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Capítulo 9 - Um encontro em família

São Paulo, às 8:20 do dia 05 de outubro.

A poluição e o mormaço da manhã atingem o médico assim que ele desce do avião. Ele estava enfim na capital e em poucas horas chegaria a sua cidade natal e ao HAC para visitar Amandinha. Uma semana fora foi o suficiente para seus pais que o esperavam no aeroporto perceberem as mudanças na fisionomia do filho. Luís Henrique estava dormindo bem, se alimentava tranquilamente e não tinha mais aquele ar de preocupação em seus olhos.

— Meu filho, que saudades — diz a mãe que o abraça e o beija como se não o vesse há anos.

— Luís — o pai lhe abraça forte e carinhosamente — você parece bem melhor — fala ao olhar nos olhos do filho — e nem se passou um mês ainda.

— César, cala a boca, antes que ele desista e volte para cá — repreende Luzia.

— Não vou, mãe, não se preocupe — Luís Henrique confessa sorrindo, um sorriso animado e feliz ao segurar sua bagagem e acompanhar seus pais para fora do aeroporto.

— E posso saber qual é o motivo dessa sua felicidade? Tem a ver com o e-mail que me enviou? — O pai cutuca o filho.

— Podem parar com assunto de trabalho — Luzia diz e César a puxa e lhe planta um beijo em seus cabelos tingidos de loiro claro para esconder os fios brancos.

— Não se estresse, querida, pode lhe dar rugas — a mulher olha feio para o marido que sorri. — Então, meu filho? — pergunta ao entrarem no carro.

— Eu estou gostando de Boa Nova, a cidade é mais tranquila que Botucatu e sei que lá minha ajuda é precisa. Agradeço por me convencerem a essa mudança de ares, está sendo ótimo.

— Deu para perceber. Você voltou até mais bochechudo — a mãe fala orgulhosa.

— Estou morando em uma pensão e a comida de lá é uma delícia. Estou pensando em entrar na academia ou arrumar um local por lá que de para fazer caminhada. Quero cuidar da minha saúde, do meu corpo e da minha mente — responde entusiasmado. Fazia quanto tempo que os pais não viam o filho assim, que para eles era impossível que isso chegasse a acontecer.

A viagem de carro foi animada, se encerrando o papo com uma trilha sonora das músicas sertanejas dos anos de 1996, ano em que Luís Henrique nasceu. Para a família Guimarães, a nostalgia dos anos 80 e 90 estava sempre presente em suas músicas.

Botucatu, 13h - Jardim Planalto ou mais

conhecida como Vila dos Médicos.

O carro para na garagem da casa da família Guimarães, local onde Aline, Luís e Beatriz cresceram. O cheiro de churrasco invadia a vizinhança, Paulo e Gabriel faziam a carne para o cunhado e os sogros, enquanto as irmãs preparavam o vinagrete e a sobremesa a base de frutas, sorvete e muito chocolate para as crianças.

— Tiooooo! — grita Laura quando Luís Henrique desce do carro. A menina e o irmão os esperavam na porta. Eles acompanharam o trajeto do carro pelo Google Maps.

— Ai que saudades — Luís pega a sobrinha de 4 anos no colo que rapidamente entrelaça suas pernas no dorso do tio. — Agora vou te encher de cosquinhas — ele ameaça beijando o rosto da menina.

— Paraaaaa!

— Agora é a vez do seu irmão — quando o médico abaixa para colocar a sobrinha no chão, o menino de 7 anos pula em suas costas.

— Quero ver se você é forte e consegue levar nós dois — Pedro diz quase gritando no ouvido do tio.

— Hiuppp!!! — Laura fala empolgada.

— Crianças, vocês vão derrubar o seu tio — Luzia aparece para pegar a neta.

— Pode deixar, eu levo esses dois arteiros para dentro — Luís Henrique declara levantando e se não fosse pelo pai estar por perto, alguém seria esmagado no processo falho de levantamento de peso desproporcional.

— Vamos cavalinho — Pedro brinca segurando bem no pescoço do tio e mantendo as pernas entrelaçadas abaixo da bunda da irmã.

— Eles adoram o tio — César diz para Luzia. Os mais velhos sorriam por ver a felicidade na fisionomia do filho e a peraltice dos netos. A família parecia estar completa.

O clínico entra na casa espaçosa e luxuosa segurando as crianças que riam. Na sala, os 28 espelhos hexágonos na parede de entrada mostrava a figura dos três amontoados em um corpo. Espalhados pelo tapete creme felpudo estavam os carrinhos da hot wheels com sua pista de corrida e sobre o sofá longo e aconchegante na cor marrom tinha um bebê reborn, várias panelinhas e um fogão. A mesinha de centro estava agora no canto da parede cor de areia.

— Meu Deus, Luís! — Se assusta Beatriz quando os vê — você vai derrubá-los! — O desespero em seus olhos castanhos fazia as crianças rirem ainda mais.

— Calma, maninha. Eu estou segurando bem eles — o médico responde.

— Se você acha que isso é perigoso — Aline aponta para os três — é porque não viu o que 15 crianças de 3 anos podem fazer em uma sala de aula, ao ter apenas uma professora e uma auxiliar para cuidar, dar banho, trocar, educar, dar aula e entre outras coisas.

— Por isso resolvi ser nutricionista e não professora — Beatriz responde pegando Laura no colo que lhe abraça e a beija.

— Nem para: que saudades meu irmão! — Luís Henrique fala ao se intrometer na briguinha das irmãs. — Eu é que cheguei de viagem aqui.

— Eu te vi pela última vez há uns 10 dias, isso não é motivo de saudades — Beatriz rebate sorrindo. — Brincadeira, senti sua falta. — Beija a face do irmão enquanto ainda segura a sobrinha no colo.

— Quero sorvete — a menina diz.

— Eu quero chocolate — Pedro complementa.

— E eu, CHURRASCO — Luís e Aline falam a última palavra juntos.

— Nenhum de vocês são saudáveis — a irmã caçula dos Guimarães admite sorrindo e vendo o entusiasmo de todos.

— Carne é vida, maninha — Aline salienta para alfinetar a nutricionista.

— Alguém disse: CARNE? — Paulo pergunta entrando na cozinha, segurando uma tabua com vários pedaços suculentos de filé mignon. Laura logo se pendura nos braços do pai para pegar um pedaço da carne bovina.

— Aí que delícia! — Luís pega um pedaço já com água na boca. — Vai ser difícil passar três meses longe disso.

— Você consegue, é só se manter firme — Beatriz cutuca. — Pense que isso é como uma provação.

— Você está virando vegana agora? — Aline pergunta para a caçula.

— Eu até pensei, mas duvido que consiga. Quero mesmo é balancear a quantidade de gordura que estou ingerindo.

— Desse jeito vai virar um pau de virar tripa — a mais velha brinca.

César ouvia toda a conversa da escada, ele amava a interação entre seus filhos e a combinação perfeita de ideais entre os genros. Ter a família reunida e todos felizes alegrava o coração do psiquiatra que não imaginou que aquilo aconteceria com facilidade, apenas uma pessoa faltava naquela comemoração, a doce e bela Amandinha.

Luzia havia subido para o quarto para tomar um banho e colocar uma roupa mais leve, ela queria aproveitar aquele dia com a família, já que no próximo seria a eleição e Luís tinha vindo apenas para cumprir seu papel como cidadão botucatuense.

Gabriel, o mais novo integrante da família, cuidava da churrasqueira com muito empenho. O ortopedista havia conhecido sua namorada através do trabalho e a relação dos dois ficava cada vez mais séria, não que um deles apressasse, só que eles sentiam que haviam sido feitos um para o outro. Foi amor a primeira vista, a primeira conversa, ao primeiro toque. Em um mundo como nosso ainda existe amor, e ele está nas pequenas coisas, nos simples gestos, nos olhares de relance, nos sorrisos tímidos. O amor está ali, é só procurar...

A vozes na casa, as brincadeiras, os risos infantis. Tudo mostrava a felicidade de um lar unido que dava seus primeiros passos para ficar ainda melhor.

As 16h Luís Henrique pega seu carro e vai dirigindo até Jaú, e lá fica até as 21h. Entre conversas, jogos e desafios, o médico e sua protegida passam o restante da tarde e o início da noite. Amanda tinha todo o amor que uma adolescente pode ter, todo o apoio e amizade, só faltava uma melhora significativa em sua saúde para ganhar alta e ir morar com sua família adotiva. Aparecida Matos visitava a filha, não com tanta frequência quanto os Guimarães, a mãe biológica não tinha mais a guarda da filha e a papelada para a adoção estava quase certa, logo o clínico assinaria como pai da jovem.

A vida traz seus amontoados de empecilhos, assim como a correnteza de um rio após uma chuva incessante. Entretanto, se tem a certeza que depois tudo se normaliza, e a sujeira se assenta no fundo, deixando a água antes turva, agora brilhante e serena.

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Reencontros são sempre bons!

Me conta aí o que está achando da história.

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