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Capítulo 22 - Magui e Guga

E assim saímos do quarto e fomos ter com o pai dela que falava com os meus avós. Depois de todas as recomendações, obrigações e proibições lá fomos para casa da minha nova Amiga.

Durante o caminho fui contando à Rute tudo que se tinha passado com a Magui e com o Guga, bem pelo menos o pouco que eu sabia, porque a verdade é que a ela não me disse muita coisa. Eu nunca a tinha visto tão desesperada. Porém, uma coisa eu tenha a certeza: a Magui não é de chorar por ninguém.

É claro que ela devia saber, mais do que ninguém, que picar a onça (sendo que a onça era o Ricardo) não era de forma nenhuma uma boa ideia. Mas o Guga também sabe bem como é o amigo, ele conhece-o bem, aliás bem demais e melhor do que qualquer uma de nós. 

O Gustavo, ou Guga para a família e amigos mais chegados, como eu (se bem que nós somos mais irmãos do coração) é filho de uma amiga de infância da minha mãe. A tia Luísa e a minha mãe cresceram juntas, quase como irmãs. 

Acabaram mesmo por tirar o mesmo curso: medicina, se bem que em especialidades diferentes uma tirou pediatria e a outra ginecologia. Casaram-se as duas com advogados, aliás a minha a mãe conheceu o meu pai através do Tio Vasco. O primeiro casal a casar foi a Tia Luísa e o Tio Vasco e um ano depois os meus pais.

Um pouco depois do meu irmão Pedro nascer, elas decidiram criar a sua própria clínica, pois com filhos e uma casa para gerir tornava-se muito difícil continuar a ter os horários do hospital, com turnos malucos. Assim a pequena clínica que começou apenas com elas as duas, numa lojinha com apenas dois consultórios, hoje é uma das mais reconhecidas clínicas em Lisboa.

Eu e o Guga fomos gerados mais ou menos pela mesma altura, se bem que ele é um pouco mais velho que eu, apenas um mês e uns dias, o que na cabeça dele equivale a dez anos, como sempre exagerado. Costumamos dizer que somos irmãos de gestação/coração. E depois de nós ainda nasceram as minhas três irmãs e mais as três pestes da Tia Luísa: duas meninas gémeas a Laura e a Lara, e um menino, o Vicente. 

Somos uma grande família, apesar de não haver laços sanguíneos, tratamos os mais velhos de tios, e os mais novos são como primos. Passávamos férias juntos, aniversários e até nos Natais nos juntávamos. Quem disse que para ser considerado Família tinhamos que partilhar DNA?

À medida que fomos crescendo eu e o Guga continuámos sempre unidos, até que um dia entraram nas nossas vidas o Ricardo e a Margarida. Houve ciúmes, zangas, horas sem nos falarmos, houve de tudo.

Porque simplesmente não soubemos lidar com o facto de mais alguém se intrometer entre a nossa amizade especial. Mas como dizia a minha avó Nina, "não há mal que sempre dure...", e ela tinha razão nunca conseguíamos estar mais que 24 horas sem nos falarmos, era uma missão completamente impossível para nós. Sim 24 horas, este era o nosso recorde pessoal de silêncio e indiferença.

Contudo, com paciência, sabedoria e tempo, fomos aprendendo a conviver os quatro, se bem que eu não suportava o Ricardo e ele por sua vez não suportava a Magui. Acho que o que o povo diz "Quem desdenha quer comprar" é verdade, tanta quezília entre mim e o Richi que acabámos por começar a namorar, pois acabamos sempre por gostar do que detestamos.

A Magui, ou de seu nome completo Maria Margarida Mendes, mudou-se para a nossa escola na primária. Era uma menina risonha, mas ao mesmo tempo reservada, o que na verdade nada tem a ver com a verdadeira Margarida Mendes que acabamos por descobrir: uma miúda completamente extrovertida. Com os anos eu e a Magui, tornámos-mos inseparáveis, melhores amigas de e para sempre.

Contávamos tudo uma à outra: segredos, desilusões, conquistas, derrotas, tudo, mesmo tudo. Na escola éramos as palhaças de serviço, mas, nunca abusávamos da sorte e todas as partidas que fazíamos eram quase sempre inofensivas. Normalmente o que nos  livrava dos castigos dos professores era o facto de ambas sermos boas alunas, ou talvez porque muitas das vezes éramos tão boas actrizes, que até nos fazíamos de vítimas.

Quando chegámos a casa da Rute, tentámos correr para o quarto dela para podermos resolver o "Caso Magu" como a minha nova amiga o chamou. Ela estava mais ansiosa que eu, até parecia que os conhecia desde sempre tal como eu, que fazia parte do nosso grupo maravilha.

Mas depressa a mãe dela nos travou para nos cumprimentar e pedir que não fizéssemos muito barulho pois a irmã da Rute tinha acabado de chegar do hospital.

- Tudo bem mãe, eu prometo que não fazemos muiiito barulho.

- Rute Sofia Ramos! Se tu acordas a tua irmã, eu nem sei o que te faço. Sabes bem que ela chega do hospital cansada e precisa de descansar.

- Mãe! Já te pedir não sei quantas vezes: é só Rute.

- E eu já te respondi que o teu nome é esse, por isso é por ele que te vou chamar.

- Mãe.- a senhora Dulce logo colocou um olhar daqueles que fuzilam qualquer pessoa...- Tudo bem, prometo ninguém vai acordar a Mara.

- Rute So...

- Mãe...já te prometi, por favor podemos ir para o quarto?

- Vão lá, sem bagunça?

- Anda, vamos falar com o Guga.- esta Rute é uma figura, ainda bem que a encontrei.

Logo me puxa para o seu quarto. Assim que entro no quarto, e antes de falar para o Guga, não aguento mais. Eu tenho que saber se a médica que me atendeu no hospital, é de facto familiar da Rute.

- Posso só perguntar-te uma coisa antes?- e como ela assentiu eu fiz-lhe a pergunta que me andava a atormentar à muito tempo...- Aquela rapariga que te vai buscar à escola de vez em quando, quem é?

- É a Mara, a minha irmã. Bem na verdade ela é só minha meia-irmã: ela é só filha da parte do meu pai. Mas para mim ela é minha irmã, posso não ter o mesmo sangue nas veias mas somos irmãs de verdade.

- Ahhhh...

- Ela está a dormir aqui mesmo ao lado e daqui a pouco vai acordar muito mal disposta.

- Porquê mal disposta? 

- Daqui a pouco já vais perceber...- e dá um sorriso de quem vai aprontar.

- Tu não a vais acordar? A tua mãe dá cabo de ti, eu vi o olhar dela...

- Mas vai ser engraçado ver a cara da Mara a acordar...-e dá uma risada...- Tu vais ver. E depois ninguém se vai zangar, eles não conseguem.

- Como assim?

- É só colocar a minha cara numero 33, e apesar de zangados, é uma gargalhada pegada nesta casa. E agora podemos falar ao Guga?

- Espera antes preciso de te contar uma coisa. Quando eu estive no hospital, aqui em Coimbra, foi a tua irmã que me tratou?

- Sim, eu sei. E também sei que o príncipe a cavalo que te salvou foi o meu irmão. Ele encontrou-te junto à capela, trouxe-te até cá a casa, e esteve no hospital até saber que estavas bem.

- Foi o teu irmão que me encontrou? Era ele que estava comigo, que me...- Meu Deus! Foi ele, foi ele que me beijou. Só pode ter sido ele.

- Sim. Nunca vi o meu irmão tão angustiado, a sério até parecia que te conhecia, sei lá parecia que eras da nossa família.

- Nem sei o que pensar, mas acho que vou ter que lhe agradecer. Bem vamos ligar ao Senhor Guga "Rute Sofia".- não consegui evitar de a picar um pouco, e ver a Rute tentar fazer cara de zangada é muito divertido.

Peguei no telemóvel e marquei o número: tocou, tocou, tocou e tocou. Ai! Se ele não me atende nem sei o que lhe faço. Continuou a tocar, não acredito que aquele anormal não vai atender o telemóvel, mas se ele pensa que isto fica assim. Não fica não.

Resolvi desligar e telefonar à mãe dele, sim eu tenho o número da Tia Luísa. Sempre tivemos o contacto das mães um do outro, porque se uma não pudesse atender a outra passava o recado. 

Estou com uma raiva daquele miúdo que nem sei, uma coisa é ele não atender a Magui, se bem que ela não tinha feito nada de mal. Afinal tudo foi uma armação daquele animal do Richi. Mas agora não me atender a mim...isso já era demais

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