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Capítulo 12 - Mara

Olá o meu nome é Mara. Sou médica e amo o que faço.

Moro com os meus pais, acho que apenas comodismo. Amo a minha família. Apesar de a minha mãe não ser minha mãe, o que no meu caso pouco importa. O que são genes, sangue quando o principal a Dona Dulce sempre me deu: amor, carinho...

Eu sou a filha que nasceu do coração, como ela diz. Os outros, apenas têm a particularidade de partilhar os mesmo genes e sangue que ela. Amo-a desde que a conheci pela primeira vez.

Ainda hoje me lembro, ela era enfermeira e tratou de mim quando tive leucemia aos 2 anos. Foram uns anos complicados, mas consegui superar com altos e baixos. No meio desses altos e baixos ela apaixonou-se pelo meu pai e ele por ela.

Hoje somos uma família normal como qualquer outra. Os meus irmãos são o meu maior tesouro. O Miguel é aquele irmão com quem sempre discuto, o Diogo é aquele com quem desabafo e a Rute é a bebé da casa.

Assim que o Diogo sai do consultório do Martim, desmancho-me em lágrimas, nunca tive uma discussão destas com o Diogo. Sempre nos fomos unidos, contamos sempre tudo um ao outro apesar dos 8 anos de diferença que temos.

Já com o otário do Miguel, não havia um dia que não tivéssemos uma discussão pelas coisas mais absurdas que vos possa passar pela cabeça. A nossa mãe dizia que era a forma mais bonita de amor fraterno que conhecia. Eu nunca consegui perceber essa sua frase, eu tinha 5 anos quando o Miguel nasceu. E apesar de sentir que talvez aquele pequeno ser, que entrava na minha vida, iria ocupar um lugar apenas meu, nunca senti ciúmes.

Os meus pais sempre conseguiram transmitir-me que o Miguel não vinha ocupar o meu lugar, que sempre teria o meu. Ao fim de uns anos, depois de uma discussão com o Miguel eu virei-me para os meus pais e disse-lhes em alto e bom som "Eu quero outro irmão. Estou farta do Miguel. Quero um irmão só para mim. Vocês ficam com o Miguel" .

Claro que os meus pais riram-se, a minha mãe chamou-me e colocou a minha mão na sua barriga e olhando-me bem fundo nos meus olhos "Acho que o teu desejo vai ser concretizado muito em breve". Eu pulei,  gritei...estava feliz eu iria ter um irmão só para mim, já o Miguel não estava nem aí.

Quando o Diogo nasceu, só para que conste fui eu que escolhi o nome, os meus pais queriam algo com M, eu fiz valer dos meus direitos de irmã mais velha. Eu adorava tratar dele, ao contrário do Miguel que sempre teve ciúmes do Diogo.

Fazia tudo, claro que sempre com a supervisão da minha mãe uma vez que apesar de ser crescida ainda era uma criança de 8 anos: dava-lhe o biberon, mudava-lhe a fralda, cantava-lhe para ele dormir, e quando ele começou a ficar mais crescido era eu que lhe dava banho. Nós sempre tivemos uma relação umbilical, como dizia a minha mãe, ás vezes parecia que éramos gémeos não precisávamos de falar para saber o que um ou outro queria dizer.

Mas a forma como o Diogo me falou hoje e me olhou quando saiu daqui, foi como se me estivesse a espetar uma faca no coração. O seu olhar era frio, mas, triste ao mesmo tempo; a sua voz azeda e seca, contudo, transmitia uma profunda dor. Martim aproximou-se de mim, virou a cadeira e ajoelhou-se, abraçando-me, simplesmente me deixei levar pelo vale de lágrimas que tinha dentro de mim.

O Martim! O que dizer desta pessoa maravilhosa que sempre esteve ao meu lado. Somos amigos desde que me lembro, fizemos sempre o mesmo percurso académico e nem eu sei quando, houve um momento em que nos vimos de forma diferente. E assim ele passou de ser o meu irmão e melhor amigo, e passou a ser o meu namorado, o meu amor.

- Pequena, amor. Não fiques assim. O Diogo está nervoso, está confuso, mas ele sabe que o que fez está errado.

- Martim...não é por isso que estou assim...é...

- Então porque é que a minha pequena está assim?- ele levanta-se, levanta-me, senta-se na cadeira e coloca-me ao colo dele.

- Nós nunca nos falámos assim Martim. Eu sinto que ele precisa de mim, mas desta vez eu não posso, aquela miúda é menor. Se...

- Mara, ninguém viu nada. A enfermeira Susana sabe apenas que ele entrou sem nosso consentimento. O que se passou lá dentro vai ficar entre nós...

- Eu não sei o que fazer. Ele podia estar em maus lençóis...

- Mas nãos está. Mara vamos ver pelo lado positivo...

- Alguém tem que lhe meter juízo na cabeça. Eu vou para casa, não consigo estar aqui, não tenho cabeça.

- Tudo bem. Vamos os dois, eu já acabei o meu plantão. E tu dizemos que estás indisposta...

E assim fizemos, eu cancelei todas as minhas consultas daquela tarde e o Martim foi tratar de uma ultimas papeladas e saímos do hospital. Passado uns vinte minutos depois, estamos a caminho da minha casa.

Quando chegamos, o meu pai estava a encarar o Diogo com uma cara de poucos amigos, mas estava a falar num tom até bastante calmo, apesar do tom sarcástico do Diogo. Tenho a certeza que ele não vai contar nada, e sei que vai ficar chateado comigo mas alguém tem que lhe colocar juízo na cabeça e desta vez eu sei que não vou conseguir.

"- Posso saber onde é que tu e o André estiveram? E não me mintas Diogo?"

"- Não falaste com ele, ele não te disse onde estávamos?"

"- Disse. Mas eu fui até lá e vocês não estavam. E não me venhas dizer que tinham acabado de sair e que nos desencontramos."

"- Ok. Já percebi este não é o meu dia, eu conto-te tudo não precisas de te zangar: nós ajudamos dois caloiros a ir para o hospital. Foi isso."

"- Os miúdos aleijaram-se durante as praxes?- a minha mãe estava tipo em pânico, ela também nunca gostou desta coisa das praxes.

"- Não, eles receberam uma chamada de um tio para irem para o hospital. Eu não sei pormenores e nós fomos só lá pô-los. O miúdo era novo aqui em Coimbra e estava tão aflito que achei melhor ajudá-lo."

Não podia acreditar que o Diogo estava descaradamente a mentir ao meu pai. Eu não telefonei ao meu pai, como ele me fez prometer se o Diogo aparecesse no Hospital, quando percebeu que ele tinha saído da faculdade sem autorização. Mas, acreditei que o Diogo apesar de tudo quando chegasse a casa contaria a verdade, ou pelo menos parte dela. Mas ele estava a mentir sem mostrar sequer qualquer tipo de arrependimento.

- Diogo, para. Se não contares tu ao pai conto eu.

- Tu hoje tiraste o dia para me chatear foi? Porra Mara, eu adoro-te mas hoje não estás a facilitar.

- Diogo. Não fales assim com a tua irmã. Ainda por cima à frente do Martim. - começa o meu pai a gritar.

- Estou cansado que se metam na minha vida e a Mara hoje está a abusar. - Ele olha para mim com um olhar triste e confuso...- Já te pedi desculpa, já te disse que não se repete, para de me azucrinar a cabeça.

- Contas tu ou conto eu? - Eu não podia permitir que ele saísse dali sem pelo menos admitir que a foi ver...- Estou à espera Diogo.- eu não ia desistir, ou ele contava ou contava eu.

- Eu já contei tudo. Eu fui só ajudar os miúdos.- ele olhou-me quase a implorar para que não dissesse nada e ao mesmo tempo a desafiar-me para que o fizesse, e no fundo ele sabia, ele tinha a certeza que eu o faria.

- Tu ajudaste os miúdos sim, mas esqueceste de contar que um deles é irmão da Madalena, da miúda que tu salvaste.

- Diogo! Eu não acredito, tu foste vê-la outra vez não foste? Mesmo depois de eu te ter proibido.

- Ele conseguiu entrar no quarto dela sem ninguém o ver e sem autorização.- e nesse momento fui para junto do meu pai, parecíamos um tribunal da inquisição a questionar o "bruxo" pronto a ser queimado vivo.

- Diogo. Tu entraste sem autorização num quarto de uma desconhecida? E se alguém te visse lá? E se não tivesse sido a tua irmã a entrar? 

- Chega!!! Sei que não devia ter feito o que fiz, sei que errei. Podem estar descansados os dois eu nunca mais a vou ver. Aliás eu vou esquecer que algum dia eu a vi, agora se me dão licença eu vou para o quarto.

- Diogo!- grito-lhe também...- Esta conversa ainda não acabou, temos que falar sobre...

- A conversa contigo acabou Mara. Tu não és nem minha mãe, nem meu pai. Tu não és nada meu, és apenas minha meia-irmã.- ouvir aquilo fez o meu coração estilhaçar-se em mil bocadinhos.

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