chapter seventeen
Jeon Jimin
Eu senti que algo estava errado.
Naquela hora, eu tinha voltado para casa para pegar algumas roupas e depois voltar para o apartamento de Taehyung de novo, justamente por achar que ele estaria no quartel, mas ele não estava. Jungkook estava com muita febre, nós geralmente não ficamos tão doentes assim, o que ele estava sentindo era completamente emocional pela sua dependência em mim.
Isso acontece quando alfas se sentem rejeitados e são deixados por seus ômegas, ele sentiu a rejeição e logo depois eu o deixei, passamos dois dias sem contato nenhum e bem, isso aconteceu.
Mesmo que ele tenha esquecido de mim durante esses dias, eu ainda estava por perto e ele não sentiu-se rejeitado até aquela hora.
Eu precisava fazer isso, ficar longe dele por alguns dias, não foram muitos, mas eu precisava de um tempo só para mim e também eu fiz isso na intenção dele sentir, e ele sentiu, Jungkook parecia estar tão aliviado em me ver, seu desespero em eu deixá-lo de novo era notável.
Ele quase implorou para que eu ficasse.
Eu estava com tanta raiva dele, estava tão triste pela nossa situação que minha única atitude viável foi sair de casa por um tempo. Não me arrependo de ter feito o que fiz e se eu precisar, eu farei de novo e ainda por mais tempo e para mais longe ainda, eu simplesmente cansei.
Não foi a primeira vez que ele me deixou de lado por causa do trabalho, foi a segunda vez e eu não estou disposto para haver uma terceira vez, não quero ter que passar por isso por uma terceira vez.
Outra coisa que percebi é que ele é desatento, por mais que eu esteja acostumado a ser entendido em poucos sinais, com ele é totalmente diferente. Jungkook é o tipo de pessoa que nós precisamos estar falando tudo porque se deixarmos para ele adivinhar e entender por si só, não teremos nenhum resultado.
Ele continuará a agir da mesma forma.
A comunicação é um dos principais pilares em um relacionamento.
Eu realmente não queria ter que falar aquelas coisas, mas eu precisava que ele soubesse exatamente o que eu queria dele, porque agora que eu falei, não tem como ele dizer futuramente que não sabia dessas coisas.
Agora ele sabe de tudo.
Eu realmente espero que ele mude e não me decepcione, que não me dê falsas esperanças.
No dia seguinte, ele já estava recuperado, foi como se nem tivesse sentido dores nos últimos dois dias, inclusive ele foi correr com o Bam e pior, me motivou a ir junto com ele.
E pior! Eu fui...
- Próxima vez que você me vier com essas ideias, eu mato você. - Jungkook deixou uma risada escapar.
- Estou tentando fazê-lo ter uma vida saudável.
- Eu estou muito bem sendo sedentário, e estou muito saudável também. - Ele negou com a cabeça.
Eu estava nas costas de meu marido, ele estava me carregando porque eu não aguento mais andar. Como esses dois conseguem correr tanto e ainda ficarem bem? Eu nunca vou entender isso.
- Posso ter vida saudável sem ter que fazer esforço físico.
- Podemos fazer outros tipos de atividades físicas, em diversas posições, o que acha? - Meu alfa perguntou virando o rosto para me olhar.
Como eu estava com o queixo apoiado em seu ombro foi fácil para ele estar próximo ao meu ouvido.
- Imagine só, você de costas apoiado em meu peito, enquanto eu te boto com força... - Sua voz não passou de um sussurro e eu tive que fechar os olhos pelo arrepio que passou pela minha espinha. - Você gritando meu nome, pedindo que eu vá mais rápido, suas unhas cravadas em minha nuca, ao mesmo tempo em que estou beijando e chupando seu pescoço... - Seus lábios tocaram levemente meu rosto.
O ar quente que saia de sua boca me fez suspirar.
Eu deixei uma risada provocativa escapar e encarei seus olhos claros.
- O que me diz?
- Digo que você deveria escrever um livro erótico. - Eu disse. - Caso não seja capaz de cumprir tudo o que está propondo, pelo menos estará treinando sua escrita.
- Acha que não sou capaz?
- Eu nunca disse isso.
- Mas insinuou.
- Jungkook, eu lembro bem de alguém bastante inseguro na cama há uns dias atrás. - Fiz uma expressão pensativa.
- Viu, amigo, é isso que ganha por querer ser cuidadoso com seu esposo na primeira noite dele. - Jungkook pega as chaves e abre o portão, Bam logo corre em direção a tigela d'água na garagem. - Eu não estava inseguro, estava com receio de machucá-lo, mas...
Ele abriu a porta da sala e me jogou no sofá.
- Não se preocupe, não me terá mais tão cuidadoso na cama, eu vou pensar só em meu próprio prazer e bem estar.
- Daí, eu peço divórcio.
- Seria bem engraçado você justificando o pedido de divórcio. - Ouvi sua risada e eu também tive que rir.
Ele ficou entre minhas pernas e com o rosto em meu pescoço, onde ele distribuía beijinhos.
Como esse homem não está com cheiro ruim e nem suado?
- Mas - Ele parou com a boca próxima a minha. - não teremos que passar por isso. - Nem mesmo tive tempo para formular qualquer coisa.
Seus lábios interromperam qualquer linha de raciocínio que eu tivesse.
Minhas mãos puxavam mais seu rosto para mim, sua língua estava me deixando excitado e ele apertava minha cintura.
- Capitão.
Nós dois reviramos os olhos com o som do walkie-talkie.
- Joga essa porcaria na piscina.
- Não temos piscina. - Eu bufei e ele se esticou para pegar o aparelho. - Diga.
- Temos uma nova missão, mas o planejamento precisa ser rápido, é para hoje a noite. - Era a voz de Mingyu. - O senhor está bem para retornar? - Ele olhou para mim.
- Espere um momento.
- Entendido.
- Você tem que ir, não é? Já está bem. - Ele assentiu. - Então vai.
- Você quer que eu vá?
- Querer, eu não quero, mas parece ser importante. - Respondi.
- É importante, todas as missões são importantes. - Coloquei os braços em volta de seu pescoço e Jungkook ficou com o rosto próximo ao meu. - Você não vai ficar chateado, não é? Você vai embora-
- Hey... - Coloquei a mão em sua boca. - Entenda, eu sei o quanto você ama seu trabalho e eu não quero que pare de fazê-lo, só não quero que me deixe de lado novamente, entendeu? - Meu marido balançou a cabeça positivamente. - Sendo assim, está tudo bem. - Jungkook aproximou-se e me beijou.
- Capit-
Ele jogou o aparelho longe.
Tomara que não tenha quebrado...
Meu marido me beijava intensamente, ele tombou a cabeça para o lado oposto ao meu e mordeu meu lábio inferior.
- Vai embora logo. - Eu disse entre um beijo e outro, ele assentiu, mas continuou me beijando.
- Eu estou indo...
- Tá bom...
- Mas que inferno, eu vou recorrer a minha licença de casamento.
- Também acho uma boa ideia. - Suas mãos apertavam minha cintura e ele parecia estar em uma batalha interna. - Se você não for agora, eu não vou deixar você ir mais. - Jungkook suspirou e tirou as mãos de minha cintura.
Ele se levantou e passou a mão no cabelo.
O alfa subiu as escadas, eu estava querendo rir de seu drama.
[...]
Jungkook despediu-se de mim com um beijo e foi para o quartel, eu gostei de sua atitude, mas ainda não vou me iludir, está tudo muito recente.
Eu estive com Bam por toda a manhã, sentei-me no sofá e ele veio para perto de mim, então enquanto eu lia um livro, eu também estava fazendo carinho nele.
Se o Jungkook me decepcionar, pelo menos eu tenho o Bam não há, mas se tivesse opção de divórcio em um futuro, eu com toda certeza brigaria pra ficar com ele. Me pergunto se ele também entraria em abstinência caso ficasse sem mim, preciso testar isso.
Já pensou? Os dois sofrendo pela minha ida, bom que podem consolar um ao outro.
Eu peguei meu telefone e liguei para Taehyung, eu realmente não queria cozinhar então poderia chamá-lo para almoçar.
- Taetae!
- Oi, Minie.
- Que animação é essa?
- Ah, eu estava correndo.
- Você e Jungkook se odeiam, mas são idênticos. - Mentira, eles se amam no off.
- Não fale desse alfa comigo, eu quero mais é que ele morra. - Eu tive que rir. - Espera, não, também não é assim... Que ele fique inconsciente por alguns dias, pronto, tá melhor! - Neguei com a cabeça.
- Vamos almoçar juntos?
- Eu já almocei, estou indo para meu treino daqui a pouco. - É verdade, ele ainda treina mesmo depois que saímos da Nova Zelândia - Mas e aí, como estão vocês dois? Bateu nele?
- Bati, mas ele nem sentiu.
- Bate naquele lugar para ver se ele não sente rapidinho. - É impossível não rir enquanto conversa com Park Taehyung. - Já conversou com ele sobre mês que vem? - Perguntou.
- Não. - Soltei um suspiro. - Eu estou enrolando.
- Aproveita que ele está nessa fase de querer se redimir e peça.
- É, você está certo...
- Além disso, use as armas que você tem, irmão, se é que você me entende.
- Que tipo de virgem você é?
- O tipo informado. - Mais uma vez, eu ri e ele também. - Bem, até mais.
- Tchau, se cuida.
A chamada foi encerrada e eu respirei fundo jogando-me para trás no sofá.
- Que tédio... - Revirei os olhos.
Será que o Jungkook já almoçou? Se sim, ele vai almoçar comigo de novo, não importa.
Tomei um banho demorado, coloquei uma calça jeans e uma camisa preta com mangas longas, passo o perfume, hidratante corporal e por fim ajeito meu cabelo.
Pego minha bolsa, verifico se meu celular está lá, desço as escadas e caminho até o portão.
Não levarei Bam, porque estou indo encontrá-lo para almoçar e seria ruim deixá-lo no carro.
O que diabos tem mês que vem? Simples, é o aniversário do meu pai e nós sempre vamos, porque também sempre há festa e esse ano não será diferente. Só que tem essa questão dele ser super protetor, então pode ser que ele não deixe eu ir sozinho com Taehyung e ele não vai querer ir por não gostar de nada que envolva um ambiente familiar.
E eu não faço ideia de como irei abordá-lo sobre esse assunto, ainda mais agora, depois do que aconteceu.
Eu peguei um táxi na saída do condomínio, eu que não ia andar muito depois do que ele me fez passar hoje de manhã. Lhe entreguei algumas notas, ele agradeceu e eu sai, também agradecendo por não ter sido morto nem nada do tipo. Quando eu desci na frente do quartel, logo os soldados que estavam ali na frente viraram-se para me olhar e também cochichavam enquanto olhavam para mim.
Algum deles faltavam babar enquanto me encarava, eles simplesmente não paravam de me olhar, eu já estava ficando nervoso e envergonhado, pior, a maioria era alfa, mas até os ômegas e betas estavam olhando para mim.
Será que não viram que sou marcado? Não reconhecem o cheiro do próprio superior ou o cheiro dele em mim está fraco?
Eu tive que passar entre dois alfas que cuidavam da porta de entrada, eles nem mesmo disfarçaram, me encararam sem se importar, eu passei por eles e felizmente a recepção estava quase que vazia e mais confortável que lá fora.
Vi as fotos penduradas na parede, eram de soldados segurando suas quepes militares com as duas mãos na frontal para baixo, só que um deles em especial me chamou mais a atenção. Era a foto de um homem moreno, lábios finos, ele tinha um olhar intenso como se visse toda sua alma através deles e os cabelos perfeitamente alinhados, vestindo a farda de gala. Em seu peito estavam suas medalhas e algumas barretas, já no outro peito estavam duas barrinhas prata, que significava sua patente: Capitão.
Ele era tão familiar.
- Com licença. - Olhei para o lado.
Um garoto, um alfa, obviamente mais alto que eu, moreno e com traços asiáticos, usando farda e pelo o que vi, ele era apenas um Cabo.
- O senhor está precisando de alguma ajuda? Me chamo Lee Woozi.
- É um prazer conhecê-lo, e sim! Preciso de ajuda. - Eu disse. - Mas antes, você pode... - Indiquei o mural de fotos e ele assentiu.
- Ah, bem, esse é o mural de soldados que perdemos ao longo do ano, seja em batalha ou não. - Eu já sabia disso, mas deixei que ele falasse.
- Sabe me dizer sobre esse aqui. - Apontei para o loiro.
Ele balançou a cabeça positivamente.
- Esse era o Capitão Jeon Jonghyun. - Jeon Jonghyun? - Ele morreu há dez anos atrás, como o senhor pode ver aqui. - Eu não tinha visto a plaquinha dourada ali embaixo.
(1989 - 2011)
Ele morreu tão novo...
- Dizem que ele foi um dos melhores capitães dessa Companhia, claro que não pude conhecê-lo. - O alfa soltou uma leve risada baixa. - Mas é o que dizem e creio que seja verdade, afinal, os Jeon's fazem história há algum tempo já.
- Ele era parente do Jungkook?
- Do Capitão Jeon? Não, não, ele veio da Nova Zelândia, lá é bem comum os sobrenomes Kim, Jeon, Lee... - É, de fato.
Balança uma árvore, cai milhares com esses sobrenomes, tinha até uma lei que proibia casais que tinham o mesmo sobrenome se casarem, mas felizmente aboliram pelo óbvio.
- Conhece o Capitão? - O cheiro dele realmente está fraco em mim.
- Sim, eu esqueci de me apresentar, sou Jeon Jim-
- Jeon Jimin? Esposo do Capitão Jeon? - Ele parecia desesperado. - Perdoa-me senhor se lhe desrespeitei ou não o tratei formalmente como deveria. - Coitado, imagine se também soubesse que sou filho de um General.
- Não se preocupe com isso, você foi bem educado. - Mexi em seus cabelos. - Pode me mostrar onde fica a sala dele?
- Sim, senhor. - Ele me deu um espaço. - Por aqui, por favor. - Tem o lado bom em ser esposo de militar.
Woozi me levou até lá, passamos por diversos corredores e salas, claro que também fui o centro das atenções dos soldados que estavam por ali e ele parecia todo protetor lançando olhares desaprovativos para os colegas.
- Aqui é a sala dele. - Estava escrito "Capitão Jeon Jungkook" na porta. - Ele pediu para não ser interrompido, estão planejando alguma missão maluca. - Eu ri de seu tom. - Quer que eu bata na porta para o senhor e avise que está aqui? - Neguei.
- Não se preocupe, obrigado por ter me trago até aqui.
- Não há de quê, senhor Jeon. - Ele me deu um aceno e virou-se para voltar a recepção.
Abri a porta um pouco, apenas um pouco e eles nem perceberam.
- Hey, olhem lá, os soldados parecem desnorteados. - Yoongi disse olhando pela janela. - Capitão, o senhor não consegue adivinhar o porquê? - Ele estava sentado em frente a mesa olhando para o teto.
- Pra que você quer saber? Deveria estar preocupado com o plano.
- Eu não consigo pensar em nada se estou com fome, o senhor não quer nos deixar ir almoçar. - Hm, então ele não almoçou, isso é ótimo. - Vai, fala.
Jongho estava sentado mexendo em uma arma de precisão, o pequeno Hobi estava brincando com os dedos, Mingyu estava encostado na parede olhando pela janela com Yoongi e tinha um homem, um ômega, que também olhava pela janela com eles.
- Estou curioso para saber o porquê. - Ele disse, meu marido se ajeitou um pouco na cadeira e inclinou um pouco a cadeira.
- Estão falando a respeito de um ômega que estava na recepção, baixo, cabelos loiros, pele branca, ele estava usando calça jeans e blusa branca, estão dizendo que sua clavícula é bem atraente... - Jungkook franziu o cenho. - Se eles fossem tão atentos em missões quanto foram com esse ômega, teríamos muito mais missões bem sucedidas, vocês não acham?
- Também acho. - Jongho disse.
- Agora estão dizendo coisas obscenas que não vale a pena repetir.
- Quem será que é esse ômega? - Yoongi perguntou.
É agora minha deixa?
- Baixo, cabelos loiros, pele branca... - Ele repetiu pensativo.
Dei algumas batidas na porta e todos se viraram para mim.
- Oi.
Os alfas fizeram expressões surpresas e de repente estavam reprimindo um sorriso, eu também estava me segurando quando vi que ele estava a ponto de surtar.
- Jeon Jimin!
- Jeon Jungkook. - Fechei a porta e fui caminhando até ele. - Vamos almoçar juntos?
- O que você está fazendo aqui?
- Vim te chamar para almoçar comigo, vamos? - Jungkook forçou uma risada e prensou a língua na bochecha.
Ele estava estressado e eu ainda segurava a risada como os outros.
Cheguei perto dele, felizmente as cadeiras eram daquelas giratórias, portanto foi fácil fazê-lo virar e sentar em seu colo.
- Você está estressado? - Perguntei da forma mais inocente possível.
- Não sei, você acha que eu estou? - Coloquei a mão em seu rosto.
- Então, vamos almoçar juntos ou não? Vocês podem ir com a gente. - Eu disse olhando-os e quase tive uma crise de riso.
Até mesmo Jongho estava querendo rir.
- Então vamos, estou morrendo de fome! - Yoongi disse com a mão em sua barriga.
- Ele não quer deixar a gente ir. - O mais novo reclamou.
- Mas nós vamos.
- O Capitão do Capitão. - Jongho falou baixo enquanto ria.
- Certo, nós vamos. - Meu marido disse. - Podem ir, nós já vamos. - Yoongi foi o primeiro a sair da sala, logo depois foram Jongho, Hoseok e os outros dois que pareciam ser um casal. - Jimin.
- Não é culpa minha.
- Óbvio que não. - Ele segurou meu queixo e me puxou para me beijar. - Estou com uma imensa vontade de matar todos eles pelo modo que falaram sobre você.
- Só você pode dizer coisas obscenas sobre mim? - O provoquei e sua mão que estava em meu queixo segurou firmemente meu pescoço.
- Não me provoca. - Disse entre os dentes.
Até mesmo seus olhos se acenderam e eu tive que forçar os meus a se acenderem também.
- Quem está lhe provocando?
Antes que ele pudesse fazer mais alguma coisa, eu me inclinei e uni nossos lábios em um selinho demorado, mas é claro que ele não quis só isso, logo sua mão foi para trás da minha cabeça e Jungkook segurou minha nuca.
Abri mais a boca para receber o contato de sua língua sobre a minha, eu estava a ponto de desabotoar sua farda e me entregar ali mesmo, mas não podíamos e aquilo era bem frustrante, eu sentia falta dele,
- Eu quero tanto você... - Ele murmurou com a voz rouca. - Porque veio em uma calça apertada? Se fosse folgada já estaria no seu segundo orgasmo. - Eu neguei com a cabeça.
- Vamos logo.
- Primeiro você tem que sair de cima de mim.
- Primeiro você tem que soltar meu pescoço e minha nuca. - Totalmente contra sua vontade, mas ele fez e eu me levantei. - Obrigado, agora vamos. - Jungkook revirou os olhos e também se levantou.
- Me dá sua mão. - Eu a estendi e ele entrelaçou nossas mãos. - Vamos ver se eles vão falar algo agora.
Nós saímos de sua sala, dessa vez ninguém ousou olhar em minha direção e quando olhava logo desviavam quando recebiam o olhar de Jungkook. Woozi acenou para mim e eu acenei de volta, foi o único que me tratou de maneira respeitosa desde o início.
Lá fora, que foi onde mais tive esse problema, todos ficaram com os queixos caídos quando nos viram juntos, ele olhou para um grupo de soldados e bufou fortemente, sua mão livre estava fechada em um punho, Jungkook parecia querer ir até lá e bater neles.
Não só queria como quase foi, então para impedir possíveis acidentes, eu apenas segurei seu rosto e o beijei demoradamente, senti seu corpo relaxar e ele estava mais calmo.
Quando nos separamos, vimos que os meninos estavam nos observando, eu acabei ficando corado e escondi meu rosto na curva de seu pescoço.
[...]
- O nome dele é Kang Wonwoo - Jungkook diz apontando para o moreno ao lado de Mingyu.
- Eu sou da Quarta Companhia, e você é o ômega que deixou o Capitão em abstinência. - Todos rimos, exceto Jungkook que revirou os olhos.
Eu balancei a cabeça positivamente.
- Então é Doutor Kang? - Ele assentiu. - E vocês dois estão juntos? - Eu perguntei apontando para ele e Mingyu que corou imediatamente.
Jungkook riu alto seguido dos outros meninos.
- Não sabemos ainda, mas eles não se desgrudam desde que Mingyu o salvou. - Yoongi sussurrou e eu também ri. - Hobi, o que acha de pegarmos um sorvete? - O mais novo logo se levantou e acompanhou Yoongi até sei lá aonde.
Meu marido estava com o braço em volta de meus ombros e eu estava encostado nele, hora ou outra, Jungkook ia e deixava um beijo no topo de minha cabeça, logo também encosta a bochecha e inspira fortemente.
- Você pode falar sobre sua missão de hoje?
- Sim. - Ele respondeu e olhou para os lados antes de prosseguir. - Está rolando boato sobre um possível tráfico de pessoas aqui na Coréia. - Arregalei os olhos. - Recebemos a informação de que hoje haverá uma festa em uma mansão ao norte da ilha, nessa mansão tem um computador com algumas informações sobre isso, só que é uma missão muito arriscada por ter muitos criminosos em um só ambiente, qualquer mínima atitude já pode ser suspeita e a pessoa ser morta ali mesmo. - Realmente, missões como essas precisam de bastante descrição e saber agir como se fosse um deles ou como se não entendesse nada que passasse ali.
- Você vai nessa festa?
- Não posso, eu acredito que eles já conheçam meu rosto, então será como entrar em uma cova de leões e eu não sou Daniel. - Deixei uma risada escapar. - Tem que ser um desses quatro e tem outra coisa.
- Por que não manda o Mingyu?
- Eu não sirvo para esse tipo de missão. - O alfa me respondeu.
É, ele não serve mesmo.
Mingyu não é lá tão sociável e isso pode levantar suspeita, além de sua postura e jeito.
- Tem razão.
- Hey, não era para confirmar! - Eu e Jungkook rimos.
- Você realmente não serve, embora seria algo bom, poderíamos ir juntos. - Wonwoo disse e ele corou.
- Como assim?
Olhei para meu marido esperando por sua resposta.
- É um convite duplo, precisa levar alguém. - Entendi. - Jongho é uma boa opção.
- Eu sou o Batman.
- O que isso significa? - Wonwoo perguntou.
- Somente ajo nas sombras. - O mais novo respondeu.
Jungkook revirou os olhos e eu ri de sua referência.
Jongho é um franco atirador, portanto não faz parte de seu papel ter que interagir com outros e outra, ele é outro antissocial, além de constantemente estar parecendo que vai matar alguém com essa cara séria.
- E eu não sou maluco de enviar o pequeno Hobi.
- Por que não? Deve confiar nele.
- Não podemos expor nossa criança ao perigo e ele não pode ficar sozinho.
- Vai ter o tal acompanhante.
- Quem seria esse acompanhante? - Talvez eu tivesse um palpite. - Não posso deixá-lo ir, olhem só aqueles dois... - Ele apontou para onde Yoongi e o pequeno Hobi estavam.
Eles estavam impressionados com as opções de sorvete, seus olhos brilhavam e pareciam sair água de suas bocas, Yoongi até mesmo dava uns saltinhos e o menor batia palminhas, enfim, chegou a vez deles de serem atendidos.
- Eu tenho dois bebês sociais e dois adultos antissociais no meu time. - Disse com tédio e reclamando.
- Tem certeza que nenhum deles serve para a missão? - Perguntei.
- Eu acho que vou recrutar o Woozi para a Quinta Divisão.
A moça já tinha limpado a mesa, então Jungkook estava de cabeça baixa e eu coloquei a mão em seu cabelo.
- Ele sim deve servir para isso.
- Eu gostei dele, muito educado.
- É, ele é um bom garoto. - Ele disse com orgulho. - Que raiva, por que não tem uma pessoa viável para essa missão?!
- Do que precisa?
- Alguém sociável. - Ok. - Seja discreto e que não levante suspeitas. - Certo.
- Tem que ser bom de mira, não?
- Não poderemos levar armas, pelo o que soube haverá um detector de metal na entrada. - Jongho respondeu.
- Então, é uma missão que necessitará zero de armas e 100% somente das habilidades físicas?
- Capitão! - Jungkook olhou em direção ao alfa. - Olha só, é um gatinho. - Um sorvete em formato de gato. - O do Hobi é um esquilinho. - Olhamos para o sorvete do menor.
Eles estavam com um sorriso nos lábios.
- Jimin? - Olhei para o alfa o qual sou casado. - Você é um gênio! - Ele me beijou e eu até fiquei surpreso por sua ação. - Sargento Min, você foi selecionado para a missão de hoje!
- Ah, não! - Ele reclamou e bateu os pés no chão como quem fizesse birra, até mesmo cruzou os braços.
Mas ainda esticava-se um pouco para lamber o sorvete.
- Ah, sim! Você é ideal para essa missão, exceto a parte da postura, isso nós consertaremos durante o tempo que nos resta e ainda falta...
- Eu sei a pessoa ideal para ir nessa missão com o Yoongi. - Eu disse e todos me olharam sem entender.
Logo um sorriso apareceu nos lábios de Jungkook e ele assentiu.
- Realmente.
Nós pagamos tudo o que tínhamos que pagar e saímos, eu fui com ele no nosso carro, os outros estavam no carro do quartel e nós estávamos indo para nosso destino.
O caminho todo, ele estava com a mão em minha perna e fazendo um carinho, vez ou outra ele tirava para trocar a marcha, mas logo colocava de novo.
Ok, eu estou gostando dessa versão meio melhorada de Jeon Jungkook.
Paramos em frente ao local, tiramos nossos cintos e antes que eu saísse, ele segurou meu braço e quando virei para perguntá-lo o porquê, ele me soltou, segurou meu rosto e me beijou totalmente de surpresa, eu estava tão sem reação que não sabia o que fazer.
- Desculpe, eu só queria algum tipo de contato. - Eu sorri e o segurei aprofundando mais o nosso beijo.
Também saímos do carro e entrelaçamos nossas mãos.
- O que estamos fazendo em um dojô? - Yoongi perguntou com os braços cruzados e cenho franzido. - Eu já sou muito bom em artes marciais, não preciso aprender nada em poucas horas. - Ele debateu e eu neguei com a cabeça.
- Vamos entrar logo. - Jungkook disse e eu quem praticamente os guiei até lá.
Nós entramos no dojo, tinha alguns alunos com kimono sentados no canto assistindo a mestra colocar uma venda nos olhos do garoto, logo quando ela acabou o garoto fez posição de ataque esperando que os outros o atacassem.
- Talvez, na vida de vocês - Ela me viu no canto e acenou para mim, algo que deixou Jungkook enciumado, mas fingi não ver. - Pode ocorrer de perderem um dos sentidos e terem que contar apenas com os que lhe restam, como no exemplo de hoje, nosso colega de equipe "perdeu" sua visão e ele terá que contar principalmente com dois sentidos.
A alfa parou ao lado dele.
- Audição. - Ela estalou os dedos e o ômega logo virou-se para ela como se fosse atacá-la. - E olfato. - Um aluno foi para trás dele silenciosamente, mas ele logo se virou ao sentir o cheiro forte dele. - Então, vocês poderão atacá-lo de qualquer direção e jeito, a única tarefa dele é defender-se, podem vir. - A alfa afastou-se um pouco e me lançou um sorriso que logo retribui.
Senti meu alfa enrijecer.
Um dos alunos se aproximou vagamente e esticou a perna para chutá-lo de lado, mas ele colocou os pulsos juntos e defendeu sua direita do chute, logo ele abaixou-se e deu uma rasteira no garoto que caiu com tudo no tatame.
Yoongi estalou a ponta da língua e revirou os olhos.
Jungkook apenas ria.
- Bom, não acha?
- Eu faço melhor. - Yoongi respondeu seu Capitão.
Mais uma vez veio outro de frente, mas o ômega apressou-se em dar uma estrela para trás acertando em cheio seu queixo.
- Tem um buraco naquela venda, não é possível.
- Ele é incrível. - O pequeno Hobi murmurou e Yoongi olhou-o desacreditado.
É, meu irmão é incrível mesmo.
- Eu sou incrível. - Yoongi disse negando com a cabeça.
Vieram dois, um pela direita e outro pela esquerda, Taehyung deu um salto e esticou as duas pernas para os lados acertando a barriga de ambos, logo ele caiu em pé e voltou a posição de combate.
Uma garota foi até ele em passos apressados, Taehyung apenas abaixou-se e quando o corpo dela estava praticamente curvado em cima do meu irmão, ele levantou-se fazendo-a cair quase que de cabeça no tatame, sorte que ela colocou as mãos na hora.
Agora até mesmo Yoongi se surpreendeu.
- Mais alguém? Não? - Yoongi esticou a mão. - Tem certeza, senhor? - A alfa perguntou olhando-o tirar seu coturno e ele assentiu.
- Finalmente um oponente a altura, nossa batalha será lendária.
- Ele tinha que citar Kung Fu Panda... - Jongho negou com a cabeça. - Se bem que ele sempre faz uma citação antes de fazer besteira, lembra nos esgotos? Ele citou Como Treinar O Seu Dragão. - Eu não estava entendendo nada, mas os outros três assentiram.
Yoongi silenciosamente subiu no tatame e decidiu que o abordaria pelas costas.
- Que tal vocês se tornarem a Quarta Divisão?
- O Woozi entra no lugar dele, não tem problema. - Mingyu me respondeu.
Assim que ele estava atrás de Taehyung, o ômega o sentiu e abaixou-se para lhe dar uma cotovelada de lado, mas Yoongi o segurou e o fez cair no tatame de costas.
Um sorriso vitorioso tomou seus lábios.
Yoongi ia colocar a planta do pé na barriga de Taehyung, ou até mesmo se ele colocasse a mão no peito, a luta estaria finalizada, mas Tae não aceita perder.
Ele então girou o corpo e logo se pôs de pé em posição de ataque para avançar em Yoongi.
Antes ele estava só na defensiva, agora ele está indo.
Taehyung avançou em Yoongi, ele levantou a perna e ia lhe dar um chute de calcanhar no ombro do maior que, por sorte, defendeu-se com a palma da mão e o barulho ecoou pela sala.
- Taehyung tem muita força nos pés, que isso. - Jungkook sussurrou em meu ouvido e eu ri, já estava acostumado com meu irmão e seus talentos então nem me impressionei.
Yoongi estava tão surpreso quanto ele por ter conseguido defender, e dessa vez ele fez uma expressão furiosa empurrando a perna de Taehyung, ele logo se pôs novamente em posição de ataque e seus lábios se curvaram em um sorriso.
- Ora, ora... Não consegue me pegar?
- Por que não tenta me imobilizar?
- Deveria ser mais fácil pra você, já que está com todos seus sentidos disponíveis. - Taehyung rebateu. - E ainda é um alfa, está muito mais na vantagem que eu e está perd-
Yoongi não lhe deu tempo para terminar o que tinha para falar, logo ele deu um chute giratório e Tae conseguiu defender-se com seus pulsos como na outra vez, só que dessa vez ele sentiu seu corpo quase cambalear e seus pés serem arrastados no tatame.
Ele é forte.
- Então vai ser assim. - O ômega perguntou com raiva.
- Quem conseguir imobilizar primeiro, ganha. - Yoongi respondeu.
- Mestra?
- Continuem. - Não precisou falar duas vezes.
Tae então deu um chute com a planta do pé diretamente no abdômen de Yoongi e ele caiu com as costas no tatame.
Todos nós fizemos expressão de dor.
Meu irmão ia pular em Yoongi e acabar a luta, mas o alfa não é do tipo que desiste fácil. Yoongi se apoiou em suas mãos e pés, quando Taehyung estava perto ele esticou a perna fazendo seu pé bater contra a barriga do ômega.
Mais uma vez, ele sorriu.
Sua mão estava em seu abdômen pela dor, mas ele logo se ergueu.
- Ok, então vamos brincar um pouquinho. - Yoongi avançou em sua direção.
Ele se posicionou para lhe dar outro chute giratório, mas Taehyung curvou o corpo para trás e a perna de Yoongi passou em frente ao seu rosto sem atingi-lo. Quando ele voltou a postura normal, meu irmão pareceu escalar o corpo de Yoongi com um chute no joelho do alfa e em seguida em seu ombro, o maior caiu para trás e Taehyung para não cair de mal jeito deu um giro caindo de costas para Yoongi.
Yoongi estava com raiva, Taehyung também não era sinônimo de calmaria.
O alfa entrelaçou as pernas nas de Taehyung e girou o corpo fazendo-o cair de cara no tatame.
- Meu Deus. - Wonwoo disse baixo com a mão na boca.
Ele não quis fazer cena, nem nada do tipo, logo sentou-se nas costas de Taehyung e colocou a mão no ombro dele.
- Acabou. - Disse ofegante.
Todos pareciam surpresos por ele ter conseguido.
Claro que Taehyung não ia se dar por vencido, ele forçou o corpo fazendo Yoongi cair e ele sentou-se em cima de sua cintura com a mão em seu peito.
- Agora, acabou. - Taehyung disse também ofegante.
Yoongi sorriu de lado.
Ergueu-se para frente com força e as costas de Taehyung bateram contra o tatame, as pernas dele estavam entrelaçadas à cintura de Yoongi.
- Não mesmo. - Yoongi segurou os pulsos de Taehyung acima de sua cabeça e com a outra mão, ele abaixou o quadril do ômega fazendo suas pernas soltarem sua cintura. - Está preso e imobilizado. - Tae até tentou se soltar mais uma vez, porém Yoongi era forte.
Depois de longos minutos recuperando o ar.
- Tudo bem, eu aceito a derrota.
- Aí, graças a Deus! - Ele disse aliviado e soltou Taehyung.
Tae mais uma vez aproveitou a chance e os virou no tatame, sentando-se em sua cintura.
- Você aceitou a derrota.
- Não significa que eu vá aceitar terminar por baixo de você. - Yoongi parecia ter perdido todo o oxigênio.
Taehyung tirou a venda.
Quando ambos se olharam, pareciam desacreditados, também tinha raiva em seus olhares.
- VOCÊ?! - Eles perguntaram juntos.
- Não acredito que era você.
- Eu deveria ter socado sua cara. - Taehyung disse com as mãos no colarinho do alfa.
Yoongi ficou ofegante e começou a suar.
- Sai de cima de mim, agora!
- Com todo prazer do mundo. - Meu irmão se levantou e Yoongi virou para o lado com a mão no tatame.
Ele estava suando e estava vermelho, Yoongi levantou-se e foi até o bebedouro.
Nós assistíamos tudo querendo rir.
- Ele ficou excitado? - Wonwoo perguntou e Mingyu logo colocou a mão nos ouvidos do pequeno Hobi.
- É o que parece. - Jongho murmurou.
- Jimin? - Taehyung me chamou e veio até nós. - Sabia que tinha sentido seu cheiro e desse idiota que eu chamo de cunhado. - Yoongi olhava desacreditado para a cena.
Sua boca estava até mesmo aberta.
- Também senti saudades, cunhado.
Ele até ia responder, mas viu Yoongi aproximar-se com a mesma expressão e negando com a cabeça.
- O que faz aqui?
- Não sei, o que você faz quando está com essa farda no quartel? - Yoongi estava pronto para rebater. - Eu treino aqui.
- Você arrasou! - Wonwoo o elogiou e Tae sorriu. - Prazer, Kang Wonwoo.
- Park Taehyung. - Eles se abraçaram. - Sou irmão do Jimin.
Os três alfas arregalaram os olhos em direção a Taehyung, em seguida olharam para Yoongi, depois para Taehyung e assim sucessivamente.
- Você colocou uma faca no pescoço dele?! - O pequeno Hobi perguntou desacreditado. - O que você tem na cabeça?
- Eu queria saber também. - Taehyung disse olhando-o.
- Está escrito "Filhinho do General" na sua testa? - Ele perguntou entre os dentes com o rosto próximo ao de Tae.
- Hey, vocês acabaram de quase se matar no tatame, vamos nos acalmar. - Me coloquei entre elas. - Tete, o Jungkook tem um pedido para fazer a você. - Eu disse e eles olharam para o moreno que parecia encarar a mestra de Taehyung.
Todos olhamos para ele, logo ele se ligou e nos olhou sem entender.
- Por que estão olhando para mim?
- Você não ouviu nada?
- Eu tinha que ouvir alguma coisa?
Taehyung e eu reviramos os olhos e bufamos.
- O quê?
- Ele estava encarando a Momo? - Assenti e Tae riu. - Você não já ficou com ela?
- Você, o quê? - Ele perguntou forçando uma risada.
Cruzou os braços e ficou negando com a cabeça.
- Ele não pode ter tido um passado antes de você?
- Cala a boca, eu nunca disse isso. - Jungkook rebateu. - Está parecendo militante. - Ele continuou com os braços cruzados e feição emburrada. - Eu simplesmente não gosto, assim como ele também não gosta, mas não significa que vou surtar ou algo do tipo, só não gosto, me incomoda.
Momo estava conversando com alguns alunos, mas vez ou outra olhava para mim.
- Tá, diga-me o que você quer. - Tae pediu.
- Preciso que seja acompanhante de Yoongi hoje.
- O quê?! - Os dois perguntaram juntos.
- Não.
- Nunca, não mesmo.
- Calem a boca! - Ele olhou para os lados. - Vamos lá fora, para conversarmos melhor.
Tae nos seguiu até estarmos no estacionamento, passamos por alguns alunos que o cumprimentaram e até parabenizaram Yoongi por tê-lo derrubado já que ele é o melhor da classe.
Jungkook encostou-se no carro conosco ao seu redor.
- Preciso que faça isso, é importante.
- Importante? - Ele assentiu. - Importante, quanto?
- Acredito que esteja sabendo sobre um possível tráfico de pessoas na Coréia.
- Sim, não são apenas boatos? - Taehyung sempre sabia dessas notícias, afinal, acho que no fundo, ele ainda sente desejo em seguir a carreira.
- É o que pretendemos descobrir, haverá uma festa em algumas horas e lá conseguirão informações sobre isso, vocês dois juntos são ideais para essa missão, nos ajude, por favor.
Ele olhou para Yoongi que também estava de braços cruzados e feição emburrada por não querer ir com Taehyung.
- Tae, você sabe como tudo isso funciona, deve ser mais inteligente que muitos da minha Companhia, então por favor, faça esse sacrifício que é ficar junto com ele por algumas horas apenas para conseguirmos essas pessoas que podem estar sendo feitas de refém.
Tae olhou para outras direções, bateu o pé algumas vezes e fez uma expressão pensativa.
Jungkook do jeito que é, já estava ficando agoniado com a demora dele e Yoongi era outro com vontade de esganar Taehyung.
- Tudo bem, eu aceito. - Meu marido respirou aliviado. - Mas não quero você grudado em mim.
- Quanto mais longe de você, melhor. - Yoongi disse.
- Você não está tendo um déjà vu? - Jungkook perguntou em meu ouvido e eu assenti enquanto ria deles.
- Vamos ver no que isso vai dar.
- Olha só, eu estou falando sério, fica longe de mim.
- Até parece que eu quero algum tipo de contato com você. - Eles estavam discutindo. - Não tinha outra pessoa mais legal, não? Logo esse...
- Cuidado com o que você vai dizer.
- Mimado.
- Quer que eu te mostre de novo o que esse mimado é capaz de fazer com esse seu rostinho? - Eles estavam com o rosto tão próximo, só faltava alguém ir lá e fazê-los se beijar.
Momo saiu do dojo, mais uma vez acenou para mim e eu retribui, só que depois disso, eu me virei e beijei Jungkook segurando seu rosto com a mão esquerda, que é a mão que está minha aliança.
Nós dois sorríamos em meio ao beijo e suas mãos seguravam minha cintura, enquanto ele distribuía beijos em meu rosto.
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