Chapter nineteen
Jeon Jimin
Jungkook estava beijando meu pescoço e mordendo minha orelha.
- Você vai se atrasar.
- Eu não me importo. - Ele disse me penetrando com seu membro.
Fechei os olhos e soltei um gemido.
- Ah, Jimin.. - Jungkook gemeu quando entrou completamente em mim. - Eu nunca vou me cansar de você. - Ele acertou meu ponto e eu gemi mais uma vez.
Como quase sempre, ele acordou para ir correr e eu desci para pegar um ar, gosto de fazer isso pela manhã, logo quando ele voltou com Bam, Jungkook colocou a comida e a água dele na garagem e assim que me viu na cozinha, ele me pôs em cima do balcão e aqui estamos nós dois.
Desde aquele dia, Jungkook simplesmente parece estar sempre insaciável.
Passaram-se dias desde que eles tiveram aquela missão, quando chegamos em casa depois de deixarmos Tae em casa, ele começou a me beijar e eu mais uma vez cedi. Estar com ele tem sido a melhor parte do meu dia. Em pouco tempo, ele já conhece todos os meus pontos fracos e os atinge com tudo, Jungkook sabe como me deixar rendido aos seus encantos.
Eu não ligo nem um pouco em ser completamente dominado por ele na cama e ele ama isso, me dominar.
Minhas unhas estavam cravadas em sua nuca, enquanto sua língua explorava toda minha boca, fazendo-me sentir arrepios e choques por todo meu corpo, sua boca abafava meus gemidos. Jungkook encostou nossas testas, foi tão satisfatório ver sua expressão de prazer e saber que ele estava daquele jeito por estar comigo.
Ele começou a ir mais rápido e eu senti meu orgasmo me atingir.
- Jungkook. - O chamei e ele me olhou com um sorriso de lado pela minha voz não ter passado de um gemido. - Corta o coito. - Ele assentiu e beijou meu pescoço.
Jungkook se afastou, me pegou em seu colo jogando-me no sofá, colocando cada uma das minhas pernas em seu ombro e começou a passar a língua de baixo para cima em minha entradinha. Sua língua estava me dando grande prazer, eu estava ficando ofegante e meu coração parecia que daria um solavanco.
Suas unhas arranhavam levemente minha barriga até que ele levou sua mão até meu pau, onde ele começou a estimular, ele continuou a me chupar, eu apertei com força uma das almofadas que estavam ali e logo senti novamente meu orgasmo se formar em meu ventre.
Quando meu orgasmo veio mais uma vez, ele me penetrou e eu o envolvi, seus gemidos manhosos me fizeram sorrir mesmo cansado.
- Por que faz isso?
- É uma sensação boa. - Ele respondeu ofegante e mexendo em meus cabelos. - E eu amo observá-lo de perto quando está gozando...
Eu amo...
Amo...
Será que ele me ama? E eu? Eu o amo?
Jungkook disse-me que ia tomar banho e se vestir para o trabalho, eu o esperei sair e fui em seguida, quando terminei, ele já tinha saído.
Estávamos em uma fase boa, fase essa que eu não imaginei que pudéssemos estar levando em conta nossas desavenças, claro que para ele está tudo bem, mas não para mim, porque eu ainda tenho que tratar aquele assunto com ele e estou com um certo receio.
Mas será hoje, afinal, o aniversário do papai já é em poucos dias.
Eu fui até o portão e assim que abri, vi meu irmão que logo me abraçou e também foi "abraçado" por Bam.
- Oi, garotão! - Ele disse enquanto o acariciava com as duas mãos.
Bam fez menção em mordê-lo, mas claro que sem machucá-lo.
- Vem, vamos entrar.
- Está quente mesmo. - Tae balançou a mão em frente ao rosto. - Uau, o idiota tem uma biblioteca.
- Você não viu isso quando veio aqui pela primeira vez?
- Não, eu estava com raiva do Yoongi. - É verdade. - Falando nele, quem passou meu número para ele?
Eu soltei uma risada.
Jungkook e eu estávamos no sofá vendo um filme, pelo menos ele estava passando, ele estava deitado sobre mim e me beijando com desejo.
- Capitão! - Era a voz de Yoongi.
Bufando, ele ergueu o tronco e pegou o aparelho em cima da mesinha.
- Yoongi, esse canal está indisponível depois das sete. - Ele disse com o walkie-talkie na mão.
Eu beijei seu queixo e desci os beijos para seu pescoço, seu cheiro amadeirado...
Soltei um suspiro satisfeito.
- Eu sei, eu sei. - Jungkook me deu um selinho. - Mas eu queria pedir uma coisa.
- O que quer?
- O número do Taehyung.
Na hora, exatamente na mesma hora, eu parei de beijá-lo e nós dois olhamos para o walkie-talkie como se pudéssemos vê-lo.
- Você não odeia ele? Quer o número dele para quê? - Ele perguntou querendo rir e eu não estava diferente.
- Exatamente, eu vou poder irritá-lo mais ainda através de mensagens e ligações.
Jungkook e eu rimos.
- Tudo bem, eu vou passá-lo. - Ele soltou o botão. - Embora isso não faça muito sentido.
- De fato.
- Do que está rindo? - Taehyung perguntou-me e eu neguei com a cabeça.
- Lembrei de hoje mais cedo, Jungkook sempre tão amoroso comigo.
- Sempre não, está sendo agora por algum milagre divino. - O milagre divino sou eu mesmo. - Espera, o que fizeram mais cedo? - Meus lábios se curvaram em um sorriso malicioso e ele logo entendeu. - Ele realmente tirou a inocência do meu irmão.
- Logo, logo é você.
- A piada já vem pronta.
Seu telefone tocou e ele o pegou para ver a notificação.
- Ele é uma peste... Olha isso! - Taehyung virou a tela em minha direção.
Yoongi mandou uma foto onde Jungkook estava sorrindo enquanto assinava papéis, nós sabemos o quanto ele odeia fazer isso.
A legenda que escreveu foi: "Consegue adivinhar o porquê dessa felicidade toda? Nada de respostas obscenas, tenha respeito pelo seu cunhado e meu Capitão!".
- É isso que eu estou tendo que suportar há uma semana. - Taehyung disse sério, mas eu sabia que ele estava doido para rir. - Outra mensagem, tenho até medo. - Olhamos juntos.
"Imagens fortes a seguir!"
Agora era um vídeo, Yoongi deixou gravando e quando viu que Jungkook estava de costas conversando com Mingyu, de repente do outro lado apareceu o pequeno Hoseok e logo os dois pularam nas costas dos mais velhos.
Yoongi em Jungkook e o outro em Mingyu, Jongho só observava tudo negando com a cabeça, em seguida ele se soltou de Jungkook e o mesmo virou-se correndo atrás dele, ele pegou o telefone e começou a gravar a si mesmo correndo do Capitão.
"Ele vai me matar!" Yoongi gritou.
E o vídeo acabou.
"Min Yoongi conseguiu escapar, ele ainda vive, só não sabemos até quando."
- Viu só.
- Bem, agora sinto que ele começou a gostar de você.
- Não começa, quase nos matamos.
- Depois se beijaram, ele quase morreu por você, você quase morreu com ele...
- Tá, já chega desse assunto. - Eu ri enquanto meu irmão cruzou os braços.
- É tão ruim assim ele gostar de você e possivelmente você também gostar dele?
- Eu não gosto dele, nem tem como, e ele é mais novo que eu.
- O que que tem?
- Não quero namorar alguém mais novo que eu e não acho que papai concordaria com isso. - Ele respirou fundo. - Enfim, já conversou com Jungkook sobre a viagem? - Neguei. - Vai conversar quando? Quando a fatura do cartão chegar no e-mail dele com as passagens?
- Taehyung, é complicado...
- Não é nada complicado, para de ser medroso.
- E se ele não quiser ir?
- Vamos só nós dois, pronto.
- Eu não posso deixá-lo sozinho assim, lembra o que aconteceu? Não posso fazer isso, ainda mais se eu for meio que sem o consentimento dele, aí que ele vai achar que eu estou indo para não voltar e vai ficar doente de novo. - Suspirei. - Não tem jeito, ele tem que ir comigo ou eu não vou poder ir.
- E vai perder o aniversário do papai?
- A culpa é toda dele, quem me casou com ele foi ele, ele que lide com as consequências.
Taehyung soltou uma risada e eu também ri, mesmo sabendo que a situação era um pouco crítica.
- Vamos logo?
- Vamos.
Nós entramos em seu carro e fomos até o shopping comprar nossas roupas para a festa, não só para isso, eu também já estava querendo comprar roupas novas e alguns sapatos, claro que passei tudo no cartão do meu amado marido.
Era cada roupa mais linda que a outra, calças, camisas, tênis e sapatos, comprei até mesmo algumas roupas para ele, inclusive a roupa que ele vai usar se nós formos para a casa dos meus pais.
Felizmente, no shopping está liberada a entrada de cães, então Bam também veio passear, coitado, correu mais cedo e agora está aqui andando comigo e Taehyung. Fui até uma loja de pets, comprei petiscos para ele, alguns brinquedos e uma cama, porque Jungkook só comprou as vasilhas e o suporte.
Taehyung e eu almoçamos no shopping mesmo, pela primeira vez eu saí gastando sem me atentar a preço, e está tudo bem, eu mereço.
Agora estamos sentados tomando sorvete, daqui a pouco vamos embora já que vai anoitecer.
- Quanto será que você já gastou? - Ele perguntou.
- Eu não faço ideia. - Respondi rindo.
Bam ficou inquieto e eu olhei para ele deitado embaixo de nossa mesa.
- O que foi, garoto? - Coloquei a mão no topo de sua cabeça.
Ele rosnou ainda olhando para frente, eu olhei para lá e não vi nada, nem ninguém.
- Melhor irmos, o Bam está esquisito. - Taehyung franziu o cenho, mas concordou e então nos levantamos para irmos embora. - Tem conversado com os nossos irmãos? - Perguntei segurando as bolsas.
Eu deixei Bam solto mesmo, ele sempre me obedece de qualquer forma.
- Sim, óbvio que mais com o Jackson, mas conversei sim com eles. - Ele olhou para mim. - Chaeyoung perguntou por você.
- Eu vou tentar ligar para ela quando chegar em casa.
Chegamos ao estacionamento e colocamos as coisas na mala, Bam soltou um latido alto e correu para sei lá aonde.
- Bam! - Eu gritei por ele e ele começou a latir para alguma coisa atrás da pilastra.
Taehyung e eu corremos até ele, logo pude ver porque ele estava latindo.
- Meu Deus, você não cansa? - Eu segurei a coleira dele enquanto ele latia em direção a Taemin. - Solta ele, Jimin, vamos ver o que o Bam é capaz.
- Fica quieto, Taehyung! - Ele gritou.
- Esquece o meu irmão, vai atrás de algum ômega solteiro, pois ele está bem casado.
- Bam, para! - Ele parou, mas continuou rosnando. - Para de ficar me seguindo.
- Jimin, eu não consigo esquecê-lo, eu já tentei de todos os jeitos.
- Tenta mais, porque ele não vai voltar para você. - Taehyung respondeu por mim.
- Você está completamente com o cheiro dele. - Ele murmurou desacreditado. - Você o deixou te morder? - Perguntou com raiva.
Que pergunta mais idiota.
- O que você acha? Eles são casados. - Segurei o braço de Taehyung que era outro que parecia querer avançar em Taemin. - Isso mesmo, ele está casado com outro alfa e também foi marcado por ele, agora deixe-o em paz!
- Eu não aceito isso! - Ele disse com sua voz de alfa.
Claramente não me atingiu nem um pouco, mas atingiu Taehyung com tudo e ele logo caiu ajoelhado com as mãos nos ouvidos.
Consequentemente, eu soltei Bam para ajudá-lo e ele foi com tudo para cima de Taemin.
Eu só ouvi o grito dele e o rosnado do bam.
- ESSE CACHORRO ME MORDEU! - Saia até mesmo sangue de sua ferida.
- E vai morder de novo, se você não for embora agora. - Eu avisei, Bam estava rosnando e estava em nossa frente, exatamente em posição de quem protege. - Me deixe em paz! - Falei alto para ele.
Tae recuperou-se e nós entramos no carro, claro que para levar o Dobermann, eu tive que usar toda minha força porque ele não parava de encarar Taemin como um cão assassino.
- Ele sabe?
- O quê? - Perguntei saindo de meus devaneios.
- Ele sabe que o Taemin veio atrás de você de novo? - Eu neguei com a cabeça. - Jimin, ele não vai gostar nem um pouco de saber que essa foi a segunda vez.
- Eu sei.
Soltei um longo suspiro.
Taehyung me deixou em casa e depois foi para seu apartamento, eu peguei as coisas que comprei e as levei para dentro, o carro já estava na garagem, sinal que ele já estava em casa.
Peguei a cama que comprei para Bam e coloquei no canto da garagem, depois que terminou de beber água, ele foi até lá e deitou-se com a cabeça apoiada no encosto, ficou me encarando e eu fui até ele.
Acariciei o topo de sua cabeça e o beijei, logo ele me lambeu de volta.
- Você é um bom garoto. - Ele latiu e eu sorri.
Levantei-me pegando as outras bolsas, subi as escadas e deixei todas no closet, amanhã eu pensaria se arrumaria ou não.
Jungkook não estava no quarto, nem em lugar nenhum, então logo chutei que ele pudesse estar em seu escritório e não deu em outra, ele realmente estava lá.
Dei algumas batidas na porta e em seguida ela se abriu, Jungkook estava com o celular no ouvido e, ironicamente, também estava limpando suas armas.
Ele não estava mentindo quando disse que tinha um arsenal.
Todas estavam meio que penduradas na parede por classificação.
Armas brancas, pistolas, fuzis de assalto, fuzis de precisão, submetralhadoras, metralhadoras leves e até escopetas ela tinha.
- Só um segundo. - Ele disse ao telefone. - Oi amor, como foi o passeio com Taehyung? - Perguntou-me e eu ainda estava encarando as armas na parede.
- Foi bom.
- Certo. - Jungkook voltou a falar ao telefone e passou um pano pelas submetralhadoras. - Não, eu não sei. - Ele sentou-se em frente ao computador, mas ele estava desligado.
Olhei para o lado e vi um violão pendurado próximo a uma estante com arquivos.
- Quem? Não me diga! - Foquei minha atenção em Jungkook novamente e ele estava boquiaberto. - Quando ela volta? - Eu não sei porque, mas aquele entusiasmo dele estava me incomodando. - Essa semana?! Ninguém me conta nada, incrível! - Simplesmente cruzei os braços e o encarei. - Vai ser incrível reunir toda nossa turma de novo.
Bufei fortemente para ele me ouvir e até que funcionou pois ele olhou para mim, eu apenas levantei a sobrancelha e as mãos.
- Então, resolvemos isso depois, mas me mantenha informado. Ok, ok, tchau. - Ele desligou o telefone e o colocou em cima da mesa. - O que foi?
- Com quem estava falando?
- Com um soldado da minha antiga Divisão, hoje ele é reservista.
- Sei, e quem é "ela"?
- Ela quem?
- Exatamente. - Jungkook franziu o cenho e depois entendeu.
- Ah, ela também fez parte da minha antiga Divisão, tinha sido transferida para Taiwan e está voltando para a Coréia.
- Você gostava bastante dela pelo visto.
- Éramos uma boa dupla em campo. - Jungkook disse e sorriu no final como se lembrasse de seus momentos com essa tal mulher. - O Coronel passava um perrengue conosco, vivíamos aprontando pelo quartel. - Eu revirei os olhos sem que ele visse. - Enfim, você quer me falar alguma coisa ou só desceu aqui para me ver?
Eu tinha duas coisas para falar, primeiro sobre a viagem e segundo sobre Taemin, entretanto, eu estava com raiva pelo pouco que ouvi sobre esses dois e não senti mais vontade de falar absolutamente nada.
A não ser querer xingá-lo.
Mas como Taehyung diz, devo aproveitar que ele está manso e em uma fase que ainda está tentando se redimir.
- Sim, eu tenho uma coisa para falar com você.
- Pode falar, estou ouvindo.
Respirei fundo e caminhei até estar perto dele, encostei-me na mesa.
- Semana que vem, é aniversário do meu pai-
- Não vamos. - Ele respondeu me cortando e eu já senti meu sangue ferver. - Era só isso?
- Como assim?
- Simples, não vamos. - Fechei as mãos em um punho. - Eu tenho trabalho e minhas férias não são agora, além de estarmos em preparação para semana que vem, não vai dar.
- Tá bom. - Respondi levantando-me e saindo pela porta.
- Só isso? Fico feliz por ter compreendido. - Eu soltei uma risada e olhei-o.
- Jungkook? - Ele me olhou. - Não me inclua nisso, quem tem trabalho é você, eu vou sozinho com Tae.
Segui o caminho até a sala e ele logo veio atrás de mim, apenas revirei os olhos.
- Você não pode viajar sem mim.
- Eu posso.
- Não mesmo, quem irá protegê-lo? - Taehyung realmente não poderia me proteger se fosse o caso.
- Eu estou indo para a Nova Zelândia, país onde meu pai é General, acha mesmo que o filho do General estará desprotegido em sua casa? - Perguntei sarcástico. - Você fica e eu vou, simples assim.
- Jimin, você não pode me deixar sozinho!
- Por que não? Vou chutar que você mora sozinho há cinco anos, ou seja, sabe se cuidar muito bem sem mim. Não haverá problema nenhum em ficar sozinho por alguns dias já que ficou por anos. - Eu me virei e ele segurou meu braço.
- Eu não posso ficar sem você.
- Você pode e vai, eu não vou deixar de ir só porque você tem compromisso. - Eu lhe dei um sorriso. - Ainda bem que eu pedi demissão, não é mesmo? - Puxei meu braço de sua mão e ouvi-o respirar fundo.
Eu já entendi como tudo funciona para ele.
A única coisa que não posso fazer é fazê-lo sentir-se rejeitado, só aí que ele ficará doente, agora não tem problema nenhum em ficarmos separados por um tempo, desde que estejamos bem um com o outro.
Falando sobre ele, desde que ele não sinta culpa e medo de eu estar deixando-o.
- Então é isso, você vai para lá e eu vou ficar aqui?
- Sim? - Ele respirou fundo e colocou a mão no rosto.
- Jimin.
- Não! - Jungkook bufou e cruzou os braços, logo sua cara também ficou emburrada.
- Tá bom, faz o que você quiser.
Todo mundo sabe que "faz o que você quiser" é um "não faça isso" disfarçado, mas eu vou levar ao pé da letra.
Não dormimos de costas um para o outro nem nada do tipo, apenas não nos tocamos durante a noite, em nenhum sentido.
Taehyung mais uma vez veio aqui em casa, a viagem será em dois dias e eu não quero ir de qualquer jeito, então nós vamos ao salão.
- Deixa eu adivinhar, ele não vai.
- Como você sabe disso?
Taehyung virou o telefone em minha direção, era mais uma vez uma conversa com Yoongi.
"Briga com seu irmão aí, por favor, ele deixou o Capitão chato e agora nós estamos pagando o preço."
- Ele fica chato sozinho, ninguém precisa dar motivo.
- O que será que ele está fazendo? - Taehyung perguntou-me e eu dei de ombros. - Não quero falar sobre ele, eu quero esquecê-lo por agora, vamos logo.
Chegamos ao salão, nós sempre íamos ali, então as meninas já nos conheciam.
- Meninos! - Mia disse vindo nos abraçar e nós sorrimos para ela. - Faz tempo que vocês não vêm aqui, o que aconteceu?
- Aí, tanta coisa, inclusive me casei. - Estendi a mão mostrando meu anel e ela fez uma expressão surpresa.
- Consigo sentir mesmo o cheiro de um alfa em você. - Mia é uma alfa. - E você, Taehyung?
- Nem tão cedo!
- É bom revê-los.
Eu deixei Bam no tosa, então logo que acabasse aqui, eu passaria lá.
- Então o que faremos hoje? - Chaerin nos viu e também sorriu em nossa direção.
- Oi, irmãos Park! - Ela veio nos abraçar. - Como estão?
- Estamos bem e você? - Perguntei, ela é uma ômega.
- Felizmente bem, então, repetindo a pergunta, o que faremos hoje? - Elas viraram as cadeiras e eu e Taehyung nos sentamos olhando para o espelho. - O mesmo de sempre, Taehyung? - Meu irmão assentiu.
- Só um pequeno corte nas laterais e o resto você já sabe.
- E você, Jimin? O mesmo de sempre também? - Perguntou-me Mia e eu pensei por uns instantes.
Meu cabelo estava em um loiro quase platinado, Ele estava batendo um pouquinho a cima dos ombros e a franja já estava chegando nos meus olhos.
Não vai ser uma mudança tão radical, mas será uma boa mudança.
- Não, eu quero cortá-lo no estilo undercut. - Taehyung olhou para mim um pouco surpreso. - Aqui na frente, minha franja cresceu bastante até, dá para meio que separá-la, sabe? Dividi-la ao meio.
- Deixa-lá para os lados?
- Isso! - Afirmei. - Exato, também quero pintá-lo de um ruivo acobreado. - Mia tinha um sorriso no rosto e bateu palmas animada.
- Será uma grande transformação!
Jeon Jungkook
- Quem gasta quase 500 dólares em um salão de beleza? - Eu abaixei a cabeça em minha mesa.
- Uou, ele gastou isso tudo? - Assenti. - E ontem ele gastou quanto? - Mingyu perguntou.
- Melhor nem saber, depois que a gente casa, algumas coisas nós temos que nos fingir de cegos e eu não posso reclamar com ele.
- Por que não? - Hoseok perguntou.
- Ele está gastando meu dinheiro porque eu mandei ele se demitir, então eu apenas posso reclamar longe dele, estou pagando pelos meus atos. - Respondi.
- E vai pagar por todos os seus pecados quando ele for embora e te deixar aí. - Yoongi disse e logo soltou uma risada nasal.
- Você já está muito bem, posso bater em você sem peso na consciência.
Yoongi parou de rir quase que imediatamente e bateu em seu peito forçando uma tosse.
- Sofá bonito, não é gente? - O alfa disse olhando para o sofá em minha sala que sempre esteve ali.
Revirei os olhos.
- Então, o senhor não vai para a Nova Zelândia porque não quer faltar? - Jongho perguntou.
Eu respirei fundo.
- Olha, eu tenho um ás na manga que ele não sabe.
- O que seria?
Nós nos casamos e eu logo tive uma missão, tanto que a missão foi o motivo de nos casarmos tão rápido.
- Minha licença de casamento.
- Como? - Mingyu perguntou.
- Simples, eu não fui para minha lua de mel com Jimin, sendo assim, eu ainda tenho o direito de usar a licença. - Respondi. - E ele não irá contar como falta ou qualquer coisa do tipo, é um direito meu.
- O Jimin sabe? - Jongho perguntou-me e eu neguei com a cabeça.
- Ele não ia perder essa oportunidade, acredite.
A licença de casamento não me trará falta nenhuma, e como eu disse, é um direito meu pedi-la e usufruí-la, mas não sei se vale a pena gastá-la com essa viagem.
Eu realmente não quero contato com eles, com toda certeza minha família me fez odiar ter qualquer tipo de contato com qualquer outra família e agora estou assim, acho que pode ser considerado trauma, ou não.
Eu preciso de terapia?
- E o senhor vai pedir o Coronel?
- Não sei, mas não quero. - Disse. - Eu não quero ir para lá, não acho que eu vá gostar da família dele, já é difícil gostar de Taehyung. - Yoongi deixou uma risada nasal escapar mais uma vez.
- É verdade. - Ele concordou.
- Jimin, anteriormente eu não tive muita escolha, é meu esposo, e felizmente me faz muito bem. - Quando quer. - Agora o restante, eu nem os conheci ainda e já estou achando que os odeio, isso é normal? - Eles pareceram pensar por alguns instantes.
- Bem, considerando que vocês são de famílias um tanto parecidas...
- É, e não é. - Mingyu completou depois de Jongho. - Como eles devem ser?
- Eu não faço ideia. - Suspirei. - Devem ser chatos.
- Aí, o senhor vai se identificar imediatamente! - Yoongi disse e logo depois sorriu.
Eu destravei minha arma e Yoongi desapareceu de minha sala.
- Quem matar ele, ganha uma estrela condecorada.
- Isso é bastante tentador. - Mingyu disse pensativo. - Acho que vale a pena, Min Yoongi vem aqui! - Ele correu para fora atrás de Yoongi.
Hoseok e Jongho o seguiram, eu ri negando com a cabeça.
É, estamos em uma boa fase, não seria tão ruim agradá-lo mais um pouco...
A recompensa é ótima quando eu o agrado, ele me deixa fazer o que eu quiser com ele.
Puxo fortemente o ar pelo nariz e o solto pela boca.
Meu telefone começa a tocar e eu logo o atendo.
- Alô?
- Jeon Jungkook!
- Eu não acredito, Kim Yongsun!
- Sabe que deve me chamar de Solar. - Eu rio de seu tom, ela odeia quando a chamo assim. - Então, sentiu saudades? - A ômega perguntou.
- Você não faz ideia. - Solar foi o único ômega, antes de Jimin, a qual eu me esforçava para manter uma boa relação em todos os sentidos. - Fazem quatro anos que não a vejo.
- É verdade, bem, estou na cidade.
- Sério? - Perguntei com um sorriso.
- Aham! Podemos nos encontrar naquele bar, o que acha?
- Acho ótimo, vamos sim.
- Ok, 08h00, não se atrase!
- Nunca. - Respondi e ela desligou. - Como será que ela está? - Perguntei baixo.
Ouvi batidas em minha porta e quem passou por ela foi Woozi.
- Senhor. - Ele fez uma continência. - O Coronel está solicitando sua presença na sala dele.
- Entendido, estou a caminho. - Eu me levantei e passei por ele.
Olhei para fora, já que a sala dela ficava do outro lado, Mingyu estava tentando imobilizar Yoongi.
Ele está tentando imobilizar Min Yoongi... Se o Yoongi quiser, ele quebra um braço dele...
Essa Divisão não tem juízo.
Neguei com a cabeça e continuei meu caminho, quando cheguei em frente a porta, eu dei duas batidas, logo ouvi-o permitir-me entrar e eu entrei.
Fiz continência.
- Capitão Jeon Jungkook apresentando-se para Coronel Kim Namjoon.
- Descansar, Capitão. - Abaixei a mão. - Sabe por que eu te chamei aqui?
- Não, senhor.
Ele semicerrou os olhos em minha direção e eu comecei a perguntar-me onde foi que eu errei.
- Quando tiver tempo, peço que me mande o relatório do armazenamento.
- Sim, senhor. - Afirmo. - É só isso? - Ele deu um aceno positivo.
- Pode ir.
- Eu tenho um pedido. - O alfa levantou a cabeça para me encarar.
- Pode dizer.
- Eu quero recorrer ao meu direito de licença. - Eu disse. - Não tive lua de mel, nem mesmo me ausentei depois que casei por vontade própria, portanto, acredito que eu ainda tenha esse direito. - Engoli saliva pelo nervosismo, seu olhar sério e autoritário sobre mim.
Sua autoridade é de se impressionar.
Ele cruzou os braços, continuou a me encarar e respirou fundo, eu estava prestes a dizer que não precisava mais pensar em nada.
- Certo, Capitão, está liberado de suas atividades. - Assenti. - Apenas me informe os dias.
- Verei isso com meu esposo, logo o informarei a respeito.
- Ok, agora vá. - Fiz outra continência e em seguida sai de sua sala.
[...]
Eu conheci Solar assim que entrei para a Companhia de Infantaria, na época o Coronel era nosso Capitão e nós não facilitamos em nada a vida dele. Por isso, geralmente não reclamo da minha Divisão, simplesmente estou pagando por tudo o que fiz ao Namjoon.
Era impressionante o quanto Solar era dedicada, mesmo sendo mais frágil que nós, já que ela é uma ômega, sempre teve bons resultados. Nós éramos bons colegas, tudo isso foi durante dois anos, depois ela foi transferida para Taiwan e nós perdemos o contato.
Ela foi uma boa amiga durante esse tempo, fomos apenas isso.
Como o Coronel sofreu conosco? Simples, nós estávamos sempre tomando advertência do antigo Coronel e logicamente, o Capitão, como responsável, era quem levava a culpa por nossos atos irresponsáveis.
Nós faltávamos alguns treinos, já roubamos um carro do quartel, enchemos o bebedouro de bebida alcoólica, soltamos os cães que são usados em missões e logo eles morderam os soldados, estouramos o fusível do quartel e ficamos sem luz por horas, por fim, praticamente colocamos fogo na cozinha.
Como eu não fui mandado embora de uma vez? Simples, eles sabiam de quem eu era filho e neto, portanto, suportaram até certo ponto.
Logo a Solar foi transferida e o Coronel puxou minha orelha para eu tomar jeito, não foi fácil, mas aqui estou eu, Capitão da Quinta Companhia.
Eu avisei Jimin que estava indo com os meninos para lá e ele disse que também iria, apenas deixaria Bam em casa já que o levou para o tosa.
Assim que chegamos, eles sentaram-se em uma mesa e eu fiquei procurando Solar com os olhos.
- Está procurando pelo Jimin? - Yoongi perguntou bebendo um drink pelo canudo.
- Não.
- Tem alguém mais interessante para procurar a não ser o Jimin, em sua vida?
- Cala a boca, Mingyu. - Eu disse olhando em diversas direções até que meu olhar parou nela.
Solar estava vindo até mim com um grande sorriso no rosto e eu também não estava diferente. Ela praticamente pulou em meu colo e eu a segurei, abraçando-a fortemente.
- Solar... - Disse enquanto a abraçava.
- Senti sua falta, Jun. - Ela murmurou encostada em meu ombro.
- Eu também.
Nos afastamos e eu a levei até nossa mesa, os meninos nos olhavam com o cenho franzido.
- Quinta Divisão, essa é-
- Você agora é Capitão também? - Solar perguntou e eu assenti. - Corajoso.
- Hey! - Yoongi disse cruzando os braços.
- Não éramos os melhores exemplos de subordinados, por isso acho corajoso da parte dele enfrentar o karma. - Eu sentei-me em meu lugar novamente enquanto ríamos.
Solar sentou-se ao meu lado.
Era uma mesa de oito lugares, os quatro estavam sentados de frente para nós, sendo Mingyu de frente para Solar, Hoseok para mim, Jongho e Yoongi estavam de frente para as cadeiras que ainda estavam vazias.
- Uh, conte-nos mais sobre isso... - Yoongi pediu fazendo uma feição maldosa.
- Não, eles podem querer seguir o exemplo, não diga nada. - Solar riu e Yoongi revirou os olhos. - Então, você conta como foi em Taiwan.
Trouxeram nossas bebidas enquanto ela contava sobre suas missões em Taiwan, até que ela começou a falar sobre como éramos quando mais novos.
- Jungkook sempre foi meu parceiro no crime, não é, Jun?
- É, você soube me influenciar bem e me levar pro mau caminho.
Ela me deu um leve empurrão enquanto eu ria.
- Que mentira! Era ele quem vinha com as ideias. - Nós estávamos rindo.
- Vocês já tiveram alguma coisa? - Jongho perguntou descaradamente e eu me engasguei com a bebida. - Está bem, Capitão? - Forcei uma tosse e dei alguns soquinhos em meu peito.
Tinha que ser.
- Não, não tivemos nada.
- Nossa, como parece, ela não para de tocá-lo.
- Coisa de ômega, e essa é minha linguagem do amor também. - Linguagem do amor? - E Jungkook sempre fugia de meus flertes.
- Por que será? - Mingyu perguntou sarcástico e eu forcei uma risada.
- Eu não poderia aceitá-los considerando que eu estava noivo.
- Para com isso, eu sabia de alguns rolos seus, você quem realmente não me queria. - Ela respondeu rindo e eu neguei com a cabeça.
- Não Solar, você era diferente, eu sabia que você poderia realmente gostar de mim e eu não poderia ficar com você de fato, como eu disse, eu estava noivo.
Yoongi levantou-se.
- Eu vou ali conversar com alguns ômegas, esse papo está me deixando enjoado.
E ele realmente foi, eu franzi o cenho.
- Tudo bem, já passou! - Ela disse olhando-nos. - Inclusive, eu já ouço essa história há um bom tempo, sobre você está noivo. - Ri. - Você está com um cheiro doce forte. - Solar cheirou meu pescoço fortemente e eu me arrepiei.
- Talvez seja o cheiro do esposo dele. - Jongho respondeu e Solar levantou as sobrancelhas olhando-me boquiaberta.
Ela deu uma risada, pareceu um pouco sem graça.
- Você casou?
- Ele estava noivo, o que esperava de um noivado? - Hoseok perguntou com o cenho franzido.
O que está acontecendo com a Quinta Divisão?
- Eu realmente achei que isso não fosse para frente. - A ômega falou.
Até mesmo eu achei por um tempo, até porque o certo era nos casarmos depois dos dezoito anos dele, mas isso não aconteceu, além de eu quase tê-lo perdido.
- Acredite, até eu, mas nos casamos recentemente. - Ela pareceu ter finalmente visto a aliança em meu dedo, ou se viu antes deve ter pensado que era um anel qualquer.
- E como ele é? Lembro-me vagamente de seu gosto se resumir a morenos de olhos castanhos ou âmbar, quase igual a você.
- O que posso dizer? Acho injusto eu não poder me pegar, então procurava ômegas com a aparência semelhante a minha. - Eu brinquei e ele riu.
- Ele é loiro.
- Olhos castanhos claros.
- E muito lindo.
Mingyu, Hoseok e Jongho disseram nessa ordem.
Eu bebi um pouco do meu drink.
- Quando eu tentava dar em cima de você, você dizia que eu não fazia seu tipo por ser loira.
- Cá entre nós, ele é o homem que todos os amantes de morenos abririam pelo menos uma exceção. - Eu disse. - Ele não faz meu tipo, ele é meu ideal.
- Não é possível. - Ela disse dando uma risada. - Ele não deve ser tão lindo como dizem.
Jongho forçou uma risada.
- Quer saber mesmo? - Solar balançou a cabeça positivamente. - É só olhar para trás, senhorita.
Nós dois franzimos o cenho e olhamos para trás como Jongho disse.
Foi impossível não ficar boquiaberto e com uma feição como de um idiota. Meu coração estava batendo tão forte em meu peito, eu senti um tremor em meu interior, não só isso, me subiu um calor e eu senti meu membro pulsar.
Jimin já era lindo, agora ele ultrapassou todos os limites, ele não está lindo, ele está maravilhoso, perfeito, um deus grego.
Ele olhou para mim e sorriu em minha direção, automaticamente eu sorri de volta enquanto as borboletas faziam festa em minha barriga.
- Rendido.
- Cala a boca. - Eu falei para Taehyung e ele riu.
- Gostou? - Jimin perguntou dando uma voltinha e eu coloquei os braços em volta de sua cintura puxando-o para mais perto.
- Se eu gostei? Não tinha ideia de que poderia ficar mais lindo do que já é! - Distribui beijinhos em seu rosto e ele ri sentindo cócegas.
Jimin colocou os braços ao redor de meu pescoço e eu abaixei o rosto para inspirar seu cheiro fortemente.
- Vamos para casa? - Perguntei baixo em seu ouvido e Jimin me deu um leve tapa em meu ombro enquanto ríamos. - Acho que me apaixonei de novo. - Beijo seu pescoço e sinto seu cheiro doce.
Imaginem a cor do cabelo do Jijico assim
Quinta Divisão #0 Jikook shippers
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