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Chapter forty two

NÃO REVISADO!




Amor é... Dar valor e se
sacrificar pela pessoa amada.

Matos Rodrigues


Jeon Jungkook

Eu fui o primeiro a acordar, Jimin ainda estava em cima de mim, então com cuidado eu o coloquei deitado no colchão e ele se mexeu um pouco.

Levantei e me estiquei um pouco, fui até o banheiro fazer minha higiene matinal e depois troquei de roupa para descer as escadas, coloquei uma bermuda e uma blusa larga.

Ouvi o portão ser aberto e pela sacada, vi Taehyung chegar com algumas sacolas de papel e também com Bam o seguindo, pelo visto, ele o levou para um pequeno passeio.

Sorri com a cena.

Quando cheguei no andar debaixo, ele estava ligando a cafeteira e guardando algumas coisas.

- Bom dia! - Eu gritei e ele se assustou.

- Qual seu problema? - Taehyung perguntou-me com a mão no peito. - Idiota.

Eu ri e sentei-me na cadeira em frente ao balcão.

Bam veio até mim e eu acariciei o topo de sua cabeça.

- Oi garoto... - Ele lambeu minha mão e ficou fingindo que ia mordê-la.

Bam e suas brincadeiras "agressivas".

- Por que esse "K"? - Eu franzi o cenho.

Ah, meu colar!

Olhei para baixo.

- Eu conheci meu melhor amigo em um jardim de rosas, havia alguns coelhos, por eu não ter dito nada inicialmente, ele disse que começaria a me chamar de Kookie já que não sabia meu nome e desde então ficou. Só não sei como ele associou rosas e coelhos ao apelido Kookie, mas de fato amo Kookies. - Respondi, Jonghyun era estranho. - Jonghyun, esse era o nome dele.

- Jimin me falou um pouco dele.

- Falou?

- Não muita coisa, só que ele o protegia de seus primos. - Assenti entendendo.

- É, ele foi meu pequeno herói. - Eu soltei uma risada triste.

- Bom, já que ele não está mais aqui, eu mesmo o chamarei de Kookie.

- Não acha que isso é um abuso?

- Quieto, Kookie! - Ele disse enquanto começava a arrumar a mesa pro café da manhã.

Neguei com a cabeça enquanto ria.

- Como estão as coisas com o Yoongi? - Me arrisquei a perguntá-lo.

O pai dele está vindo e eu tenho quase certeza que ele sabe disso.

- Não existe "As coisas com o Yoongi".

- Para ele, existe.

- Eu sei.

- Por que vocês parecem que negam seus sentimentos para si mesmos? Isso não fará com eles sumam. - Eu disse.

- Você acha que eu não sei disso? - Olhei para ele. - Sabe, durante a noite, eu me questionei se realmente deveria ter vindo para cá, isso só nos aproximará mais ainda. - Taehyung dormiu em outro quarto.

No fundo, Taehyung é o que mais está tentando usar a razão sem envolver suas emoções perante essa situação.

- Mas ao mesmo tempo, eu sei que não deveria querer ficar longe dele, mas é a única solução aparente.

- Por que você mesmo não pede ao seu pai para ficar com Yoongi ?

Ele soltou uma risada.

- Eu já o decepcionei bastante vindo para cá e ter desistido de servir ao exército, não quero dar mais essa decepção para ele. - Taehyung é como eu.

Claro que Seojoon é muito diferente do meu pai, mas nós os vemos de maneira iguais.

Temos medo de seus olhares de decepção sobre nós.

Eu o entendo, embora agora não me preocupe mais com isso, eu o entendo completamente.

- Eu não quero decepcioná-lo de novo, mesmo que isso custe minha possível felicidade.

- Olha, não é errado pensar na própria felicidade de vez em quando, não temos que viver tentando agradar aos outros constantemente, se não viveremos uma vida triste por não fazermos aquilo que queremos de fato. Lembre-se disso.

Eu busquei mudar de assunto logo, eu não estava gostando de vê-lo daquela forma.

Mesmo que Taehyung ainda estivesse aqui com Yoongi, eu percebi que ele estava um pouco mais afastado do alfa, ou pelo menos buscava estar mais distante e aparecendo apenas para ajudá-lo em certas ocasiões.

Ele e Jimin saíram por diversas vezes, apenas para passear com Bam na praça.

Yoongi também sentiu o afastamento de Taehyung e aquilo o estava machucando.

Como eu sei? Na verdade, eu não faço ideia do porquê, mas nesses últimos dias eu senti algo estranho e quando ia até o quarto de Yoongi, ele estava com uma terrível febre durante as madrugadas e era sempre eu quem o ajudava.

Quando Yoongi era mais novo, isso também acontecia com ele com certa frequência, minha única estratégia era fazê-lo deitar em meu peitoral e niná-lo como se fosse uma criança, sempre funcionava após o remédio.

Não importa quantos anos tenha passado ou o quanto ele cresceu até aqui, eu sempre verei ele, e os outros, como alguém que precisa ser protegido por mim, não importa o jeito.

Exatamente como Namjoon e Seokjin cuidaram de mim, eu busco sempre cuidar deles.

Por conta dessas noites agitadas, não era difícil eu estar dormindo pela tarde e consequentemente acabei deixando um pouco Jimin de lado, mas felizmente não foi algo que ele reclamou e nem que afetou nossa relação.

Até porque, eu estava cuidando de Yoongi e, provavelmente, ele está cuidando de Taehyung .

Wonwoo me disse que as febres de Yoongi podem ser inteiramente emocionais por tudo o que está acontecendo.

Falando nisso, o ferimento dele já cicatrizou bem e ele até mesmo parou de usar a tipoia, agora estávamos indo para o hospital para tirarem seu gesso e ele começar a usar tala junto com muletas.

- Você vai cortar o gesso com isso? - Ele perguntou com os olhos arregalados enquanto olhava uma enfermeira segurando uma serrinha automática.

Eu e os meninos estávamos morrendo de rir.

- Não vai cortar sua pele, somente o gesso. - A enfermeira aproximou a serrinha de sua mão e nada aconteceu.

A enfermeira cortou o gesso e o removeu por completo.

- Consegue mexer os dedos Yoongi ? - Wonwoo perguntou e ele o fez. - Certo, agora vamos colocar a tala.

Era aquelas que pareciam uma bota e Wonwoo começou a apertá-la em volta da perna de Yoongi .

- Você tem células regenerativas muito boas. - Ele sorriu para o alfa. - Até semana que vem, poderá ficar apenas usando muletas sem tala, mas ainda terá que esperar um pouco para poder correr e fazer missões. - Yoongi assentiu.

Mingyu trouxe-lhe as muletas canadenses.

- Consegue ficar de pé usando-as? Use apenas o pé bom e seus braços para manter-se em pé.

Yoongi colocou os braços em volta da circunferência e segurou os apoiadores, ele respirou fundo e fez força ficando de pé.

Wonwoo bateu palminhas enquanto ria.

Todos nós também estávamos sorrindo por ele ter conseguido.

- Consegue andar? - Yoongi negou com a cabeça, estava inseguro. - Tem certeza que não quer tentar? - Ele assentiu.

- Não quero cair.

- Não vamos deixá-lo cair. - Eu disse e ele olhou para mim.

Eu fui para trás dele.

- Tente, eu estou bem atrás de você, não se preocupe.

Yoongi balançou a cabeça positivamente.

Ele apoiou-se em seu pé bom e colocou as muletas para frente, em seguida pareceu dar um saltinho até lá.

- Foi bom? - Perguntou ofegante e Wonwoo assentiu.

- Está se saindo bem. - Yoongi sorriu satisfeito e se desequilibrou caindo para trás.

Mas eu estava lá para segurá-lo.

- Agora você.

- Só Deus sabe quando poderei tirá-lo.

- Yoongi destroncou a perna, você quebrou o braço, então seu processo está mais lento, o que é questionável já que como lúpus deveria ser mais rápido que o de Yoongi até. - Wonwoo olhou para mim. - Você está tendo problemas com Jimin de novo? - Eu enruguei o cenho.

- Não, por quê?

- Teorias...

Começou.

- Mas já que a resposta é "Não", está tudo bem, apenas espere o tempo de recuperação necessário. - Balancei a cabeça positivamente.

Já poderíamos ir embora e também já estava de noite.

- Capitão? - Era Yoongi. - Eu vou para o dormitório.

- Tem certeza?

- Sim, eu vou ficar bem, o problema era o gesso e agora eu estou sem ele, e também é mais fácil ficar lá mesmo, já que não há escadas para subir e descer. - É, ele tem razão. - Obrigado por ter me ajudado e cuidado de mim.

- Não há de que, você salvou meu cunhado, era o mínimo que eu deveria fazer por você. - Ele balançou a cabeça positivamente, mas em seu rosto tinha uma feição triste. - Yoongi .

- Eu vou indo e diga que também agradeço ao Jimin e Taehyung . - O nome de Taehyung soou de um jeito mais cabisbaixo.

- Eu direi sim.

- Até breve, Capitão, boa noite.

- Boa noite, Yoongi .

Peguei o primeiro táxi que vi passar e o pedi que me levasse até em casa.

Durante o caminho, fiquei pensando na situação de Yoongi e Taehyung, eu realmente não faço ideia do que eu faria se fosse um dos dois, mas por um lado, eu sei que pensaria como Taehyung .

Ainda mais ele que era mais próximo do pai do que eu sou do meu.

Eu recebi uma mensagem de Jimin perguntando se eu já estava voltando e eu respondi que sim.

Também recebi uma logo em seguida e juro que meu coração deu um solavanco.

"Estou na Coréia, a caminho de sua residência."

Era o pai deles.

- Isso tinha que ter acontecido logo hoje?

O sol estava se pondo quando cheguei em casa e fui recebido por Bam, Jimin e Taehyung estavam sentados vendo filme.

- Onde está Yoongi ? - Jimin perguntou com o cenho franzido.

- Ele foi para o quartel, achou melhor ficar lá agora que está sem gesso e também os agradeceu por tudo que fizeram. - Taehyung fez uma expressão cabisbaixa que não passou batido por mim. - Mais uma coisa. - Eles me olharam. - O pai de vocês está vindo para cá, agora mesmo.

Jimin e Taehyung se entreolharam e a feição do mais novo parecia ter caído ainda mais.

- Ele veio para-

- Me buscar, eu sei. - Taehyung disse levantando-se e subindo as escadas.

Eu soltei um suspiro.

Sentei-me ao lado de Jimin e tentei tocá-lo, mas Jimin simplesmente deu um tapa na minha mão.

- O que foi isso?

- Você realmente não vai fazer nada?

- O que você quer que eu faça? Até mesmo ele já aceitou que vai embora, agora só resta você, então lide com isso com maturidade. - Jimin arregalou levemente os olhos.

Droga.

- Jimin , me-

- Você tem razão, Jungkook, acho que já está na hora de me adaptar a viver longe do meu irmão, afinal, é isso, não tem mais jeito e é completamente infantil achar ruim toda essa situação. - Eu fiquei calado enquanto ele se levantava e também ia para o andar de cima. - Esse seu jeito me irrita tanto. - Eu respirei fundo.

Bam deitou-se no sofá ao meu lado e eu até mesmo me surpreendi por ele não ter ido atrás de Jimin .

Fiz carinho em seus pelos.

- Eu fiz besteira, não é? - Bam parecia até que tinha balançado a cabeça positivamente. - Não tem o que eu fazer, garoto, mesmo assim, eu deveria ter compreendido ele estar reagindo desse jeito e não agir dessa forma, eu sei disso. - Soltei outro suspiro.

Eu ouvi o barulho de carro na frente do meu portão, me levantei e Bam foi até lá comigo.

No instante em que abri o portão, eu fui literalmente jogado no chão.

Por Jackson.

- CUNHADO! - Ele gritou abraçando meu pescoço.

Jackson literalmente me derrubou no chão e agora está em cima de mim distribuindo beijos em meu rosto.

Bam latiu e avançou em cima dele, o derrubando no gramado e ficando com as patas em cima de seu peito enquanto rosnava olhando-o nos olhos.

- AI AI, EU SOU NOVO DEMAIS PARA MORRER, TIRA ELE DE CIMA DE MIM! - O alfa estava choramingando.

- Garoto, saí de cima dele! - Eu o puxei pela coleira. - Ele é amigo, está tudo bem. - Bam continuou olhando-o de maneira desconfiada.

- Você me atacou quando me viu pela primeira vez, agora seu cachorro, que coisa esquisita.

- É para você aprender a ser menos idiota. - Olhei para o portão e Kibum estava negando com a cabeça.

Logo em seguida vieram meus sogros que também o olhavam negando com a cabeça.

- Yah, eu não posso mais ter saudades do meu cunhado preferido?

- Tenha modos! - Seu pai disse-lhe e ele se levantou com a feição um pouco emburrada por seu pai ter chamado sua atenção. - Jungkook! - Ele estendeu a mão para mim.

- Seojoon. - Apertei-lhe sua mão. - É um prazer revê-lo. - Eu poderia claramente ver alguém dizendo "Só se for para você".

- Digo o mesmo.

Cumprimentei minha sogra e por fim, Kibum.

- Major Kim.

- Capitão Jeon.

Nós rimos com o tom idiota que usamos para nos cumprimentar e logo nos abraçamos também.

- Onde estão Jimin e Taehyung? - Minha sogra perguntou.

- Ah, eles estão lá em cima. - Eu disse. - Vem, vamos entrar. - Os levei até o interior da minha casa. - Fiquem à vontade.

- Tem vinho? - Jackson perguntou.

- Vamos ir em um restaurante, fique calmo.

- Eu sei, Kibum... - Ele revirou os olhos.

- Onde está Mark e os outros?

- Estão todos ocupados com o trabalho, e como viemos apenas buscar Taehyung, Mark permitiu que eu viesse sem problemas. - Assenti entendendo.

Não precisei ir chamá-los, eles mesmos desceram as escadas e olharam para os pais.

- Mamãe. - Eles lhe deram um aceno. - Papai. - Ambos sorriram para os filhos e lhes abraçaram.

- Sentimos saudades de vocês. - Jimin falou enquanto abraçava a mãe.

- Nós ficamos muito preocupados quando soubemos do que aconteceu, vocês estão bem? - Seojoon perguntou segurando o rosto do Park mais novo que assentiu. - Ah, filho, você não pode ficar desprotegido assim e Jungkook já tem Jimin para se preocupar. - Jackson colocou as mãos nos ombros do menor e ele o abraçou. - Por isso vim aqui.

- Eu sei, papai, eu sei e o senhor tem razão. - Ele murmurou enquanto abraçava seu gêmeo. - Eu poderia ter morrido...

- Isso não vai mais acontecer. - Ele disse. - Viemos do hotel, marcamos uma reserva em um restaurante, vamos até lá para falarmos sobre seu noivado. - Não tivemos nem tempo de questioná-lo.

Ele e Minyung já estavam caminhando para lá, Taehyung e Jimin estavam indo com eles na frente.

- Nem perguntei, o que aconteceu com seu braço?

- Eu tentei amortecer minha queda com a mão esquerda enquanto salvava Jimin. - Respondi ao mais novo.

- Oh, eu machuquei você aquela hora?

- Não, está tudo bem. - Eu disse e ele suspirou aliviado.

- O que é isso? - Kibum perguntou apontando para meu pescoço.

- É um colar que meu melhor amigo me deu há uns anos atrás.

- Ele é estranhamente familiar.

- Devem haver vários desse por aí. - Ele pareceu pensativo.

- Tem razão. - Ele concordou por fim.

Nós fomos até o restaurante que ficava no centro, como meu carro já havia voltado do conserto, Taehyung quem o dirigiu até lá e Jackson foi na frente com ele, eu estava no meio e Jimin estava ao meu lado direito.

Mesmo sem saber o que passava, Jackson estava conversando com Taehyung sobre coisas aleatórias para animá-lo e até que estava funcionando, até mesmo Kibum estava ajudando-o a deixar o pequeno Park feliz.

- Me desculpa. - Eu murmurei aproximando-me dele e entrelacei nossas mãos.

Ele não a apertou de volta.

Jimin ainda estava olhando pela janela.

- Eu sei que fui idiota, mas eu te amo. - Jimin olhou para mim, soltou uma risada nasal e voltou a olhar pela janela. - Não fica bravo comigo, não. - Beijei sua mão.

Nos havíamos chego no restaurante, Jimin continuou a me dar o castigo do silêncio, mas felizmente não soltou minha mão e sentou-se ao meu lado na mesa.

Pediram vinho e canapés de salmão como entrada.

Eu estava bebendo vinho com canudo, não queria soltar sua mão e vez ou outra, Jimin colocava um em minha boca.

- Então, como eu estava dizendo. - Seojoon começou a falar. - Você voltará para a Nova Zelândia comigo, lá estará sob minha proteção.

- Eu estive protegendo-o durante esses últimos dias, General. - Eu falei atraindo sua atenção. - Ele e Jimin, sendo assim, não vejo problema em tomar conta dos dois ao mesmo tempo, se essa é sua preocupação. - Jimin apertou levemente minha mão.

- Eu sei disso, Jungkook. - O mais velho respondeu. - Mas Jimin é seu esposo, além disso, Taehyung em sua casa pode lhe incomodar no futuro por acabar com a privacidade do casal. - Ok, nisso eu concordo um pouco.

Mas é claro, que eu não vou dizer.

- E nem adianta negar, eu sei do que estou falando. - Eu soltei um suspiro. - Taehyung não é filho de vocês e vocês não são obrigados a terem responsabilidade nenhuma com ele, isso é meu dever como pai. - Ele estava certo mais uma vez, mas Jimin estava me olhando muito sério para eu concordar com gestos. - E também, Taehyung é o único dos irmãos que está sozinho, que não tem ninguém para cuidar dele, o que significa que não está marcado e pode ser controlado por qualquer alfa miserável.

Eu posso estar alucinado, mas vi Taehyung engoli a seco e colocar a mão no pescoço.

Não, Yoongi você não fez isso...

O cheiro de Yoongi sumiu um pouco em seu corpo por conta do afastamento que tiveram um do outro, mas ele ainda estava lá, será que...

Seojoon bebeu um pouco de vinho e nosso jantar foi servido.

- Quando você for pai, saberá do que estou falando, isso é pura preocupação de pai. - Eu não o questionei. - Inclusive, depois quero saber mais sobre o ataque que sofreram e tudo mais. - O alfa disse cortando a carne em seu prato. - Meus filhos são meus bens mais preciosos e eu faria qualquer coisa pela segurança deles.

Taehyung parecia estar prestes a chorar, mas ao mesmo tempo se mantinha forte.

Jackson estava o observando.

Irmãos gêmeos tem um certo laço entre si para toda a vida e são os únicos que têm duas almas gêmeas, que são eles seu irmão e seu amor.

Ele conseguia sentir sua tristeza e não estava entendendo porque ele estava daquele jeito, mas também estava se entristecendo junto de seu irmão.

- Não se preocupe, filho. - Ele colocou a mão em seu ombro e ele o olhou.

Eu vi a dor em seus olhos, eu sei porque já tive os mesmos olhos que ele um dia, por motivos diferentes.

- Arrumarei alguém que o mereça e que o respeite. - Yoongi o merece e o respeita mais do que tudo. - Só me dê um tempo.

Franzi o cenho.

Calma aí.

Eu até ia falar alguma coisa.

Mas aquele cheiro familiar veio diretamente em minhas narinas, cheiro não, cheiros.

Quatro cheiros que eu reconheço em qualquer lugar.

Virei-me para a entrada do restaurante e eles estavam vindo até nós, Mingyu estava ajudando Yoongi a vir mais rápido, fazendo-o se apoiar em seus ombros e eu estava apenas negando com a cabeça.

Yoongi não faça besteira, pelo amor de Deus!

Eles pararam em frente à nossa mesa e eu estava a ponto de surtar.

- Eu me lembro de vocês. - Seojoon falou. - Nos buscaram no aeroporto, são a Quinta Divisão, subordinados do Jungkook. - Ele olhou para mim e eu assenti sentindo meu corpo esquentar pelo nervosismo.

- Tenente Kim Mingyu, General Park.

- Sargento Choi Jongho.

- Sargento Jung Hoseok.

Yoongi estava olhando para Taehyung que também o encarava como quem dizia "Não faça isso".

Ele olhou para meu sogro e no mesmo instante eu me levantei atraindo a atenção deles.

- Vamos embora. - Eu disse indo para perto deles. - Agora.

Eu tentei puxá-lo, eu até puxei, mas Yoongi abriu a boca.

- Eu não posso deixar que o senhor case Taehyung com outra pessoa! - Ele praticamente gritou e eu agradeci o restaurante estar vazio.

Eu estava prestes a ter um infarto.

Seojoon estava o olhando de maneira séria.

Eu nunca o tinha visto dessa forma.

Era possível sentir a raiva dele e me surpreendi com Jackson estar do mesmo jeito, Taehyung ainda estava olhando para Yoongi.

- Por que está dizendo isso? - Ele perguntou com um tom um tanto sombrio.

Yoongi assumiu uma postura que nem mesmo eu nunca tinha visto.

Ele fez uma feição tão séria quanto ele.

- Eu conheço seus costumes e, por isso, digo que seria vergonhoso para o senhor entregar Taehyung para outro sendo que eu já o toquei e ainda tem grandes chances dele estar carregando um filhote meu neste exato momento. Ele entrou no cio e eu estava por perto, não resistimos um ao outro e nos deixamos levar por nossos instintos.

Não era só eu.

Todo mundo olhou para Yoongi com os olhos levemente arregalados e boquiabertos, Taehyung estava negando com a cabeça enquanto de seus olhos saíam lágrimas.

Como eu disse, eles estavam com raiva, tanta raiva que Jackson levantou-se de seu lugar e foi até Yoongi segurando-o pelo colarinho com ódio nos olhos, ele estava prestes a bater nele, mas Kibum o afastou dele a tempo.

- ME SOLTA! - Ele gritou. - EU VOU MATAR ESSE ALFA! - Kibum o segurava com força. - VOCÊ TIROU A HONRA DO MEU IRMÃO! VOCÊ O DESONROU E VAI PAGAR POR ISSO! - Ele conseguiu se livrar do aperto de Kibum.

O alfa correu mais uma vez em direção a Yoongi, mas pus em sua frente.

- Você não vai encostar nele. - Eu disse olhando-o.

- Ele tem o direito de fazer isso, é o irmão dele, e também meu filho. - Seojoon falou entre os dentes. - Ele o desonrou, esse-

- Eu o admiro muito, General, é pai do meu esposo. - Intervir. - Mas eu não vou aceitar que insulte meu subordinado e nem que toquem nele. - Jackson virou-se e colocou a mão no rosto.

Ele estava com raiva, muita raiva e o pai não era diferente.

Seojoon olhou para Taehyung que com receio retribuiu o olhar para o pai.

- Isso é verdade, Taehyung? Diga-me que isso é mentira.

Taehyung já estava chorando, ele pressionou os lábios um contra o outro e em seguida assentiu.

- Sim, papai... - Ele respondeu chorando. - É verdade, sim. - O olhar do homem para ele foi do ódio para decepção.

Seojoon bateu na mesa fazendo-os se assustarem.

Jimin levantou-se e foi até o irmão abraçando-o.

- Eu deveria matá-lo por isso. - O alfa disse olhando para Yoongi .

"Faça alguma coisa."

Era Jimin .

"Você sabe o que deve fazer."

- General, seria extremamente vergonhoso para o senhor entregar Taehyung dessa forma para outro.

- Você acha que eu não sei?

- E também seria extremamente vergonhoso para Taehyung quando essa notícia se espalhar entre seus parentes. - Jackson soltou uma risada pelo nervoso. - Já que Yoongi o violou, aconselho que entregue Taehyung para ele-

- Não! - Jackson negou.

- O mais rápido possível, antes que isso se espalhe ou que a barriga cresça.

- Por que eu entregaria meu filho para ele? - Além do óbvio, velho tolo?

- Meu sogro, ele é meu subordinado, é de minha extrema confiança e recentemente foi promovido a Tenente. - Comecei a listar os motivos. - Além disso, Yoongi salvou a vida de Taehyung duas vezes, inclusive fraturou a perna enquanto salvava Taehyung e também entrou na frente de uma bala por ele, então foram duas vezes. - Eu disse. - E por fim, mas não menos importante, Yoongi é filho de Min Jooheon.

Oh sim, ele o conhecia.

- Ou seja, além de servir ao quartel, é filho de alguém que fez muito por nossos países. - Eu falei. - Como filho único dele, ele é herdeiro de seus bens, sendo assim, tem uma boa estabilidade financeira para suprir todos os caprichos de Taehyung . - Ele respirou fundo. - É a melhor opção que temos, ninguém ficará sabendo disso e a honra de Taehyung estará intacta.

- Papai, meu marido tem razão. - Jimin disse ainda abraçando Taehyung que estava chorando. - Já falam de Taehyung por ele não ter se casado como nós, imagine se souberem que isso aconteceu.

Seojoon e Jackson estavam super nervosos, ambos saíram para conversar e eu aproveitei o momento para puxar Yoongi para outro canto.

- Capitão.

- Não, Yoongi . - Ele abaixou a cabeça. - Só, não.

Eu estava daquele jeito porque Yoongi poderia ter sido severamente castigado por ele, ele não só tirou a honra de Taehyung, como também se arriscou colocando-se perante à um General e dizendo aquelas coisas sobre meu cunhado.

Seojoon tem bastante contatos, não me surpreenderia se ele tentasse algo pelo o que ele fez a Taehyung, ainda que Taehyung também tenha desejado, ele pode simplesmente dizer que Yoongi o forçou, denunciá-lo em seguida, isso ser levado a júri e ele ganhar a audiência.

Yoongi correu tantos riscos, fora Jackson que faltou pouco para matá-lo.

Kibum foi até Taehyung e o abraçou, em seguida beijou seus cabelos enquanto dizia para que ele se acalmasse.

E se Yoongi não tivesse vindo, Taehyung teria se casado com outro carregando o filhote de Yoongi ...

Jackson e meu sogro estavam discutindo bastante do lado de fora, estavam tão nervosos com toda a situação, como ele é o único alfa, ele tem participação na decisão do pai para com a família e Taehyung não era apenas seu irmão.

É seu irmão gêmeo e o caçula.

Eles voltaram.

Meu sogro apontou para Yoongi .

- Você vai se casar com o meu filho para manter a honra dele a salvo.

- Mas se alguém souber do que você fez, eu mesma o farei pagar por isso. - Jackson disse. - Se casarão amanhã mesmo, para que não haja mais riscos e é melhor que não falem sobre o que aconteceu aqui. - Ele foi até Kibum e pegou Taehyung em seu colo.

Que agora estava chorando encostado em seu ombro.

Jimin foi atrás deles com Kibum, Seojoon e Minyung voltaram para o hotel de táxi.

- Não pense que acabou. - Eu disse olhando para Yoongi .

Os irmãos Park e Kibum ficaram no estacionamento, a Quinta Divisão ficou no carro, eu e Yoongi fomos até a praça de frente ao restaurante.

- Senta aí! - Ele o fez. - Yoongi você tem ideia do que fez? Eu acho que não.

- Capitão...

- Não! Yoongi , eles poderiam ter matado você ou pior, prejudicá-lo por isso.

- Eu sei.

Eu estava tão nervoso e estressado que estava estalando todos os ossos da minha mão direita.

- Sabe? Parece que não. - Eu disse sentando-me ao seu lado. - Eu sei que você o ama e é apaixonado por ele, mas você não deveria ter sido burro à esse ponto! Engravidá-lo apenas para casar com ele, essa foi a ideia mais idiota que você já teve e outra, você parece que não pensou em Taehyung . - Yoongi olhou para mim. - Ainda que ele também tenha sentimentos por você, como você pôde ser egoísta assim? Você não pensou nele e nas consequências que isso traria pra vida dele! O pai dele está lá agora, decepcionado com ele por tudo o que aconteceu. - Ele abaixou a cabeça.

- Capitão...

Eu fiquei com mais raiva ainda de Yoongi quando me lembrei que foi justamente no cio de Taehyung que eles se deixaram levar.

- Yoongi, você foi o melhor naquele treino, o melhor, e agora você me diz que se deixou levar porque era o cio do Taehyung e que você seguiu seu instinto! Você foi treinado justamente para resistir ao seu instinto e foi o que se saiu melhor, é muito difícil de acreditar que isso aconteceu.

Yoongi voltou a olhar para mim e dessas vezes tinham lágrimas em seus olhos.

- É difícil, porque eu menti. - Ele disse com a voz chorosa e limpando o canto dos olhos. - Eu menti, Capitão. - Eu estava desacreditado. - Eu estava lá quando ele entrou no cio, mas eu resisti à ele. - Yoongi respirou fundo. - Por causa do treino e por saber que aquele não era Taehyung .

Yoongi estava chorando.

- O Taehyung de verdade... - Ele tossiu. - O meu Taehyung, ele quer se entregar para alguém que ele tenha certeza que será daquela pessoa para todo o sempre e que aquela pessoa também será dele. Unicamente. - Yoongi suspirou. - Taehyung quer se entregar para aquela pessoa que lhe dará filhotes e que os criarão ao seu lado. - Mais uma vez, ele limpou o canto dos olhos. - O meu Taehyung quer além de sexo somente por desejo, ele quer que envolva amor, paixão, admiração e confiança.

Dessa vez, eu quem respirei fundo.

- Aquele Taehyung não queria nada disso, não era nem ele, eram seus instintos tomando conta de seu corpo e mente, e eu não o queria dessa forma praticamente inconsciente, eu quero o meu Taehyung ... - Ele falou. - Eu pensei bem e vi que essa poderia ser uma solução para nós dois ficarmos juntos, eu disse que faria qualquer coisa, era arriscado, mas eu morreria de arrependimento por não ter ao menos tentado.

- Yoongi ...

- O máximo que ele poderia ter feito era me desmentir na frente do pai dele.

Agora que ele falou isso, pude parar para pensar que Taehyung compactuou com sua mentira.

Os dois mentiram para ficarem juntos.

Eu só espero que nenhum deles se arrependa do que fizeram, afinal, não há mais volta.

E Taehyung deve está chorando justamente por saber que Yoongi se auto sentenciou de maneira totalmente impulsiva.

Porque sim, ele foi impulsivo, agiu completamente na impulsividade e sem pensar nas consequências, eu não quero nem pensar no que teria acontecido se Taehyung não tivesse compactuado com sua mentira...

Haveria processo de injúria e difamação.

Nós voltamos para o estacionamento, Yoongi olhou para o outro lado e Taehyung já estava mais calmo, mas seu olhar para Yoongi era tão cabisbaixo e Yoongi logo abaixou o olhar entrando no carro logo em seguida.

Jackson e Kibum o levaram junto com eles, Jimin veio dirigindo até nossa casa.

Viemos o caminho todo em silêncio e eu já sabia que Taehyung também tinha lhe dito a verdade sobre o que de fato aconteceu.

Até mesmo depois de saber a verdade, eu não estava mais calmo ou aliviado, parece que piorou, porque eu fiquei pensando em mil possibilidades de Taehyung ter negado aquilo e ele sair prejudicado.

Eu literalmente estava sendo torturado por pensar em situação que, naquele momento, não aconteceriam mais, só que eu não conseguia calar meus pensamentos e aquilo estava me deixando ansioso.

Mesmo depois de ter tomado banho e vestido minhas roupas para dormir, aquilo não havia passado, eu desci para beber água e fiquei na sala.

Meu corpo começou a suar frio e meu coração não se acalmava.

E se Taehyung tivesse dito a verdade...

E se Seojoon soubesse que Yoongi estava mentindo apenas para ficarem juntos...

E se ele descobrir que foi enganado por Yoongi ...

Eu não posso deixar de me preocupar imensamente com aqueles garotos do nada, eu sei que eles estão crescendo, cresceram na verdade.

Jimin pareceu ter vindo atrás de mim, pois me olhava como quem me analisasse.

- Você está estressado.

- Sim.

- Por que está assim? - Jimin perguntou-me.

Era simples.

- Não consigo calar esses pensamentos! - Completei em voz alta.

- Que pensamentos?

- E se tivesse dado tudo errado? E se seu pai descobrir tudo? - Perguntei.

- Jungkook.

- Eu tenho medo de alguma coisa acontecer com eles e eu não puder estar lá para impedir.

- Vamos para nosso quarto. - Ele estendeu a mão em minha direção. - Vem, meu amor.

- Eu não vou conseguir dormir, apenas atrapalharei seu sono.

- Eu não me importo em ficar acordado com você. - Olhei para os seus olhos. - Vamos. - Jimin me chamou mais uma vez.

Eu lhe dei a mão, levantei-me e subimos as escadas, Jimin estava praticamente me levando para lá.

- Você quer ficar como ficamos ontem?

Não, eu não queria, mas era o único modo que tinha para dormimos juntos por causa desse gesso idiota.

Balancei a cabeça positivamente.

Eu me deitei em nossa cama e ele veio por cima de mim, nos cobrindo e ligando o ar-condicionado em seguida.

- Eu queria ouvir seu coração.

- Você pode ouvi-lo.

- Não queria usar meus sentidos.

Jimin sentou-se em meu colo, segurou minha mão direita e a colocou em seu peito.

- Pode senti-lo, então. - Ele estava batendo em um ritmo normal.

Eu subi minha mão para seu pescoço e por fim segurei seu rosto puxando-o para um beijo.

Suspirei satisfeito.

- Você sabia?

- Não, apenas sabia que estiveram juntos, mas Taehyung sempre fugia do assunto e eu não queria ficar insistindo. - Assenti entendendo. - Jungkook, ele já sabe o que faz, você não tem mais aquela responsabilidade com ele.

- Eu sei, mas as vezes sinto como se ele ainda fosse aquele garoto de 14 anos, não só ele como também os outros, eu estou praticamente acordando e vendo que eles cresceram de fato. - Jimin começou a fazer carinho em minha nuca e a beijar meu rosto.

Eu relaxei e fechei os olhos.

Seus carinhos me desarmavam completamente.

- Você precisa disso, eles não são mais aquelas crianças, deve se preparar para vê-los tomando suas próprias decisões sem lhe pedir ajuda. - Eu sei... Jimin me deu alguns selinhos e no último ficou mais alguns segundos antes de se afastar, logo encostou nossas testas. - Pense pelo lado positivo, passando por isso agora, não terá esse tipo de problema com nossos filhotes.

Ele estava ficando piadista, igual eu.

Eu ri, e também concordei.

- E obrigado.

- Do que está falando?

- Você ajudou Taehyung e Yoongi , obrigado por ter atendido ao meu pedido. - Eu sorri e soltei um suspiro.

- Qualquer coisa para vê-lo feliz.

- É sério, eu estou orgulhoso de você. - Jimin disse olhando em meus olhos. - E eu também te amo. - Seus lábios foram para minha testa, depois rosto e por fim minha boca.

- Como eu queria fazer amor com você agora. - Eu sussurrei e ouvi sua risada baixa. - Beijar cada pedacinho do seu corpo... - Mordi seu pescoço de leve causando-lhe cosquinhas. - Eu quero ter uma família com você, mas também não me importo em aproveitar apenas sua presença por enquanto. - Jimin sorriu.

E eu o beijei novamente.

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