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Capítulo 2 - Um Kantaa na minha enfermaria? (Flashback)

Há algum tempo atrás...

Quando o vento soprava ao longe, os doces sibilos da primavera podiam ser ouvidos por entre as plantas. Eles faziam um som engraçado, pareciam-se com uma suave flauta projetada por Deus; Não muito longe de uma doce melodia composta pelos mais habilidosos músicos.

Eram 8 da manhã e Loenna aguardava ansiosamente por um comando de sua mãe; A garota a auxiliava na enfermaria que a própria havia montado desde antes de seus gêmeos nascerem.

Gara Nalan era a mais procurada enfermeira do vilarejo, conhecida por seu carinho, habilidade e exímio talento. Não havia um enfermo que não se apaixonasse por ela ou por seu filho Quentin, tamanha sua bondade, carisma e genuína preocupação com a vida humana. Já Loenna era mais carrancuda; Alguns afirmavam que ela estaria constantemente de mau humor, ou chateada com alguma coisa. Ela não se importava, não gostava de contato humano, apenas queria ser útil à sua mãe.

Os três viviam em uma pequena e humilde casa ao lado da enfermaria, vizinhos de seus amigos e colegas mais estimados. Viviam com pouco, mas eram felizes; Gara, Quentin, Loenna e a enfermaria. O pai dos gêmeos havia sumido no segundo ou terceiro ano de vida dos filhos, e apenas a enfermaria fora capaz de fazer Gara se recuperar do trauma. Depois de tanto tempo, os três eram capazes de viver uma vida completa e pacata com o que tinham.

As crianças, com seus 11 anos incompletos, ajudavam a mãe a socorrer os doentes da região. O trabalho pesado ficava com Gara, mas Loenna gostava de organizar seus unguentos, emplastros e plantas medicinais; Ela se sentia útil. Já Quentin, mais carismático e simpático, ajudava a trazer os os pacientes para a enfermaria. A dinâmica do trabalho se encaixava perfeitamente, e fazia com que o trabalho de Gara rendesse os melhores frutos possíveis. Ela amava seu trabalho, e amava seus filhos.

Loenna, minha querida... ー Chamou Gara. ー Por favor, você poderia me passar o pote com etiqueta amarela, por favor?

Loenna fez que sim; Puxou o tal pote da estante e o entregou à mãe, que prontamente sorriu e acariciou sua cabeça arruivada.

Obrigada, meu amor. Sorriu. ー Por que você está tão brava?

Apesar de não estar brava, a garota notou que seus músculos da face estavam contraídos em uma expressão de poucos amigos. Tentou relaxá-los, em seus lábios formou-se um sorriso, mas não lhe parecia genuíno. Gara achou graça e soltou uma risada singela.

Você é a minha bonequinha. E a beijou na bochecha. Loenna era tão carrancuda que a mãe provavelmente seria a única a enxergar nela uma bonequinha.

Pouco pôde Gara fazer com o pote em mãos, porque naquele exato minuto a paz foi interrompida; Quentin adentrou a enfermaria, chutando a porta e berrando de seu jeito característico, chamando a atenção de todas as maneiras que podia.

MÃE! MÃE! Berrava ele, alerta. ー HOMEM FERIDO! HOMEM FERIDO!

Ele trazia em seus braços um senhor de meia idade que usava uma regata maltrapilha. Apesar de se tratar de alguém entre seus quarenta e cinquenta anos, era extremamente musculoso; Seus braços, peito e coxas eram proeminentes e saltados. Não tinha cabelo, era branco como neve e seus lábios já estavam perdendo a cor. Seu peito estava praticamente rasgado, sangrava em excesso e o homem parecia extremamente abatido.

Gara era treinada para identificar feridos e era única e exclusivamente desta maneira que os via, mas Loenna não conseguia evitar de encarar para a marca que brilhava em seu braço: Um imponente Urso.

Era um Kantaa.

Rápido! Quentin deitou o homem na maca. Gara voltou-se para Loenna. - Me traga a gaze!

Em geral, os pacientes de Gara eram pessoas da vizinhança - Tão pobres quanto ela, Loenna e Quentin. Não era usual que membros das famílias nobres de Carmerrum aparecessem para serem agraciados com os dotes de Gara ー Em verdade, era a primeira vez. ー e a garotinha não podia negar que não tinha simpatia por eles.

Ela, Quentin e Gara já haviam passado fome; O que haviam feito eles, que tanto têm, quando a família havia se deparado com esse momento difícil? O que fazem eles, com as milhares de pessoas que passam pelo mesmo todos os dias?

Se dependesse dela, Loenna, o Kantaa morreria esgotado, sem uma única gota de sangue, mas ela não era a dona da enfermaria... E Gara tinha o coração puro. Em seu interior, não havia espaço para rancores e vinganças estúpidas.

Loenna entregou a gaze para a mãe e Gara tentou estancar o sangramento do Kantaa. Ela suava frio, o homem agonizava. Quentin observava a cena com olhos de águia, enquanto que a irmã apenas encarava tudo aquilo com desinteresse.

Muito bem... Gara mordeu os lábios. ー Eu vou precisar desinfeccionar isso aqui. Me tragam o frasco azul.

O frasco azul estava numa prateleira mais alta, então foi necessário que Quentin fizesse um suporte para que Loenna o alcançasse. Tanto esforço para salvar um Kantaa?

Mal estava nas mãos de Gara, a enfermeira despejou o conteúdo do frasco azul ao redor do corte no peito do homem e o usou em suas próprias mãos. O Kantaa gemeu de dor.

Linha e agulha. Disse Gara. ー Rápido! Loenna, me traga!

Assim Loenna fez. As mãos geladas de Gara estavam manchadas de sangue. O Kantaa não parecia mais esboçar movimentos, talvez ele já estivesse morto. Ainda assim, Gara prosseguia, séria, em sua missão de salvar uma vida que já havia sido condenada.

A mãe de Loenna costurou o peito do homem com maestria. Sua mão não tremeu por um minuto sequer; A linha traçada em zigue-zague parecia saber instintivamente o caminho que iria fazer. Em poucos minutos, o peito do Kantaa estava perfeitamente fechado e não escorria mais sangue. Gara ainda pediu alguns frascos que a ajudariam tanto na desinfecção da ferida quanto em sua cicatrização, mediu o pulso do enfermo e, enfim, respirou fundo.

Ele ainda está vivo. Constatou. ー Temos que esperar para ver se os nossos esforços vão dar certo.

Quentin concordou.

Temos que esperá-lo acordar.

***

Dois dias depois, o Kantaa despertou. Gara e Quentin haviam alimentado-o e dado de beber durante todo esse tempo, destinando a ele uma atenção que Loenna julgou ser excessiva para um Kantaa. O homem, que estava praticamente desfalecido, pareceu ter nascido de novo.

Quando isso aconteceu, Gara, Quentin e Loenna estavam na enfermaria. Os dois primeiros arregalaram os olhos, pareciam ansiosos por aquele momento; Imediatamente voltaram suas atenções para o Kantaa, ainda bastante fragilizado.

Onde... E coçou a careca. ー Onde estou?

Gara sorriu. Aquele era o seu momento.

Você está na minha enfermaria. E deu-lhe a mão. ー Prazer, meu nome é Gara Nalan. Estes são meus filhos, Quentin e Loenna.

Quentin acenou com avidez, mas Loenna se limitou a um sorriso amarelo.

Isso é insano. Disse o homem. Seu sotaque era engraçado, os Kantaa falavam de um jeito esquisito. ー Me lembro de estar vindo para os cantos de cá buscar entorpe... Hum, não interessa. Quando vi um vulto atrás de mim. Me virei para trás e... Ele estava com uma faca. O homem deu uma pausa dramática. ー Pensei que fosse morrer.

Gara estava orgulhosa.

Nós salvamos a sua vida, senhor. Disse ela. ー Foi um árduo trabalho que exigiu quase três dias. Estamos muito felizes que...

Olhe, o que você quer? É dinheiro? O Kantaa parecia estar muito mais reativo agora; O motivo, Loenna não sabia. ー Pronto, aqui está.

E enfiou as mãos no bolso de sua calça, retirando cinco moedas de ouro que, certamente, não representavam nem 10% do que ele poderia pagar.

Agora, que isso fique entre nós, ok? O Kantaa se levantou. ー Vou-me embora agora, e não quero saber dessa situação nos jornais. Que fique bem claro.

O sorriso de Gara se desmanchou. O homem, a passos sofridos, caminhava para a porta da enfermaria; Por que, depois de tudo, tratar tão mal a enfermeira?

Senhor Kantaa, o senhor não pode ir agora. Gara tentou impedir sua saída. ー A sua recuperação não está...

Não me diga o que fazer. Respondeu, ríspido.

Boquiaberta, Gara permitiu que ele passasse pela saída, quase sem poder andar, chocada com a maneira com a qual estava sendo tratada. O homem do qual cuidara por quase três dias simplesmente não se importava com seu trabalho, e talvez sequer a considerasse um ser humano.

Bem, aquilo não era uma surpresa para Loenna.

Eles não gostam de depender da gente. ー E deu de ombros. ー São todos maus.

Acho que ele não gostou de ser visto em uma situação tão vulnerável... ー Contribuiu Quentin, e sua versão chegava a fazer um pouco de sentido. - Os Kantaa são sempre tão valentes...

Gara concordou. Não havia mais nada que pudesse fazer por aquele homem.

E, como se a tal grosseria jamais houvesse existido, o sorriso voltou ao seu rosto; De todas as habilidades de Gara, a mais impressionante era a sua capacidade de sempre estar de bom humor.

Bem... - Gara era radiante. ー Ao menos salvamos mais uma vida. Vamos lá, crianças; Ainda temos muito trabalho para fazer hoje.

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