11° Capítulo - Pedido
"Você era a escolha certa
Eu só estava esperando você olhar para mim
É o momento errado?
Já faz um bom tempo que você está sozinho
Então o que devo fazer?
Você é a pessoa certa
E sou só a garota que está olhando para você
Então o que devo fazer?"
Sports - You Are The Right One
Não foi preciso uma única palavra para que Bella soubesse o que a menina das íris esverdeadas queria a fitando incessantemente com aquela carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança, e a resposta já estava clara antes até mesmo que de fato se pusesse a responder.
— Não.
— Por favorzinho... — A criança insistiu esbugalhando ainda mais os pequenos olhos infantis que brilhavam devido a intensidade de sua súplica. A Swan suavizou a expressão que possuía sem que nem mesmo se desse conta, esse era o efeito da filha sobre si, sobre todos na verdade. — A tia Rose nem precisa saber. — Como se você fosse conseguir esconder isso dela, a mais velha pensou, mas logo teve sua linha de pensamentos interrompida por si mesma.
Não podia estar cogitando deixar, céus, definitivamente, não.
— Por que quer tanto fazer isso?
A expressão confiante no rosto da híbrida murchou quase que instantaneamente, uma insegurança palpável passando a tomar conta do ar ao seu redor.
Se ajoelhando, para que ficasse assim do tamanho da pequena dos cabelos escuros como os seus, Bella se arrependeu no mesmo instante, não queria ter deixado a filha assim, sentia não ter feito a pergunta certa.
A pergunta certa, pensou, talvez seria por que ainda estava dando corda para este assunto afinal? Deveria ter o encerrado desde horas atrás — após boa parte do clã ter saído para caçar — quando a filha começou com estranhas perguntas muito específicas, a pior de todas tendo sido de que se por acaso ele era bonito, claro que não havia maldade em tal questionamento, Carlie ainda era uma criança afinal — uma criança que crescia e se desenvolvia em uma velocidade assustadoramente alarmante, é verdade, mas ainda sim uma criança — como poderia responder sim filha, apesar da expressão de assassino psicótico que mata mulheres e criancinhas dormindo, ele é muito bonito mesmo, quase um deus grego — assim como todos os vampiros — da inibição, o que mais quer saber?
— Eu... eu não sei. — Carlie falou tão baixo que se a mulher não tivesse sua audição muito mais aguçada do que quando humana, com certeza não teria ouvido. Seus olhos mostraram nitidamente a dúvida que sentia, sim, era verdade, não sabia porque queria tanto ver o tal do Alec, sabia que ele era um dos vilões, que era do mesmo grupo que havia quase matado não só a si como a toda a sua família, não devia, mas queria, queria muito. — Eu só quero. — Uma pausa se fez presente para que pudesse respirar fundo, o âmago de seu interior resignado, tentava ignorar o fato de que, provavelmente, assim como em todas as outras tentativas anteriores, teria sua vontade frustrada, e isso entristecia mais do que frustrava. Ela só queria o ver. — Eu sinto que deveria.
Mãe.
Era isso que ela era, uma mãe.
Uma mãe deve sempre zelar pela proteção de sua cria, sempre. Até animais selvagens o fazem, mesmo que não tenham nenhum tipo de consciência, é instintivo, o instinto de proteger como um grande alarme vermelho cravado no meio de suas cabeças, esperando e esperando até que dispare incessantemente ao menor sinal de perigo, berrando "o proteja" ou "a salve" até que não reste nenhuma escolha que não seja ajudar ou ajudar, e você ajuda, ajuda porque é seu dna, ajuda porque é sua genética, ajuda porque é seu coração.
Mas então, quando a proteção é algo tão excessivo presente nos pais, como poderia Isabella Marie Swan Cullen estar cogitando atender ao pedido da pequena criança a sua frente?
Quem estava enganando? Não estava cogitando, não mais, já tinha decidido, não poderia negar isso a Carlie, não quando a menina fora fruto de um amor surgido quase que nas mesmas circunstâncias.
Edward era perigoso, como não seria? Um morto vivo com dons invasivos com mais de um século de vida e muita história ruim para contar, alguém que havia passado por guerras e assassinado a sangue frio — mesmo que soubesse que muitas de suas vítimas de fato mereceram — alguém pelo qual, mesmo sabendo de tudo isso, ela ficou perdida e indiscutivelmente apaixonada, imaginou se seu pai soubesse de tudo isso, se tentasse a impedir, olhou para menina cabisbaixa que representava, junto de sua gêmea, a combinação mais perfeita que poderia vir a existir de si e do amor de sua vida.
Sentiu o lado esquerdo de sua boca se erguer em um pequeno, porém sincero, sorriso, sua mão direita seguindo caminho até a bochecha pálida da garota, Carlie e Alec não seriam a mesma coisa, claro que não, Alec não era Edward, e Carlie, definitivamente, não era ela, era uma criança, e que os deuses protegessem o Volturi se ele ousasse pensar em fazer qualquer coisa com a protegida da família, mas, precisava ter fé, por ela.
Sabia que o marido não deixaria se estivesse ali, mas ele não estava, e mesmo se estivesse, era a mãe afinal.
— Logo mais é noite, eu vou fazer a janta agora. — A menina, antes de olhar voltado para o chão, ergueu a cabeça passando a fitar com intensidade a mãe que enfim se pronunciava. — Por que não vai tomar um banho, igual sua irmã está fazendo, come um comida bem gostosa, e depois vai lá o dar boa noite? — A mais velha sentiu um olhar queimar em sua nunca, não demorou mais do que alguns milésimos para perceber que não se tratava apenas de um, alguém a fitava profundamente da floresta através da janela, não precisou de mais nada para saber se tratar do vampiro ao qual possuía tanto receio, era bom em disfarçar, mas sempre estava por perto, principalmente quando o assunto se referia a menina dos olhos esverdeados a sua frente, e por isso havia aprendido a identifica-lo tão logo o passar das primeiras horas de vigilância. Jasper também a observava, sabia disso, tinha acabado de entrar na sala e mesmo não podendo o ver, sabia que estava com ambas as sobrancelhas franzidas, havia ficado na casa, assim como Alice, não achando uma boa ideia deixar as híbridas tão pouco acompanhadas com pessoas com certeza nada confiáveis ao redor. — Seria um gesto gentil, não acha?
[...]
"Você vai mentir pra tia Rose?!"
A voz soou surpresa e muito incrédula na cabeça da gêmea mais nova fazendo com que o sentimento de culpa pesasse ainda mais sobre os seus ombros.
— Não é mentir! — Carlie se defendeu, sua voz, apesar de alta e exagerada, saindo mais hesitante do que estaria disposta a admitir.
Sim, aquilo era exatamente o mesmo que mentir.
Não sabia o que fazer, droga, Rose era quase como uma segunda mãe para si, e agora teria não só que mentir para ela, como também quebrar a promessa que havia feito no dia anterior. Pior do que a enganar, iria a decepcionar.
Mas céus, queria tanto o ver.
Era uma coisa boba, um olhar, um boa noite, um adeus, isso, apenas isso. Era o que tentava se convencer, mas sabia que não teria hesito em tal missão, não teria hesito porque independente do quão bobo fosse, havia prometido, tinha olhado no fundo dos olhos de uma das pessoas mais importantes existentes em sua vida, e prometido, e em poucos minutos aquilo se tornaria uma mentira, decepcionaria uma das pessoas mais importantes existentes em sua vida a troco de que? De um Volturi? De uma vontade infantil e injustificável de ver um assassino?
Mas era isso o que ela era afinal, uma criança.
Não deveria ter toda aquela responsabilidade sobre seus ombros, não deveria ter tido que quase participar de uma guerra apenas pelo simples fato de ter nascido, não deveria ter que conviver com pessoas a vigiando por vinte e quatro horas durante uma longa semana todo mês, era uma criança, só uma criança. Era normal que tivesse curiosidade, certo?
Normal que fizesse besteira as vezes, né?
"Eu consigo ver seu cérebro colapsando daqui."
A voz agora soou calma e gentil, ela pode sentir, sentir a compaixão. Por um instante agradeceu pela irmã ter aprendido não só a controlar, como também a desenvolver o dom que possuía, mesmo sendo tão nova. Nunca sentiu inveja de tal fato, apenas orgulho, e nesse momento soube ter sentido a coisa certa, porque Renesmee era incrível, tão incrível que agora conseguia transmitir, através do toque, não somente suas lembranças, mas também seus pensamentos, se si concentra-se bem, e isso, somado a ligação que ambas possuíam, era a única coisa que podia a tranquilizar no momento.
"Desculpe ter perguntado, eu sei que você não vai mentir pra ela, até a mamãe sabe. Você não consegue, nunca conseguiu. Lembra como tio Emm sempre usou isso a favor dele pra descobrir quais pegadinhas você ia fazer? Você vai travar e contar tudo no segundo em que ela aparecer."
Tudo bem, Nessie provavelmente estava certa, precisava admitir.
"Sobre a promessa é mais complicado, ela vai ficar chateada, claro, vai querer matar a mamãe, e depois te matar, mas você sabe como ela é, não consegue nos odiar por muito tempo. Somos a diabinha e a monstrinha dela, lembra?"
Então ela lembrou, e percebeu duas coisas muito importantes naquele momento.
Rosalie não era quase como uma segunda mãe, não, e jamais seria.
Era a primeira. A primeira mãe que poderia querer, embora não a única.
Tinha duas mães, e não tinha vergonha nenhuma de tal fato. As amava por igual, e sabia ser amada de volta exatamente da mesma forma, e aquilo a tranquilizou.
A Hale ficaria chateada, mas ela também era a sua mãe, sua e de sua irmã, e nunca a viraria as costas, mesmo que fizesse a pior das piores atrocidades, tinha certeza disso.
A segunda, porém não menos importante, coisa que percebeu fora que, a mulher loira realmente sabia o que fazia, sempre, porque o apelido monstrinha nunca pareceu fazer tanto sentido quanto agora. E esse pensamento a fez sorrir.
Renesmee, sentada ao seu lado no sofá de couro, se limitou a afastar a mão direita do ombro da gêmea a medida em que um sorriso também passava a se fazer presente em sua face, sua irmã estava feliz, e isso era o suficiente para que ela estivesse também, sempre era.
[...]
— Mas nem fodendo! — A voz masculina soou exasperada ecoando por toda a longa sala de jantar reverberando também pelos cômodos mais próximos.
— Paul! — Isabela exclamou lhe lançando um olhar afiado e ameaçador, porém não teve tempo para fazer mais que isso visto que Seth logo se encontrava ao lado do homem o dando um leve, considerando a força provida de seu lobo, tapa na nuca.
— Quer morrer garoto? — O Quileute mais velho, e incrivelmente muito irritado para um espaço de tempo muito pequeno que o permitiria ficar assim, se levantou rapidamente da cadeira ao qual estava sentado desviando o olhar da única vampira presente no ambiente para o ex companheiro de matilha. — Olha que eu to procurando uma boa briga tem tempo hem. — O homem deu um passo para o lado na intenção de se aproximar do Clearwater, que a essa altura já havia se afastado voltando a sentar na cadeira que anteriormente ocupava, porém fora interrompido por uma sonora gargalhada infantil, cruzou os braços revirando ambos os olhos, a raiva sumindo tão logo apareceu, afinal, não havia de fato estado raivoso, qual é, era sábado de noite e estava em território inimigo servindo de babá para criaturas que, tecnicamente, se levado em parte metade da composição delas, deveria odiar, uma diversãozinha não cairia tão mal assim. — Bom saber que eu te divirto, praga.
A risada aos poucos foi sessando, embora que o brilho de divertimento nos pequenos olhos cor de esmeralda em nada diminuissem.
— Muito, na verdade. — Carlie foi sincera, e ver os olhos do homem se revirando mais uma vez a medida em que ele, cruzando os braços nitidamente irritado de novo, voltava a se sentar foi o estopim para que sua risada voltasse dessa vez ainda mais descontrolada.
Renesmee, que assistia a tudo na ponta da mesa comendo pela segunda vez a deliciosa torta de maçã feita por sua avó horas atrás antes de sair — geralmente não repetia comida, achava soar deselegante, mas estava tão boa, e tinha tão poucas pessoas em sua casa, poucas pessoas a vendo, que se permitiu não ligar tanto para isso pelo menos uma única vez — não conseguiu evitar uma sutil risada de fluir por seus lábios. Jacob, sentado ao seu lado, ergueu ambas as laterais da boca em um sorriso contido.
— É meu amigo, você já esteve melhor. Nem as crianças te respeitam mais.
Estava claro para todos que se estivesse em forma de lobo, Paul certamente teria rosnado nesse momento.
Não estava irritado antes, mas agora talvez não tivesse tanta certeza disso.
— Será que a gente pode voltar pro assunto principal aqui? — A voz do homem, embora ainda irritada, mostrou que não estava de fato com raiva das palavras do amigo, havia sido apenas uma provocação boba, eles faziam isso o tempo todo, ou ao menos até se irritarem ao ponto de explodirem em bolas de pelo gigantes que lutavam até que um estivesse exausto demais para continuar, então eles davam uma pausa, apenas o suficiente para que não quisessem se matar com tanto afinco, e depois, tão logo paravam, também voltavam como se nada houvesse acontecido. Não, não estava irritado por isso, estava por outra coisa. — Ou todo mundo decidiu ignorar que a Bella tá ficando louca?! — Exclamou se levantando novamente de uma única e rápida vez, a cadeira sendo jogada vários metros para trás. Abaixou o tom direcionando o olhar para a vampira que o fitava de modo neutro com uma sobrancelha arqueada. — Sem ofensas.
Tanto Carlie quanto Renesmee semicerraram os olhos fitando o tio mais velho, gostavam dele, mesmo a segunda tendo demorado mais para chegar a tal conclusão do que a primeira, mas ninguém podia negar de que as vezes era um grande bobão, como ambas as gêmeas achavam, embora que sua irritação tivesse realmente bons fundamentos. A irritação era proveniente de preocupação, ele estava preocupado, e, sinceramente, realmente tinha motivos para estar, todos na mesa concordavam, embora ninguém estivesse disposto a verbalizar tal declaração.
— Ofendeu um pouco sim, na verdade. — Todavia em nada a expressão feminina se mostrava atingida, tão indiferente quanto a segundos atrás.
Apesar de suas palavras, não se sentia ofendida, já esperava por tal reação desde poucas horas atrás, duas ou três sendo mais específica, quando havia os recebido em sua casa para que ajudassem na proteção das Cullens mais novas.
O fato de boa parte da família ter saído para caçar não havia sido uma coincidência, poderiam inclusive facilmente terem deixado para a semana que vem, quando eles não estariam ali, sem falar que, desde que as gêmeas nasceram, o máximo no número de saída havia se tornado três, não gostavam da ideia de deixá-las tão sozinhas, tão vulneráveis. Ironicamente fora justamente por isso que haviam todos se ausentado ao mesmo tempo, se os Volturi estivessem planejando alguma coisa — e da forma que conheciam Aro, eles certamente estavam — não teria melhor hora para atacar do que agora, do que com elas tão vulneráveis assim. Apesar disso, as deixar tão sozinhas não pareceu agradar nenhum deles, e graças a isso logo ambas as matilhas do território Quileute se viram sendo avisadas. A realeza vampírica era forte, muito forte, mas tinham um problema, eram arrogantes, e se aproveitariam disso, chamaram os metamorfos porque seriam considerados o mesmo que nada caso os dos olhos vermelhos decidissem atacar, eles eram soberbos, e isso que seria sua ruína, porque os lobos atacariam de volta, e, muito provavelmente, iriam ganhar.
Resumidamente, Paul estar ali era uma situação programada, e desde que optara por aceitar o pedido ensandecido de sua filha, Bella soube que teria que lidar com ele.
Seth se preocuparia, claro, ele amava a pirralha, mas, pior do que como era com a recente vampira Swan, era com o seu agora meio irmão. Não havia nada que Carlie pedisse que ele não fizesse — que nenhuma de qualquer uma das duas pedisse, na verdade — era um dos principais motivos para que a filha do xerife gostasse tanto dele, era um bom tio, ingênuo demais as vezes, mas, definitivamente, um bom tio.
Jacob se oporia, com certeza, diria que é loucura, e indiscutivelmente irresponsável, mas não se tratava de Renesmee, então logo ele ficaria quieto também. Bella era a mãe afinal, não ele.
Jasper havia aceitado sem que nem mesmo precisassem ter essa conversa, ele era bem perceptivo, seu dom ajudando muito em tal característica inclusive. Se era o que Carlie queria, então não cabia a ele fazer mais nada além de ficar o mais atento e preparado possível para caso uma interferência sua se fizesse necessário, o que, estranhamente — e mesmo não dando atenção para tal absorção — sentia que não iria vir a ser.
Alice não estava em casa, apesar de ter dito para o resto da família que também ficaria responsável pela segurança de suas sobrinhas. Havia saído para fazer compras desde a hora do almoço, e, chocando a tudo e todos, arrastado o vampiro de sorriso zombeteiro e falas afiadas, Demetri, consigo. Apesar da aparência delicada, o pessoal que permanecera na residência não estava nenhum pouco preocupado com a vampira consumista, as gêmeas inclusive sentindo uma leve pena pelo membro do clã italiano, tia Alice e dia de compras na mesma frase eram coisas que não desejavam nem para seu pior inimigo, e, particularmente, elas até achavam que ele parecia legal.
Mas o Paul, ele sim seria um problema, o que era estranho, Bella nunca entendeu de fato a relação dele com suas filhas. O homem possuía uma vida fora do mundo sobrenatural para administrar, e por isso acabava não sendo uma figura presente na vida de ambas, tinha um trabalho para manter, um bico como professor de uns adolescentes em uma academia simples de luta inaugurada a pouco tempo na reserva indígena — o que, tanto a vampira, quanto Jacob custaram a acreditar ser verdade inicialmente, não o imaginavam dando aulas para jovens, não o imaginavam dando aulas para ninguém, partiria a cabeça do aluno assim que levantasse a mão para fazer uma pergunta — uma escola para terminar, porque sim — arrastando Seth consigo — havia descido concluir os estudos, que abandonara após sua primeira transformação, logo que as obrigações da matilha enfim se acalmaram, boa parte disso se devendo, obviamente, aos diversos sermões que ainda recebia diariamente não só de seu pai, como também da amizade mais inusitada que havia feito, após a desesperada tentativa de salvar a companheira de seu alfa, Sue Clearwater.
Ele era atarefado e quase não as visitava, porém sempre era uma festa diferente por parte das gêmeas quando o fazia, principalmente da mais nova, visto que a mais velha demorou até que um considerável tempo para o considerar uma pessoa minimamente digna de sua atenção — não julgava, aliás, sabia ser por causa do imprinting, por muito tempo a quase ruiva só teria olhos para uma única pessoa, quase sorriu com o pensamento, Bella que lutasse — e, mesmo muitas vezes sendo mais criança do que as próprias crianças, elas o adoravam, e ele parecia não as repudiar tanto quanto quase sempre queria fazer parecer, já que mesmo tempo a vida bastante agitada, ainda sim tirava, sempre que possível, um pequeno tempo para que pudesse as ver, como hoje, não deveria estar ali, era função da Leah, e ela agora provavelmente queria muito arrancar sua cabeça fora, mas tinha chegado primeiro né, fazer o que, não era sua culpa que a mulher metamorfa houvesse perdido o trabalho da faculdade no qual estava trabalhando com tanto afinco a tantas semanas — ou talvez fosse, nunca admitiria.
— Sabe, eu não acho uma boa ideia, mesmo, definitivamente não. Já disse que não? — Seth começou levemente atrapalhado chamando toda a atenção para si, Carlie, que se encontrava em pé perto da porta de saída segurando um fino livro entre os bracinhos pequenos, o fitou tristemente. — Mas se é o que ela quer, e a própria mãe permitiu, quem somos nós para proibir, né? — O garoto finalizou a fala com uma nada sutil piscada fazendo com que a face triste da híbrida fosse rapidamente substituída por uma esperançosa.
— MAS A BELLA ESTÁ LOUCA!
Jasper comprimiu os lábios em uma fina linha reta ao mesmo tempo em que cruzava os braços, seu olhar duro direcionado ao único metamorfo da matilha Uley presente na grande residência, não gostou do que ouviu, não mesmo, mas não iria se meter, quase sorriu maldoso diante a tal pensamento, Bella sabia se cuidar, e conseguia ser, inclusive, bem assustadora as vezes.
Jacob fitou o amigo em uma espécie de olhar raivoso e preocupado, se lembrava da última vez que de fato viu a vampira Swan irritada — quando ela descobriu o imprinting anos atrás — e não estava muito animado com a ideia de ver novamente, bem, pelo menos agora não seria com ele.
Seth, alheio a tudo isso, se ocupava em roubar alguns pedaços de torta do prato da híbrida de cabelos quase ruivos, essa que por sua vez tentava lhe espetar com o garfo na tentativa de o espantar.
— Ainda está ofendendo. — A voz feminina soou calma, calma até demais. Mais rápido do que um piscar de olhos Bella já se encontrava atrás do homem de pele escura e músculos definidos. — Você está na minha casa. Carlie é minha filha. — Embora ainda soasse baixa, agora estava nitidamente explícito o ar de autoridade por trás da sua entonação. Jasper, em pé no canto esquerdo da sala, sorriu de lado. — Ponto. — Uma pausa. Paul nada falou. — Se tem algo contra isso, a porta de saída é serventia da casa. E você sabe onde fica. — Tão rápida quanto se levantou, a mulher voltou a sentar-se. Seth ao lado tendo enfim criado vergonha na cara e servido para si mesmo um grande pedaço da sobremesa. — Pode ir, querida.
Carlie sorriu, um forte brilho se fazendo presente em suas íris, e então se foi.
・ ❁ ・
Gente não me matem por favorrr
Eu sei que tava todo mundo ansioso pra interação da Carlie e do Alec, e q eu disse que seria nesse capítulo, mas simplesmente ñ tava fluindo, eu tentei escrever mil vezes e não consegui, parecia que não fazia sentido sabe? Superficial demais, aí eu entendi o porquê, a Carlie prometeu pra Rose q ñ ia ver ele, prometeu olhando no fundo do olho dela, não faria sentido ela simplesmente ignorar isso e ir.
Eu senti que esse cap foi muito necessário, mostrar como ela se sentia com tudo isso, a luta interna entre o que o coração quer, e oq a cabeça acha ser certo, ñ tinha como ser de outra forma.
Sem falar que esse cap trouxe um personagem novo pra fic hemmm, q eu particularmente sou toda cadelinha, o Paul é simplesmente perfeito e só minha opinião importa, ele todo preocupadinho com a Carlie (do jeito dele claro) é minha religião, e na parte q fala q ele sabotou a Leah? KKKKKKKKKKK eu quero mt ver a Leah encontrando ele dps disso, sério.
Sem falar que eu achei q tava falando alguém daquela turma Quileute sabe, do Sam, Embry e tals, e acho q o Paul vai ser perfeito pra isso, ele ainda vai dar mt oq falar na fic viu.
A Alice arrastando o Demetri pra fazer compras? KKKKKKKKKKKKKKK
Só quando eu peguei pra escrever esse cap q percebi q a Bella agora é meia irmã do Seth e da Leah, q doideira.
Aliás, o que acharam da Bella? 👀
Desde o cap q os Denali aparecem eu tenho botado uns sinais q ela não concorda tanto assim com a forma q Edward quer agir na criação das meninas, e isso ficou ainda mais claro nesse cap, o Ed nunca teria deixado a Carlie ir ver o Alec, nunca msm, mas por a Bella já ter estado em uma situação parecia, ela sabia como a filha tava se sentindo, entendeu isso, e msm sabendo q podia se arrepender mt dps, e tudo dar mt errado, ela simplesmente ñ conseguiu dizer não, eu amei esse lado dela confesso, sempre achei ela e a Esme as mais humanas da família.
O jasper todo compreensivo é totalmente o meu ponto fraco.
Bom gente, foi isso, espero q tenham gostado e até o próximo <3
Ps: Vai ser enfim a interação da Carlie e do Alec, juro. (Mas não da forma q vcs tão esperando)
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