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jessikinha3108
crismarques86
ingridsunny
cefrlf59
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Passou um mês e meio desde o Baile, desde aquela noite que nunca mais esquecerei. Eu e o Diogo, com a ajuda da minha avó, conseguimos alguns momentos sozinhos. Não eram muitos, nem durante muito tempo, mas, como dizia a minha avó quando saímos para o nossa "missão secreta", sim ela parecia uma adolescente a ajudar outra adolescente, "mais vale um pássaro na mão do que dois a voar". E assim aproveitávamos o "pássaro", ou seja o tempo que tínhamos.
Mais uma vez acordei enjoada, tem sido assim desde à duas semanas. Não falei com ninguém, já que estou meio desconfiada de uma coisa. Assim que estou arranjada e com um ar menos apático depois de vomitar o que tinha e não tinha no estômago, desço para tentar comer alguma coisa.
- Bom Dia Madalena.- diz o meu pai.
- Bom Dia pai, Bom Dia Mila.- olho para a mesa e dá-me uma volta ao estômago.
- Não vais comer nada? A Mila fez sumo de laranja agora mesmo.
- Não pai, estou meio com dores, acho que estou naqueles dias.
- Já tomaste alguma coisa?- pergunta a Mila, aceno que não...- Vou-te fazer um chá e umas bolachas, tens que ter alguma coisa no estômago para tomares alguma coisa.
Passado um pouco Mila aparece com um chá e umas bolachas. Apesar de conseguir beber o chá sem muito custo, as bolachas ficam lá todas. Assim que acabo, subo para o meu quarto para supostamente tomar o remédio. Porque é claro que não vou tomar, porque se for o que estou a pensar não vou tomar nada que possa prejudicar a situação.
Decido que tenho que acabar com esta dúvida, e decido ir até à farmácia. Saio do quarto, desço as escadas e não está ninguém na sala, melhor assim não tenho que dar muitas respostas. Porém, como nada é como eu quero o meu pai aparece à porta da cozinha.
- Onde vais Madalena.
- vou só dar uma volta pai. Para ver se melhoro, o ar fresco vai-me fazer bem.
- Queres que vá contigo...
- Não. Eu prefiro ir sozinha...por favor, preciso desde tempo. Eu prometo que não demoro muito.
- Tudo bem. Só tenho medo que te sintas pior e...
- Eu levo o telemóvel, se me sentir mal eu ligo-te prometo.
- Eu posso ir com ela Pai.- diz a Lu, e pronto e agora o que é que eu faço.
- Tudo bem, anda.- não sei como vou fazer para ir à farmácia com a Luísa sem ela perceber o que vou comprar, mas alguma coisa vou ter que inventar.
Saímos as duas, fomos até ao jardim que havia ali perto. A Lu estava muito calada e quieta e isso era meio estranho. Ela nunca ficava assim, a não ser que estivesse com algum problema. Mal ela sabia que o meu talvez fosse maior que o dela.
- Lu. O que é que se passa? Tu só ficas assim quando...
-Eutenhonamoradoenãoseicomocontaraopai.
- Só percebi o "pai" no fim da frase, podias falar mais devagar.- Lu olha para mim com algumas lágrimas nos olhos.- Ei! Calma, seja o que for nós resolvemos.
- Eu tenho um namorado.- olho para ela e dou um sorriso...- Mas, eu não sei como contar ao pai.
- Lu, tu tens 15 anos, é normal teres um namorado. Eu comecei a namorar o Ricardo era mais nova e apesar dos pais não gostarem eles nunca me proibiram.
- Mas o Tiago é mais velho que eu. E...
- Que idade é que ele tem?
- 17 anos. E antes que me perguntes, eu conheci-o um dia quando fui ao cinema com a Vera. Encontrámos a Rute e o namorado, e com eles ia o irmão gémeo...
- Espera...esse Tiago é o irmão gémeo do Tomás?- Lu apenas assente...- Lu, eu gosto imenso do Tomás ele é uma óptima pessoa, mas o Tiago...ele é meio...como é que eu te vou dizer isto, ele é meio imprevisível.
- Imprevisível!? Eu diria outra coisa...como estúpido, mulherengo e outras coisas.
- O que é aquele ser te vez. Eu mato-o se ele...
- Nós...ele...nós fizemos aquilo...- Lu diz meio envergonhada e eu apenas fiquei a olhar para ela. Como assim a minha irmã já fez...eu não consigo acreditar.- Foi há um mês, e bem aquilo está atrasado. Nena, eu estou com medo.
- Tu achas que podes estar grávida? Lu...- e agora o que raio é que eu faço? Se o que ela diz for verdade eu não posso ir embora. Ela vai precisar de mim...mas e eu? Ela agarra-se a mim a chorar...- Ei. Calma, vamos à farmácia. Compramos alguns testes e fazemos.
- Fazemos!?
- Eu...eu acho que estou grávida do Diogo. Bem, para te dizer a verdade, tenho quase a certeza.
- O que vais fazer? Vais contar ao pai? Ao Diogo?
- Primeiro vamos à farmácia comprar os testes para as duas. Depois, logo vemos o que fazemos. Um passo de cada vez.
Fomos em direcção à farmácia, conversámos muito. Fiquei a saber que o idiota do Tiago simplesmente começou a ignorar a Luísa depois de conseguir o que queria. Mas se ela estiver mesmo grávida, ele não se vai escapar, pode ter a certeza. Chegámos e comprámos uns seis testes, eu paguei e fomos para casa. O caminho de regresso foi em silêncio, ambas ficámos a pensar no que poderia acontecer se o resultado fosse positivo.
- Já chegaram? O que é que compraram?
- Doces.- eu disse...- Sabes que quando fico nestes dias eu preciso de doces. Vamos para o meu quarto.- respondi e subimos as duas.
Assim que chegámos ao meu quarto, entrámos e fechámos a porta. Tirei os testes do saco e entreguei-lhe três. Expliquei como ela tinha que fazer e deixei-a sozinha na casa de banho do meu quarto. Nem um minuto depois ouço a Lu a chorar, entro e percebo o porquê. É um choro de alívio, ela acabara de ficar menstruada, ou seja, foi apenas um atraso. Fui buscar uma roupa para ela, ajudei-a a vestir e deitei--a na minha cama. Depois fui eu fazer os ditos testes.
- Achas mesmo que estás grávida?- pergunta-me a Luísa depois de me deitar de novo ao lado dela à espera que desse o tempo.
- Acho. Para além da menstruação estar atrasada, eu ando com enjoos, com uma fome meio estranha...- olho para a Lu...- O pai não pode saber, não por enquanto.
- Eu não conto. Prometo.- ela olha para o relógio...- Os cinco minutos já passaram. Queres que eu vá lá?
- Não. Tenho que ser eu a ir...- levanto-me, entro na casa de banho e devagar vou virando.
Olho para a porta e vejo a Lu, as lágrimas já me caem pelos olhos. Não sei nem porque choro, se choro de alegria por esta vida, se choro por insegurança, por medo do que pode vir a acontecer. Só sei que choro. Abraço-me a minha irmã e ficamos ali as duas sentadas no meio da casa de banho.
- Vais contar ao Diogo?
- Vou, claro que vou. Mas, não hoje. O pai vai achar estranho eu sair.
- Mada!? Vocês não estavam separados, quer dizer, o pai proibiu-te de...
- A Avó tem estado a ajudar-me. Lu, isto não pode sair daqui. Por favor, o pai não pode nem sonhar com isto.
- Eu não digo nada.- ela olha para mim, depois coloca a mão em cima da minha barriga...- eu vou ser Tia...posso ser a madrinha?
- Não sei. Vou pensar...- saímos finalmente da casa de banho e deitamo-nos na cama a conversar sobre tudo.
Falámos sobre o Tiago, sobre o que ela sentia, dei-lhe alguns conselhos. Não quero a Lu a sair magoada. O Tiago não presta, não tem nada a ver com o Tomás. Falámos sobre o que eu vou fazer. A Lu está a levar esta coisa de ser Tia muito a sério, já até tenho pena do feijãozinho aqui dentro. E assim acabámos por adormecer as duas, nem jantámos esta noite.
No dia seguinte acordei bem cedo, deixei um recado ao meu pai. Disse que ia dar uma caminhada, que estava em casa para o pequeno almoço. Tentei ligar para o Diogo, mas ele não me atendeu. Resolvi ligar à Mara, ela deveria saber se ele estava de serviço no hospital ou não. Felizmente ela atende e fico a saber que o meu príncipe estava a sentir-se mal e tinha ido para casa.
Quando chego vejo não só a moto do Diogo, como um carro que não conheço. Estou ansiosa, mas eu sei que ele vai ficar ao meu lado. O Diogo nunca irá me deixar sozinha nesta. Quando abrem a porta vejo o que jamais queria ver.
Traição. Os meus olhos não querem acreditar no que está à sua frente: uma mulher apenas de camisa do Diogo, e ele apenas de cuecas...isto não pode estar a acontecer, não pode. Não agora, não neste momento. Saio dali, sem nem saber para onde ir...
Mais uma vez a minha vida virou de ponta a cabeça. Mais uma vez não sei o que vou fazer.
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