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chapter fourteen

ATENÇÃO🚨 : Neste capítulo contêm cenas de violência e tentativa de abuso.



Jeon Jungkook

- Então, o que aconteceu? - Mingyu perguntou.

Eu estava sentado em minha cadeira, olhando para os quatro alfas.

- Muitas coisas.

- Conte-nos tudo, temos tempo. - Yoongi disse. - Bem, eu acho que temos, enfim, você é o Capitão, vai, fala logo.

- Foi quase que uma confusão.

- Já entendemos isso, fale direito, conte-nos do início ao fim. - O mais velho entre eles disse.

Eu suspirei e mordi o lábio inferior.

- Eu bati neles...

(Sábado)

Jimin pareceu ter finalmente se recuperado, depois de muito eu consolá-lo e explicar diversas vezes que ele não tinha culpa de nada e que eu quem tinha sido o errado por não ter contado tudo antes.

Eu teria que fazer alguma coisa para deixá-lo feliz de novo, eu senti necessidade de vê-lo bem e feliz de novo. Então pedi que ele fosse se trocar sem dizer aonde íamos, ele foi fazer o que pedi e eu fui mais uma vez pedir que preparassem uma cesta para nós dois e também fui até o curral selar meu cavalo enquanto tudo ficava pronto para mim.

Ele era de Jonghyun, mas depois que ele morreu eu decidi ficar com ele. Meu avô quem deu o cavalo para ele, vovô presenteou todos os seus netos com cavalos, inclusive os Bae's. Eu optei por ficar com Angus, o cavalo branco do Jonghyun. É, nós dois éramos fãs do mundo Disney.

Não falta muito para eu adotar um dálmata, dar o nome de Pongo e uma rena com o nome Sven.

- Oi, Gus! - Eu acariciei seu fronte e ele Inclinou a cabeça para frente pedindo por mais carinho. - Eu também senti sua falta, prometo não ficar tanto tempo longe mais, ok? - Beijo-o.

Prendo a sela em suas costas e coloco a corda para segurá-lo, abro a portinha de seu pequeno cercado e o puxo por ela até estarmos fora do curral.

Coloco meu pé no apoio e subo em suas costas, logo vieram os empregados com a cesta que pedi, os agradeço e vou com Gus até a porta de meu quarto, pego meu telefone e mando uma mensagem para Jimin.

A porta não demora muito para se abrir e ele sai com um óculos escuro, uma camisa branca longa, tão longa que não consigo nem mesmo ver sua bermuda, o próprio filho de Afrodite.

- Eu não vou subir nesse animal.

- Vem logo.

- Vamos de carro.

- Não tem como irmos de carro. - Eu disse e tive certeza que ele revirou os olhos. - Anda Jimin, não temos muito tempo.

Ele veio até nós, Gus virou o rosto em direção a ele e Jimin simplesmente deu um pulo para trás.

- Jungkook - Eu ri de seu drama. - Para de rir. - Ele pediu.

- Você tem medo de cavalos? - Perguntei descendo de Angus

- Não, mas não significa que eu simpatizo com eles. - Neguei com a cabeça.

- Segure. - Eu o entreguei a cesta. - Vou colocá-lo em cima dele. - Segurei sua cintura e o levantei.

- Dá para você vim logo? - Ele perguntou e eu vi que ele segurava a cesta com força.

Mais uma vez, eu ri e neguei com a cabeça.

- Já estou indo. - Coloquei o pé no apoio, forcei meu corpo a subir e passei a perna para o outro lado de Gus. - Vamos, Gus. - Segurei seu laço e o puxei para que ele fosse em outra direção.

Dei um leve chute em sua barriga e ele começou a andar.

- Não é para correr.

Eu nem ia correr, mas já que insiste.

Passei os braços por sua cintura enquanto segurava o laço e dei outro chute fazendo com que Angus começasse a correr.

Jimin forçou o corpo para trás encostando-se em meu ombro e eu? Eu ria e curtia ele grudado em mim.

Passamos pela piscina, até porque iríamos para a saída da fazenda e entraríamos na mata.

Angus estava correndo rápido, era um tanto difícil ver as coisas com clareza pela velocidade, Jimin até estava de olhos fechados, mas eu consegui vê-los olhar em nossa direção.

Puxei o laço fazendo com que o cavalo entrasse na mata pela trilha, passamos por diversas árvores, viramos em diversas direções, quem não conhecesse esse local se perderia facilmente aqui. Também ouvi o canto de diversos passarinhos, haviam lebres ali, esquilos, alguns macaquinhos e até mesmo cervos, eles se assustavam e corriam conforme Angus passava.

Logo, eu ouvi o barulho das águas caindo, com isso, eu fui fazendo ele diminuir seus passos e lá estava a cachoeira, poucos metros à frente.

Eu descobri esse lugar há muito tempo, através de minha audição aguçada, ninguém além de mim sabia da existência dessa cachoeira e por muitas vezes eu vinha para cá apenas para ficar sozinho.

Por algum motivo, eu me sentia acolhido pela natureza e sentia meu corpo relaxar com o canto dos pássaro e a água caindo.

- Uau... - Ouvi-o dizer. - Aqui é tão lindo.

- Sim, é. - Angus agora dava passos lentos, eu segurei a corda e ele parou.

Desci e segurei Jimin pela cintura para descê-lo também. Ele ainda estava maravilhado com o local, não que fosse uma daquelas cachoeiras enormes e as árvores ao redor fossem aquelas com folhas coloridas, mas é exatamente na simplicidade que está a beleza daqui.

- Não disse que estava com calor? - Eu perguntei olhando-o e ele riu assentindo. - Então, vamos? - Amarrei a corda de Angus em um dos troncos.

Eu trouxe uma corda longa, portanto ele poderia andar por ali até uma certa distância.

Jimin deixou a cesta ali e foi até a beirada da água.

Abri a cesta e lá, peguei uma das toalhas que mandaram e a pus em cima da grama, Jimin virou-se e veio até mim com os olhinhos brilhando, tão fofo.

- Vamos? Está quente.

- Vem aqui. vamos comer primeiro, eu estou morrendo de fome. - Estendi a mão e ele a segurou para sentar-se entre minhas pernas.

- Que exagerado, tomou café da manhã não faz nem duas horas.

- Estou em fase de crescimento. - Jimin virou o rosto para trás para me olhar.

- Vai crescer mais? Já não acha que é alto o suficiente?

- Não, não. - Balancei a cabeça negativamente.

- O que pediu para fazerem dessa vez? - Ele perguntou abrindo a cesta e tirando de lá as coisas.

- Seu favorito.

- Frango frito! - Jimin gritou em comemoração ao abrir um dos potes. - E ainda mandaram molho, ah, eu estou no paraíso... - Eu ri.

Que bom que ele gostou.

- Como soube?

- Taehyung.

- Você é amigo do Tae, agora?

- Talvez ele não seja tão ruim assim... Quem sabe eu aconselho Yoongi a tentar algo com ele.

- Isso sim será uma verdadeira guerra fria.

Depois que terminamos de comer, eu tirei minha camiseta ficando só com uma bermuda leve, já Jimin ficou só de cueca. Se eu tivesse dito aonde estávamos indo, ele poderia ter trago trajes de banho, mas nem mesmo eu vim com roupas de banho.

Sentir a água gelada em meus pés me deu um choque térmico, eu fui caminhando até o onde estivesse, de certa forma, mais fundo e quando ali cheguei, eu mergulhei afundando todo meu corpo na água.

Não vou mentir, eu senti um terrível frio, mas depois veio a sensação de alívio e bem estar, meu corpo foi adaptando-se a temperatura do ambiente e quando voltei a superfície, Jimin parecia estar tomando coragem para vir até mim enquanto seu corpo tremia, sua pele estava arrepiada e seus dentes se debatiam.

- Você não estava reclamando do calor minutos atrás? - Perguntei o provocando-o.

- Cala a boca. - Ele disse entre os dentes, até sua voz estava trêmula

Eu ri enquanto negava com a cabeça.

Fui até ele, Jimin estava muito perto da beira, então a água estava na altura de seus calcanhares, e o peguei em meu colo.

- Não, você não vai fazer isso! Me solta, agora! - Jimin bateu em meus ombros, mas eu não me importei.

Nem mesmo doía.

- Jeon Jungkook, me solta agora!

- Você que pediu. - E eu o soltei na água.

Não foi no fundo, mas foi o bastante para que ele afundasse e molhasse todo seu corpo.

Abaixei-me e o segurei de novo, Jimin estava ofegante e tremendo pelo frio.

- Está parecendo um pintinho molhado.

- Seu idiota. - Seu corpo tremia em meus braços.

- Se ficar assim, eu vou soltá-lo de novo.

- Faz isso para você vê!

- Isso foi uma ameaça? Você sabe que eu sou um Capitão, não é?

- Eu sou filho de um General, o que é sua patente perto da de meu pai? - E mais uma vez eu o soltei, mas ele estava com os braços em volta do meu pescoço então eu praticamente fui com ele.

Nós dois afundamos um pouco e eu levantei com o rosto todo molhado e o Jimin estava rindo.

- Eu estava preparado. - Ele piscou seu olho direito.

Jimin passou a mão em meu rosto tirando o excesso de água para que eu visse melhor.

Puxei-o para um beijo urgente, Jimin entrelaçou suas pernas em minha cintura e minhas mãos foram para suas pernas enquanto ele segurava meu rosto. Sua língua acariciava a minha e eu retribuía a altura, o ômega cravou suas unhas em minha nuca e forçou o corpo para cima, ele estava fazendo pressão exatamente em cima de meu membro.

Paramos de nos beijar por falta de ar, mas ainda ficamos com nossos rostos perto um do outro, tão perto que eu senti o ar quente de sua boca bater contra minha bochecha.

- O frio passou?

- Você não perde uma oportunidade, não é? - Eu neguei com a cabeça e mordi seu lábio inferior, puxando-o e soltando-o em seguida.

- Não mesmo.

Meu esposo continuou a abraçar meu pescoço e não saiu de meu colo, mesmo que ali não fosse fundo.

Eu fiquei cheirando seu pescoço e cabelos. O cheiro de Jimin é a melhor coisa do mundo, ele é a melhor coisa do mundo, tudo nele é tão atrativo e bom para mim, eu simplesmente não consigo mais ficar sem ele.

Isso é por conta da mordida, quando mordemos um ômega, principalmente quando há sentimentos envolvidos e ele é nossa alma gêmea, acabamos por criar uma dependência de sua presença em nossas vidas. Alguns casais simplesmente não conseguem ficar muito tempo longe um do outro, já ocorreram casos de ficarem doentes por isso. Não significa exatamente que não podemos ficar longe, mas sim depende das circunstâncias.

Por exemplo, quando a separação temporária ocorre por conta do trabalho, ambos entendem que se verão em breve, então só fica aquele sentimento de saudade.

Agora quando a separação temporária ocorre após um momento tenso, um dos dois pode vir a sentir medo, aflição e tristeza por não saber o que acontecerá dali para frente, ter receio de que o outro não volte e isso pode deixá-lo doente.

Geralmente, é o ômega quem mais sofre por essa dependência, tá aí, mais uma das vantagens de ser alfa.

Passamos a tarde inteira na cachoeira, com o sol se pondo, decidimos que estava na hora de voltar, dessa vez, Angus não correu tanto e Jimin sentiu-se mais confortável. Eu o deixei na porta do meu quarto e fui deixar o cavalo no curral, para minha felicidade, havia alguns empregados lá, então pedi que eles tirassem a sela de Gus e desse comida para ele.

Os empregados da casa estavam super agitados com a festa, arrumavam as coisas e quando viam que estava faltando algo, logo corriam para procurar ou fazer.

Nessa testa, além dos meus amáveis parentes, virão também alguns amigos dele do exército. Meu avô é um Marechal respeitado, mesmo depois de aposentado todos gostam dele, inclusive têm soldados da Quinta Companhia que o conhecem e falam bastante sobre ele. Claro que eles não sabem sobre nosso grau parentesco, nem mesmo sabem que eu sou filho do General, é engraçado e bom ouvi-los falar do meu avô.

[...]


Eu quase desisti de ir para a festa quando vi Jimin arrumado com um terno preto e com alguns detalhes em branco, que valorizava seu corpo, seus lábios estavam com um vermelho fraquinho, eu até tentei beijá-lo quando ele estava passando um batom para deixar meus lábios um pouco rosados, mas ele desviou bem na hora.

- Sossega.

- Eu queria só um beijinho...

- Eu não deveria ter deixado você me morder, desde que me mordeu está assim, besta. - Eu arregalei os olhos e levantei as sobrancelhas.

Jimin agora estava fazendo o coque em meu cabelo.

- Tá bom, Jeon Jimin, eu vou deixar de ser besta, vai ver só.

- Pronto, acabei.

- É - Olhei para o espelho. - Não ficou tão ruim assim. - Jimin revirou os olhos.

Eu estava usando um coturno preto, calça preta, um sobretudo bege quadriculado e uma camisa branca. Foi ele quem escolheu minhas roupas.

- Podemos ir? - Perguntei e ele assentiu.

Lá fora, eu fechei e tranquei a porta, estendi meu braço para ele e ele o entrelaçou com o seu.

- Nada de arrumar briga na festa do seu avô. - Jimin me avisou apertando meu braço e eu quem revirei os olhos dessa vez. - Estou falando sério, nada de arrumar discussões também, é o aniversário dele.

- Tá.

- Isso não me convenceu.

- Jimin, você sabe quem sempre começa.

- Você não consegue ficar quieto e deixar eles falando sozinhos?

- Não?

Meu esposo suspirou e negou com a cabeça. Tinha tantas pessoas chegando, óbvio que eu não conheço boa parte, entramos no grande salão, não vou dizer que viramos o centro das atenções, mas quase todos eles ficaram olhando para nós dois.

Não muito longe, eu vi meus primos, Jimin também os viu, mas dessa vez ele não demonstrou nenhum interesse em aproximar-se deles, exceto ao ver Eunbi vindo em nossa direção e eu segurei a vontade de bufar.

- Jimin! - Ela disse abraçando-o. - Está lindo. - Eunbi olhou meu esposo de cima a baixo e Jimin tinha um sorriso no rosto.

- Você também está linda.

Eunbi estava usando um vestido azul claro, ela realmente estava linda naquela roupa, mas não é como se eu ligasse.

- Jungkook...

- Oi, Eunbi.

Eu respondi sem vontade.

Olhei para os arredores e encontrei uma pessoa que não via faz muito tempo.

- Com licença.

Sai de perto deles e fui caminhando até o homem que estava parado com uma taça de vinho em mãos, pedi licença aos outros que estavam em minha frente e quando parei em sua frente, eu não acreditei que era ele mesmo e ele parecia surpreso em me ver.

- Jungkook?

- Min Hyuk! - Eu segurei sua mão e o abracei. - Nossa, faz muito tempo que eu não o vejo, desde de o...

- Desde o enterro do Jonghyun. - Ele disse dando-me um sorriso triste e eu balancei a cabeça positivamente.

- É, desde o enterro do Jonghyun - Há dez anos atrás.

Lee Min Hyuk era um amigo muito próximo do Jonghyun, eles se conheceram quando Jonghyun entrou para o exército, Min Hyuk é militar até hoje, só que ele trabalha em uma área diferente da minha. Ele é da Divisão de Comunicações e Jonghyun, assim como eu sou, era da Divisão de Infantaria.

- Mas, e aí? Como você está? - Eu perguntei.

- Ah, eu estou bem e você? Soube que se casou. - O alfa bebeu um pouco de seu vinho e eu ri enquanto assentia

- Sim, eu me casei! Com o filho do General Da Nova Zelândia.

- Filho do General Park Seo-Joon? - Eu assenti mais uma vez com seu tom surpreso. - Então foi para isso que ele veio morar na Coreia há alguns anos atrás. - Franzi o cenho.

Como ele sabia que ele estava aqui e eu não?

- Tá aí, as vantagens de ser das Comunicações, eu só soube que ele estava aqui há algumas semanas. - Min Hyuk riu. - Era ele o seu tão falado noivo.

- Acha que Jonghyun o aprovaria?

- Ele com certeza ia gostar dele, principalmente se ele for do tipo esquentadinho, como ele era. - Eles dois juntos... Eu não ia ter paciência para aguentá-los.

Ri de meus pensamentos.

- Ah, eles se dariam super bem.

- Sério? - Ele perguntou risonho.

- Claro, os dois iam disputar para ver quem me tirava mais do sério.

Mais uma vez nós rimos, eu e ele sempre nos demos bem, nos conhecemos através do ômega, mas com sua morte, acabamos nos afastando e perdendo o contato. De fato, era a primeira vez que eu o via depois de tanto tempo.

- Papai! - Um menino alfa abraçou sua cintura e nós dois olhamos em sua direção.

- Hey, Kihyun.. - Min Hyuk passou a mão em seus cabelos, o garoto olhou para cima e depois para mim. - Esse é Lee Kihyun, ele é meu filho.

- É um prazer conhecê-lo Kihyun, quantos anos você tem?

- Doze.

- Caramba! Quando eu tinha doze, eu era bem menor que você... - Mexi em seus cabelos e ele riu. - Está com uma grande vantagem sobre mim, rapazinho. - Min Hyuk passou o braço por seu pescoço.

- Qual seu nome? - Kihyun perguntou.

Eu me abaixei ficando à sua altura.

- Sou o Capitão Jeon Jungkook - Seus olhinhos se arregalaram, ele também abriu a boca surpreso e olhou para o pai que sorria.

- Papai, ele se parece um pouco com o Jonghyun - A feição de Min Hyuk mudou, ele olhou para mim e depois voltou a olhar para o filho. - O senhor não acha? - Eu olhei para baixo e mordi o lábio inferior.

Soltei um longo suspiro.

- Você acha que me pareço? - Perguntei e o garoto assentiu. - Bem que eu queria ser como ele - Mais uma vez baguncei seus cabelos e me levantei. - Eu vou indo, aproveitem a festa. - Eu lhes dei um aceno.

Decidi sair para pegar um pouco de ar.

Eu parecido com Jonghyun...

Deixei escapar uma risada sem humor.

Sentei-me no sofá da sala vazia e coloquei as mãos em frente ao meu rosto.

É engraçado falar sobre meu avô não ter superado a vovó sendo que nem eu mesmo superei a morte do meu melhor amigo.

Por muito tempo, ele foi uma das únicas pessoas que me apoiou e a razão de eu não ter desistido da minha vida. Porque, sim, suicidio passou pela minha cabeça durante esses anos em que sofri agressões e fui simplesmente deixado de lado por meus pais.

Eu só fui lembrar da existência de Jimin muitos anos depois, com a morte de Jonghyun eu comecei a viver no completo automático e por isso também me vinha constantemente a vontade de desistir de tudo. Só que depois ele me veio à mente, comecei a me dedicar ao trabalho e por fim chegaram em minha vida mais quatro razões para eu me manter de pé.

É...

Se não fosse isso tudo, eu não sei se ainda estaria aqui, provavelmente não e eu vou ser sincero, não é como se eu tivesse deixado essa ideia totalmente de lado ainda.

Ouvi a porta sendo aberta e algumas altas risadas, quem passou por ela? Isso mesmo Hoshi, Jeongyeon, Jiwon, Yuta e Daniel.

- Olha só quem está aqui! - Jeongyeon disse e todos olharam para mim. - Também se escondendo da multidão, priminho? - Ela com certeza não estava sóbria.

- Ele sempre faz isso. Se afastar de todos e ficar sozinho. - Jiwon falou fazendo os outros rirem.

Eu me levantei e caminhei até a porta.

Tudo bem, eu disse para Jimin que não arrumaria brigas, confusões e nem discussões.

- Hey, Hey. - Hoshi coloca a mão em meu peito. - Aonde pensa que vai? - Ele perguntou com um sorriso de lado.

- Eu vou voltar para a festa, se você me der licença. - Respondi e ele negou com a cabeça enquanto ria olhando para os outros.

- Sabe, eu realmente não entendo o que o vovô vẻ em você. - Eu bufei. - É sério, ele nunca nos deu tanta atenção como dava para você desde bem novo.

- Não sei do que você está reclamando, Hoshi. - Olhei para o alfa. - Está reclamando do meu avô me dar atenção? De um avô dar atenção para seu neto? Isso é um tanto questionável vindo logo de você.

- Por que questionável? - Ele perguntou e eu ri, sim, eu ri.

Ri muito por sinal.

- Hoshi, Hoshi, Hoshi... - Neguei com a cabeça enquanto mantinha meu sorriso. - Já ouviu o conto do menino lobo? Aquele em que um bebê é deixado na floresta e é criado por lobos? Ele cresce e começa a se portar como um animal, entretanto ele pode até se comportar como um lobo, comer como um lobo, agir como um lobo, mas ele não é um lobo.

- O que você quer dizer com isso? - Ele perguntou-me entre os dentes.

- Você sabe exatamente o que eu quero dizer. - Eu sorri. - Você pode viver como um Jeon, pensar que se comporta como um Jeon, ser tratado pelos empregados como um Jeon, mas escute bem - Coloquei a mão em seu ombro e aproximei-me de seu ouvido para sussurrar: - Você nunca será um Jeon.

Hoshi me empurrou, segurou em minha camisa, fechou as mãos em um punho, levou o braço para trás e o ergueu em direção ao meu rosto.

O que ele não esperava era que eu parasse seu punho com a palma de minha mão.

Ele não esperava mesmo, sua feição foi quase como de amedrontado e eu sabia exatamente o porquê

Eu sorri de lado e apertei meus dedos em volta de seu punho.

- Eu não sou mais aquela criança de cinco. - Chutei sua barriga com meu joelho. - Seis. - O empurrei contra a parede e coloquei o braço em seu pescoço. - Sete anos. - Dei um soco forte em seu rosto.

- Segurem ele, agora! - Jiwon e Jeongyeon puxaram-me pelos ombros para trás e seguraram meus braços. - Você vai se arrepender de ter dito isso. - Ele disse entre os dentes e os seus olhos ficaram amarelos.

Hoshi estava com raiva e ainda tinha um roxo em seu rosto.

Eu sorri e neguei com a cabeça.

- A verdade dói, Bae Hoshi?

Hoshi veio com tudo para cima de mim, eu dei um puxão em meu braço direito colocando Jeongyeon em minha frente e fazendo com que Hoshi acertasse suas costas. Com meu braço direito livre, eu trouxe o esquerdo e Jiwon veio junto, com isso acertei um soco em seu nariz.

E ele se quebrou.

- Aquele pequeno e inofensivo Jungkook, não existe mais, não pensem que podem fazer de novo tudo o que faziam comigo. - Yuta vinha em minhas costas para me acertar um soco.

Eu abaixei um pouco, metade de seu corpo ficou sobre meu ombro e eu me levantei fazendo-o cair de cabeça no chão. Daniel e eu começamos a andar em círculos, ele tentou me dar um chute, mas eu me defendi segurando sua perna e acertando uma cotovelada em seu joelho.

Ouviu-se apenas seu gemido de dor.

Hoshi colocou o braço em torno de meu pescoço puxando-me para trás, ele estava me enforcando, Jeongyeon veio acertando meu estômago em cheio e depois Jiwon me deu um soco em meu rosto.

- Eu deveria ter feito isso anos atrás... - Ele forçou o braço contra meu pescoço e o ar começou a me faltar. - Agora você morre de verdade. - Eu coloquei as mãos em seu braço puxando-o para longe do meu pescoço.

A essa altura, meus olhos já estavam vermelhos como sangue.

Consegui puxá-lo para frente e seu corpo passar por cima do meu, caindo de costas em cima da mesa de madeira e quebrando-a em pedaços.

(Segunda-feira)

- Espera... - Yoongi disse e levou a mão até a boca.

O pequeno Hoseok ainda estava desacreditado, Jongho... Jongho como sempre, sua expressão neutra e sem explicação, Mingyu tinha as mãos entrelaçadas na frente do rosto e os cotovelos apoiados na perna enquanto me olhava.

- O senhor está nos dizendo que...

- Praticamente comeu seus primos na porrada?! - Mingyu completou a fala de Yoongi.

- Tem crianças no recinto. - Eu o alertei e apontei para o pequeno Hoseok.

- Desculpa, Hobi, mas cacete, o que o senhor esperava?

- Não, calma aí! - Jongho se pronunciou e todos olhamos para ele. - Cadê o Jimin nessa história toda? - Eu respirei fundo.

- O Jimin? - Eles balançaram a cabeça positivamente juntos, sincronizados.

(Sábado)

Eu estava pronto para abaixar-me, segurar seus cabelos e bater contra a madeira.

Exatamente como fiz com aquele italiano.

Mas algo chamou minha atenção, algo que eu não havia percebido, antes.

Essas cinco pragas sempre, SEMPRE, andam com Suho e onde ele está agora se esses cinco estão aqui?

Segurei seus cabelos e puxei sua cabeça, Hoshi tinha o rosto sujo de sangue.

- Cadê o Suho? - O desgraçado ainda teve a capacidade de rir.

- Sentiu falta dele, é? - Ele perguntou com dificuldade. - Suho está com ele.

Não.

- Está com o puto do seu esposo, sem você por perto, ele está livre, não?

Meu sangue ferveu, parecia que toda a raiva que eu senti durante todos esses anos me atingiu naquele instante e agora eu tinha um ponto para concentrá-la.

- O que eu disse sobre ter decência e amor à vida ao falar de Jimin? - Eu bati sua cabeça contra o chão e ele gritou de dor.

- Me solta!

- Ah, isso é música para os meus ouvidos.

Me ergui e virei seu corpo embaixo de mim, segurei seu pescoço e lhe dei um soco certeiro em seu nariz, também o quebrando

Hoshi tentou colocar a mão em meu pescoço, mas eu segurei seu pulso, soltei seu pescoço e com as duas mãos eu quebrei seu braço.

Seu grito foi alto, tão alto que até mesmo sua voz de alfa saiu.

No canto de seus olhos, eu vi lágrimas, mas eu não senti um pingo de pena.

- Boa sorte na recuperação, seu desgraçado

Levantei-me e por último dei um chute em sua barriga.

Meus dedos estavam doendo, mas isso não me parou.

Estavam todos caídos, ninguém teria coragem de me enfrentar novamente, então nem ousaram tentar me impedir de sair dali.

Parei por alguns instantes, concentrei-me e fechei minha mão esquerda, aquela a qual continha minha aliança.

Fechei os olhos e respirei fundo.

Movimentação dos empregados, cochichos no salão, conversas entre os mais velhos, crianças correndo, talheres batendo um contra o outro, copos sendo enchidos... A voz de Suho.

Virei-me, eu sabia exatamente onde eles estavam, no jardim perto da piscina.

Rosnei de raiva e apertei minha mão em um punho, fui caminhando até lá em passos pesados e fortes

- Por que você me trouxe aqui? Jungkook não quer que eu fique sozinho com você. - Jimin perguntou.

- O que eu lhe disse aquele dia? Não o influenciá-lo para que tenha uma imagem ruim de nós. - Ouvi-o dizer. - Qual é, ele lhe deu uma mordida de proteção.

- Você sabia da mordida de proteção desde aquele dia, porque ajudou a causar todo aquele alvoroço? Foi só para prejudicá-lo, não foi?

- Viu, ele já te influenciou, agora está fazendo acusações sem sentido.

- Não são sem sentido, elas têm bastante sentido. Desde o início, eu achei que fosse birra do Jungkook, qualquer coisinha besta, mas não, ele sempre teve razão sobre vocês, eu quem fui idiota.

- Razão? Razão sobre o quê? Jimin, ele é um mentiroso, não acredite em nada do que ele disser para você sobre nós, tudo o que aconteceu foi inteiramente culpa dele.

Se eu tivesse com minha arma o tiro ia ser certeiro em sua cabeça.

- Não toque em mim! - Ele pediu quase que gritando.

Merda, para que tantos corredores?

- Vocês quem são os mentirosos, vocês são tudo de ruim, não sei como pude ser tão ingênuo e caído na de vocês - Finalmente, a saída! - Jungkook está mais do que certo em querer distância de vocês. Vocês não deveriam nem estar aqui, deveriam estar presos e pagando pelos crimes de vocês! O seu avô está mais do que certo em chamá-los de decepção, chamaria de lixo se soubesse o que fizeram com meu marido.

Eu vi Suho forçar o corpo de Jimin contra a árvore, meus braços logo se arrepiaram pelo medo que ele sentiu e a raiva me dominou por completo, se antes eu já estava com raiva, agora ela triplicou.

- Olha só você, um ômega pensando que pode gritar e xingar um alfa como eu. - Eu conseguia sentir o desespero e o medo de Jimin, seu coração estava batendo tão forte que eu sentia o meu doer. - Não tem marca de proteção que irá me impedir de fazer o que eu quiser com você! - Ele usou a voz de alfa.

Claro que não houve efeito em Jimin, mas ele estava assustado como nunca, então seu corpo reagiu e ele abaixou a cabeça fechando os olhos fortemente.

Suho segurou seu rosto, beijou seu pescoço e sussurrou:

- E nem adianta gritar, ninguém irá ouvi-lo, nem mesmo o inútil do seu marido.

- SUHO! - Eu gritei com raiva. - NUNCA MAIS PONHA SUAS MÃOS EM MEU ESPOSO! - Nem deu tempo dele reagir ou pensar em fazer alguma coisa.

Eu acertei seu rosto fortemente com meu punho, tão forte que ele caiu no chão e eu fui junto com ele, sentei-me em seu abdômen segurando sua camisa com a mão direita e acertando mais seu rosto com a esquerda.

- Nunca. - Um soco. - Mais. - Outro. - Suho... - Eu via o medo em seus olhos.

Saía sangue de suas feridas e eu sorri.

Coloquei meus dedos em volta de seu pescoço e o apertei, ele estava vermelho pelos socos e agora estava ficando roxo pela falta de ar.

- Você me atormentou por anos e eu nunca devolvi, mas tocar em meu esposo. - Suho segurava meu pulso tentando me afastar e fazer soltá-lo, eu ri negando com a cabeça, uma risada que eu nunca pensei que poderia dar. - Você cavou sua própria cova ao tocá-lo, Suho. Ganhou seu passe livre para o inferno.

Seus olhos pareciam pular de suas pálpebras e eu estava me divertindo como nunca.

(Segunda-feira)

- Tem crianças no recinto!

- Cala a boca, Yoongi! - Mingyu mandou.

(Sábado)

Era só mais um aperto e seu pescoço se quebrava em minha mão, só um pequeno aperto.

- JUNGKOOK, PARA COM ISSO AGORA! - Eu ouvi Jimin gritar e eu soltei Suho que puxou o ar fortemente pela boca.

Ele olhou para mim com raiva e me empurrou ficando agora por cima de mim.

- VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO! - Suho começou a acertar socos no meu rosto.

O sangue descia pela ferida em sua testa e até mesmo tinha sangue saindo de seu nariz.

Seu punho acertava meu rosto com força, eu não estava mais aguentando aquilo e nos girei mais uma vez ficando por cima dele, segurei sua camisa e comecei a bater sua cabeça contra o chão.

- Jungkook .. - Eu olhei para Jimin e meu coração doeu mais uma vez.

Ele estava chorando, sua dor tornou-se a minha dor e então eu abri os olhos para o que eu estava fazendo.

Suho estava fraco, quase que inconsciente, eu o soltei de vez e me levantei cambaleando um pouco.

- Jimin... - Eu caminhei até ele e o abracei, era tudo o que eu precisava.

Seu abraço

Seus braços envolveram meu pescoço, eu envolvi todo seu corpo apoiando meu queixo em seu pescoço e inspirando fortemente seu cheiro

Foi como um calmante natural.

- Vamos embora, por favor

- O quê? - Eu perguntei baixo ainda lhe abraçando.

- Vamos embora agora, eu não quero ficar aqui nem mais um segundo, por favor, Jungkook.

Eu assenti diversas vezes e segurei seu rosto limpando suas lágrimas.com os polegares.

- Tudo bem, nós vamos embora agora, tá bom? - Beijei sua testa. - Vamos para casa, meu amor. - Abracei-o mais forte.

(Segunda-feira)

Os meninos estavam em silêncio, apenas olhando um para os outros e eu estava com a mão na frente do rosto encarando o nada

- E depois? - O pequeno Hoseok perguntou.

- Avisei a governanta e os empregados sobre os meus primos machucados e vim embora de madrugada mesmo, não tomei banho nem nada, só coloquei as malas no carro e pronto, dirigi de volta para casa. - Eu disse. - Chegamos por volta das 00h20 por aí, paramos em um fast-food durante o caminho porque não tínhamos comido nada e quando chegamos em casa, tomamos banho e fomos dormir. - De fato tinha sido só isso.

- Vocês não falaram sobre o que aconteceu? - Jongho perguntou.

- Não. - Neguei. - Deveríamos sim, mas não sei se Jimin quer fazer isso agora, então prefiro dar o espaço dele e eu, bem, não sou do tipo que conversa sobre alguma coisa assim, ainda mais que descontei tudo o que tinha para descontar na cara daquele imbecil.

- Descontou tudo? Tipo, tudinho? - Yoongi perguntou e eu neguei rindo.

- Se fosse tudinho, o rosto dele estaria irreconhecível - Olhei-o . - Na autópsia. - Eles riram e eu os acompanhei. - Aí, vocês são incríveis.

- E onde Jimin está?

- Ele foi no apartamento de Taehyung com o Bam. - Respondi Mingyu - E nós, meus queridos subordinados, temos uma missão para planejar, portanto, precisamos de foco e dedicação. - Yoongi foi o primeiro a murmurar.

Como eu estava com saudade dessa Divisão!

- Nada de perder o foco, essa semana precisamos nos dedicar 100%, nada poderá nos atrapalhar e nada de faltar aos treinos, estão me escutando?

- Sim... - Eles responderam sem animação nenhuma.

- ESTÃO ME ESCUTANDO, QUINTA DIVISÃO? - Perguntei mais alto e autoritário.

- SIM, CAPITÃO JEON!

- Agora sim! - Eu disse animado.






























Tô triste, comprei alguns livrinhos que era para chegar hoje, mas o Correio tá dificultando a entrega :(

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