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Capítulo 33 - pré-estreia


Sinto que minha energia ainda não é a mesma. De certa forma, acho bom que posso colocar um ponto final nessa história que vem me atormentando, mas a sensação de ter levado uma facada nas costas é decepcionante.

Sério, eu devia mudar de colégio. Não sei mais se quero continuar aqui depois da peça, ou voltar para Nova York assim que cumprir o contrato. Me arrasto pelo corredor até o meu armário, imaginando os caminhos possíveis.

Um perfume forte passa por mim, me fazendo espirrar. Curiosa, eu me viro para ver quem está atacando minha rinite alérgica e vejo uma mulher, agora de costas para mim, a sola vermelha do seu sapato me chama atenção assim como o icônico símbolo da Chanel em sua bolsa.

Posso ver a dona de um cabelo tingido de azul acompanhar a madame. Acho que nunca vi a Annie andar por aí como um bicho acuado. Os ombros dela estão retraídos, evitando olhar para qualquer um, focando apenas no caminho.

— Essa tem a energia Miranda Priestly, você não acha? — Só assim percebo a presença de Castiel próximo a mim. Não percebi ele chegar

— A diferença é que essa diaba aí, veste Chanel.

Ele ri e pergunta sobre meu irmão, eu respondo que ele já foi para sua aula e então é a minha vez de perguntar onde está Juan.

— Você sabia que não nascemos grudados?

Lhe dou uma cotovelada nas costelas enquanto andamos.

— Não me dê patadas, imbecil!

Chegamos na sala, todos estão aqui. Inclusive a Amber, ela está numa das cadeiras do fundo ao lado da parede, parecendo distraída com algo no caderno.

— Ei! — Juan chama minha atenção. — Tudo bem? — Ele franze a testa, parece preocupado.

— Estou bem, só é estranho. Sei lá. — Dou de ombros. A professora chama atenção e eu me sento no meu lugar.

Mal começamos e alguém bate na porta, a professora vai abrir e é a Violet quem entra.

— O diretor mandou chamar Amber Martin Brown e Helena Martin Roy.

No automático, olho para Amber, ela apertando as mãos uma na outra. Sou a primeira a levantar e passo pela porta, a professora chama a atenção da minha prima e só então ela pisca algumas vezes e se levanta.

Violet vai na frente e eu tento acompanhá-la para perguntar o que o diretor quer, mas parece que a secretária quer fazer a linha misteriosa.

Não demora para que sejamos anunciadas e somos convidadas a entrar. Vejo a versão 2021 da Miranda Priestly numa cadeira e a Annie na outra.

— Parece que constantemente estou vendo vocês por aqui, sempre envolvidas.

— Então essas são as desvirtuadas que andaram espalhando boatos por aí? — a mulher nos encara de cima a baixo com a sobrancelha arqueada e a Annie permanece quieta. — Está na cara a falta de classe. Deviam ser expulsas imediatamente.

Meu coração acelera. Que merda ela está falando?

— Tenha calma Senhora Smith. Precisamos ouvir as garotas, sermos imparciais.

— Como disse? Essas delinquentes estão perseguindo a minha sobrinha no colégio e até fora dele e você me pede calma?

— Você fala como se a Annie fosse um anjo! — Eu cruzo os braços. Quem ela está pensando que é? Vou processar essa diaba.

— Olha como é atrevida! Não precisa dizer mais nada, essa aí com certeza aprontou.

— Espera, do que estamos sendo acusadas exatamente? — parece que eu e essa senhora somos as únicas com voz aqui. A Amber permanece calada assim como a Annie, e o diretor está vermelho, parecendo que vai explodir.

— Senhorita Keller chegou aqui acompanhada de sua tia para denunciar vocês por cyberbullying. — dou um passo para trás com a notícia.

— Como é? De onde tirou isso, do... céu? — nossa, Lena se controla, já está com a corda no pescoço e ainda quer xingar na frente do diretor. — Tem provas? Sabia que posso processar todo mundo por calúnia e difamação? Até onde sei e já provei, é a Annie quem faz bullying aqui e...

Ia continuar meu discurso, mas a Amber toma minha frente, a surpresa da ação me faz calar. Ela está de costas para mim e a ouço dizer:

— Na verdade, diretor, a responsabilidade é toda minha. Sim, a Annie já aprontou milhões de coisas, mas eu também aprontei, principalmente por raiva e vingança. Espalhei sobre o passado dela, vazei o vídeo e até falei de um monte de gente e fiz isso sozinha.

Pronto. O que eu perdi? O que deu nela para simplesmente assumir assim?

O diretor suspira e me manda sair. Ouço ele falar para Violet ligar para minha tia, enquanto estou saindo. Eu paro no corredor vazio, próximo a diretoria e me sento no chão, não sei o que pensar agora. Não sei quanto tempo passa, mas acredito que não muito, Amber passa por mim e eu resolvo ir atrás dela.

— Ei, espera! — ela se vira — O que deu em você?

Ela dá de ombros.

— Um pouco de justiça.

Como eu deveria interpretar isso?

— O que te fez repensar?

— O que os outros fazem, não precisa definir quem sou.

Paro um pouco, atônita. Ela retoma o seu caminho e eu volto a andar em direção a sala. Nós entramos juntas, eu me sentei em meu lugar, enquanto Amber entrega um papel a professora, vai até a sua carteira, pega suas coisas e volta a sair da sala.

♫♫♫♫♫♫♫♫♫♫

— Eu não entendo. Devido às últimas notícias, não esperava que Amber tomasse essa atitude. — Juan está sério enquanto come seu hambúrguer.

— Até que faz sentido. Ela nem sempre fez escolhas más, talvez depois de todo o conflito ela tenha decidido agir pela razão ao invés da emoção.

Eu acho que o Damian tem razão. Não dizem por aí: "A verdade vos libertará!"? Dar nome às cobras, talvez tenha surtido algum efeito benéfico.

Milagrosamente, Castiel está quieto concentrado em seu próprio alimento ou então está divagando.

— Ei, Castiel! — Eu o chamo e ele age como se tivesse tomado um mini susto. — Eae, depois de tudo, o que você sente em relação a Amber?

Ele para, me olhando um tanto sem prestar atenção, ao menos eu acredito que seu olhar esteja distante. Até me pergunto se ele vai realmente me deixar no vácuo, até que ele responde.

— No momento? Acredito que não tem sentido tentar retomar algo, independente do que eu sinto. — ele cruza os braços e encara a mesa. — eu prefiro seguir tentando me encontrar e me entender, chega de romance para mim, não é o momento.

— Seu histórico não é dos melhores. — Damian comenta, contraindo os lábios. — Suas duas ex's foram expulsas do colégio. E nem é o único aqui atraído por garotas problemáticas — ele olha para o Juan.

Sinto minha bochecha esquentar.

— Damian! Até parece que você é um santo. — lhe mostro a língua e cruzo os braços.

Os garotos começam a rir e Damian diz:

— Eu mencionei seu nome, garota? O mundo não gira em torno de você. — ele continua rindo.

— Tá bom. Já chega! Algumas problemáticas valem a pena — Juan sorri e passa um braço em volta do meu ombro, olhando para mim.

Meu coração se acelera e eu tento manter minha postura brava. Eu devia ficar brava, olha do que ele me chamou, esse idiota. Mas, por outro lado, ele fica muito fofo sorrindo assim. Ah! Qualquer hora dessas eu endoido.

— Digam X! — Ouço o Castiel falar, enquanto percebo um flash. — Essa aqui vai pro álbum de casamento, ein!

Todos riem da piada habitual do Castiel. Apesar de achar vergonhosas, suas piadas me fazem pensar: será que um dia vamos sequer namorar?

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Minhas mãos suam e meu estômago queima. Poderia me desesperar achando que justo hoje meu intestino estaria me traindo, mas a verdade é que colocar o figurino de dama e me encarar no espelho do banheiro, fez a realidade cair sobre mim e agora estou me sentindo ansiosa.

De pé tento respirar fundo. Ainda faltam alguns minutos para entrarmos. O Castiel acabou de sair daqui depois de verificar cada figurino, seus olhos brilhavam e ele estava todo orgulhoso, por falar para seus pais o seu verdadeiro sonho e eles ficarem tão tranquilos. Parece que todo o seu medo era baseado em ideias fictícias.

Saio do banheiro e vou para a pequena área do fundo do palco onde todos estão, incluindo a professora.

— Venham, se juntem aqui! — todos se aproximam e ela olha para cada um com um sorriso no rosto. — Vocês estão maravilhosos. Enfim, depois de tantos ensaios, estresse, mudança no elenco, chegamos até aqui, o grande dia. Eu tenho fé em vocês, então quando chegar a hora subam no palco e me deixem orgulhosa. — Os olhos dela brilham e meus olhos ameaçam lacrimejar, respiro fundo e começo a me abanar para não borrar a maquiagem.

Sinto um toque no meu ombro e vejo Juan

— Está nervosa por conta dos olheiros? Minhas mãos estão tremendo!

— Eu acho que é um misto de tudo. Agora só resta entrar lá e darmos o nosso melhor.

Eu sorrio para ele. Caytlin entra no palco e a ouvimos dar boas-vindas e anunciar a peça. Fico respirando fundo tentando controlar o frio na barriga, alguns colegas entram antes de mim, começando a música, até que chega a minha vez.

É como se o mundo todo sumisse e me entregasse totalmente ao número, com o tempo, a ansiedade dá lugar aos sentimentos da personagem.

Entre uma música e outra, a Dama e o vagabundo foram apresentados individualmente, para depois se conhecerem em uma confusão inusitada. A Dama que até então convivia apenas com a alta sociedade, passa a sair da sua bolha e conhecer outros contextos que o Vagabundo mostra para ela. Eles acabam se apaixonando e é na icônica cena do macarrão que fica evidente.

Juan, seguindo o ensaio, dirige seu olhar a mim e segura minhas mãos frias. Ele fica sério, mas não de um jeito ruim, parece concentrado. Entendo que possa estar nervoso, mas já está na hora do beijo dos personagens.

— Eu te amo, minha Dama! — ele diz, me deixando sem reação por alguns segundos. Isso não estava no roteiro.

Vejo ele se aproximar, então retomo minha concentração na cena, me aproximando também, até que nos beijamos. E já era concentração, o que é para ser uma simples cena, vira um beijo de verdade.

A cena acaba demorando um pouco mais do que o previsto. Ao nos afastarmos, sinto vontade de retomar, mas lembro que ainda falta encenar um breve sequestro somado à briga familiar, só depois disso, a Dama e o Vagabundo podem ficar juntos.

Sem tempo para qualquer comentário, continuamos o trabalho. As falas tomam conta da minha mente, sem me permitir raciocinar sobre a cena "improvisada" e assim se passam mais alguns minutos até a peça acabar.

No fim, nos juntamos na frente do palco e com um gesto, agradecemos a platéia que bate palmas fervorosas.

As cortinas se fecham e sinto que posso respirar livremente de novo. Alguns colegas vão voltando para os fundos em busca de seus pertences para poderem sair e Juan me chama.

— Que cara é essa? — eu pergunto e ele olha para os colegas saindo.

— Então, o que eu preciso falar — ele morde o lábio e em seguida, fecha os olhos por breves segundos, para então me olhar profundamente — o que eu disse no palco é verdade. Eu sinto que amo você e quero que seja minha namorada. — ele fala rápido e parece tenso.

Meu coração dispara, tropeça e quase para. Ele está parado esperando uma resposta que me vem à mente, mas leva alguns segundos para ser processada e dita em voz alta.

— Achei que eu ia ter que te fazer o pedido. — sorrio e ele faz o mesmo. — Eu também sinto que te amo.

Vejo seu sorriso se alargar e tomo a iniciativa de colar nossos lábios enquanto enlaço meus braços sobre seus ombros e o sinto agarrar minha cintura.

Ouço alguns gritos comemorativos ao longe que me fazem rir em meio ao beijo, mas não estou muito afim de largar o meu namorado agora. 

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