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Capítulo 13 - Só preciso ser entendida

Enquanto Luís Henrique andava pelos corredores em direção à sala que sua paciente está internada, Caroline, deitada na cama de hospital, toca seu ventre com mil pensamentos em sua mente. Ela não queria estar ali e pela segunda vez foi internada na maternidade com o risco de perder o filho. Um bebê que está apenas em formação em um corpo. Carol tinha vontade de gritar, de pegar suas coisas e fugir para bem longe, mas não podia, não com os irmãos pequenos. Ninguém a entenderia se explicasse o que estava acontecendo, e no silêncio será novamente julgada pelos médicos e por todos que souberem do que aconteceu. Aquilo não podia tornar a acontecer.

Um suspiro sai de seus lábios e ela vira para pegar o livro que está na mesa ao lado da cama. A capa um pouco amassada junto as folhas, mesmo ele sendo novo. Seu dedo indicador da mão direita toca na rosa-vermelha na frente e contorna as letras douradas que formam o nome do livro Metamorfose — O Despertar da Aurora. Como ela queria se perder em uma história de um livro e nunca mais voltar a realidade.

— Caroline — a Dr.ª Paola chama e a jovem levanta a cabeça olhando diretamente para os médicos que entram na sala — o Dr. Luís Henrique veio vê-la.

— Boa tarde! — O médico fala ao entrar na sala pequena com apenas duas camas de hospital, duas mesas de cabeceira e duas cadeiras almofadadas e uma poltrona para amamentação. — Como se sente? — pergunta ao notar os olhos úmidos de sua paciente.

— Bem — ela diz, embora não fosse verdade.

A obstetra se aproxima da cama e pega a prancheta a entregando ao clínico.

— Aqui está todo o atendimento, Dr. Vou voltar para a minha sala, se precisar de mim é só pedir para me chamar. Até o final dessa semana reúno tudo o que tenho sobre a paciente e peço para um motorista levar até o posto de saúde. Com licença — a médica sai deixando os dois ali.

Luís Henrique analisa as palavras descritas nas folhas da prancheta, tudo indicava um aborto induzido, ainda mais pela paciente ter passado por lavagem estomacal depois da mãe informar que ela tomou um chá contendo ervas. Nas descrições diziam que as contrações haviam parado. Pelo ultrassom mostrava que não havia dilatação do colo do útero. A bolsa amniótica estava normal e o bebê também. Caroline não reclamava mais de dores na barriga, só que ainda vomitava o que comia e sua pressão continuava baixa pela falta de ingestão de alimentos. O soro fisiológico hidratava seu corpo e o Dramin evitava boa parte dos enjoos, mas não todos.

O clínico guarda a prancheta e olha para a paciente que crava as unhas nas palmas das mãos em sinal de nervosismo.

— Livro novo? — Luís pergunta para quebrar a tensão.

— Sim.

— Posso ver?

Ela lhe entrega o livro com as mãos trêmulas. O médico finge não notar e observa a capa branca com o desenho de uma rosa entrelaçada a uma adaga.

— Fantasia ou romance? — questiona.

— Fantasia medieval — Carol fala analisando o médico que abre o livro. — Eu o derrubei e as folhas dobraram — confessa sem graça.

— Isso acontece.

Luís continua a folhear o livro, e pelo canto do olho percebe a inquietação de sua paciente, então ele lhe devolve o exempla pego por ela e depositado sobre a barriga como um sinal de conforto.

— Pelas anotações na prancheta, acredito que você tenha alta até o final da semana e depois tenha que ficar de repouso por mais alguns dias.

— Hum!

— Vou pedir para remarcaram sua consulta comigo.

— Está bem.

— Por que fez isso? — O clínico pergunta encarando a jovem. Carol morde os lábios e aperta o livro entre seus dedos, depois solta o ar pela boca.

— Foi... eu... — ela fecha os olhos e balança a cabeça em negação — eu não sei. — Luís percebeu haverem mais coisas ali, as quais ela se negava a dizer.

— Você não sabe ou não quer falar?

— Eu não vou fazer mais isso, eu juro — as lágrimas saltando de seus olhos castanhos e molhando sua face.

— Você precisa aceitar a terapia — o médico aconselha — falar sobre seus sentimentos vai te fazer bem.

— Eu não quero expor minha vida a um psicologo, por favor!

Luís Henrique inspira entendendo o quanto é difícil convencer alguém a aceitar ajuda, ele há pouco tempo estava na mesma situação.

— Eu te entendo. Passei por um processo traumático e levou sete anos para superar, ou melhor, eu não superei, só aceitei — diz atraindo a atenção de sua paciente. — Vim trabalhar nessa cidade porque fui obrigado pelos meus pais, era isso ou ser mandado para o exterior. — Ele puxa uma cadeira e se senta perto da cama, bem de frente para ela. — Estava em um estado que mais um pouco seria internado em uma clínica psiquiatra.

— Foi tão ruim assim?

— Sim. Eu perdi minha esposa em um acidente, e só aí fui descobrir que ela estava grávida. Foi difícil aceitar tudo.

— E como conseguiu?

— Minha família nunca me abandonou. Por isso, mesmo que tudo pareça estar dando errado, sempre tem pessoas que estão aqui para te ajudar — Luís percebe que Caroline havia parado de chorar. — Você não precisa ir no psicologo se não quiser, mas vai ter que passar semanalmente comigo. Vamos conversar e você irá dizer apenas o que se sentir confortável a falar. Pode ser assim?

A paciente engole a saliva e abaixa o olhar, passa o dedo indicador na rosa e solta o ar pela boca em sinal de derrota.

— Você promete que não vai me julgar como todas as outras pessoas dessa cidade? — Carol pergunta ao olhar nos olhos do médico que sorri vitorioso.

— Só se você prometer não vai contar a ninguém o que te falei — Luís fala inclinando o corpo para a frente e continuando a frase em um sussurro. — Se descobrem que eu estava com um fio para perder a sanidade mental, é aí que vão me jogar em um hospício sem direito a alta médica.

— Combinado! — A paciente sorri mais calma. Talvez ela precisasse realmente de ajuda ou apenas de mais uma forma de escapar do mundo em que vive.

Às vezes só precisamos colocar para fora os sentimentos que tanto guardamos a sete chaves ou daquele apoio que nos faz sentir seguro das maldades a nossa volta. Às vezes só precisamos conversar.

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Alguns temas pesados são abordados nessa história, então se não se sente confortável a lê-la, pare imediatamente! 

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