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Capítulo 43 - Visita a Lisboa

Com esta declaração dele para mim, e de mim para ele, nos deixamos estar ali abraçados. Éramos apenas nós ali, na nossa bolha, no nosso mundo. Nada mais importava. Tal como a história de Pedro e Inês, dois amantes destinados a serem infelizes por caprichos de uma sociedade conservadora.

E tal como eles lutaram pelo seu amor, eu e o Diogo iríamos lutar pelo nosso.

Hoje após meses vou voltar a Lisboa. Se por um lado me sinto feliz por voltar à cidade onde nasci e vivi durante 15 anos, por outro saber que me posso voltar a encontrar com aquele que me fez tão mal arrepia-me.

A parte melhor é que consegui convencer o meu pai a deixar-me ir de Comboio. Porquê? Porque desta forma eu e o Diogo vamos juntos.

Claro que ninguém sabe que ele vai comigo. Numa das nossas "escapadinhas" fomos à estação de comboio e comprámos os bilhetes. Combinamos que ele entraria numa outra carruagem e iria ter comigo já com o comboio em movimento. Vamos ter 2 horas de caminho, para namorar. E sem ninguém para nos atrapalhar.

Em Lisboa, vou ficar com os meus tios, já o Diogo preferiu ficar num hotel. Apesar de poder ficar com os tios, ele preferiu assim.

Pois para todos os efeitos ele estaria em Lisboa para ir a um casamento, de um suposto colega de curso. E os convidados vindos de outros pontos do país ficariam instalados no mesmo hotel, cortesia dos noivos.

Tentámos criar a melhor história possível, de forma a que ninguém soubesse do nosso pequeno segredo. Estou na estação com os meus avós e com o meu pai. Como não tinha aulas à tarde vou hoje (uma quinta feira). A Tia Luísa vai me passar uma declaração para eu poder justificar as faltas de sexta feira. Voltaremos no Domingo no final da tarde.

- Quando lá chegares telefona-me por favor.- diz a minha avó.

- Está descansada, até parece que ninguém me vai lembrar de vos ligar mesmo que eu me esqueça.

- Madalena. Tens a certeza que queres ter esta consulta com a tua Tia? Talvez se fosse alguém que não soubesse da história toda fosse mais fácil.

- Não. É precisamente porque a Tia Lu conhecer a história toda que eu me sinto mais à vontade, para além de ela me conhecer desde que estava na barriga da mãe.

- Tudo bem, promete-me que me ligas depois da consulta? Eu gostava que a tua mãe estivesse cá, ela devia estar contigo...

- Eu já falei com a Tia Marta, ela vai comigo- olho para o meu pai...- Eu não sei o que vai acontecer pai, mas eu prometo que se eu não te ligar a Tia Marta te liga.

- Tudo bem, vai lá. Os teus tios vão estar na estação para te ir buscar.

E assim eu subo para o comboio e sento-me no meu lugar junto da janela para me despedir. Quando o comboio já está fora da estação, olho para ambas as portas e nada de ver o meu amor. Será que ele não veio? Será que perdeu o comboio? Quando as lágrimas começam a cair, ouço alguém à minha frente...

- Achas mesmo que eu não viria?- e de repente quando olho para cima vejo-o a rir-se de mim.

- Parvo. Assustaste-me, pensei que não tinhas vindo. Bolas Diogo...

- Desculpa, não queria assustar-te.- logo ele saiu do lugar onde estava e sentou-se ao meu lado...- Bem e agora que estamos aqui bem juntinhos, o que vamos fazer?

- Não sei, mas temos duas horas para descobrir...

- Hmmmmm. Eu acho que não vamos precisar de duas horas para descobrir, eu sei o que quero fazer...

E sem me dar tempo para nada começa a dar-me beijos: na bochecha, no nariz, nos olhos, no pescoço até que chega à boca. E aí perdemo-nos, já não é só um beijo, as nossas línguas dançam uma dança que é apenas delas. De repente ouvimos alguém ao nosso lado: o revisor.

- Doce juventude.- o revisor diz e ri-se...- Os bilhetes por favor?- eu estou morta de vergonha, mas tiro o bilhete da mala e dou ao revisor, o Diogo só sabe rir...- Obrigado. E "crianças" tentem não gemer muito...- e segue o seu caminho.

- Meu Deus, eu não acredito nisto.- o Diogo ri à gargalhada enquanto eu estou com toda a certeza vermelha que nem um tomate...- Diogo para, pelo amor de Deus...

- Mada, não estávamos a fazer nada de mal. Relaxa amor.

- Relaxa! Sério, ele apanhou-nos a...

- A namorar. Madalena, que mal há em dar uns beijos à nossa namorada.- eu olho para ele mas viro costas olhando para a janela...- Madalena!?

- Diogo, tu sabes porque eu vou ver a Tia Luísa?

- Vais a uma consulta, se bem que não percebo porque não te consultaste com uma médica em Coimbra. Sei que terias contar o que te aconteceu, mas tenho a certeza que a Mara...

- Eu estou com medo Diogo.- e nesta altura ele vira-me para ele, e sinto as lágrimas a cair...- Depois do que aconteceu, eu não tive mais...a minha...a minha menstruação ela deixou de ser regular.

- Madalena, é por isso que...achas que podes ter ficado com algum problema?- desvio o meu olhar já cheio de lágrimas...- Podem haver 1001 razões para que isso aconteça.

- E se eu tiver algum problema? E se eu nunca puder ter filhos? Diogo, eu...nós não podemos...- ele coloca as suas mãos uma cada uma das minhas faces e faz-me olhar bem dentro dos seus olhos.

- Ouve bem o que te vou dizer: nada nem ninguém me vai fazer desistir de ti. Aconteça o que acontecer nessa consulta eu vou estar contigo.- eu queria falar mas ele deu-me um beijo interrompendo o que eu ia a dizer...- E caso não possas ter filhos, podemos sempre adoptar. Filhos do coração são tão filhos com os de sangue.

- Eu amo-te.- e depois da sua declaração de amor, eu simplesmente deixei-me ser abraçada e embalada.

Acabámos por nos manter ali abraçados, nos braços um do outro, sem segundas intenções. O tempo correu, e quando demos por nós já tínhamos chegado a Lisboa. Deixámos todos os passageiros saírem e despedimo-nos combinando encontrámo-nos à noite. Já tinha conversado com o Guga e com a Magui e combinámos uma saída os quatro.

O Diogo saiu primeiro, os meus tios não sabiam quem ele era, então seria apenas mais um passageiro, passado uns segundos saí eu e logo consegui ver os meus tios e a Nono. Caminhei até eles, e abracei-os.

- Mada, minha princesa que saudades.- a minha tia Marta já estava agarrada a mim que nem lapa.

- Marta larga lá a miúda. Anda cá sua peste...- e corro para o meu Tio que pega ao colo como pode...- estás a ficar um pouco pesada para isto. Mas continuas a mesma peste de sempre.

- E tu continuas o mesmo urso de sempre. O meu grande Tio e Padrinho Urso.- e ri-me com ele como há muito não o fazia...- Oi Nono, saudades tuas...

- Oi Nena. Vamos temos montes de coisas para conversar, uma delas: eu tenho namorado.

- O quê? Espera e o meu "ursão" deixou? "Ursão" tu deixaste a nossa ursinha namorar?

- Fui vencido pela maioria e mão pesada de uma certa "Mamã Ursa"...- eu ri-me...- não te rias, a "Mamã Ursa" tem uma mão pesada.

O caminho até casa foi todo a rir, a meio caminho lembro-me de ligar à minha avó e ao eu pai, apenas para avisar que já cheguei e que já estou com os meus tios. O meu pai quis falar com a minha tia Marta, acho que ele estava tão assustado com a consulta como eu. A minha tia garantiu que estaria ao meu lado o tempo todo e que lhe ligava assim que acabasse.

Quando chegámos fui abalroada pelos meus queridos primos: Martim de 13 anos, Miguel de 11 anos, Laura de 7 anos, Lucas de 3 anos e a mais nova integrante da família Maria de 1 ano. A coisa mais linda deste mundo. Depois de muitos mimos, subi com a Nono para falarmos um pouco.

- Quer dizer que estás a namorar? Posso saber com quem?

- O nome dele é Simão, ele é irmão da Gabriela, aquela tua colega lembras-te?

- Espera tu estás a namorar o irmão da Gabi?- ela assente...- Ele...ele é primo do...da Rute. Meu Deus, o mundo é bem pequeno.

- Tu conheces o Simão?

- Não. Quer dizer eu tenho uma vaga lembrança dele.- eu estou sem saber o que dizer, a minha prima está a namorar o primo do meu namorado.

- E tu? Já encontraste o teu príncipe encantado?- não sei se lhe conte ou não, talvez...afinal ela contou-me sobre o namoro dela...- Nena! Se estás assim tão calada, é porque tens, conta-me vá por favor.

- Ok. Sim eu tenho um namorado...há quase 4 anos.

- O quê? E o tio sabe? O teu avô?

- Não. E ninguém pode saber, Nono ele é mais velho que eu.

- E depois, o Simão também é mais velho que eu. A minha mãe teve um papel importante no facto do meu pai o aceitar, mas eles confiam em mim. E principalmente eles confiam no Simão.

- Estás a ver o meu pai depois do que aconteceu confiar em alguém? Ou o meu avô a deixar-me namorar com alguém?

- Nena eles não podem condenar-te uma vida inteira por um erro...

- Um erro que custou a vida da minha mãe, e quase custou a vida do meu pai.

- A culpa não foi tua, o teu pai é que saiu do hospital que nem doido para fazer nem sei eu o quê ao Ricardo. Como se o mesmo fosse preso pelo que te fez...

- Preso não, mas talvez fosse para um reformatório...

- E...conta lá! Quem é? Como se chama? O que faz?

- Ele é irmão da Rute, estuda medicina. Chama-se Diogo, e estamos juntos, mas mantemos tudo em segredo. Só a Mara, a irmã dele, o Guga e a Magui sabem. Bem agora também já sabes, mas por favor, não contes para ninguém.

- Eu não conto. E...quando é vou poder conhecer esse teu namorado?

- Talvez esta noite? Eu combinei com o Guga e com a Magui uma sessão de cinema...- a minha prima olha para mim a perguntar-se como é que uma saída com os meus amigos poderia fazê-la conhecer o Diogo...- Ele veio comigo, por isso vim de comboio.

- Ai que tudo, um amor proibido. Mas quando é que vocês vão assumir o vosso namoro? Não vão esconder para sempre certo?

- Talvez para o ano, quando eu entrar na faculdade.

E assim a manhã passou-se em casa dos meus tios, eu a Leonor a conversar até a minha tia nos chamar para almoçar. Nessa altura já os meus avós Manuel e Marina se tinham juntado à festa. O Lucas e a Maria não me largaram nem um minuto, não tive muito contacto com eles, apenas nas férias grandes quando estávamos todos juntos na terra do meu avô no Alentejo, mas eles eram bem pequenos, uns bebés.

Ao final da tarde eu e a Nono fomos para o seu quarto arranjar-nos. Mandei mensagem para o Diogo avisando-o da morada do restaurante, enquanto a Nono enviou para o Simão. Nós já tínhamos falado com os dois por vídeo chamada, e o Simão prometeu não contar nada.

Foi uma noite agradável, jantámos, conversámos e namorámos um pouco separadamente. No final do jantar depois de nos despedirmos do Guga e da Magui, os outros dois casais (no caso eu e o Diogo, a Leonor e o Martim) decidimos separar-nos um pouco e assim podermos namorar sem "plateia". Marcámos uma hora para nos reencontrarmos e cada um foi para o seu "encontro".

Quando chegámos a casa os meus tios estavam à nossa espera, apenas nos perguntaram quem nos tinha trazido a casa, a Nono logo respondeu que o Simão nos tinha trazido e fomos dormir. Amanhã seria a consulta. Se eu estava nervosa? Sim, estava a tremer de medo. Adormeci a pedir a todos os santos para que tudo corresse bem.

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