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Capítulo 2 Explosão de Experiências.


"Para nós, lembrar quão curto é o nosso tempo, lágrimas derramadas por eles, lágrimas de amor, de medo, enterre meus sonhos, desenterre minhas tristezas. Oh Deus, por que os anjos caem primeiro? — Angels Fall First (Nightwish)"

Jonathan

Nove anos atrás...

A puberdade é tipo a pior coisa que acontece com o ser humano, misturada a um turbilhão de emoções que parecem ficar adormecidas até aquele momento. Você nota as garotas bonitas, começa a entender para que serve seu pênis, a ver os pelos em lugares estranhos e achar um máximo possuir três a quatro cabelos no meio do buço, enquanto a voz engrossa em momentos inoportunos e afina quando precisa parecer másculo. Os amigos voltam a ser homens e mulheres, que falam entre si de homens e mulheres.

Minha melhor amiga era uma garota e por ser uma menina acabou despertando em mim, meus primeiros sentimentos intensos por uma pessoa. Talvez como um primeiro amor, mas era tão complexo que não sabia se apenas me atraía ou se era algo mais. Gabriel e Luka só falavam de garotas, as líderes de torcida do último ano, garotas que eles teriam de crescer mais três anos para pegar e provavelmente elas já seriam mães quando tivessem oportunidades para isso.

Voltei a ver Mikaela, menos do que esperava. na maioria das vezes cruzávamos em simultâneo, o corredor da escola e em biologia, nós fazíamos par nas práticas. Era o maior tempo que passávamos juntos e eu adorava, parecia que quanto menos tempo eu passava com ela, mais tempo eu queria passar.

Outra coisa que aconteceu no início da nossa puberdade, além de espinhas, aparelho dentário e todas as outras coisas já citadas, foi o surgimento da West, nossa banda de quintal. Montamos um estúdio nos fundos da casa dos Zenon, os pais da Mika, e passávamos boa parte do dia lá, tocando horrivelmente, mas estávamos sempre juntos, os sete, aqueles que desde crianças davam um jeito de destruir alguma coisa.

Mika se revezava entre o vocal e a bateria, eu ficava com vocal secundário e guitarra, Gabriel tocava baixo, Luka era também baterista auxiliar e guitarrista, as meninas compartilhavam os microfones com o coro e Dulce arriscava uma ou duas notas no teclado. Costumávamos tocar clássicos do 'rock', como Queen, Guns n' Roses e outras bandas que acabavam fazendo sucesso na nossa época. Cantávamos até mais ou menos, infelizmente os cachorros não gostavam nenhum pouco, mas era divertido.

Depois que ninguém mais aguentava, sentávamos nos pufes amontoados e bebendo refrigerante compartilhávamos coisas engraçadas, até que um clima esquisito se espalhava. Quando começávamos a pensar mais como adultos e menos como crianças, quando ficávamos entre o tempo em que as coisas eram fáceis e os hormônios que pareciam querer destruir nossas amizades. Então, cada um seguia seu caminho e voltávamos à estaca zero, a falar sobre as meninas e elas, sobre nós.

A primeira vez que admiti a mim mesmo que sentia alguma coisa pela minha melhor amiga, foi quando um comentário desnecessário despertou um ciúme que não notei.

Um dia qualquer em casa, sentado à mesa almoçando, meu irmão Alex apareceu carregando com ele uns convites de uma festa que ia ter na escola, acho que é uma quermesse ou alguma coisa assim. Ele precisava vender 10 ingressos e perguntou aos nossos pais se podia levar a Mika, já que era uma das garotas mais bonitas que conhecia. Sem perceber retruquei que ela não aceitaria, já que ele era um pirralho e ela quase uma mulher. Minha mãe é claro sacou na hora e finalmente entendi, aos 15 anos percebi que gostava da minha melhor amiga, gostava muito dela.

E daí? Eu não era o cara mais incrível do mundo, toda vez que acordava no dia seguinte tinha uma espinha nova na cara, os pelos nem conseguiam crescer num ritmo que me desse uma barba e o único lugar mais cabeludo que minha axila era o meio das minhas pernas. Minha voz tinha finalmente ficado em um tom meio-termo, mas o diabetes era uma porcaria que me atrasava em muitas ocasiões. Meus pais descobriram o DM1 quando eu fiz 7 anos e desde então muita coisa mudou. Adaptei-me com podia, mas vivia dependendo de umas seringas diárias, o que me deixava ainda mais desconfortável perto de qualquer menina, até mesmo daquela que esteve sempre do meu lado e sempre me apoiou, principalmente depois da descoberta da minha doença.

Eu queria que as coisas fossem mais fáceis, que não precisasse dizer o que sentia e que provavelmente ela perceberia e finalmente as coisas seguiriam o rumo que eu esperava, mas isso não aconteceu, é claro que não, ninguém é adivinho.

— Você ficará enfurnado aqui de novo, JJ? — minha mãe sentou na beira da minha cama enquanto eu fingia ler um livro.

— Dane-se, não quero falar sobre isso.

— Podia ter ido lá e convidado ela.

— Ela foi com o Alex. Aceitou ir com meu irmão de 13 anos, que tipo de pessoa faz uma coisa dessas?

— Já parou para pensar que ela foi com ele porque não a convidou?

— É, jeito legal de dizer. — olhei os lados e fingi não ligar, mas a realidade é que ligava para caramba.

— É uma pena que não quis convidá-la, ela estava uma gracinha de vestido xadrez e trancinhas, vocês dariam um casalzinho fofo na festa, se colocasse aquela camisa que sua avó te deu.

— Falando assim parece seria bom, mas não quero ir. — virei de lado ignorando-a.

— Passará filho, as coisas vão ficar mais fáceis, eu prometo.

— Ficará mais fácil falar para sua melhor amiga que você gosta dela desde sempre?

— Sim e quando dizer, te garanto que será a coisa mais incrível que fará.

Acreditei que aquilo seria verdade, de alguma forma. Odiei Alex por muito tempo, por ter me traído de tal maneira, até perceber que as intenções dele diferiam das minhas. Enquanto isso me contentava com momentos bons, as aulas de biologia, a banda... E, nessa altura a coisa aconteceu, não, não comigo... Mas a coisa finalmente tomou um rumo que eu esperava que chegasse para mim.

Luka e Emily chegaram a um ensaio, em pleno sábado à tarde de mãos dadas. Aquele foi tipo um dedo em uma tomada, um choque esquisito e dolorido, mas que te faz ter vontade de enfiar o dedo de novo na tomada. Claro que nos separamos e ouvi ela dizer as meninas que ele a pediu em namoro e elas começaram a pular iguais malucas, depois olharam para nós. Tive vontade de enfiar a cabeça na terra, igual um avestruz naquele momento, mas se aquela fosse a parte que facilitasse as coisas e se precisássemos daquele casal para formar outros casais?

É, não funcionou assim. No dia 18 de novembro de 2011, Emily foi embora da cidade com os pais, transferidos do serviço e além de abandonar os seis amigos, ela partiu o coração de Luka, o que deixou obviamente os sentimentos de todos em relação ao amor, abalados. Aquilo estragou tudo o que poderia acontecer após e é claro que odiei isso com todas as minhas forças.

Viramos seis. Começávamos a nos ver menos, mas pelo menos ainda tinha um pouco de tempo com Mika. Às vezes ela vinha a minha casa no meio da noite, subia pelo cercado de cipós, encrustado na parede perto do meu quarto, e sentava-se comigo em um cantinho que construí com colchas velhas e travesseiros. Ficávamos horas conversando vendo as estrelas, até que minha mãe me mandava ir dormir e ela partia.

Depois de um tempo aquilo começou a me fazer mal, eu chorava quando ela não estava perto, vivia irritado, passava o dia querendo vê-la e quando a via, não era o bastante. Suponho que me arrependo de não ter dito nada no momento em que comecei a sentir tudo isso. Talvez tenha sido medo de que acontecesse conosco o que aconteceu ao Luka e a Emily, e penso que ia doer mais do que algumas horas do dia sem ela, sempre ansioso pelo seu retorno, onde nossas vidas se cruzam, onde compartilhamos fones de ouvido no telhado e sonhos de futuro, onde conversamos por horas e nada parece estranho, como se o eterno estivesse ali e sempre, sem exceção. Ela me faz bem e me deixa feliz apenas por estar ao meu lado, sem saber o que sinto.

— Mika...

— Hã?

— Você acredita que se casarmos acabaremos como nossos pais, vizinhos e melhores amigos?

— Ah, não sei... Mas gosto de pensar que o destino é incerto, afinal de contas não sabemos o que pode acontecer, né? — ela riu e olhei o céu. — Talvez acabemos com um dos nossos melhores amigos.

Quase tive um ataque do coração quando ouvi aquilo, mas o maior medo de todos apareceu, será que ela gostava de um deles e não de mim? Será que ficaria preso eternamente na zona da amizade?

— Mika, tenho que ir, está na hora da insulina e... — levantei tão apressado que nem pensei na merda que poderia acontecer, acabei com o pé enroscado no cobertor e despenquei do telhado.

— Jonathan! Meu Deus do céu! — Mikaela desceu tão rápido do telhado e já se aproximou assustada, ouvi-a gritar meus pais e os dois apareceram correndo. Sentia tanta dor e berrava igual um maluco, chorando pelos quatro cantos segurando minha perna. Parecia a sensação de levar um chute no saco, se claro, sabe como é.

O serviço de resgate me levou para o hospital e minha mãe veio comigo na ambulância, meu pai saiu atrás de carro, mas o olhar da Mikaela, como se aquilo fosse culpa dela, ah... Isso sim, destruiu meu coração.

Gesso! É quebrei minha perna, nessa altura da vida, aos 17 anos e quase perto do meio do ano letivo, que droga. O que aconteceria depois? Ia virar um eunuco ou o quê? Haja castigo para tomar nessa porcaria.

— Por que diabos você caiu do telhado? Tem quatro anos que sobe lá todo dia e isso nunca aconteceu. — esse era meu pai, muito bravo comigo, senhor Adam, o advogado mais rígido do mundo, cruzes.

— É que eu... Dane-se.

— O que foi que ela te disse que te deixou encabulado?

— Do que é que está falando?

— Você nem consegue disfarçar Jonathan, a menina tá na sua frente, vá e diga o que sente ao invés de ficar sofrendo pelos cantos, se der deu, se não, siga em frente.

— Não faça isso com o menino, Adam! — santa mamãe, salvando meu coro desde 1995.

— Ele acabará se matando He. E ficar aí de amor platônico, desenhando a menina no caderno de desenho não irá fazê-la adivinhar sua paixão por ela.

— E você por acaso era o pegador da sua época, é Adam?

— Tsc. — comecei a rir. — Deixa que me viro com isso, agora vão embora daqui, tenho que dormir.

— Pelo menos não quebrou a perna inteira, né? — meu pai saiu reclamando.

Na verdade, talvez ele tenha razão. De alguma forma tomaria coragem e diria-lhe o que sinto, mesmo que acabasse como Luka e Emily, tinha de dizer, pelo meu bem e do resto dos ossos do meu corpo.

Tive um sonho naquela noite, claro que anos mais tarde saberia que não foi um sonho, mas naquele dia pensei que fosse. Mika entrou no quarto e me contou como ficou com medo do que aconteceu, segurou minha mão e disse gostar de mim, gostava desde sempre e que provavelmente não me lembraria disso, mas ela faria mesmo assim. No sonho, debruçada na cama, praticamente pendurada nela, senti seus lábios tocando os meus. Ela havia me beijado e se aquele sonho não era o melhor de todos, não sabia o que era, mas foi incrível! E no dia seguinte, sem indícios de sua presença ali, confirmei que, na verdade, tudo foi uma fantasia e não mudou absolutamente nada entre nós.

Se soubesse o que sei agora conduziria as coisas diferentes, sem desistir de nada por medo. Sentimentos que preenchiam meu coração, não seriam destruídos toda vez que ela partia e eu ficaria bem...

Chegaram as férias escolares e meus pais mandaram eu e meu irmão para a casa de um tio distante. O homem era fisioterapeuta, o que de quebra daria fisioterapia a minha perna quebrada, totalmente grátis. Dois meses inteiros sem ver Mika, felizmente continuamos conversando pelo MSN, mas não era a mesma coisa.

Acabei tomando gosto pela coisa e depois que tirei o gesso entrei numa de viciado em academia. Os pelos da cara finalmente pareciam uma barba, claro que comecei a raspar e isso era um máximo. Dizer para o meu irmão a cada dois dias, de manhã, que fiz a barba, era irado! Minhas espinhas começavam a diminuir e o corpo tomava a forma dos músculos que trabalhava, com isso veio minha autoestima. Talvez aquela fosse a oportunidade de mudar as coisas, já que era quase outra pessoa, sem essa de magrelo alto e estranho, além disso, adeus aparelho, fui o último de nós seis a tirá-lo e finalmente podia dizer ter sorriso de ator de Hollywood, era a minha chance! Desta vez e finalmente.

Ao futuro eu, um conselho, faça alguma coisa ou vai se arrepender amargamente disso pelo resto dos seus dias e cá entre nós, me arrependi muito.

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