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Capitulo 6 - O beijo

Sabe aquela história de que o último ano da escola é o que passa mais rápido? Não é mentira. As semanas voaram e quando me dei conta já tínhamos passado da metade do ano. Minha vida estava muito corrida. Estudei durante todo o recesso do meio do ano em um cursinho complementar para prestar a prova da universidade que eu tanto queria. Letras era o curso escolhido. Não foi difícil de decidir já que sempre me dei bem com idiomas e literatura. Quando as aulas voltaram, eu me dividia entre trabalho, escola e os ensaios para a apresentação.

As professoras estavam muito empolgadas com esse bendito show de alunos. Para a alegria delas, e minha tristeza, o evento tinha tomado grandes proporções. Foi decidido que ele seria apresentado em três dias, um para cada modalidade, e alunos de todos os turnos estariam presentes. Que maravilha, mais gente pra assistir! Tudo o que eu menos queria que acontecesse.

As meninas do meu grupo decidiram cantar KISS ME - do Sixpence nome the rich. Eu e Geraldo não opinamos muito, elas cantariam, ele tocaria bateria e eu ficaria lá sentado, no canto, tocando o violão sem ser visto.

Falando na apresentação, a banda do Bruno estava a todo vapor ensaiando minha música, que ainda não tinha nome. Bruno estava muito empolgado com o resultado e tentou por várias vezes me convencer a tocar junto com eles, mas eu neguei cada uma delas. Ainda estava bravo por ele ter me chantageado e principalmente por invadir minha privacidade dessa forma.

Quanto a Alice e eu, desde o dia que tivemos aquela conversa difícil e turbulenta, não tocamos mais no assunto. Às vezes, íamos juntos para a escola ou trocávamos algumas palavras na sala de aula, mas nada que passasse de assuntos bobos, como o tempo ou alguma matéria difícil. A correria na minha vida também colaborou para esse doloroso afastamento, para meu azar todas as vezes que ela me mandou mensagens me convidando para ir à praia ou assistir filmes, eu estava ocupado ou no trabalho ou nos estudos. Nas férias ela foi para o Sul com seu pai e eu estranhei o fato, já que nunca tinha visto ela viajar com ele desde que se mudaram para cá, mas imaginei que talvez eles tivessem finalmente se acertando. Quando voltou ela estava ainda mais distante e até meio desanimada eu diria. Eu queria acreditar que sua ausência era devido ao novo emprego que arrumou em um consultório odontológico e que por isso estava sem tempo como antes, mas no fundo eu sentia que ela estava fugindo de mim. Talvez por vergonha, ou porque tinha finalmente descoberto que eu gostava dela e não queria me magoar. 

Você esta bem?

Mando uma mensagem tentando quebrar o clima estranho entre nós. Demorou alguns minutos até que ela respondesse:

Estou cansada, agora te entendo... não é fácil trabalhar e estudar!

Será que eu deveria tocar no assunto ou fingir que nossa conversa nunca aconteceu?

O que acha de tomarmos um sorvete hoje a tarde?

Foi a forma que encontrei de tentar ficar a sós com ela.

Bem que eu queria... Mas agora que íamos fechar a clínica chegou um paciente... Tenho que ir, Ed. Depois a gente combina, tá bom?

Sua resposta desanimado. Continuava fugindo de mim.

Guardei o celular e continuei fazendo o lanche. Faltava uma semana pra apresentação e o meu grupo se reuniu na minha casa pra ensaiar. Já tínhamos ensaiado algumas vezes e paramos um pouco para comer. Enquanto eu preparava o suco, Lana cortava os pães enquanto Geraldo e Jessica conversavam na sala.

— Você toca muito bem, Eduardo. — Lana falou me olhando de canto.

— Obrigado. - Respondi distraído, ainda pensando nas mensagens da Alice.

- Você também canta? — ela continuou puxando assunto.

— Não... Não gosto muito de me apresentar em público na verdade. — respondi sincero.

— Ah, você deveria. Sua voz é muito bonita. - Ela disse me olhando e, só agora notei que ela mantinha um sorriso muito agradável em seu rosto toda vez que conversávamos.

Lana tinha entrado na minha turma esse ano, ela tinha vindo de outro estado e tinha um sotaque meio arrastado que deixava a voz dela melodiosa e meio cantada, mesmo quando falava. Observei ela andar levando o lanche para o pessoal na sala. Ela tinha os cabelos pretos e bem enrolados, a pele morena e os olhos castanhos bem claros, pequenos e puxados.

Geraldo se aproximou de mim ao notar que estava observando Lana.

— Você sabe que ela tá te dando mole né? — sussurrou, apontando para Lana.

— Ela? Não! Quero dizer... Você acha?

— Se você prestasse atenção, perceberia. Seu mané! — Respondeu Geraldo rindo e me acertando com um leve tapa atrás da cabeça.

Comemos, conversamos e decidimos sobre o próximo e último ensaio antes de todos irem embora. Eu estava organizando a sala quando a campainha tocou. Fui abrir e Lana estava na porta, parecia meio nervosa.

— Eu acho que esqueci minha blusa aqui...

— Ah... Entra. Vamos procurar. — Ela sorriu para mim e entrou. Foi até a cozinha, pegou a blusa que estava na cadeira e se voltou pra mim.

— Obrigada, Eduardo. Estou ansiosa pra apresentação. — Seus olhos emanavam um brilho especial. Era um brilho tímido, contido. Mas especial.

— Ah eu também. — respondi e ri coçando a cabeça. — Desde a dica de Geraldo passei a observar melhor à Lana. Cada vez mais a teoria de que ela estava a fim de mim fazia mais sentido. Será que eu também me comportava assim quando estava perto de Alice?

Ela me olhou como se quisesse dizer algo, mas não tivesse coragem, colocou o cabelo atrás da orelha e mordeu o lábio nervosamente.

— Quer ensaiar mais uma vez? — Tentei adivinhar.

— Quero! — Ela respondeu prontamente sorrindo e colocou a bolsa no sofá da sala.

Apanhei o violão e comecei a tocar. Ela me olhava cheia de admiração enquanto cantava as frases do refrão:

Oh, kiss me beneath the milky twilight

Lead me out on the moonlit floorLift your open handStrike up the band, and make the fireflies danceSilvermoon's sparklingSo kiss me.

— Vamos Ed, canta comigo! — Lana falou animada.

Soltei o violão que ficou pendurado no meu ombro enquanto ela cantava o refrão de novo à capela.
A voz dela era realmente bonita e o tom da musica estava alto demais pra que eu conseguisse acompanhar todas as frases. Eu fiquei observando ela cantar de olhos fechados e cantei só final junto com ela.

So Kiss me...

Enquanto ela entoava a letra, analisei os traços do rosto e da personalidade de Lana que antes me passavam despercebidos. À medida que eu ia me soltando e repetíamos os últimos versos juntos, ela abriu seus olhos, olhando diretamente nos meus, e a cada nova palavra, ela se aproximava um passo a mais de mim. Quando cantamos o verso pela última vez, nossos corpos estavam a um palmo de distância e seu olhar me dizia exatamente o que ela queria. 

So Kiss me...

Puxei Lana delicadamente pela cintura e a beijei. Ela envolveu meu pescoço com os braços e correspondeu como se estivesse ansiosa por isso.

O beijo era gostoso, começou lento e suave, mas a delicadeza durou pouco e logo já estávamos nos beijando de forma quente e eufórica.

O Geraldo estava certo, Lana realmente estava a fim de mim.

Ao longo dos meus quase 18 anos, eu já tinha ficado com algumas meninas. Não muitas. Mas tinha. No entanto sempre me dediquei muito mais ao que sentia por Alice e acabei deixando passar a oportunidade de viver ótimos momentos com outras pessoas. Hoje eu não repetiria esse erro.

Em pouco tempo já estávamos no sofá. O violão no chão. Nossos corpos comprimidos um contra o outro e nossas mãos explorando cada centímetro deles. Enquanto eu beijava Lana percebia o quanto aquilo era bom e simples. Muito diferente do mar de sentimentos, medos e incertezas que eu sempre senti em relação a Alice.

-—Acho melhor a gente parar... — disse Lana meio sem fôlego embaixo de mim.

— Oh! Me desculpe... — respondi me levantando e arrumando a camisa sem jeito.

— Não... Eu estava gostando... Mas... Pode chegar alguém. E eu preciso ir agora. — ela falou enquanto ajeitava sua roupa e arrumava o cabelo.

— Você está certa.

— Me leva na porta? Depois a gente se vê. — Ela falou pegando a bolsa e a blusa.

Fui com ela até a calçada e nos despedimos meio se jeito.

— A gente se vê segunda na escola? — Ela perguntou mordendo o lábio

-—Sim! Até segunda! — Respondi colocando a mão nos bolsos.

— Então tchau... — ela disse, mas não se moveu.

— Tchau. — Eu respondi e beijei-a levemente nos lábios.

Ela segurou o selinho e sorriu ainda me beijando. Depois se virou e foi embora. Eu sorri sozinho enquanto olhava ela virar a rua e desaparecer. Mas meu sorriso sumiu dando lugar a um gosto amargo na boca quando vi que Alice estava parada na frente da casa me olhando boquiaberta. Provavelmente estava chegando do trabalho e tinha visto toda a cena.

Quando ela percebeu que eu a tinha visto tentou disfarçar dando um sorriso amarelo e um aceno com a mão antes de entrar na casa apressada.

Olhei para meu celular e tinha uma mensagem não lida de Alice.

Preciso mesmo falar com você... Posso passar aí?

Era de algumas horas antes, enviada enquanto estávamos ensaiando. E agora com o que ela acabara de ver entre Lana e eu... 

Oi Ali... to aqui.

Respondi sem saber ao certo o que dizer depois do que ela viu.

Não era nada muito importante, e agora meu pai está em casa e preciso fazer a comida pra ele. Nos vemos na escola Ed.

Ela respondeu encerrando o assunto.

  
Eu fiquei mais alguns minutos olhando para o lugar em que ela estava e pensando nos últimos acontecimentos. Eu não deveria me sentir culpado por Alice ter me visto com Lana, afinal nos éramos somente amigos, como ela sempre deixou claro pra mim não é? Então por que ela pareceu tão incomodada ao me ver beijando Lana? Como sempre, tudo que envolvia Alice me deixava confuso, mas eu não iria complicar as coisas dessa vez. Estava decidido. Eu precisava seguir minha vida.

Ola leitores, se quiserem ouvir a musica da cena é só clicar abaixo:

https://youtu.be/8l5508v74dA

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