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Capítulo 37 - Pesadelo do Passado

A culpa tinha sido minha, não directamente, mas se eu não tivesse saído, se não tivesse discutido com ele. E as lágrimas de novo caíram sem eu poder evitar...sinto alguém a abraçar-me, olho para cima e vejo quem eu queria, a única pessoa que me consegue transmitir paz e segurança.

- Calma, eu estou aqui. Anda, vamos passear, vai-te fazer bem.- ajuda-me a levantar, coloca-me o capacete e partimos.

Não sei para onde ele me leva, mas sinceramente nem quero saber, só quero sentir esta liberdade que estou a sentir neste momento ao andar de moto com ele. Tiro as minhas mãos da sua cintura, levanto-me, estico os braços e grito, grito o mais alto que consigo. Sento-me de novo e agarro-me a ele de novo bem apertado.

Quando estamos a chegar reconheço o parque onde tudo começou...ele olha para mim e sorri. Saímos da moto, arrumamos os capacetes, e começamos a andar.

Olho paraco Diogo, depois para aquele lago, e sem pensar muito eu começo a correr até lá. Sinto-o a correr atrás de mim, a chamar por mim, mas eu não consigo parar e quando chego ao lago deixo-me cair de joelhos.

Eu já não tenho lágrimas, já não tenho forças para chorar...grito, berro, rujo. Sinto o Diogo a sentar-se atrás de mim a abraçar-me...

- Está a doer. Está a doer tanto...porquê é que ele me fez isto, eu não entendo.

- Amor, eu estou aqui. Vai passar, essa dor vai passar e eu vou-te ajudar.

- A culpa foi minha. Se eu não tivesse saído com ele, se eu não...

- Madalena, por favor acalma-te.

- tu não entendes? Se eu não tivesse saído, ela estaria viva, eles não teriam tido o acidente. A culpa foi minha, e eu não aguento esta dor de saber que eu podia ter evitado tudo isto.

- Madalena, olha para mim.- Diogo agarra na minha cara fazendo com que eu olhe bem nos seus olhos...- A culpa não foi tua. Tu foste vitima de um maluco que te bateu e o acidente dos teus pais podia sim ter sido evitado, mas por eles mesmos.

- Não...não...

- Madalena, tu por acaso deixaste pelo menos o teu pai falar?- eu nego com a cabeça...- Vês amor, vamos voltar para o hospital, fala com o teu pai. Depois, só depois decides o que fazer.

- Eu não consigo, eu não quero. Por favor Diogo, não me obrigues a voltar lá. Por favor...- eu sinto-me toda a tremer...

- Pelo menos manda uma mensagem ao teu avô ou ao teu irmão, só para os descansares...- acabo por concordar, pego no telemóvel e mando a mensagem...- E agora onde é que queres ir?

- Qualquer lugar, desde que seja contigo. Eu preciso de ti, preciso de saber que estou em segurança, e tu és o meu porto seguro.

- Que tal se eu pedir à Mara para vir ter connosco e trazer uma pizza. Ela ficou preocupada contigo. Talvez consigas desabafar com ela.

Acabo por dizer que sim, ele manda mensagem à Mara, que responde quase de imediato que daí a uma hora estaria no parque com o Martim, e com a Pizza. Deixamo-nos estar ali em frente ao lago, sentindo a brisa e o cheiro da relva acabada de cortar. Ficamos ali a namorar, a dar alguns beijos leves mas cheios de amor, algumas carícias, e risos.

É ali nos braços dele que me sinto bem, me sinto feliz, me sinto completa. Ele é o meu tudo, o meu farol quando estou no escuro, o meu porto quando me perco, o meu esconderijo quando preciso de fugir. Diogo é o meu amor. E hoje sei, hoje senti pela primeira vez na vida, que eu sou o tudo para ele, eu sou para ele o que ele é para mim. 

Ficamos ali, na nossa bolha, como se nada mais existisse. Estar com o Diogo faz-me sentir segura, no entanto, ter-me lembrado de tudo o que tinha acontecido comigo, de tudo o que "Richi" me tinha feito, começa a ter um efeito contrário ao que eu senti no dia do piquenique, e tudo o que quero é estar sozinha.

De repente, a Magui e o Guga vêm me à cabeça. preciso falar com eles. Começo lentamente a libertar-me do aconchego dos braços do Diogo. Ele olha para mim a tentar perceber o que se passava na minha mente.

- Eu preciso ligar a duas pessoas. Preciso mesmo de falar com elas, de ouvir as vozes deles.- digo-lhe sem rodeios.

- Posso saber quem são essas pessoas tão importantes para saíres dos meus braços?

Diogo faz um bico que me faz apaixonar ainda mais por ele, contudo, neste momento de quem eu preciso são das duas pessoas que melhor me conhecem.

- Não faças esse bico. Vou só ligar à Magui e ao Guga, eles são os meus melhores amigos, são quase como irmãos. Eu preciso de...- e calo-me porque não consigo dizer mais nada, uma vez que as lágrimas voltam a descer...

-Tudo bem. Fica aqui eu vou ligar à Mara e ver se ela está a chegar para ajudar.- dá-me um beijo e deixa-me sozinha para eu poder falar à vontade.

Marco o número da Magui, toca insistentemente, mas ela não atende. Será que está nas aulas? Mas são horas de almoço ela devia estar no refeitório a esta hora. Volto a tentar de novo, e nada, que raiva quando eu mais preciso ela não atende. Tento ligar para o Guga, pode ser que ele atenda, toca três vezes...

- Mada. Não devias estar nas aulas sua diaba.

- Oi Mada. Estás assim com tantas saudades palhacita?

Assim que ouço a voz do "meu irmão" e da minha melhor amiga, eu simplesmente não aguento e de novo me desfaço em lágrimas. Ouvir a voz deles, faz tudo ficar mil vezes pior, porque não o tenho aqui comigo para me abraçar, nem ele nem a Magui.

- Madalena. O que é que se passou? Porque estás a chorar?- Ele continua a falar, mas as lágrimas continuam a cair e eu simplesmente não consigo falar nada.

- Madalena, o que é que se passa? Mada, por favor acalma-te nós estamos a ficar preocupados...

Continuo sem conseguir dizer nada, e apenas choro: de raiva, de tristeza, de nojo, de saudade. Choro por tudo e por nada, choro porque é a única forma que encontrei de exteriorizar o que sinto dentro de mim...~

- Ei mana, o que se passa, por favor para de chorar, estou a ficar em panico aqui...

- Eu lembrei-me...- consigo dizer duas palavras, duas miseras palavras, e de novo as lágrimas voltam a inundar os meus olhos. Como os quero junto de mim, eu preciso deles comigo.

- Espera...- ouço-a dizer ao Guga para ir com ela...- Pronto, podes falar. Lembraste-te de quê?- respiro fundo, eu tenho que lhes contar.

- De tudo: do Richi nos convidar para sair naquela noite, de vocês dizerem que tinham planos, de eu tentar recusar mas acabar por concordar e ir com ele. Do jantar maravilhoso que tivemos nesse dia, dos ciúmes estúpidos que ele teve na discoteca, e de...

- Ma, o que foi que ele te fez?

- Ele...ele...

- O que é aquele filho de uma...te fez naquela noite? Porque se foi o que eu estou a pensar eu mato aquele desgraçado.

- Guga...por favor não. Eu não quero que faças nada...por favor...- e lágrimas correm de novo.

- Mada, o que foi que ele te fez? O que é que tu te lembraste?- Magui parece mais calma que o Guga.

Aliás de nós os três, ela sempre foi talvez a mais centrada de nós os três. Não que fosse mais responsável que nós, mas tinha uma calma impressionante quando estávamos com problemas, era sempre ela que nos acalmava e arranjava uma solução.

- Ele bateu-me...muito. Ele ficou com ciúmes do Diogo.

- Espera quem é o Diogo?- Pergunta Guga, que estava completamente fora do contexto.

- O Diogo é o "criado" da "Rainha da Noite"...- eu disse e Guga deu um "AHHH" percebendo finalmente quem era o Diogo.- Depois da cena de ciúmes na discoteca, o Richi trouxe-me para a rua, nós discutimos e para não dizer nada que me arrependesse eu quis entrar de novo, mas eles não me deixou. Começou a bater-me eu acabei por cair e foi quando ele...ele forçou...ele...

- Não acredito que ele te fez isso. Eu mato-o Madalena, eu juro que o mato se ele me aparecer à frente.

- Vê se te acalmas Guga, porque não vai adiantar nada ires ter com ele e bater-lhe. Mada...

- Estou aqui. Guga, por favor não faças nada. Por favor, promete-me que não lhe vais dizer nada?

- Eu não sei Ma, ele era meu amigo, mas tu...tu és minha irmã. Fui eu que vos apresentei, bolas a culpa foi minha, eu nunca pensei que ele fosse capaz disto.

- Gu tu não tiveste culpa. Eu gostava dele, e pensei que ele apesar de tudo também gostava. Eu vou conseguir superar isto, só gostava que vocês tivessem aqui.

- Estás onde? Estás na escola ou em casa?

- Estou num jardim com o Diogo, ele...ele tem sido o meu porto seguro. Eu lembrei-me de tudo, no dia em que...

  - Espera, como assim "o teu porto seguro"? E hoje é algum dia especial por acaso...eu não me lembro de nada para festejar? Madalena Fernandes, podes começar a contar?

- Eu...nós...estamos juntos. Mas estamos a namorar escondidos, eu sou menor e ele pode ficar em maus lençóis se alguém descobrir.

- Ai!!! Que romântico...parece mesmo a história do Romeu e da Julieta. E ele trata-te bem?

- Sim. Ele é o meu príncipe Magui. Lembras-te o que me disseste quando nos despedimos? Que eu iria descobrir o meu sapo em Coimbra? Acho que acabei por descobrir o príncipe dos sapos.

- Estás mesmo apanhada Mada, mas fico feliz por estares bem. Pelo menos estás com alguém que gosta de ti. Quer dizer, ele gosta de ti certo?

- Sim. Ele tem sido um anjo. Acho que a Rainha se apaixonou pelo servente...- e finalmente ao fim de horas consigo sorrir com os meus dois amigos.

- Bem pelo menos conseguimos fazer-te sorrir um pouco. Mada, será que os teus avós sabiam o que o Richi te fez?

- Não sei. O meu pai sabia, ele teve o acidente porque ia ter com o Richi.

- Espera mas como é que sabes isso?- Guga fica um tempo calado mas logo consegue juntar as peças...- Espera o Tio acordou?

- Sim, o meu pai acordou, e foi na altura que o ouvi a falar com o Pedro sobre tudo o que aconteceu que me lembrei de tudo. Entrei em pânico, nem consegui falar com ele, fugi do hospital, completamente desnorteada e liguei ao Diogo.

- Eu sei que tens muita coisa para resolver com o teu pai, que vai ser difícil, mas lembra-te que ele adora-te.

- Eu sei, mas olhar para ele fez me perceber que todos tinham razão: a culpa de tudo foi minha. Indirectamente eu matei a minha mãe.

- Madalena de Vaz Fernandes podes parar com essa ideia absurda. Tu não tiveste culpa de nada ouviste. Foi uma fatalidade, um acidente, e tenho a certeza que o teu pai não te culpa.

- A Magui tem razão, o Tio nunca na vida te iria culpar.- ouve-se  toque...- Está a tocar temos que ir. Vou mandar mensagem ao meu pai, ele vai gostar de saber da notícia. Talvez consigamos ir aí num fim de semana para visitar o teu pai.

- Eu ia adorar a vossa visita, preciso de vocês comigo. Não sei o que faria sem vocês...

- Nada, porque nós somos simplesmente maravilhosos. Bom agora temos que ir, cuida-te.

E depois de me despedir dos meus irmãos de coração, viro-me e vejo o meu amor com a Mara e o Martim, numa mesa já com as Pizzas e os Sumos. Fico a olhar para os três durante o que me parece horas, como eu gostava de ter aquilo de novo: uma família. Mas por minha causa nunca mais teremos, nunca mais seremos completos. Porque sempre irá faltar uma parte do puzzle.

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