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Capítulo 28 - Reencontro

- Tu estavas com eles? Ai desculpa eu não devia...

- Não. Quer dizer os meus tios e os meus avós dizem que não. Que o meu acidente e o deles foram em alturas diferentes, mas eu não me lembro. Só sei que acordei no hospital e que os meus pais não estavam lá. Depois...

Depois são apenas flashes que nem eu sei se são reais. Bem eu acho que são, tem partes que são, tem outras que eu espero que não sejam. Como aquelas que eu tenho em que alguém me está a bater, até que ouço alguém a pedir que me mantenha acordada.

"Naquele dia no hospital em que continuam a não me querer dizer onde estão os meus pais, eu simplesmente rebento...já não acredito em nenhuma das respostas. Sei que os meus irmãos precisam dos meus pais, mas quem está no hospital sou eu.

- Chega! - disse quando de novo a avó Nina voltou a sair do quarto assim que perguntei pelos meus pais...- Estou cansada de ver a avó a sair daqui a chorar assim que pergunto pelos meus pais.

- A Avó está só um pouco...

- Não sou parva, sei que me estão a esconder alguma coisa. Eu sei...

- Madalena, não te estamos a esconder nada, os teus pais estão ocupados com os teus irmãos. Eles vieram cá, mas estavas a dormir, já te tinha tido.

A tia Marta está a tentar enganar-me de novo, mas desta sei que tudo aquilo é mentira, porém achei melhor fingir que acreditava. Eu ia descobrir o que se passava, ai se ia. Quando deu a hora das visitas foram-se todos embora, continuei a fingir que acreditava na história que os meus pais estavam a tratar dos meus irmãos.

Nessa mesma noite depois da última ronda dos enfermeiros, decidi agir, levantei-me e fui até um gabinete onde sabia que havia um telefone, caminhei devagar, sem que ninguém me visse. Entrei, peguei no telefone e falei para minha casa rezando para que quem atendesse fosse a Zaza.

A Zaza era como uma segunda mãe para a minha mãe, ela era meia-irmã da minha bisavó. Filha bastarda que foi criada como tal até a minha bisavó decidir que a Zaza tinha tantos direitos como ela. Apesar da enorme diferença de idades, 20 anos, Zaza foi criada como se fosse filha da minha bisavó em vez de irmã.

- Boa Noite, em que posso ajudar? - era a Zaza, quase pulei de alegria, pelo menos esta parte do plano estava a resultar.

- Boa Noite, gostaria de falar com o Doutor Fernandes, é urgente. Tentei ligar para o telemóvel que ele me deu mas não responde.

- Ah! Minha querida é natural, o meu sobrinho teve um acidente grave. Está no hospital e a minha sobrinha, coitadinha...

- Acidente!?- nem sei como não desabei naquele momento, fiquei muda sem saber o que dizer ou o que fazer, Zaza continuava a falar, mas eu já nem a ouvia. Até que...

- Estou? Estou quem fala? Zaza já te disse que não podes atender o telefone assim.- era a voz da minha tia, eu desliguei rapidamente.

Tentei voltar para o quarto agarrada às paredes. O caminho tinha-me parecido mais curto, agora para regressar parecia não ter fim. Nem sei como conseguia colocar um pé à frente do outro sem cair nem tropeçar. A única coisa que vinha à mente eram aquelas duas palavras "acidente grave", e quanto mais tentava lembrar -me de alguma coisa, mais zonza ficava.

Será que tivemos um acidente os três? O que raio é que se passou naquele dia? Porque é que não me lembro de nada? De repente tudo fica desfocado, sinto-me a cair e tudo escurece.

Na manhã seguinte, quando acordo vejo os meus tios no quarto a falar com os meus avós paternos, ainda não os tinha visto por aqui, pelo menos daquilo que eu me lembrava, mas tendo em conta que eu não me lembrava do acidente, era possível eles terem cá estado e nem me lembrar.

As lágrimas estavam prontas a sair, mas contive-as o máximo que consegui, não queria chorar, não ainda. Quando se aperceberam que eu estava acordada, os meus avós saíram do quarto sem sequer me falarem, a minha tia veio ter comigo e deu-me um beijo cheio de carinho.

- Com que então andou a aprontar hoje durante a noite! Nena, sabes que não podes andar por aí ainda estas a recuperar.- eu não olhava para ela olhava para a porta por onde o meu tio e os meus avós maternos entraram.- Nena estás a ouvir-me? Madalena?

- Porque é que me mentiram? Porque é que me esconderam o acidente? Eu quero vê-los, eu quero ver os meus pais.

- Madalena, como é que tu? Foste tu, foste tu que ligaste ontem? Foi a Zaza que te contou. Nena!

- Eu quero ver a minha mãe e o meu pai...eu quero vê-los.

Depois desta conversa consegui ir ver os meus pais, eles estavam mal, a minha mãe pior que o meu pai. Tive alta, e passado dois dias recebi a pior notícia do mundo - a morte da minha mãe. O meu mundo todo caiu-me aos pés, o resto já vocês sabem vim para Coimbra e deixei tudo o que um dia conheci. Soube, no entanto, que o meu acidente e o acidente dos meus pais foram distintos e que eu não estava com eles no carro."

- Desculpe...- digo depois de me acalmar...- É que tudo isto: cozinhar, conversar enquanto preparamos o pequeno-almoço me faz lembrar da minha mãe e dói. Dói muito saber que nunca mais vou ter estes momentos.

- Eu sei que talvez já te tenham tido isto, mas, a tua mãe estará sempre junto de ti...- e colocando a sua mão no meu coração...- Aqui, ela estará sempre aqui.

- É que eu sinto, que a culpa de certa forma foi minha. Sinto olhares de raiva, de dor, de desprezo. Seja do meu avô, dos meus tios, dos meus primos e até do meu irmão.

- Não, não digas isso. Tenho a certeza que eles te amam, tenho a certeza que é só impressão tua.

- Eu não sei. Eu não me lembro de nada daquele dia, os médicos dizem que um dia me vou lembrar mas eu não sei se me quero lembrar, tenho medo que realmente eu tenha culpa...tenho medo de me lembrar e me doer mais.

- Madalena, tens que deixar de pensar nisso. Vive a tua vida como se todos os dias fossem únicos. Não penses no que foi, ou no que virá, vive o hoje, e se um dia te lembrares desse dia, nesse dia decides o que fazer.

Abraço a mãe da Rute como se estivesse a abraçar à minha, pode parecer estranho mas senti naquele abraço a presença da minha mãe, era como se a estivesse a abraçar a ela, e não a abraçar a mãe da Rute. Senti um sentimento bom a alimentar o meu coração, não sei de onde veio mas deu-me a força que eu precisava para conseguir pelo menos tentar seguir em frente.

- Bom isto já está tudo pronto, por isso vou lá acima acordar a Rute. Que tal um fazermos um piquenique hoje, vamos apresentar-te Coimbra?

- Acho que seria óptimo, iria adorar. Obrigado.

- Muito bem, então depois de tomarmos o pequeno almoço preparamos tudo para o nosso piquenique. Vou telefonar à Teresa, ela é minha amiga assim dos tempos de escola, nós éramos assim que nem tu e a Rute. Ela tem quatro filhos se bem que três deles são mais velho que vocês, mas vamos nos divertir muito eu tenho a certeza.

Ela deu-me um beijo na testa e saiu para chamar a Rute. Eu apenas sorri com a alegria dela em falar da tal amiga, e parece que vejo a minha mãe a falar da Tia Luísa. Sempre pensei que eu teria isso apenas com a Magui, mas hoje tenho a certeza que terei também com a Rute. E sinto-me feliz por isso, pois no meio de tanta coisa triste que passei ganhei uma outra amiga para a vida. De repente sinto alguém entrar, olho para trás e nem acredito, é ele, tem que ser ele.

- Bom Dia. -digo baixo, ele nem se apercebeu que eu estava ali.

- Bom Dia, desculpa eu não percebi que estavas aí, eu vim só beber água...

- A casa é tua e não minha.- eu disse-lhe sorrindo com a forma atrapalhada como ele falou.- Já agora queria agradecer-te por me teres salvo.

- Não fiz nada de mais...- eu interrompo-o, como assim não fez nada de mais, eu podia ter morrido senão fosse ele.

- Tu salvaste-me, eu podia ter morrido...outra vez - disse mais para mim mesma do que para ele.

- Outra vez? Quer dizer que já foste salva antes?

- Sim, em Lisboa, mas eu não me lembro de nada. Só sei que acordei no hospital...- eu tinha que tirar esta história do beijo da minha cabeça, descobrir o que ele sentia...- Posso fazer-te uma pergunta?

- Se eu conseguir responder...

- Porque é que me foste ver ao hospital, e antes de te chateares, a Rute ela não fez por mal, estávamos na conversa e ela falou.

- Porque...a verdade é que nem eu sei porquê.- ele ia a sair da cozinha mas eu agarro-lhe no braço, e meu Deus que braço, que músculo...

- Eu lembro-me.- ele fico a olhar para mim confuso...- Do que me disseste "Minha Rainha, Minha Anja"! E lembro-me de...lembro-me de sentir o teu beijo.

- Eu não o devia ter feito, desculpa. Não vai voltar a acontecer.- e de novo ele tenta sair, e de novo eu evito.

- Eu gostei. Foi bom, doce, intenso...- e olho para o meus pés.

Sei que neste momento devo estar mais vermelha que um pimentão, onde é que eu estava com a cabeça, estava praticamente a declarar-me para alguém que eu não conhecia de lado nenhum. De repente sinto a sua mão no meu queixo. Ele faz-me olha para os seu olhos, e que olhos...eles parecem duas avelãs. E no segundo seguinte estamos com os lábios quase colados num beijo, que começa suavemente mas acaba por ficar mais intenso.

- Desculpa eu não posso, desculpa...

- Porquê? Porque é que não podes? Tens namorada, é isso?

- Não, eu não tenho namorada. Madalena tu és menor, e eu...eu só muito mais velho que tu.

-Quanto mais velho, uns quatro anos. E depois, o que é que a idade tem a ver com tudo isto.

- Eu tenho 20 anos Madalena, e tu 14...

- Quase 15, faço anos daqui a duas semanas, por isso tecnicamente temos o quê 5 anos de diferença.

- Madalena, se...- ele ia continuar a falar mas ouvimos a Rute e a mãe, separamo-nos, ele caminha até ao fogão e eu sento-me de novo no lugar em que estava. E assim ficamos a olhar um para o outro sem dizer nada.

- Está tudo bem, por aqui?- pergunta a mãe deles dando um olhar estranho ao Diogo. Será que ela ouviu alguma coisa?

- Sim mãe. A Madalena estava só a agradecer-me por a ter ajudado.

- O meu irmão Herói. - diz uma Rute super animada e abraça-se ao Diogo.- Vamos todos fazer um piquenique em família, e tu estás intimado em ir, até porque a mãe convidou a Tia Teresa e o Tio Alexandre e isso quer dizer que tens que controlar aquele otário do André.

Depois de todos tomarmos o pequeno almoço, incluindo o Sr. Rui, preparámos a comida e fomos para a minha primeira lição de como não me perder em Coimbra. Pelo menos foi assim que a Rute chamou a primeira parte do passeio.

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