Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5



—Você sabe o que estão falando por aí? -Cole pergunta se sentando ao meu lado, como sempre insiste quando eu fico no refeitório, o que é bastante raro.

—E o que estão falando por aí? -pergunto cheio de tédio, me forçando a comer o sanduíche que estava na minha frente.

—Que o Theo vai pegar a novata. -ele diz animado como se ansiasse por isso, franzo a sobrancelhas, tentando entender o que eu tenho a ver com isso.

Ele parece entender, porque bufa assim que vê meu olhar totalmente desinteressado.

—As vezes você pede pra ser sozinho. -ele diz.

—E o que peço todos os dias. -falo com um sorriso torto nos lábios. —Mas tem alguns que não cérebro o suficiente pra entender isso.

Volto minha atenção para o sanduíche na minha frente, tão ruim quanto o preço.

—Não preciso da sua caridade.

Concluo sem encarar ele, de fato, não preciso da caridade de ninguém, eu não preciso de alguém pra andar nos corredores dessa faculdade, o que eu quero, eu tenho.

Eu sou tudo, menos sozinho, tenho mulheres, um monte delas, quando me sinto sozinho, eu apenas procuro uma festa, simples assim.

Elas nem tentam falar comigo aqui, sabem que não vão conseguir nada, mas quando me encontram em festas é totalmente diferente.

Eu não preciso de mais ninguém.

Penso tentando ao máximo me convencer disso.

—Certo. -diz ele dando batidinhas animadas na mesa antes de levantar e ir embora.

Deixo o sanduíche de lado, desistindo de ficar aqui. Caminho até a sala que eu estava, sabendo que agora é única vazia, ou pelo menos, quase.

Percebo uma movimentação quando me aproximo, respiro fundo quando finalmente entendo o que é, abro a porta que já estava entreaberta, trazendo os olhares até mim.

—Então você continua com essa mania de machucar pessoas mais fracas que você. -falo com calma, observado a mão dele se alargar em volta do braço dela, sentindo seus amigos idiotas ficarem tensos.

—Parece que se esqueceu da última vez. -completo e ele a solta de vez, sem tirar os olhos de mim.

—Eu não me importo em repetir pra relembrar. -Falo enquanto fecho a porta atrás de mim e me escoro nela, cruzando os braços.

—Agora você se importa com alguém que não seja você mesmo? -ironiza ele, a deixando de lado, intercalo meu olhar dele para ela, que estava nitidamente assustada, volto minha atenção pra ele com um sorriso torto.

—Eu não poderia me importar menos como agora. -falo firme, sabendo que essa é a mais pura verdade, os amigos dele o olham, esperando por alguma reação, que obviamente não é nenhuma, ele com certeza se lembra da última vez.

Saio de frente da porta e a abro, dando espaço pra eles passarem e cada um dos seus amigos saem, menos eles.

—Se não estivéssemos aqui, eu acabava com a sua cara. -ele diz apontando o dedo pra mim.

—Mal posso esperar por isso. -falo sem tirar os olhos dele, enquanto ele passava por mim.

Respiro fundo, tentando me manter paciente.

—Obrigada. -minha atenção vai pra garota irritante na minha frente e eu bufo, saindo da sala logo em seguida.


A nicotina já não basta.

Penso enquanto olho o cigarro entre meus dedos, sentindo aquela sensação diária de agonia.

Ou culpa.

Não sei como devo chamar esse caralho.

Mas ela sempre vem pra me lembrar quem eu sou, ou o que eu fiz, não sei bem a diferença.

ela vem depois de um sorriso, dizendo "você não deveria sorrir, você acha que merece sorrir?"

Esse sentimento aparece quando tento ser gentil, falando "mais um pra você magoar?"

É uma merda, essa merda me cerca há anos, muitos anos, eu me lembro muito bem quando ela chegou e ficou.

—Você nem é meu irmão. -Dick zomba ao lados dos amigos dele. —Poderia jogar se fosse.

Ele diz fazendo todos rirem em volta, olho em direção pra esconder as lágrimas.

—Minha mãe falou que a mãe dele não quis ele. -Ele continua achando graça. —Por isso ele é o único diferente.

Ele joga a bola na minha direção, batendo contra meu ombro.

Expiro, inspiro, olho pra ele que ria com os amigos, ele é mais forte que eu, maior que eu, mais velho que eu.

Fecho os punhos e sem pensar mais, avanço na direção dele, que nem ao menos esperava por isso, continuei socando até ele perder a consciência.

Não me senti culpada por ter quebrado o crânio do Dick, me senti culpado por achar que eu tinha culpa de ninguém me querer por perto.

Eu tentava, tentava repetidas vezes ser bom, ser sempre o melhor pra eles, mas continuavam me olhando como se não me quisessem lá.

Então ela me acompanhou a porra da minha vida toda, não importa o quanto eu diga pra mim mesmo que eu não sou assim, pelo menos, não mais.

Eu não sou mais o cara que pouco se importou com o que o melhor amigo passou com a morte da família, não sou mais o cara que manipulou e inventou mentiras pra conseguir algo, que em minhas tentativas falhas de agradar, não consegui conquistar.

Não sou mais o cara que usou as pessoas ao meu favor e descartei logo depois, mesmo assim, sinto que tudo que eu toco se destrói.

Tombo a cabeça pra trás, a apoiando no sofá, enquanto levo o cigarro até a boca.

Eu preciso de mais.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro