Capítulo 95: Vamos nos expor.

Charlotte Katakuri estava a caminho do aniversário e sua irmã depois de atender um chamado sobre invasores no território da Mama quando deu de cara com esses mesmos invasores.

Sinceramente? Ele não esperava nem um pouco ver um navio-sol com uma bandeira de uma caveira usando chapéu, parecia tão inocente e infantil que ele quase passou direto, porém, se eles passassem por si, a Mama comeria seu fígado, literalmente.

Então é óbvio que os abordou, uma tripulação certamente incomum, uma tripulação que ele ouviu muito falar nos últimos tempos já que desafiaram a Mama há um mês.

A alaranjada no leme era Cat Bulgar Nami, a navegadora, então havia a Criança Demônio Nico Robin, arqueóloga, o atirador, God Usopp, o ciborgue Franky e o Soul King Brook, carpinteiro e músico do bando, também haviam os minks.

Tony Tony Chopper, o médico e dois outros que não possuíam cartazes, novos integrantes provavelmente, e, claro, haviam os dois mais altos, o Demônio do East, Roronoa Zoro e Mugiwara Gol D. Luffy.

Em um submarino que passava despercebido ao lado do navio com cabeça de leão, havia uma outra tripulação, a do Shichibukai Trafalgar Law.

- Ei! Você tá no caminho! - A voz de Mugiwara no Luffy o fez voltar a encarar o capitão pirata que parecia irritado.

- O que querem no território da Mama? - Se aproximou mais da amurada pronto para invadir o navio inimigo.

- Você é burro? Viemos pro casamento! Meu nakama vai casar e eu vim ver!

Era mesmo, o membro que faltava nesse navio era Blackleg Sanji, que se casaria com sua irmãzinha em algumas horas.

- Não vou deixar que continuem.

- Então teremos que lutar - Roronoa Zoro bufou fazendo Katakuri franzir o cenho.

Eles realmente achavam que iriam o vencer? Novatos corajosos e estúpidos.

- Zoro - Luffy chamou fazendo o espadachim dar um passo para trás parecendo ainda irritado - Ei, homem-doce! Nós estamos com pressa e eu sei que você também.

- É por isso que vou esmagá-los o quanto antes - Katakuri garantiu.

- Vamos lutar, nós dois, se eu ganhar você nos deixa passar, se ganhar então damos meia volta!

O Charlotte franziu o cenho, poderiam simplesmente os atacar, porém demandaria tempo e ele realmente queria estar presente no casamento da irmã, sabia que não ia perder, nada do que esses novatos fizessem escaparia de seu Haki, então uma luta mano a mano era realmente uma boa pedida.

- Luffy-san, tem certeza? - Pedro encarou o Gol D. que sorriu enquanto dava alguns passos a frente.

- Confie no meu capitão - Zoro rosnou vendo como Katakuri pesava os prós e contras antes de concordar.

- Certo - O General Doce saltou para o convés do Sunny fazendo o navio balançar perigosamente - Já adianto que essa luta é uma perda de tempo para você, afinal sou capaz de prever tudo que pode fazer.

- Shishishi! - Luffy abaixou a aba do chapéu cobrindo os olhos, fumaça começando a sair de si enquanto se elevava no ar - Nunca ouviu falar que sou imprevisível?

- Não para mim.

O Mugiwara ergueu o chapéu encarando Katakuri, os olhos vermelhos e o sorriso extremamente largo.

- Veremos!

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Sabo respirou fundo enquanto Dragon se afastava, ele não acreditava nisso! Não queria perdoar tão fácil! Não com todos os traumas que Luffy carrega!

Só que... melhor do que qualquer um, ele conseguia entender Dragon e suas escolhas, entendia porquê ele fez da forma que fez e conseguia simpatizar com o remorso que o homem claramente sentia.

Sabendo que acabaria por ceder, o Chefe do Estado Maior levantou correndo atrás de seu líder.

- Dragon! Qual exatamente é o seu grande plano afinal?

- Existe algo, na última ilha, que o Governo Mundial fará de tudo para que ninguém descubra, algo que revelará tudo sobre o passado e tornará impossível as coisas continuarem como estão.

- E qual seu grande plano? Ir atrás do One Piece também? - O Portgas cruzou os braços irritado, geralmente não se incomodava com a forma enigmática do Monkey, porém, dessa vez, apenas o irritava.

Ninguém cegaria na última ilha antes de Luffy! Absolutamente ninguém!

- Isso quer dizer que farão de tudo para que Luffy não chegue lá, não será apenas com a Marinha que eles precisarão se preocupar - Dragon parou na entrada de sua sala - Meu plano é os manter tão ocupados que não conseguirão ir atrás dele.

- E como exatamente faremos isso?

- A princesa Nefertari Vivi é uma aliada dele, certo? E o que ela fez?

- Colocou o reino em jogo para apoiar Luffy.

- Ela se expôs, tornou o foco o Paraíso por tempo o suficiente para Luffy reivindicar Dressrosa e se auto afirmar como Yonkou agora com três ilhas aliadas a ele - O homem encarou seu jovem braço direito sabendo que pareceria loucura, porém já tinha pensado muito sobre isso e sabia que precisava ser feito.

A guerra nunca acabaria caso eles lutassem de forma isolada, precisavam de algo para fazer tudo explodir, como a erupção de um vulcão e Gol D. Luffy seria esse vulcão, tinha certeza.

- Vamos nos expor.

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Katakuri cambaleou ao sentir outro soco o atingir, seu haki era incapaz de acompanhar esse garoto! Como isso era possível?!

O Charlotte caiu de joelhos, os olhos arregalados. Como isso era possível? Como poderia estar perdendo?

Seus olhos caíram para sua própria tripulação, inquieta, pronta para intervir ao menor sinal, encarou a tripulação de Luffy, todos eles continuavam no mesmo lugar, sorrisos no rosto, os mesmos sorriso de quando começaram.

Mesmo que no início estivesse vencendo, mesmo que durante a primeira meia hora Luffy não conseguisse acertar sequer um soco, nenhum deles desfez o sorriso ou moveu um dedo, completamente confiantes de seu capitão.

E então o jogo virou, de repente mesmo com o Haki da Observação Avançado, não conseguia prever o que o outro ia fazer, era como se ele não estivesse pensando para agir, ou então pensando tanto e mudando de ideia a cada milésimo de segundo que era impossível acompanhar.

Quantas vezes parecia que ia ganhar um soco ou chute e, a centímetros de seu rosto, Luffy mudava de ideia e preparava outro golpe completamente aleatório?!

O capitão Mugiwara riu antes de dar o último soco que derrubou Katakuri contra o convés fazendo-o rir.

- Vamos, Charlotte, vamos assistir o casamento da sua irmã!

Ele havia perdido...