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Capítulo 26 - Um palhaço e alguns adolescentes

Estou me sentindo ridículo.

As roupas de Quentin eram muito largas, tanto para ele próprio quanto para Fowillar. O rapaz tropeçava nas próprias calças, se incomodava com o tecido que sobrava da blusa, o chapéu parecia querer engolir sua cabeça. Os sapatos o deixavam desconfortável e ele não se reconhecia com a pintura no rosto; Aquilo que para o namorado era tão natural, para Fowillar era um grande martírio.

Você está ótimo. — Quentin ajeitou o chapéu de Fowillar mais uma vez, já que este era tão insistente em cobrir-lhe os olhos. A Loenna vai reforçar o que eu digo, você vai ver.

— A Loenna que se exploda. — Bufou Fowillar.

Quentin e Fowillar saíram das sombras. Loenna aguardava à luz do sol, amolando suas facas e adagas, parecendo pouco interessada em qualquer coisa que os dois teriam a lhe mostrar.

Loenna! — Chamou-lhe Quentin. Apresento a você... O palhaço pipoquinha!

Loenna desviou o olhar. Fowillar lançou um meio-sorriso amargo e acenou para ela, claramente desconfortável. A garota encarou-o de cima a baixo, de seus sapatos largos até seu chapéu que não cabia na cabeça, e emitiu um sorrisinho leve. Quentin riu e começou a pular, animado; Sabia que a irmã não era a pessoa mais sorridente do mundo.

Está vendo? — Dizia ele para Fowillar. Ela sorriu. Você está ótimo, Fowillar, você está...

Ele está engraçado. — Interrompeu ela. Fowillar balançou negativamente a cabeça.

Bem... — Ponderou Quentin. — Considerando que você é um palhaço... Isso quer dizer que você está ótimo.

Ou que estou ridículo. — Fowillar deu de ombros. Desista, Quentin, eu não sou engraçado. Eu sou chato e ranzinza.

Ora, pare de ser negativo. — Quentin puxou Fowillar pelos braços. Venha, eu vou lhe mostrar o que você deve fazer.

Acompanhado de Loenna, Quentin conduziu Fowillar a uma avenida movimentada e frequentada por pessoas de todos os tipos: Trabalhadores, vadios e grandes magnatas. Ali conviviam os filhos do mais humilde ferreiro até jovens Eran, Kantaa e Saphira. Era um grande ponto de conversão entre as duas mais discrepantes realidades do país.

Loenna puxou o capuz para cima, temendo ser reconhecida. Fowillar encarou Quentin com uma expressão de desânimo, observando todas aquelas pessoas que transitavam por ali sem se sentir capaz de cativar nenhuma delas.

Eu não vou conseguir. — Murmurou Fowillar. Quentin deu-lhe um tapinha nas costas.

— Ah, claro que vai! — O sorriso de Quentin era enorme. Eu te ensinei como fazer. Mas vou te dar uma ajudinha, veja só...

E deu um passo à frente. Loenna encostou-se numa parede e se pôs a contar as formigas que passavam pelo chão, entediada.

RESPEITÁVEL PÚBLICO! — E apontava para Fowillar. É uma honra estar com vocês hoje! Meu nome é Quentin e eu venho aqui para apresentar a vocês o palhaço pipo...

Antes que Quentin pudesse terminar sua frase, um grupo de adolescentes roubou o chapéu de Fowillar de uma vez só e saiu correndo por uma alameda escura.

EI! — Quentin se revoltou, e Fowillar notou que jamais o havia visto tão bravo. — Que diabo é isso? Devolva o meu chapéu!

— Quentin, deixe eles. — Implorava Fowillar. Eu não preciso do...

Antes que Fowillar pudesse terminar a frase, Quentin já havia batido em retirada, correndo atrás dos moleques que haviam roubado o seu chapéu. Loenna levantou uma sobrancelha e, parecendo interessada na perseguição, seguiu em direção a Quentin. Fowillar bufou de descontentamento, incapacitado de acompanhar os gêmeos por conta dos sapatos gigantes que tinha nos pés.

Os adolescentes percorreram o beco abandonado às risadas, enquanto Quentin os perseguia com os olhos em fúria; Xingava os moleques, gritava para que devolvessem seu chapéu. Em nenhum momento de sua vida havia se estressado mais.

Chegando no fim do beco, os adolescentes brincavam com o chapéu de Fowillar passando-o de mãos em mãos, enquanto Quentin tentava pegá-lo, mas os jovens estavam claramente fazendo-o de bobo. Loenna, encostada na parede logo atrás da brincadeira, ria do irmão que estava sendo feito de palhaço, mas notou uma coisa interessante entre os garotos: Todos eles, cerca de cinco ou seis moleques, estavam com o brilhante falcão Eran marcado no antebraço.

Quando Quentin finalmente conseguiu agarrar o chapéu, Loenna praguejou baixinho, pelo fim de sua diversão. Os garotos perceberam que ele de fato não estava amigável e optaram por correr para a saída do beco, talvez receosos do que o rapaz poderia fazer com eles, mas Quentin acabou por agarrar o pulso de um dos garotos e puxá-lo para perto de si.

Vocês não tem mais o que fazer mesmo. — Disse ele para o menino.

O adolescente tentou se desvencilhar de Quentin, mas o rapaz apenas conseguiu apertá-lo e prendê-lo com ainda mais força.

Me digam, qual o propósito dessa brincadeirinha sem-graça? —Continuou Quentin, incisivo. O menino apenas o encarava com medo no olhar, apesar do irmão de Loenna não estar dando sinais de que iria fazer mais do que dar-lhe uma bronca. —Somos apenas artistas de rua querendo fazer a felicidade do público. Você não tem mais o que fazer não?

O garoto berrava para que Quentin o soltasse. Não parecia prestar muito atenção na bronca, o que não foi para o rapaz um empecilho para seu sermão.

Sinceramente? Este é o meu ganha-pão. — Disse. Não é porque vocês são podres de ricos que todo mundo é, sabia? Eu preciso disso para sobreviver. Se não vai me ajudar, não atrapalhe. Eu e meu parceiro matamos um leão por dia para sobreviver aqui. Você deveria ter vergonha de ser um pirralho tão pentelho e inconveniente.

E foi naquele exato segundo que ele invadiu a cena.

Brotando na entrada do beco, estava um homem alto, magrelo, com um cavanhaque no rosto. Usava um chapéu pontudo e roupas finas. Encarava Quentin com um olhar penetrante, cruel, analisando-o de cima a baixo. Loenna gelou de imediato; Conhecia aquele olhar, aquela aparência, aquele jeito de se vestir. Era um Eran.

Imediatamente, o homem repousou suas mãos nas costas de Quentin e o adolescente capturado por ele respirou em alívio. Quentin virou-se para trás e focalizou o ser que havia interrompido sua bronca; Normalmente, ele se assustaria e largaria o moleque, mas desta vez estava muito irritado para ser covarde.

Me disseram que você está atrapalhando meu filho.

Quentin soltou o menino; Não era mais com ele a conversa. Fuzilou o Eran com o olhar, demonstrando o mais completo asco, e deixou transparecer todos os sentimentos que tinha acerca desta família desprezível.

Ele é quem estava me atrapalhando. — O moleque saiu correndo por uma fresta iluminada e sumiu meio a avenida, deixando Quentin a sós com seu pai. — Eu estava apenas tentando ensinar a ele um pouco do que você não ensinou.

Que petulância de sua parte. — O homem bem-vestido não abandonava a arrogância. Você por acaso sabe quem eu sou?

Alguém com filhos muito mal-educados. —Respondeu Quentin.

— Eu sou Morius Eran. — Como Loenna imaginara. Herdeiro de Monvegar Eran.

Bom, e eu sou Quentin Nalan. Herdeiro de Gara Nalan. - Não que Gara tivesse um grande patrimônio para transmitir, afinal. — E pelo visto os filhos do Sr Monvegar são tão educados quanto os seus.

Loenna cerrou as mãos e levou os pulsos presos ao corpo. Não estava gostando daquela conversa, mas tinha medo de intervir e ser reconhecida, visto que já havia prestado serviços para Morius Eran. Desejava ter uma adaga em mãos, mas as havia deixado para trás; Sabia que Monvegar Eran e seus filhos eram o tipo de pessoa com as quais não se mexia.

Como ousa falar nesse tom de voz comigo? —O Eran estava começando a se estressar. — Peça desculpas pelo meu filho, antes que eu tome atitudes mais drásticas.

— Pedir desculpas pelo seu filho? — Quentin riu. Loenna fazia todos os sinais possíveis para que ele parasse com aquilo, mas o irmão parecia não identificá-los. Sinceramente, você e seu filho que têm de pedir desculpas para a gente. Por causa de vocês e de sua mesquinharia, nós passamos fome, enquanto vocês têm mais dinheiro do que podem gastar, mesmo se vivessem quinhentos anos. E, por isso, acham que podem passar por cima de gente como eu, gente que só quer ganhar o pão de cada dia de forma honesta e ainda tem que se deparar com uns moleques mimados que não sabem respeitar um artista de rua. Então, vamos lá, Eran, estou esperando suas desculpas.

O Eran apertou os olhos.

— Você se acha demais, não é, seu viado? — A voz de Morius era carregada de desprezo.

— Eu lhe devolvo a frase. — Disse Quentin. E, se viado é o pior xingamento que você pôde pensar para mim, eu lhe lanço um que é pior em níveis incomparáveis: Seu Eran.

E, num ímpeto de pura irracionalidade, Quentin cuspiu em Morius Eran; Loenna quis esganá-lo naquele exato segundo. Era perfeitamente possível notar a mudança de expressão facial do ricaço: De levemente irritado, ele estava agora verdadeiramente nervoso.

Já chega.

Morius Eran levou a mão à cintura e Loenna engoliu em seco; O pior estava por vir. Quando o homem retirou da cintura uma cintilante pistola, a garota teve que se segurar para não gritar; Lembrou-se da morte de sua mãe, Gara. De como o Eran puxou uma arma do mais completo nada e simplesmente desferiu-lhe três tiros sem dar a ela chance de se defender. Viu essa cena passando por seus olhos e decidiu que era hora de fazer alguma coisa, por Quentin.
O rapaz arregalou os olhos, implorou misericórdia e ajoelhou-se pedindo perdão. O Eran apontou-lhe a arma com um olhar sádico no rosto; Loenna estava desarmada, mas ainda assim, pegou impulso, correu e...

Tropeçou em seus próprios pés, tamanha a ansiedade em que estava consumida. Caiu fazendo um barulho que provavelmente deveria ter sido alto, mas foi abafado pelos sons dos tiros que Eran desferiu contra Quentin.

O rapaz berrou desesperado enquanto era violentamente perfurado pelas balas do ricaço. Desabou sem vida no asfalto frio, enquanto Loenna se encontrava caída no meio da escuridão e o Eran assoprava a fumaça de sua arma com orgulho do que fizera. Antes que Loenna pudesse se recompor, Morius se virou e sumiu do beco, provavelmente iria contar vantagem de seus feitos para seus filhos podres e sua família podre. Enquanto isso, do lado de cá, a garota se acabou em um choro intenso.

Levantou-se, finalmente. Encarou o corpo já sem vida dele, seu irmão, o único com que podia contar; Provavelmente a morte mais estúpida que já havia ocorrido no país. Por quê? Ela se perguntou. Por que aquele Eran maldito tinha que matá-lo apenas por não concordar com as atitudes de seu filho?

Era a terceira vez que se acabava em lágrimas. A primeira vez, foi com sua mãe. A segunda, com Serpente. Agora com Quentin? Não. Isso não poderia ficar assim. Ela tinha que fazer alguma coisa. Quentin era seu último refúgio, a única pessoa que ainda importava. Agora, Loenna não tinha ninguém. Estava sozinha no mundo. O sangue ainda quente de Quentin banhava seus pés e ela só conseguia pensar que, se eles não tivessem falhado, ele ainda poderia estar vivo. Amaldiçoou não apenas aos Eran, mas a si mesma.

Naquele momento, um palhaço desengonçado apareceu no meio da passagem escura. Era Fowillar, locomovendo-se com dificuldade por causa dos sapatos, suado da cabeça aos pés; A maquiagem estava toda derretida e em seu rosto formava-se um desenho disforme.

Ah! Você! — Gritou ele, ofegante. Até... Que... Enfim! Vocês me... Abandonaram! — E deu uma pausa, para tomar um pouco de ar. — Meu deus, eu me canso muito rápido. Será que é o cigarro? Acho que não. Você... — A expressão de Fowillar mudou quando ele notou as lágrimas no rosto da garota. Pareceu estar preocupado. — O que está acontecendo? Onde está Quentin?

Loenna não era uma pessoa de muitas palavras. Apenas apontou para o chão, onde estava o desfalecido cadáver de seu irmão, e seguiu chorando copiosamente.

Fowillar entendeu. Levou um susto, quase caiu para trás. Ajoelhou-se, encarou a expressão de pânico com a qual Quentin havia morrido, molhou seu dedo com o sangue derramado. Era mesmo ele, seu namorado e parceiro, morto na avenida como se não fosse ninguém. Imediatamente, o rapaz levou a mão aos bolsos, pegou um cigarro e um isqueiro e se pôs a fumar; Era o que fazia quando ficava nervoso.

Como... — Fowillar soprou a fumaça do cigarro. Se segurava para não chorar. Como isso aconteceu?

Loenna lhe explicou todos os detalhes da história, desde a perseguição aos adolescentes Eran até Morius e sua empáfia, e deixou Fowillar boquiaberto. Mesmo ele, que vivera 22 anos junto aos Saphira, se surpreendia com a soberba e sentimento de superioridade dos Eran.

— Isso é um absurdo. — Disse Fowillar. Eles tratam vidas como se fossem descartáveis. Nem os Saphira fariam isso, e os Saphira são péssimos.

Loenna fez que sim com a cabeça. Encarava Fowillar, seus olhos estavam marejados. Quentin havia morrido, e quem se importava? Apenas eles dois. Era por isso que os Eran se viam no direito de tirar uma vida tão facilmente; A quem um jovem artista de rua iria fazer falta?

Eu preciso fazer alguma coisa. — Disse ela, cobrindo-se com o capuz. — Qualquer coisa.

Fowillar levantou uma sobrancelha.

O que você pretende fazer?

— Preciso gritar isso para o mundo. — Afirmou, soturna. As pessoas precisam saber.

***

Oi pessoal! Desculpem por ter demorado para soltar esse capítulo, tive alguns problemas com o meu computador. E peço desculpas também por ter matado o neném, também me doeu o coração, mas isso é fundamental para o prosseguimento da narrativa. Juro que vão acontecer coisas boas na história que vocês vão gostar! 

Com esse capítulo, se encerra a primeira fase de Caos e Sangue e prosseguiremos para a segunda fase. Espero que estejam acompanhando e gostando da história! Obrigada pela atenção e até sábado! 

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