Capítulo 17
Observo a cora, que estava concentrada demais falando sobre como ela se sentiu ao ser recusada 4 vezes seguida e ficou bêbada.
E eu só consigo pensar em que merda eu estou fazendo, Meus pensamentos mandam eu me afastar, mas meu corpo não obedece.
—Você tinha que vê, demorei uns 20 minutos pra subir uma escada com 15 degraus. -ela diz, chamando minha atenção de volta pra ela. —Você trabalha?
Ela pergunta se encostando na árvore.
—Não.
Respondo olhando pra hora, falta 20 minutos para a última aula.
—Seus pais te ajudam? -ela pergunta e eu nego com a cabeça. —Como você sobrevive?
—Minha mãe morreu e eu fiquei com a grana. -falo dando de ombros.
—Ah, eu sinto muito por isso. -Ela murmura levando uma das suas mãos até meu ombro.
—Não me importo o suficiente pra sofrer por isso. -ela me olha pensativa, como se perguntasse a si mesmo se deveria perguntar o porquê.
—Entendi, você joga futebol né? -ela diz animada, deixando o desconforto pelo o que eu disse sumir. —Eu vi a foto na sua casa.
—Jogava.- respondo e ela continua com aquele sorriso irritante nos lábios.
—Eu jogava lacrosse, mas minha mãe me fez desistir quando eu voltei com a marca do taco nas costas. -ela suspira e completa: —Eu tinha 13 anos.
—Deprimente. -murmuro.
—Exatamente. -ela diz eufórica, não faz sentindo algum o jeito que ela conta suas histórias tristes, como se fossem a coisa mais incrível que ela viveu.
—Mais alguma história tediantes? -pergunto irônico.
—Claro, mas quero guardar elas pra depois. -ela diz enquanto se lavanda, batendo na própria bunda pra limpar da grama, eu me forço a olhar para o outro lado, ignorando a vontade de olhar esse cena.
Me limito a não falar nada e me levanto também, a acompanhando até a sala que teríamos a próxima aula.
Me sento afastado dela e tento me livrar dos sentimentos que sufoquei desde que falei com ela.
Sufoquei tudo em mim que gritava pra ficar longe, sufoquei todos os olhares de pessoas magoadas por mim, que não saiam da minha cabeça.
Por incrível que pareça, tudo se calou com ela.
—O que você quer com ela? -Mau fecho meu armário e a Bride parece do nada, perguntando isso.
Franzo as sobrancelhas e a ignoro, ela entra na minha frente com as mãos na cintura, me olhando como se eu devesse essa informação a ela.
—Com licença?! -ironizo, dessa vez passando por ela, mas ela me segue.
Suspiro e continuo caminhando, sem dar atenção.
—Você não acha que é muita falta de caráter, ficar comigo ontem e hoje ficar dando em cima da minha amiga não ?
Pergunta ela autoritária e minha única reação foi uma careta confusa.
—Você lembra alguma coisa de ontem? -Pergunta ela, parecendo magoada.
—Cada detalhe. -falei, dando um meio sorriso forçado. —Talvez eu seja realmente um sem caráter e de qualquer jeito não é problema seu.
Falo calmamente, mas sem esconder a acidez das minhas palavras.
Se eu estivesse sóbrio, não a beijaria.
Me limito a não falar, continuo andando até a saída e dessa vez não fui seguido.
—Filha da puta. -xingo a panela, levando o dedo que acabei de queimar até a boca. —Sopa de merda.
Bufo levando minha mão até a pia, suspirando aliviado, meu celular toca, mas nem sequer me movo, aproveitando o máximo a sensação da água gelada caindo sobre meu dedo queimado.
Depois de alguns minutos, tiro meu dedo de debaixo da água, colocando uma faixa.
Deixo a sopa de lado, totalmente desanimado pra Comer, pego meu celular, que agora está apitando falando que tem uma mensagem na caixa postal.
Quem faz isso ainda?
Clico em ouvir e meu corpo fica tenso na hora, uma boa hora pra agradecer aquela panela por me queimar.
—Oi, cara, eu sei que faz muito tempo que não nos vemos, por culpa sua, eu tentei. -Logan faz uma pausa, dando um suspiro logo em seguida. —Obviamente você não atendeu, eu também não esperava que você atendesse, enfim, eu consegui um contrato de 5 meses pra jogar profissionalmente, pelo menos por enquanto. -ouço um barulho de algo se quebrar do outro lado da linha.
—Droga, hope pelo amor de Deus para de quebrar as coisas.
Ele da bronca em alguém e eu franzo as sobrancelhas.
Hope? E a Eva?
—Nós vamos fazer uma festa aqui pra comemorar no próximo sábado, o único que fazia parte do time que vai vir é o Eric, o filho da puta vai vir da Inglaterra. -ele solta uma gargalhada baixa antes de continuar. —E eu queria que você viesse também, você sabe o endereço....e você sabe que eu não guardo mágoa alguma não é? Espero que sim.
É a única coisa que ele diz antes da chamada terminar, fico Longos segundos encarando o celular.
Eu não sei como reagir, um dia eu vou ter que olhar na cara dele, mas não quero que esse dia seja no próximo sábado.
Bônus bj
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