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Capítulo 7 - Tantas inseguranças

O primeiro dia de trabalho é cheio de inseguranças, medos de não conseguir cumprir sua função direito e acabar sendo mandado embora, é assim para muitos até para nosso querido protagonista que agora dirigia o carro alugado em direção a Boa Nova. Seria seu primeiro dia ali como médico e também como morador da pousada Caminho dos Pássaros. Novas descobertas vêm por aí e sua vida acabava de dar um novo passo.

O carro que desliza pela BR-030 ao som I Swear e a voz de Shania Yan reverbera por cada célula do corpo do médico. As lembranças do amor de sua vida dançam em sua memória, mas dessa vez ele evita carregar o peso de sua morte precoce, lembrando do sorriso de Karen e de todas às vezes que confessou que a amava. A música acaba entrando Accidentally In Love e outra sequência de canções ao estilo do protagonista. Luís nunca teve uma banda preferida e suas músicas iam das brasileiras à internacionais, de cantores como Leandro e Leonardo para trilhas de filmes como Shrek, tudo dependia do estado emocional que ele se encontrava e qual playlist ia escolher no Spotify para curtir as longas viagens de carro.

Às 7h35 ele chega ao Paraíso dos Pássaros ou Boa Nova, e como de costume faz sua rota até o posto de saúde. Ao descer do carro impecavelmente de branco, ele passa a mão nos cabelos e em vez de os arrumar acaba por bagunçá-los ainda mais, o que o deixava um pouco desleixado e sedutor, o caso é que ele não sabia desse segundo detalhe, coitado.

Com sua maleta e o jaleco, o médico entra pela porta dos fundos no posto lotado. Não havia silêncio por ali e como o Dr. Pedroso tinha explicado, o posto atendia as consultas de rotina e também as emergências de um pronto-socorro e qualquer acidente mais grave era mandado direto para um hospital perto de Vitória da Conquista, tão diferente de onde morava.

Sua presença não passou despercebida e logo que entrou foi recebido com um sorriso vindo de uma das enfermeiras de plantão.

— Dr. Luís, bom dia! Que bom vê-lo aqui tão cedo! — Revelou Crislaine que passava pelo corredor no instante que o médico ia entrar em sua sala.

— Bom dia! — Ele responde educadamente.

— Não são nem 8h ainda, por que veio tão cedo? — A enfermeira de 22 anos pergunta mantendo seu atual sorriso.

Luís pensava se devia ou não explicar que 15 minutos adiantado não era tão cedo, e no final apenas respondeu:

— Quero dar uma olhada nos prontuários antes de começar a atender.

— Ah, sim. Agora as consultas serão organizadas e os pacientes terão novamente um atendimento clínico — diz pensativa. — Se precisar é só chamar.

— Obrigado! — O médico entra em sua sala, e se ele fosse um jovem, diria que se encostaria na porta e faria o sinal da cruz, só que essa não foi sua reação. Ele caminha até a mesa, consulta o nome das pacientes que atenderia naquele dia, e pega o primeiro prontuário analisando os últimos atendimentos que a senhora Luciana do Nascimento havia passado. Uma mulher de 40 anos grávida do terceiro filho e na vigésima semana de gestação. Carregava em seu ventre outro menino. Entre as palavras e pacientes ele se perde até que alguém bate à porta. — Pode entrar.

— Perdão, Dr., eu me atrasei para arrumar a ordem de chegada das pacientes — explica outra enfermeira.

— Sem problema — ele olha para o relógio e só agora percebe que também estava atrasado para começar seu atendimento.

— Essas são as 3 primeiras — Josiane diz ao entregar a ele os prontuários. — Vou levar os outros e conforme elas forem chegando, vou separando e te trazendo, pode ser assim?

— Sim.

A enfermeira sai da sala um pouco desapontada, esperava pelo menos um diálogo com o novo médico e nem isso conseguiu.

A manhã se passa entre os atendimentos, e em 4 horas Luís conseguiu com muito esforço atender 7 pacientes. Não que ele demorasse na consulta ou a fizesse correndo, o caso era que tinham muitas pacientes para tão pouco tempo de atendimento, e ele precisava conhecer cada uma. Saber como está indo sua gestação e prever qualquer caso de parto prematuro.

No período da tarde não foi diferente, as próximas 3h45 passaram voando. Foi um dia exaustivo para ele, entretanto, saber que ali tinha tantas mulheres carregando em seu ventre o futuro de uma geração o deixava feliz e com um sentimento de dever cumprido. Faltavam 15 minutos para encerrar seu expediente e ele ficaria mais se precisasse. Era a última paciente. Ele olha para seu prontuário, uma jovem de 20 anos, grávida do primeiro filho com 14 semanas e mãe solteira. A última anotação dizia que a paciente tem dificuldades para aceitar a gestação que descobriu na oitava semana.

Luís Henrique analisa a ficha com cuidado, tendo o pai como psiquiatra, ele conhecia alguns aspectos em relação à psiquiatria.

— Caroline Ferraz da Silva — ele chama ao sair da sala. A jovem usando uma camiseta de mangas longas azul-escuro e uma calça de moletom cinza levanta do banco e vem em sua direção. Ela mantinha a cabeça abaixada. — Sente-se — o médico diz quando ela entra na sala. Luís Henrique fecha a porta e vai até sua mesa.

Os cabelos longos, castanhos e cacheados de Caroline cobriam seu rosto fino e juvenil. Uma menina no corpo de uma mulher pensou Luís Henrique.

— Como se sente? — Ele pergunta, percebendo que ela se mexe desconfortavelmente na cadeira.

— Bem.

— Consegue se alimentar ou os enjoos matinais te atrapalham?

— Um pouco.

— Pelo seu peso, você não terá uma gestação saudável se não se alimentar corretamente e ainda pode ocorrer uma anemia — o médico fala ao analisar os últimos exames de sangue da paciente. Estavam todos normais, menos o hemograma e o peso dela de 48 kg para uma jovem com altura de 1,68 cm estava fora da tabela e para ter certeza ele faz as contas no celular: 48 kg ÷ (1,68 metros x 1,68 metros) = 17,01. De acordo com a tabela de Índice de Massa Corporal, ela estava com Déficit de Massa Corporal e com baixo risco de gerar novas doenças, mas levando em consideração sua gestação, esse era um ponto a ficar de olho pelos próximos meses, sem falar na anotação de sua última consulta.

— Acredito que seja melhor entrar com algumas vitaminas, um pouco mais de ferritina na alimentação e Dramim para cortar os enjoos — explica ao perceber que ela não parava de olhar para o celular. — Está com pressa?

— É que já passou das 17h — ela murmura inquieta.

— Eu não vejo problemas em passar do meu horário e você?

— Tenho que buscar minha irmã na escolinha e fazer o café da tarde para eles — Caroline responde mexendo na bolsa.

— Desculpa por atrasá-la. Vamos fazer assim, quero te ver aqui na sexta-feira de manhã. Dessa forma podemos conversar melhor, combinado? — Ela chacoalha a cabeça afirmando. — Precisa de atestado?

— Não.

— Antes de sair, preciso apenas que deite na maca. Vamos ver como estão os batimentos do coração desse bebê.

A jovem faz como mandado, sem deixar de transparecer o desconforto em relação ao novo médico e também a situação a qual se encontrava, porém, antes que a julguem, vão ter que conhecer sua história e para isso peço que aguarde mais um pouco.

— Vou levantar só um pouco sua camiseta, com licença!

Ao tocar o diafragma gelado na pele quente, Caroline se assusta.

— Perdão!!! — Luís Henrique logo fala ao perceber a reação da paciente. — Vamos de novo. — Ele encosta novamente o diafragma do Estetoscópio na barriga de Caroline e escuta os batimentos acelerados de um coração. Deslizando o aparelho continua a escutar o som que parecia como música, não era só o coração da criança que estava acelerado, o da mãe também. — Prontinho! — Diz ao tirar as olivas dos ouvidos e deixar a haste pendurada em seu pescoço. O médico ajuda sua paciente a levantar da maca e poucos minutos depois ela sai da sala.

O primeiro dia de consulta tinha se findado, Luís Henrique se sentia diferente por algum motivo e, ao mesmo tempo, pensativo em relação à última paciente. Durante o processo de escutar o coração do bebê com o estetoscópio, ela se manteve com a cabeça virada para o lado, evitando olhar ou demonstrar alegria pela gestação.

O médico dentro de si se incomodava com o que poderia estar passando na cabeça da jovem.

— Com licença, Dr. — diz a enfermeira Josiane, ela entra na sala e para na frente de sua mesa — não precisava ter atendido a última paciente, era só ter desmarcado ou passado para o médico de plantão.

— Quero conhecer todas as pacientes, e por favor, remarque ela para sexta-feira no período da manhã. Também evite colocar muitas pacientes para serem atendidas no mesmo dia, no máximo 5 por período é o suficiente para uma consulta de qualidade, ainda mais agora no começo.

— Sim, senhor!

— E me desculpa por fazê-la passar do horário.

— Sem problema. Estamos apenas fazendo o nosso trabalho — a enfermeira responde sorrindo. — Agora vou indo, tenho que pegar minha filha na escolinha. Boa tarde, Dr!

— Boa tarde! — Responde meio sem graça. A hospitalidade do local e os olhares o incomodavam, Luís não era bobo nesse sentido e já estava acostumado com muitas ações e reações a sua volta.

Voltando agora para a pousada, o médico resolve tomar um banho e dar um passeio pela cidade. Seu horário de almoço tinha sido bem corrido e só teve tempo de tirar as malas do carro e comer o prato servido no dia por dona Joana, de resto foi exaustivo e reconfortante.

Dirigindo pela cidade, ele não deixa de apreciar as casas e pensar como cada cantinho ali tem sua história. Passando pela praça nova, abaixo do arco continuava vazio e Luís percebe que esqueceu de perguntar ao Secretário da Saúde qual era o nome do livro que a autora dessa cidade escreveu. Um mistério que ele terá que descobrir sozinho.

As inseguranças surgem no caminho de todos em algum momento de sua vida e a escolha que você faz é que muda tudo, Luís Henrique escolheu ficar e ajudar o maior número de pacientes possível e você, qual é a sua escolha para hoje?

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Vamos começar com tudo!

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