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Capítulo 4 - Mudanças são difíceis

Botucatu, maio de 2024.

O gigante continua adormecido entre os Bons Ares da cidade do interior habitada por sacis, o que não é brincadeira. A Cuesta de Botucatu recebe visitantes todos os dias entre a Pedra do Índio, as Três Pedras, as Cachoeiras da Pavuna, o Gigante Adormecido e a Base da Nuvem. Um lugar excelente para tirar aquelas férias merecidas e dar uma cavalgada, caminhar, fazer trilha 4x4, rally e enduro, paraglider, mountain bike, diversões náuticas e entre outros. Localizada a 235 km da capital estadual São Paulo, a cidade guarda suas riquezas assim como suas redondezas, como a cidade de Anhembi com sua tradicional Festa do Divino que recebe mais de 40 mil pessoas para uma tradição de fé, que se repete ano a ano, entre o mês de maio e junho. Barra Bonita com os passeios de navio pelo Rio Tietê, a barragem, prainha e diversas atrações em toda a região.

O vento frio do início do outono marca a vida de um protagonista que agora mantinha sua mente tão focada em estudos, Luís Henrique planejava fazer uma pós-graduação em pediatria e se afundou em livros e pesquisas. Quando não estava estudando, ele continuava em sua busca infindável por manter sua rotina entre o pronto-socorro, o trabalho voluntário, as visitas ao HC da Unesp, ao Centro de Oncologia, a APAE e ao HAC em Jaú. Sua vida é regada por manter o tempo o mais ocupado possível e evitar sofrer acordado.

A família Guimarães não suportava mais ver o filho se degradando tanto assim, e mesmo após César fazer a proposta de emprego passageiro quase certo na Suíça baiana, Luís se negava prontamente a deixar sua cidade natal. Para o clínico, Botucatu é o lugar o qual nasceu, vai viver e passará os últimos segundos de sua vida. Nada mudava sua cabeça, nem as contáveis insistências das irmãs. Só que a cidade dos bons ares não fazia bem para o nosso médico, não no estado que ele estava, tudo o fazia lembrar Karen e dá vida feliz que teriam caso ela não tivesse falecido, ou se pelo menos ele não tivesse tido a informação da gestação da sua esposa após sua morte. Não tente procurar culpados, já lhe disse não haver. Tudo acontece por um motivo, e aqui não é diferente. A vida é um presente que recebemos e cabe a nós vivermos da maneira que escolhemos.

Em algum momento entre o início do ano e os meses que se passaram, Luís Henrique deixou de tomar os diversos fármacos receitados pelo psiquiatra, e sem os medicamentos, o humor e a depressão tomavam conta do homem que se martirizava cada vez mais. A parte emocional e psicológica de uma pessoa é tão complicada e se em algum momento ela se desequilibrar, a vida inteira perde seu atual sentido, talvez seja a esse ponto o qual ele estava chegando, embora Luís ainda mantivesse aquela luz no final do túnel que se chamava Amanda Matos, a garota a qual desejava tanto adotar como filha. Ele se apegava a ela para se manter a mente sã ou quase.

Durante as noites, os sonhos o perturbavam e quando a insônia chegava ele simplesmente sentava entre a pilha de livros e anotações e ali ficava até acabar dormindo. Dona Tereza, a senhora que cuidava da residência do médico, preparava o jantar e os colocava em tupperware no congelador, o que passou a não ser descongelado e nem consumido. Alimentos venciam na geladeira, frutas e verduras estragavam, e nada de Luís Henrique consumir nem nos momentos que estava em casa. Sua mente esgotada agora dava sinais em sua face, que um dia foi bela e feliz. Os cabelos que cresciam e a barba que deixou de fazer o tornava mais velho que o normal. Relaxado, infeliz e sem tempo, podemos dizer que essa é sua atual vida no mês de junho.

A casa que tanto amava voltou a se tornar seu maior martírio. Cada cômodo o fazia lembrar de Karen e dos momentos que foi feliz ao lado da esposa e vender a residência, localizada no Jardim Paraíso, estava fora de cogitação. Ali guardava memórias, em cada contorno, cada traço de tinta, cada móvel escolhido, cada quadro pendurado. Mas, era apenas isso, memórias e lembranças, sonhos que não podem ser realizados, pois o destino foi cruel com eles e assim se findou uma história de amor muito antes de se realizar por completo. Pode parecer crueldade minha contar tudo isso com tanta naturalidade, é que me familiarizei tanto com essa dor e a superei que agora ela apenas se tornou um degrau passado da vida. Todos temos nossos traumas, nossos sofrimentos e apenas nós podemos vencê-los e dar o próximo passo para a felicidade. Está pronto para as mudanças?

Enquanto os sacis fazem suas estripulias nas fazendas, e os visitantes aproveitam a Cuesta da cidade, o Dr. César Luís Guimarães, atual morador de Botucatu, conversa com o Deputado Estadual João Garcia por telefone. O psiquiatra decidiu mandar o filho para a Suíça baiana, essa é a tramoia dos dois primos que não se viam há mais de 10 anos. Ambos planejavam isso desde o início do ano, e a vaga havia surgido em Boa Nova, uma cidade pequena bem perto de Vitória da Conquista. Luís Henrique estaria aos cuidados da família paterna e seus avós irão adorar ter a presença do neto médico, o homem que seguiu os passos do pai e ganhou uma bolsa na universidade de medicina mais prestigiada e desejada. Não será fácil convencê-lo, mas irão. Luís precisa de uma mudança de 360º em sua vida ou... não vamos pensar no que pode acontecer, porque não vai.

Contar a tal mudança de ares foi como jogar gasolina na fogueira, o médico se afastou de sua família e se trancou ainda mais em seu casulo, porém o atual estado foi tão grave que até o PS o qual trabalhava encerrou seus serviços com a intenção de obrigá-lo a tirar umas férias. Conluio talvez, mas às vezes é necessário, uma vida perdida é uma família que chora e se culpa por não ter feito nada quando podia e nesse caso todos já podiam esperar o pior.

O mês de setembro estava começando e o ar pesado continuava entre eles. Os pais querendo ou não, tudo dependia do filho aceitar o trabalho provisório. Não havia como amarrar o médico e colocá-lo em um avião para bem longe. Luiza tinha até dado ao filho duas escolhas: ir para a Bahia e passar alguns meses ou entrar para os Médicos sem Fronteiras e passar um ano fora do país. Claro que eram apenas ameaças, não tinha como obrigar um homem adulto a fazer aquilo que ele não quer, porém, enquanto isso a situação continuava a decair mentalmente, ainda mais agora que não passava mais de oito a doze horas na sala de emergência do hospital.

Não havia explicações que mudassem sua cabeça, mas havia alguém que tocava profundamente em seu coração.

Jaú — SP, 13 de setembro de 2024.

— Me promete que vai fazer videochamada, só para eu ver como é essa cidade? — Amanda pergunta com uma carinha manhosa.

— Meu pai te pediu para me convencer?

— Não! Eu estou fazendo isso por vontade própria — ela move uma peça de xadrez. — Você não está bem, dá para ver em sua fisionomia, Luís! Quando vai parar de ser tão turrão assim?

— Mas e se você precisar de mim?

— Sei que pegará o primeiro avião e virá me ver. — Ele sorri quando percebe que ela havia comido mais uma de suas peças. — Quando você voltar, vou fazer de tudo para melhorar e ir morar com a vovó e o vovô!

— Por que você quer morar com eles e não comigo?

— Não é óbvio? Você não está cuidando nem da sua saúde, piorou que iria conseguir cuidar de mim, e outra, você também trabalha demais — responde com um biquinho — xeque-mate! Se distraiu e perdeu, bobão! Agora tome a água fresquinha que a Enfermeira Taís nos trouxe, ela é bonita, sabia?

— Amanda! Já conversamos sobre isso.

— Eu só quero seu bem, maninho. Me promete que depois que voltar da tal Suíça baiana, vai me levar para conhecer?

— É claro, você vai conhecer quantas cidades desejar — ele diz e se alegra quando ela dá a volta na mesa e senta ao seu lado o abraçando forte.

São os pequenos momentos que fazem toda a diferença em nossas vidas. Depois desse dia, Luís Henrique aceitou a proposta de ir trabalhar por três meses em Boa Nova — BA.

Três meses, muitas mudanças e várias descobertas. Hoje começa o início de uma nova vida. O motor do avião é ligado, as hélices começam a girar e o solavanco da subida aos céus.

Lá embaixo as luzes pintam as cidades durante a noite calma, em uma cidade do interior de São Paulo, uma família reza para que seu filho volte melhor depois dessa viagem, enquanto no avião o médico tenta dormir, o medo do desconhecido pesa em sua mente.

O avião decolou às 21:55 da cidade de São Paulo com uma duração de 01:55, chegando em Vitória da Conquista–BA às 23:30 do dia 24 de setembro. Sua tia Marta o esperava no aeroporto e levou o sobrinho para casa, deixando para decidir onde ele ficaria durante aquele tempo no dia seguinte, certeza que dona Dolores e senhor Laércio vão querer o neto bem pertinho deles.

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O que será que vai dar nessa mudança?

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