Capítulo 31
- Melinda o que está acontecendo? - Pergunta Fran preocupada. - Você está pálida.
- Meu bem. - Mamãe passa a mão por meu rosto. - Você está doente.
- Não estou doente. - Digo baixinho. - Estou grávida.
Mamãe e Fran arregalam os olhos enquanto me encaram de boca aberta.
- Isso é... - Diz mamãe passando a mão pelos cabelos. - É uma novidade e tanto.
Me jogo de bruço em minha cama e enterro meu rosto no travesseiro.
- Quando descobriu? - Pergunta Fran.
- Uma semana atrás. - Resmungo.
- E não quis dividir isso com nós por quê? - Pergunta mamãe.
- Estava com medo. - Assumo. - Achei que iriam ficar bravas comigo.
Mamãe senta ao meu lado e sorri para mim.
- Foi uma surpresa meu bem. - Diz. - Mas estou feliz em ter mais um netinho.
- Ou netinha. - Diz Francine também se sentando ao meu lado.
Fecho os olhos e suspiro alto.
- O que fará agora? - Mamãe me pergunta.
- Não sei. - Digo. - Realmente não sei.
Sei que tenho que contar a Tom, mas estou morrendo de medo.
E se ele pensar que engravidei apenas para prendê-lo com mais um filho? Não suportaria ser acusada de algo que não fiz.
- Precisa contar a Tom. - Diz Francine. - Sabe bem o que aconteceu quando escondeu Jhef dele.
- Eu sei. - Murmuro irritada. - Mas estou com medo.
Mamãe passa a mão por meus cabelos e sorri para mim com carinho.
- Tenho certeza que ele ficará imensamente feliz. - Diz minha mãe.
- Espero que a senhora tenha razão. - Digo.
Foi um choque enorme saber sobre a grávides. Já estava desconfiada, pois estava sentindo enjoos, minha menstruação estava atrasada. Então comprei três testes de farmácia, e os três deram positivo. Depois fiz um exame de sangue que também deu positivo.
Não era para ter acontecido isso, não é o melhor momento para um bebê. Mas já amo essa criança em meu ventre mas que a mim mesma. Farei o que estiver ao meu alcance para que meu bebê seja feliz.
- Você sabe que estaremos sempre ao teu lado. - Fran diz.
- Eu sei. - Sorrio abertamente. - Eu amo vocês.
- Eu sei. - Fran sorri convencida.
Agora preciso achar a melhor forma de dar a notícia a Tom. Espero que ele não me acuse de nada, e que ele fique tão feliz como estou.
- Tom ficará feliz querida. - Diz mamãe. - Não fique se preocupando antes do tempo.
- Só estou com medo. - Resmungo.
- Vai dar tudo certo. - Mamãe aperta minha mão me confortando. - Deus sabe o que faz meu bem.
Mamãe tem razão. Deus sabe o que faz. Aceito suas vontades sem reclamar, pois sei que é o melhor para mim.
Deus está sempre ao meu lado, me guiando e me ajudando. E mesmo com meus erros Ele não desiste de mim. Continua ao meu lado segurando firme minha mão, e me amparando mesmo que não mereça.
Apesar de tudo Deus nos ama, e sempre nos dá outras chances para sermos melhor.
Tom é a prova viva do que estou falando.
Deus não o abandonou mesmo quando Ele foi deixado de lado por Tom. Mesmo que ele não reconheça que está errado, e precisa mudar, Deus continua lhe dando chances. Mas infelizmente Tom não enxerga isso. Não enxerga que o único caminho é Jesus, não enxerga que precisa de Deus, é dependente d'Ele mesmo não assumindo.
Onde ele estaria hoje se não fosse pelas misericórdias de Deus? Ele seria esse homem importante que é hoje? Teria saúde? Ainda estaria com vida? E mesmo assim não assume que tudo que Deus fez e faz, é proteje-lo. E tudo que Deus quer é fazer morada em seu coração, mas Tom não lhe dá essa liberdade.
- Chagamos. - Diz papai ao adentrar no quarto com Jhef nos braços.
- Por que demoraram? - Pergunta mamãe figindo irritação.
- Tudo culpa do Jhef. - Diz papai sorrindo.
- Não tem vergonha de colocar a culpa em uma criança que não pode se defender papai? - Pergunta Francine sorrindo.
Papai pisca para Fran e sorri abertamente.
- Mas a culpa foi dele mesmo. - Diz. - Tive que parar em uma sorveteria porque ele insistiu que queria tovete de totolate.
- Tovete totolate. - Grita Jhef jogando os bracinhos para cima.
Papai coloca Jhef em cima da cama, ele se joga em cima de mim.
- Que menino mais guloso. - Digo rindo.
Faço cócegas em sua barriga enquanto Jhef gargalha alto.
- Papai preciso lhe dizer algo. - Digo logo após encerrar a sessão de cócegas em Jhef.
- Eu já sei meu bem. - Me lança um sorriso doce. - Você está grávida.
- Como o senhor sabe? - Pergunto de olhos arregalados.
Papai senta ao meu lado na cama e diz:
- Você é minha princesinha. - Sorri abertamente.
- Ei! - Diz Fran emburrada.
- Que ciumenta. - Papai beija o rosto de Francine.
Depois volta sua atenção para mim novamente.
- Te conheço melhor do que ninguém. - Diz papai. - E você está tendo os mesmo sintomas que teve na grávides de Jhef.
- Não está bravo comigo? - Pergunto.
- E por que estaria? - Me olha confuso. - Estou extremamente feliz, terei uma netinha em breve.
- Ou netinho. - Diz mamãe.
Papai olha para mamãe e sorri abertamente.
- Dessa vez será uma netinha. - Diz.
- Como o senhor sabe? - Pergunto.
- Apenas sei. - Diz.
O abraço forte e beijo seu rosto.
- Amo vocês. - Digo com os olhos marejados.
- Também te amamos meu bem. - Diz papai.
- Abraço em grupo. - Fran se joga em cima de nós, e mamãe e Jhef fazem o mesmo.
Como agradecer a Deus por minha família? Nunca terei palavras o suficiente para isso.
Deus me deu a melhor família que poderia existir, e lhe sou imensamente grata por isso.
🌹
- Coragem Melinda. - Murmuro comigo mesma.
Aperto a campanhia do apartamento de Tom, após um longo tempo criando coragem.
- Oi Linda. - Diz Helena ao abrir a porta. - Entre.
- Obrigada. - Agradeço. - Como você está?
- Estou muito bem obrigada. - Sorri. - E você?
- Estou bem também. - Sorrio fraco.
- Não precisa mentir para mim. - Diz Helena.
Lhe dou um sorriso fraco e me sento em uma poltrona.
- E Tom como está? - Pergunto. - Esta em casa?
- Tom ainda não chegou do escritório. - Diz. - Ele raramente volta para casa depois que você foi embora.
Me sinto culpada por isso. Não queria o deixar infeliz, mas achei que seria o certo a se fazer.
- A culpa é minha. - Suspiro frustrada.
- Claro que não. - Diz Helena. - Não se culpe por algo que não é sua culpa. Tom fez a escolha dele, e pelo que estou parecendo se arrependeu.
Meu coração se acelera no peito e minhas mãos começam a suar.
- Não acho que ele tenha se arrependido. - Digo. - Ou teria ido atrás de mim.
- Orgulho meu bem. - Sorri. - Ou medo de ser rejeitado.
- Tom com medo de alguma coisa? - Pergunto confusa. - Não faz seu estilo.
- Pois está complemente enganada. - Diz. - Vejo em seu olhar arrependimento e medo.
- Queria acreditar nisso. - Sorrio fraco. - Mas não acredito.
Somos interrompidas de continuar a conversa, quando Tom adentra o ambiente.
- Melinda? - Me encara confuso.
- Oi Tom. - Digo.
Meu coração dispara quando Tom corre até mim, e me envolve em seus braços.
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Bom dia meninas.
Tudo bem com vocês?
Será que Tom ficará Feliz com a notícia da gravidez de Melinda?
Até o próximo capítulo. 🌹❤😍
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