୭ 𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄 ౿
𝗡𝗼, 𝗜 𝗰𝗮𝗻'𝘁 𝗲𝘀𝗰𝗮𝗽𝗲 𝘁𝗵𝗶𝘀 𝗳𝗮𝗹𝗹
𝗙𝗮𝗹𝗹 - 𝗶𝗻𝗴 𝗶𝗻 𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿𝘀𝗲
𝗙𝗮𝗹𝗹𝗶𝗻𝗴 𝗶𝗻 𝗿𝗲𝘃𝗲𝗿𝘀𝗲
𝗦𝗼 𝗵𝗼𝘄 𝘆𝗼𝘂 𝗴𝗼𝗻𝗻𝗮
𝘀𝗰𝗿𝗲𝗮𝗺 𝗺𝘆 𝗻𝗮𝗺𝗲?
╰ 𝐄𝐃𝐄𝐍
24 de Dezembro de 1976
Véspera de Natal, 22:34 da Noite
Mansão Potter
Euphemia Potter era conhecida por ser extremamente dócil e amorosa, com a casa aberta para qualquer um que precisasse de ajuda ou acolhimento. É Uma mulher formidável, como seus filhos e marido a nomearam. Uma mulher impecável e muito amorosa, como todos se referiam a ela no mundo mágico.
A implacável e amorosa Euphemia Potter.
E por conta dessa fama, o natal era sempre comemorado em sua casa. E ela se sentia extremamente honrada todos os anos por sempre optarem a passar o natal ali, na mansão Potter.
A mesa da ceia natalina era farta, com opções e mais opções de comida, bebida e doces. A decoração em dourado puro brilhando com o vermelho vivo e bastante grifinorio. Os convidados se espalhavam pelas salas, bebendo enquanto riam ou ouviam histórias dos demais presentes. As crianças dos Weasley, Gui e Carlinhos, corriam em meio aos adultos, enquanto Percy dormia tranquilamente lá em cima no quarto de James Potter. Acolhido com o texugo de pelúcia que Icarus Potter colocou ao lado do pequeno para o mesmo não se sentir sozinho quando Molly Weasley o deixou no quarto.
Ela agradeceu aos irmãos Potter pelo carinho, mas como não ser carinhoso e amoroso sendo filhos de Euphemia e Fleamont? Era quase impossível.
Icarus observava com atenção a criança de 6 anos, implicando com seu irmão mais novo de 4 anos, sorrindo consigo mesmo ao lembrar dele e de seu irmão. James era uma peste quando criança, não que ele tenha deixado de ser, e implicar com Icarus era seu passatempo preferido. O que não mudou muito com eles já crescidos.
Remus Lupin dizia que ambos eram dois bobalhões, Icarus preferia o termo que Sirius Black designou para eles: crianças em corpos adultos.
Sirius dizia que era assim com seu irmão mais novo, quando os pais não estavam de olho neles. Black dizia que a vida fora de vista dele e seu irmão era quase que respirável, que ainda sim eles extraiam alegria da situação de mersa que viviam na nobre e antiga casa dos Black. James achou isso triste, mas Icarus se perguntou como eles suportavam isso.
Ele não suportaria viver em observação e frequente julgamento.
Não teria capacidade de suportar o que Sirius disse suportar quando foi selecionado para a Grifinória, o primeiro Black indo para outra casa que não fosse a Sonserina. O que acabou por se repetir na família Potter. Era de conhecimento geral que os Potter fossem parte da casa dos leões, mas isso não recaiu a Icarus, aparentemente, que foi selecionado para a Lufa-Lufa, não antes de deixar o chapéu chocado que só havia duas opções para o Potter mais novo.
Lufa-Lufa ou Sonserina.
Sem Grifinória. Um choque, realmente, mas que depois de uma conversa árdua com o chapéu, o mesmo decidiu o colocar na casa amarela. Flea e Euphemia o tranquilizaram quando veio o recesso, deixando claro que não importava a casa que ele fosse, ainda o amariam com tudo neles. O mesmo foi dito por James, que mesmo tendo certo preconceito com sonserinos, não deixaria isso o impedir de amar e cuidar do irmão.
Ele brincou que seriam como Sirius e Regulus Black. Icarus gargalhou na época concordando, mas atualmente, queria estar o mais longe possível dessa comparação.
Os Black eram dois fodidos mentalmente e a relação deles parecia afundar a cada ano. Icarus poderia não gostar de Regulus Black, porque ele não era um garoto fácil de se conviver, de qualquer maneira, mas ver ele fugindo de Sirius como um vampiro foge de algo de alho era irritante.
— James vai acabar com os muffin de cereja que tia Effie fez. — Icarus ergue o olhar com a voz feminina ao seu lado, e o rosto pálido e calmo de Daewina Calore toma sua visão. — Vai acabar ficando sem.
— James tem uma queda enorme pelos muffin da mãe, deixe-o ser feliz essa noite. — Icarus sorriu, fazendo a amiga ruiva se sentar ao seu lado na janela com uma risada sufocada
— Ele tem queda em várias coisas, estamos falando de James Potter, o cara que persegue Lily Evans a anos.
— Deixe de ser maldosa, ele está bem melhor e parece ter se esquecido de Evans. — Icarus sai em defesa do irmão, a lembrança dos dias em hogwarts ele tremer
James levou muito a sério sua paixão por Lily antes do recesso de natal e ano novo, que mesmo o aceitando como amigo, ela ainda parecia desprezar a ideia de Potter apaixonado por ela. E James teve a brilhante ideia de a levar para a torre de astronomia para exibir um show de fogos de artifícios. Algo romântico que acabou com gritos e os alunos da corvinal correndo de sua comunal.
James errou o local onde os fogos explodiriam pelo nervosismo, ele mirou no céu mas o céu selecionado foi aquele que fica na comunal da corvinal. Dae não foi atingida por nada, apenas o susto a pegou, e no dia seguinte sua mão pegou os cabelos cheios de James o xingando no café da manhã. Jackson gargalhava, e mesmo estando perto dos grifinorios, fazia questão de insultar mais ainda James. Ele fazia isso frequentemente, mas dizia que, em sua defesa, ele tinha um motivo muito plausível dessa vez.
Os amigos de Icarus claramente amavam James Potter.
— Cabelo de fogo, me dedurar pro meu irmão não vai fazer surgir mais bolinhos. Na próxima não seja uma lesma. — James engoliu o último bolinho gargalhando ao se afastar um pouco
E James claramente tinha uma ótima relação de amizade e respeito com os amigos de Icarus.
— Mauricinho de merda.
Icarus negou levemente com a cabeça, um sorriso fraco em seus lábios. Logo ele estava segurando uma das mãos da amiga, Calore suspirou sabendo o que estava por vir desse breve conforto.
— Ignore o mauricinho de merda. — Ele gargalhou um pouco com James o mandando se calar, ele ainda estava próximo para ouvir pelo jeito. — E seus pais?
A ruiva desviou o olhar e foi aí que Icarus já teve sua resposta silenciosa.
Daewina Calore era uma mestiça. Mas era um pouco mais complicado do que aparentemente deveria ser. Veja bem. Dae perdera a mãe para a terrível varíola de dragão, e estava tudo presumidamente bem, até o senhor Calore resolver arrumar uma outra esposa. Mas ele não estava contando com toda a merda que viria disso. John Calore começou a ter um caso com Elorde Carrow, uma purista de sangue que por tabela segue ao lorde das trevas. E para mostrar que, mesmo com a enteada sendo imperfeita por conta do sangue, ela seria uma fiel seguidora como pretexto para limpar sua linhagem podre. Junto de seus meios irmãos, filhos de Elorde. Amycus, Alecto e Demetrius Carrow.
Daewina negou, e isso teve consequências. Uma consequência aparentemente temporária, mas ainda sim uma consequência.
Ela fugirá para os Potter, resolveria isso depois do recesso, e rezava a Merlin que tirasse a ideia purista da cabeça fraca de seu pai que estava sendo claramente manipulado. Demetrius, parecia o melhor deles naquela casa após a saída da meia-irmã mais nova. Ele mandava cartas, informações curtas e diretas do que estava ocorrendo após sua fuga temporária. Informando em sua última mensagem que viria após o horário de natal, porque ela também era sua família e precisava receber um presente.
Demetrius cresceu em um lar destruído e em chamas. Seus irmãos numca foram tão receptivos ou carinhosos, na verdade Demetrius falava livremente que eles eram insanos — Não que ele fosse tão diferente. — E assim, encontrou conforto na meia irmã após outro casamento de sua mãe. Ele parecia sincero em relação ao cuidado com Daewina. Icarus gostava dele por isso.
— Complicado como sempre, mas devo voltar para casa apos o recesso. — Ela suspirou, apertando a mão do Potter
— Sabe que pode ficar, certo?
— Ah eu sei, mas se eu ficar mais alguns meses perto do seu irmão estarei tentada a jogar ele da janela do segundo andar. — Ela riu e uma risada soou logo atrás dela, e James se sentou junto a eles.
— Concordo, não com você me jogar pela janela, mas de estar perto de você, frequentemente, me irrita. Uma sorte é que você não está com o loirinho. — James diz fazendo uma careta. — Me sinto em meio a uma zona de guerra, porque meu irmão me humilha e você termina de pisar.
Icarus e Daewina gargalham, concordando que faltava Jackson para fechar o grupo de haters de James Potter. Era até mesmo engraçado se referirem a si mesmos assim, visto que, por mais que os grupos — Marotos e os amigos de Icarus — não fossem tão compatíveis, pareciam funcionar muito bem juntos. O que era engraçado de observar era a dinâmica, enquanto Remus e os outros se davam super bem, aparentemente, só faltava ambos os amigos do Potter mais novo enforcar James Potter.
Jack dizia que o problema era James, e Dae concordava. Enquanto James dizia que os dois eram extremamente mesquinhos e implicam com ele por conta de um amor reprimido.
Icarus os chamavam de crianças. Ninguém negou até então.
— Os três, venham comer. — Monty chamou se aproximando, ele bagunça os cabelos dos filhos e sorri para a ruiva que estava entre eles. — Acredito que a comida esteja melhor que os muffin que James devorou, Dae.
A ruiva rapidamente pulou do baquinho, se apresentando para chegar a mesa fazendo os Potter riem baixo pela presa. Logo eles estavam seguindo a ruiva, ainda rindo baixo.
A ceia foi boa, agitada e caótica, mas boa. Os minis Weasley ficaram brincando com a comida, tentando passar os dedos no rosto de James e Icarus, enquanto Dae incentivava. Effie cantou um pouco, parecendo mais animada quando seu marido e filhos se juntaram a ela na cantada. O clima na casa era tranquilo, aconchegante e amoroso.
E foi quando faltava apenas alguns minutos para a troca de presentes que a campainha tocou, Dae se ergueu rapidamente, animada falando que seu irmão finalmente havia chego, e correu para a porta praticamente pulando. Icarus se ergueu acompanhando a amiga com mais calma, e não passou muito tempo para James o alcançar.
Então um grito de puro horror cortou o clima calmo e alegre, fazendo os irmãos Potter correrem em direção a porta e, ao fundo, os passos desesperados foram ouvidos. E assim que alcançaram a porta viram a mesma aberta, com Daewina sentada no chão gritando e parecendo segurar algo em seu colo. Icarus parou horrorizado quando finalmente reconheceu o amontoado de sangue que a melhor amiga segurava em seus braços.
E para o puro horror dele, o corpo não se movia.
Sirius Black estava na porta dos Potter na véspera de natal, às onze e pouca da noite, faltando minutos para a troca de presentes. E ele estava péssimo. Sirius era um verdadeiro amontoado de sangue, roupas manchadas e roxos. James se lançou no chão ao lado da ruiva, pegando o melhor amigo nos braços, e chorando enquanto o abraçava. Mais a frente Demetrius correu pela estradinha, ele segurava algumas sacolas e um buquê de margaridas que, provavelmente, seriam destinadas a Euphemia Potter.
O relógio estalou dentro da mansão, anunciando que finalmente era meia noite, mas ninguém parecia preocupado com os presentes. Todos estavam tentando tirar Sirius do colo de James para, assim, tentar salvar a vida do Black.
Dizem que o natal e o início de um novo ano altera caminhos e destinos. E a chegada de Sirius Black naquele ano na a casa dos Potter havia alterado consideravelmente muitos destinos.
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