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Chapter forty eight

NÃO REVISADO ⚠️

Jeon Jungkook 

— Por que o senhor me ajudou, afinal? — Eu perguntei.

— Jungkook, você é meu filho.

— Não me venha com isso! Não depois de tudo que fez comigo!

— Jungkook...

— Não! — Jimin colocou a mão em meu ombro e eu olhei para ele.

Jimin apoiou-se em meu ombro e aproximou-se do meu ouvido.

— Amor, escute o que ele tem a dizer, não seja precipitado. — Sussurrou.

Eu assenti, mesmo sendo contra a minha vontade e Jimin deixou-nos a sós.

— Me desculpa.

— Não peça desculpas, você tem a quem puxar. — Ele disse sentando-se ao meu lado.

— Agora está para ficar frisando que somos parecidos e que está feliz com o que eu faço? O que o senhor quer, afinal? — Perguntei, um pouco mais calmo do que antes.

Eu não estava gostando daquela mudança repentina, não sei, não me descia.

Eu finalmente havia aceitado o fato de que minha relação com meu pai nunca seria boa como, por exemplo, a do General Park com os outros filhos.

Talvez se fosse em outros tempos, eu ficaria feliz por isso, mas agora está me deixando estranho.

Desconfortável.

É estranho receber seu cuidado e, aparentemente, afeto quando eu já me acostumei a receber seus insultos.

— De verdade? — Ele perguntou. — Eu quero o seu perdão. — Eu queria rir.

E eu soltei uma risada nasal.

— Mas não fiz isso porque quero seu perdão, eu faria isso independente de como estaríamos.

— É o mínimo, não?

— Sim e não, porque você já cresceu e tem uma família, agora quem tem que cuidar de você é seu marido e você cuidar dele, aliás, eu sinto muito pela sua perda. — Ele disse e colocou a mão em meu ombro.

Eu queria agarrá-lo pelo colarinho.

— Como?

— O quê?

— Como o senhor sabe disso tudo?

— Já disse que sei tudo o que te ronda.

— E não sabia que seus sobrinhos me batiam e mesmo assim ficava do lado deles? — Perguntei sarcástico. — Sabe o que é ouvir seu pai falar bem daqueles que mais te machucaram? Ainda mais que o senhor falava e me diminuía, eu não me lembro de ouvir um elogio seu!

— Na verdade, eu sei sim o que é isso. — Olhei para ele. — Seu avô fazia isso constantemente.

— E o senhor achou justo fazer isso comigo?

— Não.

— Então, por que fez?

— Eu sei que não parece, mas seu avô não foi o melhor pai para mim.

— Daí, decidiu que também não seria para mim?

— Cala a boca e me escuta, para de me interromper! — Reviramos os olhos e bufamos. — Seu avô vivia estressado por coisas do trabalho, então quando eu ia pedir por seu auxílio, ele descontava seu estresse e raiva em mim, afinal, ele é um lúpus e você deve saber o quanto é fácil perder o controle. — Eu não queria concordar com ele. — Mesmo minha mãe falando, ele sempre fazia isso e me chamava de muitas coisas por eu não saber me defender sozinho e por isso ele me batia.

Eu não estava acreditando que meu avô tinha sido assim.

Mas isso ainda não justifica o que ele fez comigo.

— Muitas coisas aconteceram, seu avô sendo um péssimo pai e tendo um temperamento horrível por conta da raça lúpus, além da força que ele tinha. — Meu pai não costumava me bater, embora já tenha feito. — Por isso eu acreditei que você surtou naquela época, porque meu pai muitas vezes surtava e eu era seu foco, aonde ele queria descontar sua raiva.

Eu respirei fundo.

— E as pessoas quem ele elogiava e me diminuía eram seus tios.

— Olha só, teve a quem puxar, então.

— É. — Ele nem nega. — Mas eu não acreditei para sempre.

— O quê? — Perguntei em pura surpresa.

— O vídeo do Jonghyun.

— Espera aí!

— Fica quieto, não me interrompa! — Eu bufei fortemente. — A única coisa que você precisa saber, até o momento, é que eu sempre soube e estive "mentindo" durante esses anos.

— Sabe o que eu estou querendo fazer?

— Imagino, pode ter certeza que eu imagino. — Ele disse irônico. — Por que você acha que eles pararam?

— Por causa do Jonghyun.

— Claro que um monte de alfa ia parar de te bater por causa de um ômega.

— Eles pararam!

— Quem exatamente parou de supostamente bater em você?

— O Hoshi disse para eles irem embora.

— Depois do Jonghyun pedir? — Assenti. — Você foi embora do sítio porque o Jimin pediu, você está me ouvindo agora porque o Jimin pediu, você deve ter ido ao outro lado do país porque o Jimin pediu!

— Não!

— Sim!

— Não me diga que eles estavam juntos!

— Eles estavam juntos!

— Como assim o Jonghyun estava com ele se ele me batia? Ele não seria traidor a esse ponto!

— Às vezes, nós nem queremos nos envolver com alguém porque sabemos que esse alguém é ruim, mas vai entender, o amor e a paixão falam mais alto. — Eu estava prestes a vomitar.

Como ele teve coragem de fazer isso?

— Mas não durou muito, muito assim.

— Graças a Deus!

— E quando eles terminaram, ele queria descontar a raiva dele em você. — Eu olhei para ele. — Desde que eu soube da verdade, eu tive olhos em você, jamais deixaria acontecer de novo e quando eles estavam armando para pegá-lo desprevenido, eu pedi para meus soldados darem uma lição neles para que eles não chegassem perto de você de novo. — Ele disse. — Óbvio que nunca souberam que tinha sido eu.

— Por que o senhor fez isso durante todos esses anos se sempre soube da verdade?

— Porque eu queria ver até onde eles iriam e até onde você ficaria calado, foi patético, mas eu não te julgo, também só comecei a ter mais coragem quando conheci sua mãe e em seguida tivemos você. — Franzi o cenho. — O que foi? Eu não nasci um General de Exército, tive que lutar bastante para chegar onde cheguei e vocês foram os motivos principais, assim como você decidiu mudar para casar com Jimin.

Eu revirei os olhos enquanto o ouvia rir.

— Eu ainda não entendo.

— Hoje você não entende, mas na hora certa irá entender. — Ele levantou-se. — Às vezes, precisamos dar corda e deixar que se enforquem sozinhos, não é assim? — O alfa perguntou sarcástico. — Eu quero que me perdoe, mas não baseado no que fiz, eu errei e errei muito com você, não tem justificativa, então quero que queira fazê-lo e não que veja como uma obrigação. Olhando agora, eu teria feito tudo diferente, mas não há volta e não dá para recuperar esses anos que perdi, mas dá para fazer diferente daqui para frente e se você estiver disposto a me deixar tentar...

— Eu ainda tenho algumas perguntas.

— Responderei todas, mas não agora.

— Por que? Aonde vai?

— Fazer o que seu Coronel deveria ter feito.

— Não começa.

— Você sabe que estou certo. — Talvez. — Acontece que um Jeon quase morreu, e isso não ficará impune, eu vou descobrir quem está por trás disso. — Ele me deu as costas.

— Hey, não! — Eu gritei. — Isso irá prejudicá-lo.

— O que quer que eu faça, então? Eu preciso protegê-lo.

— Nos dê um tempo. — Ele franziu o cenho. — Não, olha, eu posso ter uma ideia de por onde começar, mas apenas não se envolva diretamente, se o senhor resolver isso, Namjoon poderá ser afastado do cargo por incompetência. — Ele já sabia disso. — Nos dê um tempo para resolver isso, é tudo que peço.

Meu pai respirou fundo e pareceu pensar por alguns instantes.

— Certo, farei o que está pedindo.

— Obrigado.

— Mas se acontecer de novo, eu mesmo vou agir.

— Tudo bem. — Ele se virou de novo. — Espera, o que aconteceu entre o senhor, o Jonghyun e Stephan Evans? Por que ele quer se vingar?

— Stephan Evans é um lunático!

— Eu quero saber. — Falei. — Ele sequestrou o Jimin com a justificativa de que queria me sequestrar para se vingar de vocês dois, que tiraram o que ele mais amava e agora ele estaria "retribuindo".

O alfa suspirou pesadamente.

— Eu preciso saber o que aconteceu.

— Não, a única coisa que você precisa saber é que meus homens estão atrás dele e vão pegá-lo em breve.

— Me avise imediatamente.

— Jungkook. — Eu bufei impacientemente e ele fez o mesmo em seguida.

— Preciso que saiba de uma coisa. — Nos olhamos. — Estão desviando armas do nosso armazenamento.

— Tá aí, mais um motivo para eu mesmo colocar aquele quartel de cabeça para baixo. — O alfa disse. — Namjoon está deixando passar desvio de armas, fuga de bandidos e agora criação de BLP.

— Ele não sabe sobre o desvio de armas, eu descobri isso pelo controle virtual.

— Como assim?

— Estão desviando armas e substituindo-as por réplicas, sendo assim, não consta no sistema quando ela chega no armazém.

— Porque está sem o chip.

— Sim. — Afirmei. — Eu sinto que resolvendo isso, irá resolver todo o resto-

— Você tem duas semanas para resolver isso. — Arregalei os olhos. — Eu tenho quase certeza que você já sabe disso há um tempo, portanto, já pode ter todo um plano traçado para prosseguir, então prossiga, ache quem está desviando armas do quartel e o entregue para mim.

— O senhor não irá prejudicar Namjoon, vai?

— Tudo dependerá do seu desempenho, eu não posso deixar isso tudo acontecer e não fazer nada, acha que não é algo difícil para mim? Estar praticamente ameaçando um antigo subordinado? É difícil, mas se não tiver resultado logo, vida de outras pessoas estarão em risco, como a de Jimin estava outro dia e hoje a sua, quem sabe amanhã possa ser seu filhote se não resolver isso de uma vez. — Eu engoli a seco. — Agora eu tenho que ir, mantenha contato.

Meu pai foi embora logo em seguida.

Ele tem soldados de confiança ao lado dele, soldados de elite, não me surpreenderei se receber a notícia que Stephan Evans foi pego, porque eles não brincam em serviço.

Foram muitas informações em pouco tempo.

Jonghyun e Hoshi tiveram um relacionamento.

Meu pai sempre soube das agressões de Suho e os outros, também sempre esteve me protegendo sem que eu visse.

Quando eu penso que está tudo próximo de acabar, vem ainda mais coisa.

Ele tem razão em partes, Namjoon deixou muita coisa passar e por isso eu preciso correr para que ele não aja por Namjoon.

Fui para meu quarto, Jimin estava saindo do banheiro com uma toalha em volta da cintura.

— Você ouviu?

— Não tudo, mas a parte que ouvi, percebi o quanto são parecidos. — Deixei uma risada escapar. — Está tudo bem?

— São muitas coisas para contar, mas-

— Não precisa ser agora, aconteceram muitas coisas hoje. — Assenti.

— Você quer sair para jantar? — Perguntei, segurando-o pela cintura.

— Está bem para sair?

— Claro, estou ótimo. — Beijo seus cabelos. — Vamos?

Nós nos arrumamos e saímos, não fomos jantar, na verdade, nós ficamos na praça e comemos tacos, e como entrada pedimos por batatas chips que vieram com alguns molhos picantes.

Depois de pegarmos os tacos mexicanos, nos sentamos em um dos bancos da praça e Jimin começou a me contar com empolgação como havia sido sua primeira "missão".

Eu vou ser sincero, eu não prestei atenção em nada, mas não porque estava sem interesse em sua história, na verdade, eu estava prestando atenção inteiramente nele.

Nos movimentos de seus lábios enquanto ele fala, ou quando sorri, além disso, seus olhos também ficam pequenos por conta do seu sorriso. Jimin faz algumas pausas apenas para comer um pouco e em seguida volta a falar, ele está segurando-o com a mão direita, com a esquerda ele fica gesticulando enquanto fala. Suas sobrancelhas, seu cenho se franzindo em determinadas partes de sua história que eu não faço ideia de qual seja.

Eu apenas estava o olhando.

Admirando.

Jimin tem traços únicos, pequenos detalhes que fazem toda a diferença.

Eu soltei um suspiro e em seguida estava sorrindo como um bobo apaixonado, e eu realmente sou um bobo apaixonado.

Um bobo apaixonado unicamente por meu marido.

— E foi isso. — Eu acordei do possível transe.

— Sério? — Perguntei. — Muito legal.

 — Você prestou atenção em alguma coisa? — Eu pressionei meus lábios um contra o outro. — Conte-me pelo menos uma coisa.

— Eu não prestei atenção em nada, amor. — Jimin bufou e ficou com uma feição emburrada.

Com direito a beicinho e tudo. 

— Eu não te conto mais nada também.

— Amor, eu não prestei atenção, mas é porque eu estava pensando em outra coisa.

Jogamos as coisas que usamos na lata de lixo.

— O quê? — Perguntou ao cruzar os braços.

Aproximei-me vagamente, ele ainda estava emburrado, segurei seu rosto fazendo-o me encarar.

— No que mais seria, se não você? Eu não estava prestando atenção na sua história porque estava prestando atenção em você, meu amor. — Seu rosto ganhou uma coloração vermelha.

Jimin pareceu ter ficado sem palavras.

Mesmo que ele estivesse olhando para outra direção que não fosse meus olhos, eu o puxei e colei nossos lábios, a princípio foi apenas isso, até que Jimin colocou as mãos em meu pescoço e depois levou-as até minha nuca puxando-me mais para si.

Eu amo beijar Jimin.

Mordi seu lábio inferior e o chupei em seguida, suspiramos juntos.

— A cada dia que passa, eu sinto que estou ainda mais apaixonado por você, será que isso é possível? — Jimin colocou o rosto na curva do meu pescoço.

Ele estava envergonhado.

— Para com isso.

— Mas é verdade. — Eu disse rindo.

— Eu nunca vou me acostumar com você desse jeito.

— Que bom, assim, eu terei o prazer de vê-lo corado toda vez que eu estiver assim, pois eu gosto bastante disso. — Ele apertou meu ombro. — Jimin?

— Sim?

— Eu quero conversar uma coisa com você.

Haviam crianças brincando na praça, correndo com seus cães, outras junto aos seus pais.

E também estava um clima super agradável com um vento refrescante.

 — Talvez eu fique um pouco distante daqui para frente.

— O que está dizendo? — Perguntou olhando para mim.

— Eu preciso descobrir sobre o desvio de armas e agora preciso descobrir quem está recriando a BLP. — Eu disse. — Se eu não descobrir em duas semanas, meu pai virá com a equipe dele e Namjoon poderá ser prejudicado por não ter sido ele ou algum de nós a ter resolvido isso. — Jimin escutava tudo sem dizer nada. — Atrasamos muito isso, agora, eu preciso me dedicar e descobrir isso o mais rápido possível, só que para isso, eu preciso estar bem com você. — Entrelacei nossas mãos.

Beijei sua testa.

— Eu peço sua compreensão como meu marido.  — Apertei nossas mãos. — Eu prometo que depois que tudo isso passar, lhe darei total atenção de novo, mas nesse momento, eu terei que me ausentar temporariamente, mas não posso fazer isso sem seu consentimento.

— Jungkook...

— Quero que me entenda, que não sinta raiva ou tristeza, eu não vou me afogar em trabalho e nem nada do tipo, mas agora, eu não vou ter tempo para você. Isso tudo será temporário. Só até eu descobrir quem está por trás disso tudo e depois eu prometo recompensá-lo do jeito que quiser, mas por favor, apenas seja compreensivo.

Pedi mais uma vez.

Jimin colocou minhas mãos em sua cintura e segurou meu rosto.

— Tudo bem.

— Mesmo?

— Sim. — Ele assentiu. — Eu serei compreensivo, não serei mais egoísta e pensar apenas em mim. — Jimin me beijou. — Eu sei que isso é importante.

— Muito. — Eu disse.

— E eu estarei lhe dando todo o apoio necessário e farei tudo que tiver ao meu alcance, só me faça um favor.

— Qualquer coisa.

— Quando tudo isso acabar, vamos tirar umas férias. — Dessa vez, eu acabei rindo. — Ter a lua de mel que não tivemos. — Assenti. — Pensar em nossos planos, não sei ao certo, mas vamos dar um tempo disso tudo, ok?

— Tudo o que você quiser, meu amor. — Jimin me dá um selinho. — Eu prometo que faremos tudo isso. — Abracei seu corpo e apoiei meu queixo no topo de sua cabeça.

É, Jimin também mudou, talvez se fosse o mesmo do início do nosso casamento, tenho quase certeza que ele não aceitaria isso e não me compreenderia.

Eu fico feliz por sua mudança, realmente me surpreendi com isso.

(...)

Desliguei meu carro, peguei algumas coisas, saí e fechei a porta, em seguida a tranquei.

Como sempre, me desejaram "Bom dia" e eu apenas retribui com um aceno.

Na recepção, com o olhar, busquei por Woozi e o achei conversando com outro soldado.

— Cabo Lee? — Ele olhou para mim.

Colocou a mão no ombro do outro soldado, se despediram e ele veio até mim.

— Capitão Jeon, precisa de alguma coisa?

— Não, está tudo bem. — Eu coloquei a mão em seu ombro. — Obrigado por ter protegido meu marido e por não ter sido desrespeitoso quando ele veio aqui, você é um bom soldado, Woozi, fico feliz e orgulhoso por tê-lo em minha Companhia. — Sorri.

Ele estava com os olhos levemente arregalados, parecia extasiado.

Eu precisava ir logo para minha sala, então me despedi com um aceno e me virei para ir.

— Pai? — Eu já estava um pouco distante, então ele não estava mais me vendo. — O senhor acredita que fui elogiado pelo Capitão Jeon? — Ele contava com entusiasmo. — Ele disse que tem orgulho de mim! Não só isso, disse também que está feliz por me ter aqui! — Woozi riu de felicidade.

Um elogio de seu superior pode fazer toda a diferença

Eu voltei a caminhar até minha sala, mas algo inusitado aconteceu.

Acabei batendo de frente com o Major Seong Hoon e uma pasta acabou caindo no chão.

— Não, não se preocupe! — Ele disse quando eu insinuei abaixar-me para ajudá-lo.

— Tantos papéis assim, Major Seong.

— Estou levando para a sala do Coronel.

Franzi o cenho.

— Bem, creio que saiba que a sala do Coronel fica para o outro lado. — Escutei o alfa engolir, ele levantou-se e coçou a nuca.

— É, você tem razão, que cabeça a minha... — Soltou uma risada sem graça. — Deve ser coisa da idade, de qualquer forma, obrigado. — Agora, ele estava indo na direção correta.

Dei de ombros. 

Abri a porta, Mingyu estava olhando pela janela, Yoongi e Hoseok estavam conversando.

— E é assim que você pega uma conjuntivite propositalmente, vai no hospital, pega um atestado e fica livre. — O mais velho piscou o olho direito e colocou as mãos na cabeça deitando-a no sofá. — Pode testar, confie em mim.

— Use sua sabedoria para algo útil.

— E isso não é útil? — Ele perguntou e eu revirei os olhos.

Ainda bem que ele já não é mais problema meu.

— Cadê o Jongho?

Não precisaram me responder, ouvi a porta ser aberta atrás de mim e era ele.

— Jongho.

— Capitão. — Coloquei a mão em sua cabeça e ele fechou os olhos por alguns segundos.

Fui até minha cadeira.

— Onde esteve? — Yoongi perguntou.

— Fui levar Mingi até a escola.

— Ele está em qual ano? — Hoseok perguntou em seguida.

— No último. — Ele respondeu. — O ano letivo já está acabando, só faltam as provas, os professores tinham lhe dado atividades extracurriculares por conta do tempo que ficou afastado da escola. Mingi se saiu muito bem, ele tentará bolsa para uma faculdade em Taiwan, e de acordo com o que os professores dele dizem, ele conseguirá com certeza.

— Deve estar feliz com isso. — Mingyu comentou e Jongho deu de ombros.

Talvez os outros não tenham entendido, mas eu sabia que ele não estava nada feliz com aquilo.

Afinal, Mingi conseguindo essa bolsa, significa que ela irá para Taiwan e consequentemente deixará Jongho aqui.

— Tenho algo importante para falar.

Eles ajeitaram as posturas e focaram seus olhos em mim.

— Vocês sabem que estão desviando armas do quartel. — Eles assentiram. — Ontem quase morremos por causa daquela toxina.

— Estão tentando recriar a BLP. 

— Sim, Tenente Kim. — Eu disse. — Eu não sei o porquê disso, mas acredito que um esteja ligado ao outro.

— Acha que quem está tentando criar a BLP é a mesma pessoa que está desviando armas? — Hoseok perguntou e eu balancei a cabeça positivamente. — Por que estariam tentando criar essa bomba novamente?

— Eu não faço ideia, mas se o projeto está continuando sem que meu pai soubesse, com certeza não é algo autorizado pelo alto escalão.

— O que exatamente o senhor quer dizer com tudo isso?

— Simples, Yoongi. — Eu olhei para ele. — Temos duas semanas para descobrirmos tudo isso, caso contrário, meu pai virá com sua equipe e descobrirá por nós.

— Não vejo o lado ruim nisso. — Mingyu disse. — Eles são dez vezes melhores que nós, no momento em que pisarem aqui, saberão exatamente quem é o culpado.

— Acontece que se ele vier e descobrir com a equipe dele, Namjoon será qualificado como incompetente e poderá ser acusado de ajudá-los, afinal, isso tudo está acontecendo exatamente no quartel onde ele comanda. — Ouvi seus suspiros e eles olharam um para o outro. — Precisamos fazer isso por Namjoon, posso contar com vocês?

Eles ficaram em silêncio por alguns instantes, até que Mingyu levantou-se e colocou o punho direito no ombro esquerdo.

— Sim, senhor.

Sorri.

— Pode contar comigo. — Hoseok fez o mesmo.

— Fizemos um juramento, vou honrar com ele. — Jongho disse levantando-se.

Só falta o prodígio da Quinta Divisão.

— É, né... Se todos vocês vão, eu quem não vou ficar de fora. — Eu ri. — Um por todos e todos por um! — Ele foi diferente e levantou o pulso como se fosse voar como um super-herói.

Eu neguei com a cabeça enquanto ria.

— Por onde vamos começar? — Perguntou Jongho.

— Stephan Evans, vamos começar por ele.

Nós quatro fomos até a sala de arquivos, felizmente ninguém fica aqui.

— Procurem pelos arquivos dos anos de 2007 até 2011.

— O que aconteceu nesses anos? — Olhei para Yoongi.

— Se eu for chutar anos em que poderia haver um encontro entre meu pai e Stephan Evans, com certeza seria esses, além disso, Jonghyun se tornou Capitão em 2010 e Stephan disse que o conheceu nessa época, eu só não sei se foi antes ou depois dele se tornar Capitão.

Eles pegaram todos os arquivos e os colocaram em cima da mesa.

Cada um ficou com um ano.

Ficamos procurando algo por horas, arquivo por arquivo, folha por folha e nada até o momento.

Eu já estava ficando cansado daquilo.

— Tem certeza que manteriam isso aqui? Ainda mais se for um caso que envolve o próprio General. — Yoongi disse jogando a pasta na mesa. — Não há um espaço privado para esse tipo de arquivo? — Eu parei para pensar.

— Yoongi, você é um gênio.

— Sou sim, mas por que diz isso?

— Vamos.

Guardamos os arquivos que lemos em seus devidos lugares e fomos para meu carro.

— Aonde estamos indo? — Mingyu perguntou.

— Para a casa dos meus pais.

— Por quê?

— Preciso pegar uma coisa. — Respondi Jongho.

Obviamente, abriram o portão para que eu entrasse e eu fui.

— Me esperem aqui, eu não vou demorar. — Eles assentiram.

Caminhei pelo jardim da mansão Jeon, os empregados estavam surpresos em me ver ali, eu os cumprimentei normalmente e segui para meu destino.

Estranhei um pouco a casa estar vazia, digo, sem membros da minha família já que sempre havia pelo menos um.

Eu estava de frente para a biblioteca do meu pai, abri a porta e entrei.

Fui até uma das prateleiras e peguei um livro, não era só um livro, era o livro onde meu pai guardava as chaves.

Não era exatamente uma chave, e sim a insígnia da família Jeon.

Eu o abri e a peguei.

Existem apenas três dela: Uma é minha, uma do meu avô e outra do meu pai.

Afinal, somos os únicos militares da família, então somos os únicos que temos essas chaves.

Tinha apenas a minha ali, do meu pai e do meu avô não estavam.

Eu ouvi barulhos de passos, fechei o livro e o guardei de volta, logo me escondi atrás do sofá, a porta se abriu e com ela vieram vozes.

— Mas que droga! — Murmurei.

Arrisquei-me a olhar e era Suho.

— Meu tio não estava em casa ontem. — Houve uma pausa. — Não, eu não sei onde ele foi e não faço ideia se aconteceu alguma coisa com aquele bastardo. — Eu revirei os olhos e fechei as mãos fortemente.

Como eu queria socá-lo.

— Ele tem estado estranho comigo desde que ele contou a todos o que fizemos, mas não o vi fazer nada até agora e nem acho que fará. — O alfa riu. — Por que? Bem, ele gosta muito de mim, acha mesmo que ele faria algo contra o sobrinho preferido dele? — Ouvi ele inspirar o ar. — O cheiro dele está aqui, que estranho.

Não se preocupe com os problemas de pai e filho deles, tenho uma ordem para você. — Eu não reconhecia a maldita voz.

Suho bufou.

— Eu não sou seu capanga, além do mais, muitos dos seus planos estão dando certo porque eu ajudei.

Que seja! Preciso que entre em contato com nosso amigo

— Amigo?

Sim, preciso de algumas informações que só ele pode me dar, afinal, ele ouve tudo, graças a ele que silenciamos você sabe quem. — Suho riu.

— Entendi, ok, farei isso.

Até breve.

Eles encerraram a chamada.

Com quem ele estava falando? Quem era o tal amigo? E quem eles silenciaram?

— Eu só posso estar ficando maluco, mas sinto o cheiro dele aqui...

Ele começou a inspirar o ar mais uma vez.

Suho não pode me ver aqui.

Não que eu não possa contra ele, mas isso irá me prejudicar.

Ouvi passos novamente, olhamos para a porta.

Era Eunbi.

Ela travou na entrada ao ver Suho ali.

— Eunbi...

— Suho...

— Que surpresa boa.

— Para mim, não tem nada de bom. — Ela disse retirando-se e ele a seguiu.

Ótimo, minha deixa.

— Eunbi, está tudo bem? — Perguntou cínico.

— Me deixe em paz, Suho.

— Ah, qual é? — Ele segurou sua mão e ela olhou para ele.

Eu estava atrás da parede, eles não estavam me vendo.

— Não precisa fugir de mim. — O alfa colocou a mão no rosto dela. — Você sabe que eu não lhe faria nenhum mal. — Ela deu um tapa na mão dele.

— Já disse para me deixar em paz!

Ele soltou uma risada.

— Você é um monstro, Suho. — A ômega disse. — Todos vocês, além de terem batido em Jungkook por dois anos, você tentou estuprar Jimin e os outros ainda lhe acobertaram. — Ela bateu no ombro dele.

— Eu não tentei estuprá-lo!

Agora era eu quem queria bater nele de novo.

— Eu apenas queria assustá-lo.

— Continua sendo um monstro! — Ele olhou para ela.

Aproximou-se a ponto de prendê-la contra a parede.

Eunbi estava ofegante, mas eu não sabia identificar o porquê. 

— Como se sente sabendo que já compartilhou a cama com esse monstro? Hein?

Arregalei os olhos.

Eunbi e Suho? 

— Eu ainda me lembro de quando levei o idiota do seu irmão até sua casa. — Ele segurou o queixo dela. — Ficamos conversando e nos beijamos.

E depois eu que sou o problemático dessa família.

Palhaçada.

 — Depois disso, você ficou estranha comigo, mas aconteceu de novo e dormimos juntos... — Eu estava negando com a cabeça enquanto ouvia aquilo.

Não vejo a hora de contar isso para Jimin.

— Eu lembro bem de você gemendo meu nome e pedindo que eu a marcasse. — Ele a beijou.

E eu que achava que ela precisava de ajuda.

Eunbi o empurrou, e vi Suho com a mão na boca.

— Você me mordeu?!

— Eu cortei todo tipo de contato com você depois do aniversário do vovô, eu nunca deveria ter nem me deixado levar, eu fui tola, eu vi o que vocês fizeram e omitiram por anos! Nunca mais chegue perto de mim!

— Ou o quê? Ah, Eunbi... Não vamos fingir que não conversamos sobre até mesmo casarmos. — Ele disse.

— Você nunca quis nada sério comigo.

— Hoshi-

— Hoshi? Você é um falso mentiroso, eu sei que se quisesse mesmo, ele não veria problema nenhum em deixar que ficássemos juntos, vocês são amigos. Mas agora não importa, eu não quero mais nada com você! — Nunca deveria nem ter sentido vontade de ter. — Eu quero que você vá pro inferno e espero que pague por tudo o que você fez, você é um monstro, Suho e eu sinto vergonha de ter um dia desejado você.

— Eunbi.

Eunbi parou imediatamente, até porque ele usou a voz de alfa.

Ele aproximou-se dela por trás.

— Você nunca mais... — Suho estava segurando o queixo dela com força. — Nunca mais fale desse jeito comigo! — Ele gritou.

Eunbi curvou-se para frente com as mãos no ouvido e uma expressão de dor.

Tirei minha arma da cintura, aproximei-me dele sem que ele notasse e o acertei fortemente em sua nuca, fazendo-o desmaiar.

— Jung-

— Vamos embora antes que ele acorde. — A puxei pela mão.

Eu não estava com raiva nem nada do tipo, na verdade eu não sabia o que sentir, Eunbi por outro lado, estava com medo e agora parecia estar um pouco ansiosa.

Quando voltei para o carro, todos me olharam com o cenho franzido, afinal, eu estava puxando minha prima.

— Mingyu, vá para o banco de trás. — Ele foi. — Entra. — Eu fui para o lado do motorista e Eunbi sentou-se no banco do passageiro.

Eu dirigi para fora dali, o mais rápido possível.

Eu tenho que conversar com Eunbi? Eu digo que não, mas ao mesmo tempo não sei se ela quer conversar sobre isso e logo comigo.

Só de imaginar essa situação me causa calafrios, como ela teve coragem? Não que ele seja feio, mas a beleza pouco importa quando o caráter é sujo.

Ainda conversaram sobre se casarem...

Eu não sei se rio ou fico espantado, acho que os dois.

Eu não me importei, levei Eunbi conosco.

— Vamos. — Eu disse e todos nós saímos do carro.

Eunbi parecia envergonhada e pelas nossas feições decidiram nem mesmo perguntar o que aconteceu.

Toda família ganha uma insígnia após haver uma terceira geração militar naquela família e essa insígnia, além de toda a confiança recebida do país e outros privilégios, também nos dá acesso a algo que chamamos de arquivo privado.

Não é utilizado apenas para arquivos, é como se fosse um banco daquela família, uma propriedade privada e super protegida que só acessa quem tem a chave, a insígnia.

Nenhum deles nunca estiveram ali, apenas mandei que me seguissem.

— Não é permitido prosseguir. — Um soldado disse.

Eu coloquei a mão em meu bolso, segurei a insígnia e mostrei a ele.

Ele fez uma continência.

— Família Jeon. — Eu disse.

Ele saiu de nossa frente e nós passamos.

Subimos as escadas e eu estávamos de frente para a sala 23.

Havia um molde onde a insígnia cabia perfeitamente, e só com ela a porta destrancaria.

Eu a coloquei, na mesma hora a porta foi destrancada, eu a abri e peguei a insígnia de volta.

— Entrem.

Eles entraram.

Era como uma sala, não muito grande, mas tinha bastante espaço.

— Creio que estejam ali. — Apontou Yoongi para uma caixa.

— Peguem.

Jongho foi até lá e pegou a caixa, colocou-a no chão e tirou de lá algumas pastas.

— Mais pastas...

— Leiam todas, caso haja algo me mostrem. — Assentiram.

Eunbi ficou observando o local.

Eu sentei-me com os meninos e começamos a ler os arquivos.

— Achei! — Mingyu disse. — Aqui está falando sobre o caso do Stephan Evans.

Eu o peguei de sua mão.

Assinado por Capitão Jeon Jisub.

Quando eu estava prestes a lê-lo, meu telefone começou a tocar.

Eu o atendi às pressas.

— Capitão Jeon.

Capitão Jeon, venho lhe informar que Stephan Evans foi preso. — Levantei-me.

— Eu preciso interrogá-lo agora mesmo.

Capitã-

— Não vai querer discutir com o filho do seu superior, não é? — Perguntei.

Não senhor.

— Estou a caminho, e não deixe ninguém chegar perto dele antes de mim!

FIM DO CAPÍTULO


Teve uma frase muito importante nesse capítulo, espero que tenham prestado atenção. Essa frase ajuda a resolver parte desse quebra-cabeça.

Até breve.

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