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Chapter forty

Capítulo não revisado



Park Jimin

(Antes do sequestro)

Eu não tinha acordado nada bem naquela manhã, uma terrível dor de cabeça e em todo meu corpo, eu também estava sentindo uma dor exatamente em meu estômago e até mesmo acordei enjoado.

Corri para o banheiro e comecei a vomitar tudo o que eu tinha ingerido no dia anterior.

Eu sabia exatamente porque eu estava naquele estado, não era surpresa para mim que era por conta de sua rejeição e era uma dor angustiante e irritante, agora não estou impressionado por tê-lo encontrado daquele jeito quando o rejeitei.

Agora vejo o quão errei com ele.

Ele tem razão, eu deveria ter tido mais controle das minhas palavras, Jungkook não é tão inocente assim, mas não significa que eu não tenha minha parcela de culpa.

Além disso, nossa última discussão antes dele perder a memória, eu deveria ter respeitado e atendido ao seu pedido em não querer conversar naquele momento.

Jungkook é naturalmente explosivo, mas desde que nos casamos ele sempre busca controlar a si mesmo, justamente por eu não ter nada a ver com seu dia ter sido estressante, mas naquele dia, eu admito que praticamente pedi para que ele explodisse comigo.

Desde o princípio, ele tem feito tudo para me agradar e depois que errou, ele nunca mais fez nada parecido, inclusive melhorou bastante de lá para cá.

Eu soltei um longo suspiro, Jungkook não voltou para casa essa noite e eu não tenho certeza se ele voltará ainda hoje, não posso ficar aqui sozinho e Taehyung não está me atendendo, com certeza está em seu cio...

Como eu sei?

Nossos cios são parcialmente perto um do outro.

Eu peguei meu telefone e liguei para a única pessoa que poderia me ajudar até que Taehyung estivesse disponível.

No andar debaixo, eu me esforcei para preparar algo para comer, mesmo que fome fosse algo que eu realmente não estava sentindo, ficar sem comer poderia piorar de vez minha situação.

Fui até o portão após ouvir algumas batidas, Bam já estava farejando embaixo do portão.

- Obrigado por ter vindo, de verdade. - Eu disse após abrir o portão.

A ômega sorriu.

- Não há de que, Jimin. - Eunbi respondeu.

Perdi um pouco o equilíbrio do meu corpo, mas Eunbi foi rápida e me segurou antes que eu caísse.

- Você está mal mesmo. - Ela fechou o portão e eu continuei a me apoiar nela. - Onde está Jungkook? Não acredito que ele tenha ido trabalhar com você doente desse jeito. - Eu soltei um longo suspiro.

Antes que eu pudesse respondê-la, Bam começou a latir em direção à ela, obviamente ela ficou assustada por ele está quase avançando nela.

- Senta, garoto! - Demorou um pouco, mas ele me obedeceu. - Ela é amiga, nada de avançar em Eunbi. - Eu disse e ele rosnou, como se estivesse resmungando.

Esse cachorro...

- Ele treinou mesmo um cachorro para você.

- O quê?

- Bem, os meninos falaram que ele tinha pego um cachorro com a intenção de treiná-lo para proteger o noivo, claro que falaram em um tom irônico, disseram que não havia necessidade disso tudo.

(N/A: Todo mundo sabe que a culpa do Jimin ter sido sequestrado foi dele mesmo por ter deixado o Bam no apartamento #faleitoleve)

Eunbi me ajudou a voltar para dentro de casa, e no momento em que sentei no sofá, o Dobermann subiu e deitou-se em meu colo, claro, rosnando baixinho para Eunbi que estava do outro lado.

- Então, aonde ele está? - Eunbi perguntou e eu suspirei.

- Tivemos uma discussão daquelas e ele saiu de casa, dormiu fora e não voltou hoje de manhã. - Eu respondi. - Estou assim porque ele me rejeitou, estou em um nível baixo de abstinência. - A ômega arregalou os olhos e levantou-se.

- Onde estão as roupas dele?

- No armário, lá em cima em nosso quarto.

Eunbi praticamente correu até lá e eu franzi o cenho, só esse movimento fez-me sentir uma pontada em minha testa.

Maldita dependência.

- Olha, esse é dele, certo? - Assenti vendo-a descer com um dos casacos do meu esposo.

Ela o cheirou.

- É, está com o cheiro dele e está forte até. - Sim, ele o usou esses dias. - Você vai ter que usar seus sentidos. - Eu não estava entendendo nada. - Tome. - Ela o esticou para mim e eu o peguei.

O que ela quer que eu faça exatamente?

- Eunbi, eu não estou entendendo.

Ela bufou.

A impaciência é algo hereditário nessa família.

- Você vai aproximá-lo do seu nariz e sentir o cheiro dele, nisso, crie um cenário imaginário como se ele realmente estivesse aqui, basicamente, engane a si mesmo e isso aliviará sua dor, mas não totalmente porque... Você sabe. - Ela disse.

Eu fiz o que ela disse, mas não funcionou.

- Não funcionou.

- Você não está fazendo certo.

- Como que eu vou enganar eu mesmo? Isso não faz sentido!

- Muitas coisas não fazem sentido, mas se você quiser melhorar pelo menos um pouco, terá que fazer isso certo, Jeon Jimin.

Soltei um longo suspiro impaciente.

Também faz tempo que não o ouço me chamar assim, eu sinto falta daquele Jungkook.

- Tente mais uma vez. - Eunbi disse.

Eu assenti.

Apertei seu casaco em minhas mãos.

Ele tinha o usado porque estava frio quando levantou-se de manhã para preparar nosso café da manhã depois da noite em que fizemos amor.

E ele passou o dia com ele.

Como eu queria que ele estivesse aqui.

Fechei os olhos e levei seu casaco até meu nariz puxando seu cheiro fortemente por minhas narinas, soltei o ar pela boca e agora o puxei lentamente, imaginei como se estivéssemos abraçadas.

Não tem um padrão para dormimos, às vezes eu abraço seu corpo e fico com o rosto em seu pescoço, outras vezes é ele quem abraça meu corpo e fica com o rosto em meu pescoço.

Dessa vez, eu imaginei exatamente como o primeiro jeito, como se eu estivesse exatamente em seu pescoço enquanto seus braços fortes rodeiam meu corpo e seus dedos sendo pressionados em minhas costas, ou em minha nuca, fazendo-me um leve carinho.

Eu podia até mesmo senti-lo beijar meus cabelos e também o seu calor, ele parecia estar realmente ali, fazendo tudo isso, apenas sai dessa bolha imaginária porque Bam se mexeu colocando o focinho exatamente em minha barriga causando-me uma leve cosquinha.

Eunbi estava sorrindo.

- Funcionou!

- E você está bem feliz com isso. - Ela assentiu. - Onde aprendeu? - Perguntei e ela deu de ombros.

- Ouvi o avô de Jungkook dizer que já havia feito isso uma vez, que bom que funcionou.

É verdade, Jungkook e Eunbi são primos por parte de mãe.

- Aliás, como estão as coisas lá?

Eunbi soltou um longo suspiro.

- Depois que vocês foram embora, eu não demorei muito para ir também, mas eu vi que foram todos para o escritório do tio Jisub e eu não faço ideia do que aconteceu, só que também os vi saindo e suas feições não eram nada satisfeitas. - Ela contou. - Nesse últimos dias, eu tenho sentido medo em minha própria casa, ainda mais que eles sempre a frequentam e eu sei que não deixarão passar abatido o que fiz.

Eles não seriam capaz de machucá-la...

Ou seriam...

Eunbi é a única ômega da família, será que Bae Hoshi realmente seria capaz de machucar a própria irmã? Bom, se ele não for, com certeza os outros podem não hesitar em quererem se vingar.

- Você não tem para onde ir? Sair de lá é uma ótima opção. - Eunbi negou com a cabeça.

- Eles parecem estar planejando alguma coisa para mim, acham que estão me fazendo acreditar que esqueceram do que fiz, mas eu conheço aqueles alfas, eles não me deixaram impune por muito tempo.

- Jungkook vai protegê-la se precisar.

- Até parece que ele se importa com alguém da nossa família, eu sei que ele me odeia tanto quanto odeia eles. - Isso eu não poderia negar, embora eu acho que depois do que aconteceu ele pode ter mudado esse pensamento. - O que ele queria que eu fizesse? Eles me ameaçavam caso eu quisesse contar algo e ainda assim eram seis alfas contra uma ômega, não tinha escapatória.

- Jungkook é orgulhoso demais e também bastante rancoroso, mas acredito que depois do que fez, possa ser que ele tenha deixado isso de lado. - Coloquei a mão em seu ombro e lhe dei um sorriso reconfortante. - Conversarei com ele sobre isso quando tiver a chance, vai ficar tudo bem e nenhum deles lhe fará mal algum.

- Obrigado, Jimin. - Ela me abraçou demoradamente.

Um tempo depois, Eunbi e eu estávamos fazendo o almoço e eu sentia as dores quererem voltar, até mesmo tomei um analgésico para aliviar e funcionou, um pouco, mas já era o bastante.

Durante nossas conversas, descobri que Jeon Jisub não era um pai tão ruim assim com Jungkook quando ele era mais novo, acredito que tudo tenha começado a desandar depois que descobriram sua genética lúpus.

O que na minha cabeça não faz sentido nenhum.

Conforme a noite chegou, eu peguei algumas roupas e pedi para Eunbi deixar-nos, eu e Bam, no apartamento de Taehyung .

Ela me ajudou a subir, pois a dor havia voltado e parecia duas vezes mais forte do que antes, quando Taehyung abriu a porta, elas logo me levaram para minha antiga cama para que eu me deitasse.

A febre era tanta que eu simplesmente apaguei.

Quando eu acordei, eu estava um pouco melhor, bem pouco, mas já era alguma coisa, não me surpreendi com Bam estar dormindo em minha cama, praticamente em cima de mim com o queixo apoiado em minha barriga.

Eu já estava começando a estranhar aquilo.

Mais uma vez, fui presenteado com um enjoo matinal e corri para o banheiro, assustando até mesmo meu cachorro.

Uma coisa que pude perceber, de fato o cio de Taehyung aconteceu e ele não esteve sozinho durante o cio, o cheiro de Yoongi também estava presente.

Será que eles...

Taehyung abriu a porta e olhou-me de maneira estranha.

- Você está péssimo.

- Sério? Obrigado por me lembrar disso.

- Precisa de ajuda? - Perguntou-me e eu neguei. - O que está acontecendo com você, afinal? Por que veio para cá ontem? - Como eu disse, eu apenas cheguei e apaguei em minha antiga cama.

- Eu não estava me sentindo bem e eu não sabia se Jungkook iria ou não para casa.

- Como assim?

- Nós discutimos e ele saiu de casa, a culpa foi toda minha, agora estou sofrendo de abstinência. - Minha cabeça começou a doer novamente.

Parecia que estavam batendo nela com um martelo em diversos lugares ao mesmo tempo.

- Faça um café, eu vou descer para ir até a padaria. - Eu me levantei e comecei a escovar meus dentes.

- Você tem certeza que quer descer assim? Você não está bem, Jimin. - Eu revirei os olhos. - Eu vou ligar para o idiota do Jungkook.

- Não! - Eu exclamei. - Não, deixe isso para lá.

- E você vai ficar assim? Doente? - Ele perguntou desacreditado. - Vocês falam um do outro, mas são iguaizinhos, dois orgulhosos.

- Olha quem fala, eu sei que Yoongi esteve aqui e você estava no cio. - Ele engoliu a seco. - Eu não vou falar nada agora, mas quando eu voltar, vamos ter uma conversa sobre isso. - Eu passei por Taehyung .

Me troquei rapidamente, peguei um pouco de dinheiro e desci as escadas.

Quando cheguei lá embaixo, eu percebi que o Bam não veio comigo, eu até ia subir para buscá-lo, mas a dor de cabeça estava insistente demais e se eu subisse, eu não desceria mais.

Eu fui até o estabelecimento e comprei algumas coisas, minha febre estava tão forte, minha visão ficou turva e eu só lembro de ter desmaiado e sentido algo em meu pescoço.

Lembro de tê-lo chamado.

Eu acordei em um tipo de quarto, não estava muito escuro, a única claridade era a da janela, ainda era dia, olhei para baixo e me vi amarrado em uma cadeira. Senti mais uma pontada em minha cabeça, a febre só está piorando.

A porta se abriu com certa violência e eu acabei tomando um susto.

Ele é um alfa, seus cabelos são encaracolados, tem olhos verdes, barba e uma tatuagem de lobo em seu braço.

Um sorriso maldoso tomou conta de seus lábios, por um momento eu estremeci de medo.

- Você deve ser o esposinho do Capitão Jeon. - Sua voz era rouca, Eu tenho o sotaque britânico puxado para o australiano, mas o dele é totalmente britânico. - Vou te contar uma coisa, foi difícil achar o momento ideal para capturá-lo, mas a sorte está ao meu favor e aqui estamos nós. - Em seus dedos, anelar e indicador, tinham anéis e no anelar era dourado com uma pedra azul.

Jungkook, onde você está?

Além da febre que eu sentia, agora eu estava me tremendo de medo, eu podia sentir sua aura ruim.

- O que quer comigo? - Me forcei a perguntar.

- O que eu quero? - Assenti. - Sua vida. - Ele falou simplista. - A do seu esposo. Do seu irmão. E por fim, daquele doutor. - O alfa sorriu e abaixou-se em minha frente, ele pegou uma faca em sua cintura e começou a passá-la em minha perna. - Sabe, você até que é bonito.

- Eu deveria me sentir grato por receber um elogio de alguém como você?

O que recebi foi exatamente um soco, o anel dele machucou minha testa e eu sentia meu sangue sair da ferida.

- Querido, não pense que sou bonzinho. - Ele disse segurando meu queixo e colocando meu cabelo atrás de minha orelha. - Eu sou o pior inimigo que seu esposo conseguiu arrumar. - Eu sentia meus olhos encherem d'água.

Eu estava temendo por minha vida, eu sentia que morreria, tudo estava cooperando para isso.

- Trazendo você para cá, eu trarei ele e tenho homens indo atrás dos dois ômegas nesse exato momento. - Eu fechei os olhos pela dor forte que me atingiu. - Se eu não matá-lo, você morrerá sozinho pelo visto.

Ele tirou a mão do meu queixo e eu abaixei a cabeça.

- De qualquer forma, eu quero muito matar seu esposo e peço desculpas por tê-lo arrastado para algo que você não tem nada a ver, mas me disseram que ele é do tipo que surta quando você está em perigo, então não tive outra alternativa a não ser usá-lo como isca. - Eu levantei os olhos para olhá-lo.

- Por que quer tanto matá-lo? - Aquilo estava me deixando intrigado.

- Porque um dia, Jeon Jonghyun e Jeon Jisub tiraram-me aquilo que eu mais amava e agora, eu vou tirar isso deles, mesmo que um já tenha partido. - Eu até quis rir, mas preferi ficar quieto para não tomar outro soco. - E não se preocupe, eu darei um jeito de morrerem juntos, assim não sofrerão pela morte um do outro. - Ele sorriu.

Esse cara é um sociopata.

Ele deu duas batidas na porta e por ela passou um beta com uma seringa.

- Até mais. - O beta injetou sei lá o que em minha veia.

O que sei é que eu apaguei completamente de novo e quando acordei, eu o senti, ele está por perto, eu posso senti-lo.

- Jungkook! - O chamei.

Lobos têm costume de uivar para seu bando quando precisam de ajuda.

Chamar por meu alfa naquele estado foi exatamente como uivar.

Um pedido de socorro.

A porta se partiu ao meio e finalmente, era ele.

- Jimin... - Ele se aproximou com os olhos marejados.

- Jungkook... - O alfa se ajoelhou para começar a me desamarrar.

- Shh, eu vou tirá-lo daqui, meu amor.

(...)

E lá estava eu na cama de hospital.

É, eu realmente estava estranhando o Bam estar daquele jeito, então ele sempre soube.

Jeon Jungkook

- Isso não vale! - Eu disse após todos baterem as mãos no montinho de cartas.

- Ué, é a carta número "9". - Mingyu disse e eu quis matá-lo. - Essa, temos que bater.

- O que quer que eu faça? Que jogue as cartas e bata a mão no monte? Eu estou apenas com minha mão direita!

Estávamos jogando UNO, nós cinco, sim, viemos até o quarto de Yoongi para jogarmos juntos enquanto esperamos por nossas sentenças.

Digo, nossas receitas médicas.

- Hey, o Yoongi também está. - O mais novo falou e eu olhei para ele.

- Ele está com uma tipoia no braço direito, está até mesmo segurando as cartas com a mão direita e jogando com a esquerda, eu só tenho a mão direita!

- Ninguém tem culpa se o senhor quis amortecer a queda com a mão. - Eu vou deixá-los adivinhar quem foi a pessoa que disse isso.

Sim, foi Min Yoongi .

- Era pro tiro ter sido um pouquinho mais pro lado. - Eu disse entre os dentes. - Acertaria sua artéria e você teria morrido, seria um alívio! - Todos estavam rindo e eu revirei os olhos. - Não quero mais jogar, dane-se! - Eu joguei as cartas em cima da cama e me levantei.

Com sangue nos olhos.

- Ah, Capitão... - Eles me chamaram.

- Vão pro inferno, me deixem em paz!

Eu abri a porta do quarto e sai.

Gesso desgraçado, eu te odeio.

Caminhei apressadamente e com uma extrema raiva até o outro quarto, que felizmente não era muito longe.

Abri a porta e Jimin olhou-me com o cenho franzido.

- O que aconteceu? - Perguntou.

- Eu estava jogando uno com os meninos. - Ele assentiu. - Só que tem a regra de bater no número "9", mas eu não conseguiria bater, estou só com a mão direita. - Eu falei manhoso e com a voz chorosa.

- E você é canhoto.

- É.

Eu me sentei com a feição emburrada e um beicinho, o pior não era isso, o pior foi que eu ainda tentei cruzar os braços.

- Você sabe que você poderia bater no montinho segurando as cartas, não é?

- Vamos nos divorciar agora.

Ele começou a rir alto e eu emburrei ainda mais a cara.

Como que ele poderia me tratar desse jeito?

- Amor.

- Sai, não sou mais seu "Amor".

- Ah, é mesmo? Tem certeza disso?

- Absoluta.

- Então, eu vou dar em cima do primeiro alfa que passar por aquela porta. - Ele apontou.

Eu me levantei, abri a porta, fui para fora, a fechei.

Esperei cinco segundos.

A abri novamente e passei por ela entrando em seu quarto.

- Oi gatinho, tudo bem? - Perguntei sorrindo de lado e piscando meu olho direito.

- Sim, e você?

- Melhor agora.

Ele riu alto mais uma vez.

Eu sentei-me perto de sua cama e apoiei meu queixo em seu colo.

- Quero ir para casa.

- Eu também. - Ele disse fazendo carinho em meus cabelos. - Jungkook? - O olhei. - Eu amo você.

Sorri.

- Eu também amo você. - Beijei sua mão. - Mesmo você me tratando mal, viu. - Jimin revirou os olhos.

- Mas você realmente podia, amor.

- Olha só, tem coisas que eu não consigo fazer.

- Você larga o cartucho cheio quando vai trocar o da arma, ou troca com ele na mão para ser mais rápido de colocá-lo? - Perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

Ok, ele está certo.

- Jimin, você tem que aceitar meu drama e não cortá-lo assim.

- Mas amor...

Ouvimos a porta ser aberta e era Wonwoo, ele estava felizinho demais.

Inclusive, Mingyu também estava.

Eu não quero saber!

- Casal!

- Oi, Wonwoo .

- Como está? - Perguntei.

- Ótimo! - Ele respondeu escrevendo algo na prancheta. - Capitão Jeon, você está bem para ir para casa. - Aleluia! - Receitarei apenas alguns antibióticos para serem tomados de 6 em 6 horas porque pode ser que você sinta dor no braço ou no corpo, afinal, você não quebrou outros ossos, mas podem estar um tanto frágeis. - Assenti.

Ainda tinha outros ferimentos, pequenos machucados, mas esses eu sei cuidar.

- Agora, Jimin. - Ele pareceu trocar de folha. - Na verdade, isso é para seu esposo. - Eu franzi o cenho. - Bom, como ele sofreu um aborto por conta de tudo o que aconteceu, - Senti o corpo de Jimin enrijecer e eu segurei sua mão. - ele vai precisar de certos cuidados.

Wonwoo começou a dizer tudo o que eu deveria fazer durante esse tempo de recuperação em que Jimin passaria.

Era tanta coisa e se eu disser que lembro de metade, é mentira.

Eu vou ligar para ele se acontecer alguma coisa, simples assim.

- E por último, mas não menos importante. - Ainda tinha mais coisa? - Nada de relações sexuais por no mínimo duas semanas.

- Estava demorando para vir a parte ruim. - Eu resmunguei e Jimin negou com a cabeça.

- Deixe de ser pervertido. - O ômega murmurou e eu revirei os olhos.

- Também passarei alguns remédios para você que devem ser tomados também de 6 em 6 horas, e bom, estão liberados. - Wonwoo disse por fim e saiu do quarto.

Eu respirei fundo.

- Vamos para casa. - Eu tentei beijá-lo, mas Jimin virou o rosto e sua feição estava cabisbaixa. - Jimin...

- Se eu não tivesse dito aquelas coisas...

- Jimin, esqueça isso, já aconteceu, não há como voltar atrás, o importante é que nós dois estamos bem e estamos vivos, ok? É só isso que importa. - Beijei sua testa. - Eu vou avisar Mingyu e pedir que ele nos leve para casa.

Ele balançou a cabeça positivamente, mas sua feição ainda estava cabisbaixa.

Eu tenho que ser paciente.

Mingyu estava conversando com Wonwoo , eu me aproximei enquanto eles riam de alguma coisa.

- Mingyu ?

- Capitão? - Ele olhou para mim e o sorriso besta ainda estava em seus lábios. - Soube que foram liberados.

- Sim, pode nos levar para casa?

- Claro!

- Obrigado.

- Yoongi também será liberado. - Wonwoo disse olhando a prancheta.

- Ele precisará de mais cuidados do que eu. - Yoongi tem um ferimento de bala e ainda está com a perna quebrada. - Esperem um momento.

Eu peguei meu telefone e digitei o número de Taehyung .

- Tae?

- O que foi? Alguém morreu? - Eu queria rir de sua preocupação. - Fala logo!

- Não, só que o Yoongi vai receber alta e precisará de ajuda até que se recupere, então pensei em levá-lo para minha casa, você nos ajudar a cuidar dele?

Taehyung ficou em silêncio por alguns instantes.

- Sim, eu vou.

- Ótimo! Pegue suas coisas e vá para minha casa.

- Por que tenho que pegar minhas coisas?

- Você acha que vou deixá-lo ficar sozinho depois de quase ter sido morto? Eu tenho que protegê-lo, assim como protejo seu irmão. - Eu conseguia vê-lo claramente revirar os olhos.

- Você é muito chato.

- Obrigado, também te acho muito chato.

Encerramos a ligação.

- Levarei ele comigo. - Wonwoo deu um aceno positivo.

- Vou lá falar com ele.

Nós o acompanhamos.

Yoongi, Jongho e Hoseok ainda estavam jogando uno.

- Yoongi ? - Wonwoo o chamou. - Vim aqui para lhe dar alta, acho que você já sabe todo o procedimento. - O alfa assentiu.

Não era a primeira vez que ele tomava um tiro, e com certeza não será a última.

- Assim como para o Capitão, eu vou te receitar analgésicos caso haja dor na sua perna. - Ele anotou. - Limpe bem o ferimento antes de tampá-lo com o curativo. - Yoongi balançou a cabeça positivamente.

- Por que você não abre a boca? - Yoongi apenas apontou para o montinho.

Era o número "7".

Eu revirei os olhos.

Jongho jogou uma carta azul número "3".

- Obrigado, Wonwoo ! - Yoongi disse sorrindo em seguida. - Uno, bati! - Os outros dois bufaram.

Bem feito.

- Agora tenho outros pacientes para atender. - O ômega foi até Mingyu, o segurou pela farda e o beijou.

Tudo bem, não é surpresa, mas eu não imaginaria que eles fossem tão rápidos.

- Tchau, Gyu. - Mingyu estava vermelho enquanto acenava para o ômega.

- "Tchau, Gyu." - Yoongi imitou o tom de Wonwoo, nos fazendo rir e o alfa o olhou sério.

- Alguém estava dormindo com Park Taehyung ontem.

Nós três olhamos desacreditados para Yoongi .

- Não foi a primeira e não será a última. - Eu vou deixar para esganá-lo depois.

Não é por nada, mas estou com medo dele estar criando expectativas demais e acabar se decepcionando.

Tudo bem que eu sou o que mais está unindo esses dois, mas também estou preocupado.

- Vou levá-lo para minha casa, Taehyung está indo para nos ajudar a cuidar de você. - Ele abriu um grande sorriso.

- Aliás, como Jimin está? - Jongho perguntou colocando as cartas em seu bolso.

Eu soltei um longo suspiro e sentei-me no sofá.

- Ele está indo, não acho que esteja bem, mas também não acho que esteja tão mal.

- Ele perdeu um filhote, é compreensivo. - Yoongi comentou e eu assenti.

- Sim, embora não faça muito sentido na minha cabeça.

- Como assim? - Hoseok me perguntou.

Eu mordi o lábio.

Nós alfas geralmente somos mais racionais, enquanto ômegas são mais emocionais em determinados assuntos ou até mesmo no geral.

- Eu simplesmente não vejo porque ele estar sofrendo por isso, sabe, nem sabíamos que ele estava grávido, então não criamos planos com essa criança e nem nada do tipo. - Eu disse. - Não vejo razão para ele sofrer por perder algo que nem sabia que tinha, mas tudo bem, eu vou ajudá-lo de qualquer forma a superar isso, afinal, ele precisa de mim mais do que tudo nesse momento.

E eu também preciso dele.

- É, por um lado, o senhor tem razão. - Jongho falou pensativo - Mas el é um ômega, acho que isso é normal, se levarmos em conta que são bem emotivos. - Viu, até a voz da experiência concorda.

- Bom, eu só espero que ele fique bem logo. - Todos concordaram. - Agora, ajudem Yoongi a ir para o carro e eu vou buscar Jimin.

Fizeram tudo exatamente como eu mandei.

Wonwoo entregou as receitas para Mingyu, que parou em uma farmácia e comprou todos eles, claro que com meu cartão.

Não demorou muito para chegarmos em casa e eu respirei aliviado, depois de tudo o que aconteceu, estar em casa é um verdadeiro alívio.

Como Yoongi não poderia apoiar o pé no chão, estava na cadeira de rodas e Mingyu estava o levando, eu abri o portão e Bam veio nos receber, o cachorro estava muito animado e agitado, ele estava com saudade de nós.

Eu amo meu cachorro.

Se não fosse por ele, eu não teria encontrado Jimin.

- Bom, estão todos entregues.

- Boa sorte no comando, Mingyu . - Yoongi disse. - Eu vou tirar férias de vocês.

- Está na minha casa, chama mesmo isso de férias? - Eu perguntei sarcástico.

Jimin e Mingyu começaram a rir enquanto ele emburrava a cara.

- Muito engraçado, Capitão, vamos bater palmas para ele gente.

Yoongi começou a bater palma.

Eu vou desmaiá-lo com esse gesso.

- Você acha? Vamos dar uma corridinha para passarmos um tempo juntos, verá que sou ainda mais engraçado que isso.

- Já chega vocês dois. - Jimin interviu enquanto ria. - Sem piadas de humor negro, embora tenham sido ótimas.

- Agora, eu vou, fiquem bem. - Mingyu nos desejou.

No instante em que ele se foi, Taehyung também estava chegando, se cumprimentaram e o Park mais novo veio até nós, mas não sem ser recepcionado pelo pet Jeon.

- Finalmente.

- Eu já quero voltar para casa, a ideia de conviver com você, me mata. - Ele disse olhando para mim.

- Oh, que pena, menos um Park no mundo.

- Como está, idiota? - Perguntou.

- Bem, felizmente bem, eu poderia ter morrido.

- Oh, que pena, seria menos um Jeon no mundo. - Revirei os olhos. - E você, irmão?

- Também estou bem. - Eles sorriram um para o outro.

- Yoongi ?

- Se eu disser que estou mal, o que ganho?

- Meu Deus, eu não sou obrigado, onde eu estava com a cabeça quando quis trazê-los? - Eu me virei para subir as escadas e Jimin veio junto comigo enquanto ria.

- Ah, como é bom estar aqui. - Eu respirei fundo e segurei a cintura de Jimin trazendo-o para mais perto. - Com você, meu amor. - Encostei nossas testas e suas mãos começaram a acariciar meu rosto.

Como eu sentia falta de seu toque.

- Eu sei que pode parecer uma pergunta idiota, mas eu realmente não lembro de você ter me dito que se lembrou de tudo e o conhecendo do jeito que conheço...

- Sim, minha memória voltou. - Sentei-me em minha cama com ele em meu colo. - Voltou no exato momento em que coloquei minha aliança de volta.

Felizmente o gesso não tampou meus dedos, então era possível vê-la.

- Jimin...

- Eu senti tanto a sua falta. - Ele colocou os braços em volta do meu pescoço e me abraçou. - Agora eu o entendo, é realmente desesperador o fato da rejeição. - Eu passei meu braço direito por sua cintura e apoiei meu queixo em seu ombro. - Me perdoa, eu fui idiota.

- Eu também fui idiota.

- É, mas você sempre pede desculpas e eu não, prometo que será diferente, ok? - Assinto. - Eu não quero mais brigar com você assim, podemos até discutir no futuro, mas não desse jeito, é muito ruim ter a sensação de que estou o perdendo.

- Eu sei como é... - Beijei seu ombro. - Não vai mais acontecer, eu prometo.

- Eu também prometo.

- Só tenho mais uma coisa para te pedir.

- Pode falar.

- Sabe, a nossa última briga antes disso tudo acontecer, eu pedi que você me deixasse quieto.

- É, eu fiz besteira.

- Sim, você fez. - Ele afastou-se um pouco apenas para me encarar. - Olha, eu costumo ser paciente com você e não gosto de trazer os problemas para casa, mas terá horas que será um pouco impossível e para que eu não desconte em você, apenas me deixe. - Eu pedi. - Não continue ou qualquer coisa do tipo, se eu disser "me deixa", é só fazer isso e ponto, é um jeito de evitarmos brigas desnecessárias por conta do meu mal humor. - Beijo-o. - Tá bom?

- Tá bom. - Ele afirmou.

- Ótimo. - Eu beijei seus lábios. - Eu te amo.

- E também te amo.

- Sério? Muito? - Perguntei risonho enquanto mordia seu pescoço fazendo-o rir.

- Sim.

- Muito, tipo, muito muito? Muitão?

- Sim, Jungkook. - Eu parei e olhei para seus olhos violetas.

- Então me diz.

Jimin segurou meu rosto, apertou minhas bochechas e beijou meus lábios demoradamente.

- Eu te amo muito. - Ele disse. - Eu te amo a cada batida do meu coração.

- Meu amor por você cresce a cada batida do meu coração.

Estávamos sorrindo um para o outro enquanto nos encarávamos com nossos olhos violetas, afinal éramos almas gêmeas, apaixonados um pelo o outro para todo o sempre.






















Eu concordo com o Jungkook sobre o Jimin sofrer por algo que eles não sabiam que existia, mas também compreendo o Jimin.

Nos capítulos seguintes é love love entre os Jikook. Rancor entre os Taegi e a fic em geral é tiro, porrada e bomba.

Nem é meme.

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