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Capítulo 35 - Os ricos sangram igual

Myolo despediu-se de Serpente ao baterem os sinos da meia noite. Vestiu-se, arrumou-se e, pesarosa, deixou a amante após uma noite bastante ambígua; Tivera prazeres, decepções e revelações. Em seu íntimo, sabia que Serpente não iria querer vê-la de novo, mas uma parte de si ainda queria acreditar; Deixou para ela um pequeno pedaço de papel com algumas instruções, lugares no quais ela poderia lhe procurar caso quisesse algo de novo.

E partiu. Partiu deixando Serpente para trás. Mas a amante não havia terminado; Ela tinha outros planos para agora, que envolviam mais do que Myolo. Após saber mais do que deveria, tinha uma obrigação moral, a obrigação de não deixar que Monvegar Eran estragasse os planos de sua garota. Sim, ela mesma, Loenna Nalan.

Quando Myolo se distanciou suficientemente do moquifo embolorado em que Serpente estava alojada, esta se viu na oportunidade perfeita para segui-la. Estava escuro, mas a lua estava cheia, permitindo com que a jovem e seus passos pudessem ser acompanhados minuciosamente, mas que a perseguidora pudesse se esconder de maneira perfeita meio à noite. Havia sido treinada para isso, era sutil e silenciosa. Estava enferrujada, é verdade, mas Serpente sempre será Serpente.

A moça passou por uma avenida sinuosa, quase que deserta, e não havia ninguém na rua para notar a perseguição. Serpente suspirou aliviada; Seu coração estava a mil, não poderia deixar Myolo descobrir que estava sendo acompanhada. Ela virou para trás cerca de duas ou três vezes, e a experiente lutadora não teve dificuldades para se esconder. Balançava a cabeça, se repreendia, talvez seus instintos dissessem que havia alguém atrás de si, mas seus sentidos não conseguiam focalizar a habilidosa Serpente.

Após cerca de meia hora caminhando, ela chegou; Em uma alameda escura, estava uma pequena casa humilde, com os tijolos mofados e corroídos, a porta emperrada e carcomida por cupins, a pintura lascada e parecendo não receber uma demão há muito tempo. Myolo abriu a porta com dificuldade, pareceu andar na ponta dos pés a fim de fazer silêncio, e Serpente entendeu que era ali. Precisava ficar de tocaia.

Havia alguns sacos de lixo jogados em algum canto. E ela não perdeu tempo, não era momento de ter nojo; Se jogou no meio da imundície, escondeu-se entre os sacos e torceu para não ser vista. Naquela posição, conseguia ter uma vista direta para a frente da casa de Myolo.

Serpente manteve-se atentamente desperta durante toda a noite. A alameda escura mergulhou num silêncio mortal, nada se ouvia além das cigarras e dos grilos. Não havia pessoas passando na rua, carroças, carruagens, nada. Apenas ela e seus pensamentos.

Ao que a alvorada anunciou sua chegada, uma carroça invadiu a cena. Era equipada de dois belos cavalos brancos e apenas um homem solitário a controlava; um homem de meia-idade que usava roupas luxuosas e um chapéu de coco. Tinha um bigode pontudo e nenhuma barba, parecia sério.

A carroça estacionou suavemente em frente à casa de Myolo e Serpente aguçou seus sentidos. Aquele não era Monvegar Eran, com toda a certeza; Deveria ser mais um de seus empregados. O homem sério levantou-se para bater à porta e naquele momento Serpente agarrou seu punhal na cintura; Era agora que deveria agir e não havia tempo para perder.

Sem que o carroceiro notasse, esgueirou-se para debaixo da carroça. Seu corpo era esguio, o que facilitava sua inserção, mas ela era também bastante alta. Com o punhal, fez dois buracos para prender suas mãos e conseguiu adentrar seus pés no suporte para as rodas. Se balançou; Estava firme. Muito bem, pensou ela, espero que não me descubram.

Um senhor atendeu à porta. Devia possuir aproximadamente cinquenta anos, tinha a barba branca por fazer e seus cabelos eram grisalhos. Vestia-se com roupas simples e gastas e parecia bastante assustado. Serpente percebeu que ele e o carroceiro trocaram algumas palavras, mas não conseguiu identificá-las. Era o pai de Myolo.

Com um aceno de cabeças, o homem e o carroceiro se dirigiram ao veículo. O homem elegante estalou a corda no cavalo, o animal se pôs a andar e ali iam eles, rumo ao desconhecido. A guerreira sentiu uma agulhada pelo seu corpo todo e imediatamente percebeu que estava fora de forma, ou que o ataque os Kantaa a havia enfraquecido; Todo o seu corpo doía ao andar dos cavalos. Ainda assim, ela fez força para sustentar o peso do próprio corpo enquanto o chão deslizava por suas costas. Um desequilíbrio, ela caíria e seria pisoteada pelos animais.

O pai de Myolo e o carroceiro de Monvegar Eran conversavam trivialidades. Em uma de suas conversas, Serpente descobriu que o nome do homem era Andgar e o do pai de Myolo era Nassere. De resto, eram apenas bobagens que ela não se preocupou em identificar; Tinha outras coisas para se preocupar.

A carroça saiu das cidades e adentrou o campo. A intrusa notou quando o chão ás suas costas deixou de serem paralelepípedos do asfalto para se tornar a grama de um campo verdejante. O mato ficava cada vez mais e mais espesso, o corpo de Serpente se enchia de insetos. Ela se perguntava quando que aquela viagem teria fim, quando finalmente a carroça estacionou. Andgar prendeu os cavalos e ela pôde se soltar dos buracos que havia feito.

Olhou para fora por um breve segundo e encarou uma imensa e fechada floresta. Perfeito. Pôs o punhal na cintura e, antes que alguém pudesse notar, esgueirou-se para trás de uma árvore, onde poderia ver com mais clareza o que estava acontecendo.

E ela viu. Ele estava lá; Era alto, esguio, tinha cabelos longos, espessos e brancos, olhos incrivelmente escuros e um nariz pontudo. Seu olhar era extremamente soberbo e arrogante, como se analisasse Nassere de cima a baixo. Vestia-se com roupas cujos detalhes eram feitos de ouro, sapatos ornados com diamante e, claro, deixava visível o enorme e brilhoso falcão Eran no antebraço esquerdo; Carregava uma grande e gorda sacola presa por um cordão banhado a ouro. Era ele, Monvegar Eran. Acompanhando o imponente senhor estavam ainda dois guarda-costas que sequer tinham armaduras, apenas carregavam duas pistolas na cintura e faziam careta. Lembravam um pouco os Kantaa.

Muito bem. Monvegar Eran coçou a barba. — Com quem falo?

Nassere limpou a garganta, abaixou-se em uma reverência e tentou conter seus tremeliques, que o cobriam da cabeça aos pés. Ele tinha medo de Monvegar, e isto era tão claro quanto a luz do dia.

Nassere Dreyan. O senhor gaguejava. — Muito prazer em conhecê-lo, senhor Eran.

Eran não parecia tão emocionado. Ainda agia como se estivesse diante de uma grande pilha de lixo.

Você sabe porque estamos aqui, certo, Nassere?

Nassere fez que sim com a cabeça e se levantou. Não conseguia desviar o olhar da enorme sacola que Monvegar carregava.

Sobre Loenna Nalan. Nassere mordeu os próprios lábios. — Bem...

E Serpente se deu conta que aquele era o momento de agir. Rápida como um foguete, saiu das penumbras escuras e capturou um dos guarda costas, apunhalando-o no pescoço no mesmo segundo. O guarda mal havia desfalecido e ela já havia voltado para a escuridão, sem que qualquer um dos presentes pudesse focalizar sua silhueta ou de onde ela havia saído

O segundo guarda costas e Andgar se colocaram em posição de ataque, alertas e desesperados; Procuravam a autora do crime na escuridão, ambientados pelos gritos de dor do primeiro guarda-costas. Nassere arregalou os olhos, confuso, mas Monvegar Eran só parecia furioso. Largou o saco que carregava ao chão e se pôs em posição de alerta.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? — Berrou ele. — ISSO É UMA ARMADILHA? PEGUEM ESTE CRETINO!

Nos olhos de Nassere, se estampava o pânico. Andgar agarrou algumas cordas na carroça e a lançou para o guarda-costas sobrevivente, que amarrou e vendou Nassere. O homem não tinha meios de provar a própria inocência; Era apenas um pai de família, não havia arquitetado armadilha nenhuma.

Vocês acham que podem enganar Monvegar Eran. Monvegar o fuzilou com o olhar. — Sinceramente, eu...

Naquele momento, Serpente retornou das sombras, golpeou o segundo guarda-costas (ocupado em amarrar as cordas em Nassere) e voltou para escuridão, tão rápida quanto antes. Monvegar, furioso, pegou a pistola de um dos guarda-costas e atirou em direção ao local de onde Serpente havia saído, mas ela não estava mais lá.

QUEM É VOCÊ? — Berrou Monvegar. — APAREÇA! EU TENHO O SEU LÍDER!

Andgar não quis esperar para padecer como seus colegas. Subiu na carroça, deu tração aos cavalos, partiu em retirada; Era um carroceiro, não um guarda costas. Monvegar Eran encarava, incrédulo, seu empregado — Que fugia como um ratinho assustado.

O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? ANDGAR? ANDGAR? — O imponente Eran se esgoelava e atirava para todos os lados, tanto para a escuridão onde outrora estava Serpente, quanto para o rumo por onde Andgar havia partido. Estava oficialmente sozinho com Nassere. — O que está acontecendo? Qual seu plano? QUAL SEU PLANO?

Nassere apenas mexia sua cabeça para todos os lados, chorando. Monvegar Eran tremia de raiva, todas as suas atenções estavam voltadas ao prisioneiro. Isso facilitou mais um golpe de Serpente; A exímia lutadora saiu das sombras novamente e, antes que Monvegar Eran percebesse, envolveu seu pescoço com o punhal. O homem deixou cair a pistola, na surpresa, e se viu refém da assassina de seus guardas.

Muito bem. Havia um prazer sádico nas palavras de Serpente. — Agora você é meu prisioneiro, Eran.

Monvegar Eran queria gritar, se mexer, se desvencilhar de Serpente. Era quase tão magro quanto ela, porém mais velho; Não era tão forte quanto gostaria de ser.

O que está acontecendo aqui? Agora sim, o tom de sua voz transparecia medo. — Você está com ele?

Estou agindo sozinha. Garantiu Serpente. — Sabe, Eran, eu não pretendia voltar à ativa. Eu fui quase morta e esse tipo de experiência mexe com uma pessoa, entende? Além disso, eu não sou mais tão jovem, já passei dos 30 anos. Mas você quer estragar os planos da minha garota. Eu não poderia deixar isso acontecer, não acha?

Quem é você? — Monvegar Eran estava incrédulo. Jamais pensaria na possibilidade de estar assim tão vulnerável.

Poxa, Eran, assim você me entristece Disse ela, sarcasticamente. — Minha mãe sempre teve certeza de que você era meu pai. Nos parecemos um pouco, não? Eu acho que sim. Mas você não se importa o suficiente com os filhos de uma puta, se importa? Pelo visto não vou ter direito a sua herança quando você morrer, o que eu calculo que será daqui a muito pouco tempo...

Do que você está falando? Monvegar Eran parecia confuso. — Meus filhos fora do casamento estão todos mortos. E a única que não morreu por minhas mãos foi...

Imediatamente, ele compreendeu.

Você é Gillani Gaspez. Disse ele, desesperado. — Filha de Soraya Gaspez.

Serpente sorriu, satisfeita.

Isso mesmo, papai. Provocou. — Mas você pode me chamar apenas de Serpente.

E, com isso, deslizou o punhal pela garganta de Monvegar Eran, cortando-lhe a jugular e deixando-o sangrar até a morte.

Em cerca de alguns segundos, o corpo do homem mais rico de Carmerrum era apenas um saco mole e sem vida banhado a ouro e a roupas caras. Serpente suspirou, encarando o que havia feito, e limpou o punhal em suas próprias roupas.

Voltou-se então para Nassere, amordaçado e amarrado, e sua expressão facial refletia pura e simplesmente pavor. Ele estava com medo de Serpente, tanto medo quanto estivera de Monvegar Eran; Talvez até mesmo mais.

Bem... Serpente levantou uma sobrancelha. — Você vai ficar quietinho quanto ao que aconteceu aqui, certo?

Nassere balançou a cabeça vertiginosamente, num claro e desesperado "sim"

Também vai manter suas informações sobre Loenna Nalan consigo, certo? Questionou. — Não vai levar elas a nenhum Saphira, Kantaa e muito menos outro Eran... Vai?

Mais uma vez, Nassere balançou a cabeça em desespero, desta vez horizontalmente; Era um "não". Serpente sorriu.

Bem, nesse caso eu vou soltar você. Mas espero que você saiba que, se qualquer informação sair daqui, você está morto. E eu tenho meios de te achar. — E, retirando a mordaça, se dirigiu às amarras do homem. Nassere não conseguia acreditar no que estava presenciando.

Não é possível. Negou Nassere. — Gillani Gaspez está morta.

Serpente riu descontraidamente.

Pareço morta para você? Perguntou, enquanto cortava as cordas que o envolviam.

Mas... Isso... Como é possível? — Nassere não conseguia sequer falar. — Você... Viva... Achei que tivesse sido morta pelos Kantaa...

Diga para sua filha mais velha... Serpente terminou de cortar as cordas que envolviam Nassere. — Que, ao contrário do que ela possa ter ouvido... Gillani Gaspez existiu, sim, e está mais viva do que nunca.

Envolvendo as mãos nos pulsos machucados, Nassere franziu a testa.

De onde você conhece Myolo?

Serpente soltou uma risada debochada novamente, mas não respondeu. Nassere não poderia estar mais confuso; Descobrira que sua maior ídola estava viva e, mais, que ela conhecia sua filha mais velha. Era informação demais para um dia só.

Gillani Gaspez está viva... E ele sorriu. — Eu mal posso acreditar... Mal posso acreditar! Preciso contar para todos os meus vizinhos e amigos, e...

Ah, na verdade... Serpente fez uma careta. — Eu preferia que você mantivesse essa informação para você e sua família. Você acha que pode fazer isso?

Nassere ergueu as sobrancelhas, confuso, mas fez que sim; Serpente não estava certa de que podia confiar num homem que quase havia entregado Loenna para os Eran, mas era tudo o que ela tinha no momento.

O saco de dinheiro de Monvegar Eran ainda estava no chão, e talvez fosse a única coisa que atraísse mais a atenção de Nassere do que Serpente. Ela notou aquilo; Tomou o saco em mãos e o ofereceu ao pai de sua amante de uma noite.

É todo seu. Ela o levou para Nassere. Contudo, notou ela, o saco não parecia estar exatamente recheado de moedas — Sei que precisa disso para alimentar sua família. Não vou julgá-lo.

Nassere abriu um sorriso gigante. Tomou o saco em mãos, sentiu seu peso, desamarrou o cordão banhado a ouro e... E...

Ele estava recheado de pedras. O sorriso de Nassere murchou, suas mãos ficaram fracas e o saco foi ao chão. Não havia um centavo de valor ali dentro, nada. Ele iria trocar as informações preciosas sobre o grupo rebelde de Loenna Nalan pelo mais absoluto nada. Imediatamente, se pôs a chorar.

Ele ia me enganar. Percebendo que seria mais um mês difícil para sua família, Nassere desabou. — Ele não iria me dar dinheiro algum. Iria me dar esse saco com pedras...

E chorou copiosamente, visivelmente abalado. Serpente, compadecida, abraçou-o e limpou suas lágrimas com o polegar.

Acho que não posso te ajudar nesse caso. — Disse ela, enquanto o homenzinho desabava sob seus ombros. — Mas espero que ao menos você tenha entendido que não se deve confiar em um Eran. Jamais.

Nassere fez que sim. Nunca havia se sentido tão ludibriado em toda a vida. Se Eran não houvesse morrido, seria mais um completo trouxa, enganado por essa família maldita que só fazia em explorar o lado mais fraco do país. Agora odiava os Eran com toda a sua força, mais do que já havia odiado outra coisa na vida; Entendia a revolta de Loenna e de seus comparsas.

Eu preciso ir agora. Disse, desvencilhando-se do abraço de Serpente. — Obrigado por..

Ah, não tão rápido, querido. — O sorriso no rosto de Serpente era travesso. — Você tem informações que me interessam.

Nassere levantou as sobrancelhas, mas permaneceu onde estava.

Me diga... — Continuou ela. — Onde está Loenna Nalan? 

***

Oi pessoal! Sejam bem vindos de volta! Não sei se vocês notaram, mas a periodicidade dos capítulos caiu nos últimos dias. Isso aconteceu porque eu estive realmente muito mal nos últimos dias (mentalmente e fisicamente. Inclusive, muito possivelmente eu tive covid-19.) e, apesar de todos os capítulos já estarem prontos, eles precisam ser revisados e eu simplesmente não tinha saúde física e mental pra sequer fazer isso. Hoje eu melhorei e devo retornar a frequência de dois capítulos por semana igual era antes, então podem comemorar! uhules!

Obrigada a quem acompanhou até aqui e peço mil perdões pela minha ausência, vocês são incríveis. Deixem seus comentários se vocês gostaram e uma estrelinha também, me deixa muito feliz. Abracinhos a todos e até a próxima! 

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