Capitulo 16 - Volta
O porteiro desceu correndo as escadas e ficou surpreso ao se deparar com a garota a quem o tenete Nick trazia pra dentro da base. Ele se aproximou lentamente da menina que correu e lhe deu um abraço.
- Tommy? Nem acredito que você está aqui! - Mellanie chorava.
- Eu é que não acredito que você está aqui menina! Como veio parar aqui?
- Estou voltando de Seattle! - ela o soltou do abraço - Regina me deixou lá! Qual foi a história que ela contou?
- Achamos que você estava morta! - ele admitiu - Olha é melhor você descansar um pouco.
- Não, quero ver os seus superiores primeiro, quero ver meu pai! Ele está aqui?
Tommy engoliu seco.
- Bom, o tenente vai te acompanhar até a sala dos nossos superiores! Tenha um bom dia Mellanie, foi bom ver você outra vez!
Ele se despediu e liberou a entrada. Mellanie mal podia esperar pra reencontrar o pai.
O tenente a levou cuidadosamente passando pelos corredores, ela estava praticamente sendo escoltada, ainda acompanhada pelos soldados John e Logan armados.
A cada passo Mellanie relembrava de cada pedacinho do lugar, tudo ainda estava do jeito que ela deixara, apenas algumas pequenas coisas tinham mudado como a segurança por exemplo ela percebeu que a cada sala e a cada corredor havia um soldado armado em cada porta, e ela se perguntou se isso seria necessário, e julgou que com certeza não era obra de seu pai.
- Sente-se aqui e aguarde sua chamada! Alguém virá conversar com você já já! - o tenente abriu a porta de uma sala e a induziu a entrar, ele fez sinal pra que Logan também entrasse com ela e esperasse.
- Quem virá conversar comigo? - ela perguntou Logan depois que eles já estavam sozinhos.
- Não sei! Provavelmente algum dos oficiais - ele disse -Então você não está morta?
- Obviamente não, eu consegui sobreviver! Regina é que vai ter uma grande surpresa ao saber que eu estou aqui!
- Ela que deixou você não foi? - Mellanie acenou a cabeça dizendo que sim - Não sei se foi uma boa ideia você ter voltado, ela é perversa, se te deixou pra morrer era pra você está morta, mas você sobreviveu então devia ter continuado lá fora, a essa altura ela já sabe que você está aqui, e não vai te receber com flores e bombons!
- Então ela está aqui! Era isso o que eu queria muito saber, não se preocupe, eu vou cuidar dela do jeito que ela merece!
- Só toma cuidado! - Logan alertou.
- Vou tomar! - ela respondeu.
O silêncio se formou, então Logan começou a falar de novo.
- Por que deixou seus amigos? - ele agora olhava fundo em seus olhos, e ela respirou fundo antes de dizer.
- Eu não os deixei! Vou voltar, mas acontece que eu tinha mais chance aqui dentro do que se ficasse do lado de fora! - ela encarou o nada como se tivesse relembrando o momento - Mas eles não vão entender isso!
- Você entrou por que acha que daqui pode ajudar eles lá fora? - Logan tentou ser compreensivo.
- É, isso mesmo! Eu não abandonei eles, eu vou arrumar um jeito de trazê-los pra cá, é só eu encontrar meu pai e ai tudo vai se resolver!
- Tomara!
- Não me lembro de você aqui! - Mellanie estranhou.
- Eu não sou daqui, sou do Texas, lá também foi dominado e os soldados restantes foram transferidos pra cá! - ele sorriu de lado.
- Entendi, imaginei isso mesmo! Tem muito tempo que está aqui?
- Alguns meses! Tempo suficiente pra conhecer a galera toda!
- Conheceu meu pai? O Capitão James?
- Claro que sim! Foi ele que me trouxe pra cá, eu e todos os que vieram do Texas, ele é um bom homem!
- Meu pai no Texas? Não consigo imaginar - ela sorriu - Ele está aqui? Mal posso esperar pra vê - lo!
- Olha Mellanie, seu pai...
Antes que ele pudesse completar a frase, um homem abriu a porta e entrou dizendo para Logan esperar lá fora.
- Mellanie Ryder - ele disse - Sou Adam, e é um prazer revê-la de novo!
Mellanie se enfureceu ao lembrar se dele.
- Conta outra vai! Não está nem um pouco feliz em me ver, você contribuiu com a minha morte! - ela disse olhando em seus olhos.
- Que isso Mellanie, não diz uma coisa dessa! - ele sentou em uma das cadeiras e virou o corpo em direção a ela.
- Digo sim! Foi você que não me deixou entrar naquele maldito helicóptero a mando de Regina! Cadê ela?
- Uma coisa de cada vez, sim era eu mesmo, e sim ela está aqui, e pediu pra eu vim dar uma olhada em você!
- Você agora é garoto de recados? Está sendo pago pra isso também? Pois então diga a ela que o que quer que seja que queira me falar que venha pessoalmente!
- Não funciona assim, primeiro teremos uma conversa e depois te levo pra ver ela, ok?
- Eu quero ver ela agora! - Mellanie pedia impaciente.
- Baixa essa bola primeiro! Quer um tempo pra se acalmar?
- Vai pro inferno! - ela gritou.
- Ok, então vamos à algumas informações básicas que você tem que saber! Seu pai não manda mais aqui, Regina é quem manda e todos aqui seguem ordem dela, e já que você está aqui também vai ter de obedecer.
- Isso é um absurdo! Onde está meu pai?
Ele respirou fundo antes de falar novamente.
- Já vi que você é mais durona do que eu pensava, eu vou levar você até Regina, quanto ao seu pai não posso te dizer absolutamente nada! Você vai fazer o que eu mandar e obedecer o que eu pedir! Entendeu?
Mellanie se enfureceu e afrontou contra ele negando a ordem, se levantou e foi em direção a ele.
- Quem você pensa que é pra me dizer o que fazer? Eu vou dizer o que fazer, quero ver meu pai agora!
Adam se aproximou com um sorriso maléfico, ele a olhou nos olhos e nem a esperou terminar as palavras, lhe lançou um tapa no rosto com tanta força que Mellanie cambaleou para o lado.
- Garota difícil, entendeu o que eu disse? Você só vai receber ordens minha ou da Capitã Regina Blush, caso contrário pagará caro por cada passo errado que der, fui claro?
Mellanie não respondeu, segurava o rosto reprimindo as lágrimas, assustada por ganhar um tapa na cara que a fizera perder o rumo. Adam ainda mantinha a mesma expressão fria e sorridente no rosto e se dirigiu até a porta.
- Acho que deu pra você entender! - ele apertou um pequeno botão que ficava em um aparelho em sua orelha esquerda - Está tudo sobre controle, o que eu faço com a garota?
Ele a olhou ainda estasiada como se tivesse parado tempo enquanto esperava a resposta da voz do outro lado da linha. Quando obteve a resposta sorriu novamente e a pegou pelo braço tão bruto quanto deu lhe o tapa.
- Vamos princesa, a chefe quer ver você!
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Éric corria na frente tentando eliminar o máximo de zumbis possíveis para ajudar os outros a passar, Jack segurava Will nos braços, ele estava fraco pois perdera muito sangue devido ao tiro no braço.
Eles avistaram uma rua mais tranquila e com menos daquelas coisas, mas as ruas estavam cheias demais pra eles conseguirem passar.
- Corre, não podemos parar -Éric alertava.
- Estamos exaustos não vamos conseguir! - Emilly respondeu lutando com mais e mais zumbis.
- Temos que tentar!
Era muito deles. E quando mais atiravam mais deles eram atraídos, Grenda ainda estava um pouco tonta e queimando em febre, e por correr de mais e não descansar nem um pouco sua imunidade estava fraca, a infecção já estava no sangue, seus olhos agora esbranquiçados tentavam buscar uma saída.
- Ali! - ela gritou apontando para um caminhão velho carbonizado - Sobem ali!
Eles correram, o caminhão não ia andar, mas serviria de apoio temporário dando tempo para descansar e recuperar o fôlego.
A garotinha Liz foi a primeira a subir com a ajuda de Emilly que subiu logo em seguida. Jack ajudou Will esquecendo as diferenças e de que a pouco eles tentaram se matar e deu cobertura pra Grenda, Sam e Éric chegar até eles.
Fizeram um círculo em volta dos mais fracos que não poderiam lutar, em pé no caminhão eles atiravam e estraçalhavam a cabeça dos zumbis que os cercavam. Mas como eu já havia dito, tinha muito deles, alguns conseguiam subir, e eles estavam cada vez mais perto.
Um zumbi que aparentava ser jovem, e continha as vestimentas de quem ia pra escola, subiu no caminhão atrás de Liz que nem prestava atenção, Emilly preocupada em protegê-la dos que viam de frente não percebeu quando ele se aproximou e a puxou pelos ombros mordendo suas costas arrancando lhe um pedaço carnoso, a menina gritou de dor e desespero e Emilly foi socorrê-la tarde de mais.
- Liz! - ela gritou e bateu com a arma na cabeça do jovem zumbi até ver seu cérebro podre estourado, outros tentavam chegar até Liz e dessa vez ela conseguiu impedir.
- São muitos, o que vamos fazer? - Sam perguntou com olhos molhados em lágrimas.
Éric a olhou e não sabia o que dizer, não planejou seu futuro assim, ele queria o que qualquer pessoa normal queria, casa, carro, um bom emprego e uma linda família, mas todos seus sonhos de esperança se esvaíram com as lagrimas que escorriam nos olhos de Sam.
- Vamos lutar até não poder mais! - ele chorou - Sinto muito!
A legião de cadáveres ambulantes canibais pareciam estar mais forte e alertas, não como os zumbis de Phoenix ou de Seatlle que eram lerdos e tranquilo de matar, mas estes pareciam estar alimentados e fortes, mas com muita fome ainda o que os deixavam mais rápidos e esperto.
A rua tranquila agora parecia um oásis, eles poderiam correr livremente até ela se não estivessem cercados, mas era impossível. Na beira da morte dizem que passam o filme da vida de ante seus olhos, poderia ser mentira ou verdade ninguém sabe, agora tudo que eles enxergavam eram zumbis, e eles estavam tão loucos e exaustos que não diferenciavam mais o real da imaginação.
Eles não sabiam se era real ou se estavam sonhando quando escutaram novos tiros. Eles não sabiam se era real ou estavam sonhando quando viram centenas dos zumbis que os cercava caindo um a um. Eles não sabiam se era real ou sonho quando avistaram um homem de aparência rude chegar com uma metralhadora e atirar nos cadáveres ambulantes prestes a comê-los vivos.
- Desçam daí - o homen gritou atirando para liberar a passagem deles - Desçam daí.
Emilly foi a primeira a distinguir imaginação do que poderia ser real. Pegou Liz no colo e pulou da carroceria do caminhão e correu. Os outros se entreolharam desconfiados, mas sem saber se era real ou não, preferiram arriscar.
O homem atirava em todos os zumbis que agora se desamontoavam do caminhão e tentava segui-los, e de repente aquela multidão foi diminuindo aos poucos com a grande potência daquela arma.
Eles correram e ficaram a espera observando o massacre, e quando terminou, viram o homem dar pulos de felicidades.
- Andem seus cadáveres inúteis, bando de filhos da puta! Venham até mim! - ele gritava dando tiro pro ar, e quando um zumbi obedecia a ordem, ele estraçalhava lhe a cabeça como se fosse a melhor coisa do mundo a se fazer - Nunca pensei que eu fosse ser tão bom assim em matar zumbis!
Ele gargalhava, e quando acertou o último zumbi do local comemorou.
- É, eu sou o melhor! O melhor cara! - ele se aproximou do grupo que assistia a cena ainda estasiados - E ai? Sentiram minha falta?
Éric não acreditava no que via, agora que sua sensação de quase morte passara, ele conseguiu entender o quanto aquilo era real.
- Phillip Blake! - ele disse quando o homem chegou perto o suficiente.
- Éric Parker, que bom ver você! - ele lhe deu leve batidas nas costas e se virou em direção aos outros - Willian, levou um tiro feio em?
Will cerrou os dentes e não respondeu.
- Jack Nolan, o soldadinho da paz! Não estou feliz em te ver!
Jack fechou os punhos e já ia de encontro a Phillip mas Sam o segurou.
- Eu também não, nem um pouco seu porco assassino! - Jack respondeu.
- Muito cuidado com o que diz quebra-nozes, eu acabei de salvar sua vida! Você deve estar irritado ainda por causa daquele Richard né?
- É Ryan - Jack corrigiu - O nome dele era Ryan!
- Que seja! Foda-se eu não ligo! Você matou meu irmão, eu matei seu amigo! Estamos kit, relaxa eu estou de bom humor hoje!
Ninguém sabia o que falar.
- O que veio fazer aqui Phillip? - Éric perguntou com raiva.
- Bom, depois que vocês saíram, a casa ficou meio vazia, senti falta de vocês! - ele respondeu com um sorriso falso.
- Fala a verdade! - Éric insistiu - Onde está Tio Jeb?
- Aquele velho? Não aguentou ao primeiro ataque desses vermes e morreu junto com aquele cão pulguento.
- Foram atacados?
- Pra que tanta pergunta? Virou investigador do FBI agora Éric? - Phillip deu gargalhadas.
- Eu quero a verdade! Cadê o Tio Jeb? - Éric perguntou novamente. Phillip parou de rir e fechou a cara, chegou bem perto dele e o ameaçou.
- Quer saber do Tio Jeb? Logo depois que vocês saíram nós fomos atrás, quem é que não queria tentar a sorte no Paraíso da Capital em? Eu obriguei o velho a vir e ai ele queria trazer o cachorro, eu matei o cachorro, e depois matei ele! - Phillip se aproximou mais de Éric o encarando fundo nos olhos - É eu matei ele! E aqui estou eu! Segui vocês e vi até quando aquela vadia deixou vocês pra trás! Então pelo vistos nem um de nós entraremos no "Paraíso", estamos todos no mesmo barco agora, e vocês vão precisar da minha ajuda! De novo!
- Não precisamos! - Éric respondeu - Estamos bem sem você!
- É eu estou vendo! - Phillip se afastou de Éric, andou até Will e disse.
- Tem uma casa bem grande e segura podemos ficar lá por algum tempo. Vamos?
Ele ajudou Will a se levantar.
- Você matou mesmo o Tio Jeb? - Will perguntou - Como pôde fazer isso?
- É claro que eu não matei o velho! - ele riu e depois mudou a expressão do rosto transparecendo uma tristeza - Não consegui salvá-lo William! Nem meu velho nem a merda do cachorro!
Ninguém mais respondeu, Emilly seguiu Phillip, logo em seguida Grenda também. Os outros não tinham escolha, se ficassem morreriam pois o barulho do tiroteio atrairia mais zumbis, e eles não tinham pra onde ir. Então foram atrás de Phillip, em busca de novas esperanças.
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