Não me venha com "Jeon Jimin"! - Eu tive que rir.

A primeira vez que o toquei.

Quando o mordi e nossas almas se reconheceram.

Nós dois apaixonados um pelo outro.

Primeira vez que disse que o amava.

Tudo havia voltado.

Minha memória voltou.

- Capitão, você está bem? - Mingyu perguntou-me após eu entrar no dormitório deles.

Eu soltei um longo suspiro.

- Sim, eu me lembrei de tudo, minha memória voltou.

Os quatro me olharam boquiabertos.

- O senhor lembra de tudo mesmo? Até essa última semana?

- Sim, mas parece mais que foi um sonho... - Eu apertei os dedos em minha cabeça massageando-a.

Hoseok veio até mim e me abraçou.

- Eu senti sua falta... - Eu ri baixinho.

Logo, Yoongi também veio, Mingyu e, surpreendentemente, Jongho.

- Eu preciso ir para casa e conversar com Jimin. - Eu disse e eles me soltaram.

Eles assentiram.

Peguei minhas coisas e fui para meu carro, estar meio que de volta era tão estranho depois desse tempo, mas ao mesmo tempo eu me sentia aliviado, eram tantas coisas que eu não sabia e isso me intrigava por não lembrar.

Na verdade, eu não sabia ao certo o que eu estava sentindo, eu sei que estava ansioso para vê-lo e também sentia uma certa culpa por tudo o que eu disse, eu não deveria ter sido tão estúpido.

Após guardar o carro na garagem, não precisou de muito esforço para eu saber que Jimin havia saído de casa de novo.

Eu respirei fundo com a mão no rosto.

Provavelmente foi para o apartamento de Taehyung de novo.

Mas diferente da última vez, eu não sentia aquela dor de cabeça, na verdade, eu deveria estar mal desde o início do dia, mas nada estava acontecendo.

Eu não tinha sentido sua rejeição como da última vez, dessa vez ele não me machucou.

Deitei-me em nossa cama e senti seu cheiro em meu travesseiro, não só ali como no quarto inteiro, uma coisa que nós conseguimos fazer é sentir as emoções do ômega através do cheiro e eu não entendia porque eu estava sentindo medo e pavor pelo cheiro de Jimin.

Eu franzi o cenho, mas deixei-me ser levado pelo cansaço.

Minha noite foi conturbada, eu não havia conseguido dormir direito, eu sentia alguém me chamando.

Era Jimin.

Com certeza era meu ômega chamando por seu alfa.

Algo estava muito errado.

Eu me levantei às pressas e fui até meu computador no escritório, eu vou atrás dele, não me importa de quem é a culpa, resolveremos isso depois.

Eu abri o aplicativo que continha o rastreador da coleira do Bam e vi que ele estava no apartamento do Taehyung.

Peguei minhas coisas e fui até lá.

Eu estava tão nervoso por vê-lo, eu nem sabia como começaria essa conversa.

Eu bati na porta algumas vezes e Bam começou a arranhá-la, a porta se abriu e era Taehyung, eu bufei por não ser meu esposo.

- Olhe só, um idiota.

- Cala a boca, Taehyung. - Passei por ele. - Onde está Jimin?

- Ele foi até a padaria, não vai demorar muito para voltar.

Sentei-me no sofá e comecei a bater o pé impacientemente.

- Por que disse aquelas coisas? - Claro que Jimin o contou tudo.

Eu revirei os olhos.

- Taehyung, seu irmão também não foi totalmente bom comigo, ninguém ouve essas coisas calado por muito tempo, se você soubesse de tudo, entenderia e daria razão para o meu surto.

Ele respirou fundo.

- Espera aí, desse jeito. - Ele arregalou os olhos. - Você se lembrou.

- Sim, eu voltei ao normal, satisfeito? Agora cadê esse ômega?

- Quando isso aconteceu?

- Ontem.

- E por que você veio só hoje? - Minha mão estava tremendo, eu sentia um certo desespero crescer de maneira silenciosa e eu não estava entendendo nada.

- Taehyung, cadê esse homem? - Eu perguntei.

Na mesma hora, foi como se tivesse um fone em meus ouvidos e uma música soasse de repente.

Eu o ouvi, mas ele não estava ali, não era um chamado qualquer.

"Socorro."

Era um pedido de socorro do meu ômega.

Meus instintos se acenderam como uma chama.

Jimin está em perigo.
































Até mês que vêm!

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