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Capítulo 1 Cada história que contamos.


"As folhas de outono caem pesadas como ladrões. Arrepios correm por sua espinha gelando-te intensamente. Porque o som do vento, feito um bandolim, é a melodia que transforma seu coração em pedra. O calor da sua respiração esculpindo sombras na névoa. Todos os anjos têm o desejo de que ela nunca tivesse sido beijada. Um som despedaçado assombrando o seu sono. E escondendo em seu sorriso um segredo que deve ser mantido: O amor fere-te profundamente. — The Mission (Butterfly on a Wheel).

Mikaela

22 anos atrás...

Eu não me lembro de como tudo começou, a nossa história, por assim dizer, mas às vezes me pego em frente à TV, onde a velha câmera de vídeo com aquela qualidade péssima e os números, e dias fixados a tela, sem poder sair, me dizem muito sobre aquele dia. Aquele em que conheci uma das pessoas mais importantes da minha vida.

Em 1995 meus pais mudaram-se de uma cidade "grande" para viver uma vida suburbana e tentar construir uma família, onde seus filhos pudessem brincar livres pela rua e viver o que eles não viveram. Meu pai é engenheiro civil e minha mãe enfermeira, por isso não houve dificuldade de se estabelecer naquele lugar, afinal de contas, acabaram como gente rica e bem sucedida. Compraram então uma casa em Little Ferry, é, a coisa parecia até uma boa ideia em uma cidade em ascensão, se ela não tivesse estagnado com pouco mais de mil habitantes.

O negócio basicamente parou e então, gradualmente todo mundo conhecia todo mundo. Meus pais acabaram indo e vindo da capital tentando continuar o negócio e como diziam: "compramos uma casinha nessa cidade suburbana". A questão é, a casa pertencia à família Mathews, eram dos pais de Helena, que faleceram subitamente em um acidente de carro e ela colocou a casa a venda muitos anos depois, o que a desvalorizou de modo a não sair tão cara.

Meus pais se mudaram em plena atividade de um individuozinho de sexo feminino germinando na barriga de minha mãe, eu! Eles já tinham um filho, meu irmão mais velho, Brian e a mudança de ar, segundo eles, proporcionaria uma nova identidade aos filhos e claro, a eles mesmos. Uma conversa furada se quer saber, mas de certa forma, depois eu entendi.

Com o passar dos meses adaptar-se à rotina começou a ficar fácil, era uma casa enorme, semelhante às velhas e vitorianas, com vários quartos, quintal grande, espaço para brincar, jardins e uma edícula, que viveu por muitos anos como casa dos recém-casados, os Mathews, antes de comprarem a residência ao lado desta e fazerem um portão. É, no meio do muro entre às duas casas tem um portão que por enquanto não tem significância, mas fará diferença no futuro.

Em dezembro de 1995 nasceu o filho de Helena, o primeiro filho dela, Jonathan James Mathews, carinhosamente apelidado de JJ. Logo depois, em janeiro de 1996 eu nasci, então, com apenas um mês de diferença, os bebês foram a chave, um elo que uniu duas mães e claro as crianças que se tornaram amigas.

E voltamos ao começo deste capítulo, o vídeo na tela, gravado em 12 de março de 1999 em que duas crianças, não irmãs, um menino e uma menina brincam juntas em uma piscina de plástico com menos de 1 metro de profundidade, enquanto uma das mães grava e a outra ri igual uma maluca, como se aquilo fosse a coisa mais emocionante do mundo. Gosto de pensar que naquele momento nos tornamos amigos, afinal, dali em diante, tudo que aconteceu seguiu a mesma linha, nos tornamos inseparáveis e melhores amigos.

Naquele dia a última frase antes do filme acabar, sempre ecoou na minha mente, principalmente quando entendi o que realmente sentia, claro, ainda não é hora de saber, mas tenho certeza que valerá a pena esperar.

JJ e eu nos tornamos melhores amigos, compartilhamos vários momentos em nossa vida, por exemplo, entramos na mesma escola, na mesma turma e foi nela que conhecemos os que são nossos melhores amigos. Como disse anteriormente, a cidade é pequena, por isso quase todo mundo se conhece, o que facilitou muito as coisas. Tínhamos 6 anos quando ingressamos no primário. Eu já sabia escrever meu nome e palavras aleatórias com aquela letra palito horrível e torta, encarava qualquer criança como hostil até Jonathan começar a falar com ela e lhe tornar divertida. Nossa turma tinha 16 pirralhos bagunceiros e claro que eu era um deles. Isso juntou a turma que mais tarde se tornaria uma banda de 'rock' de garagem, mas essa é uma história para outro capítulo.

Dentre os 16 pirralhos, 7 deles eram os piores e claro que os pais foram chamados, já imaginou crianças de 6 anos na detenção? É, nem eu. Mas fomos os seres humanos mais jovens na história da escola a ter aula, separados de todos os outros por que éramos uma versão em miniatura de Lúcifer e seus outros irmãos. Foi o que nos uniu! Emily, Penélope, Dulce, Jonathan, Luka, Gabriel e eu... Quando não batíamos uns nos outros brigávamos com as outras crianças ou com os professores, ou com o coitado do senhor Scully, o Hamster da turma.

Claro que conforme crescemos as coisas evoluíram. Começamos a nos comportar, mas aquele grupo de 7 crianças, desde a primeira fase da escola continuou unido e tornaram-se bons amigos, daqueles que vão na sua casa para festa do chá, brincar de Barbie ou de guerra, caso os meninos estejam no meio. Bocê percebe também que o Ken não virará namorado da Barbie se o Max Steel precisar de outros soldados para guerra e perceberá que não é uma boa ideia acatar o conselho dos meninos, de que a Barbie fica melhor careca, acredite em mim, isso não é uma boa ideia.

Então entramos naquela fase, onde os sexos começaram a fazer diferença, onde meninos e meninas não se misturam. Eu praticamente só ficava com minhas amigas, fazíamos apenas coisas de meninas, sempre as mesmas brincadeiras que não acabavam em brigas e às vezes conseguia ouvir os meninos brincando de bola, de lutinha e sentia falta da época em que não nos importávamos em nos misturar. Eles até aceitaram o irmãozinho do Jonathan, Alex, no clubinho deles, o Alex! Por que não, eu? Até que entendi, era uma droga de garota.

Isso me separou do meu melhor amigo, supus que nunca mais fossemos dividir algo, então voltamos a nos ver, quando meus pais decidiram colocar meu irmão na aula de música e eu mais que imediatamente plantei um berreiro para ir também. Tinha uns 9 anos naquela época e me apaixonei por bateria, claro que peguei o jeito sem dificuldade e qualquer balde, sem exceção, virava um tambor para batucar e isso perturbou consideravelmente meus pais.

Nas aulas voltei a ver Jonathan, ele pediu para aprender a tocar guitarra e os pais nem consideraram muito para aceitar, já que nessa época da infância as crianças passam muito tempo em casa, então, nossas férias de verão sempre viravam coisas como aulas de música ou acampamentos para crianças, ou semanas infindáveis no meio de um sítio na casa dos avós.

Minha vida começou a ficar atarefada. Fiz muitas coisas na infância, coleciono diplomas de qualquer coisa e não é brincadeira, tem um por aprender esculturas de massinha de modelar, eu juntei tudo e fiz o que chamei de sapo e se falasse que era um coelho? Aquele troço no meio da prateleira parecia uma porcaria de pedra, mas para os adultos, não fez diferença.

Jonathan me acompanhou na maioria dessas aventuras, música, massinha, canto, desenho e por acaso ele se saiu melhor nisso do que eu, além disso, voltamos ao que éramos antes e surgiu ali um universo que tínhamos em comum, o mundo dos videogames.

Todas as noites, depois que ganhei meu primeiro computador, sempre que terminava minhas tarefas, ia jogar com ele e passávamos quase quatro horas inteiras juntos e era tão legal e divertido. Por quase cinco anos o vídeo game veio primeiro que muitas coisas. Enquanto minhas amigas largavam as bonecas e começavam a se importar com meninos, eu passava a maior parte do tempo falando sobre jogos e quase era outro idioma para elas. Então percebi que a puberdade estava chegando e que se continuasse naquela vida, somente naquilo, iria me tornar uma nerd antissocial, com um único amigo e seria aquela menina esquisita que ninguém conversa.

E antes que fale, não abandonei completamente os jogos e essa parte sempre foi importante na minha vida. Além de jogar com Jonathan, uma das coisas que nos reaproximou, conheci outras pessoas, fiz amigos virtuais em outros lugares do estado, do país e até do planeta. Alguns deles estão comigo até hoje e compartilhamos experiências, agora como adultos, o que prova aos meus pais que nem todo personagem do outro lado da tela é um sequestrador de crianças. Eu finalmente acertei algo, pelo menos acredito que sim.

Particularmente gosto de pensar que a mudança da infância para a adolescência proporcionada pelo meu crescimento, foi a pior coisa que aconteceu. É por isso que não gosto de falar muito sobre isso, mas não significa que a história pula do fim da minha infância para a idade adulta, afinal, não sou a única pessoa que conhece essa história.


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