Capítulo 65: Luta interminável.

Luffy piscou, olhando em volta confuso, tudo em si doía, por que tudo doía? Onde estava?

"Seu pequeno demônio."

Gritou, suas pernas cedendo enquanto caia em cima de um chão tão quente quanto lava, isso o fez gritar mais ainda, mas não conseguia reunir forças para se levantar, um soluço o deixando, por que tudo estava doendo?! Que lugar totalmente escuro era aquele?!

"Como se fôssemos seguir um capitão como você!" A voz de Zoro o fez erguer os olhos notando seus nakamas ali.

Luffy quis sorrir, aliviado em os ver bem, mas não conseguia refrear as lágrimas de dor.

"Patético" Nami zombou.

"Eu te odeio!" Usopp rugiu, Luffy soluçou.

O que tinha de errado?! Ele tinha feito algo? Por que estavam o atacando assim? Não eram mais nakamas?

"Seria melhor se morresse" A voz de Brook o quebrou, o fazendo se encolher, ignorando a dor das queimaduras em sua pele.

"Como se eu fosse gostar de uma pequena aberração!" Ergueu novamente os olhos encontrando Shanks ali, zombando "Apenas um objeto, um que já não tem mais valor!"

Um chute do Yonkou o fez rolar pelo chão de lava, seu chapéu caindo enquanto tornava a gritar.

"Eu me arrependo de ter um filho como você" A voz vaga de Dragon soou em seu ouvido.

"Esperava que as chamas tivessem te matado" Garp confessou.

Luffy não aguentava mais, soluçando e gritando, pedindo para pararem, ele não queria mais ouvir, não queria mais sentir, ele só queria morrer!

"Um irmão como você é tão inútil!" A voz de seu irmão o fez erguer os olhos encontrando os dois ali, apenas eles.

Tentou sorrir, Sabo e Ace, eles o amavam, certo? Estavam sempre consigo...

"Te odiamos" A fala dos dois fez Luffy cambalear pra trás, não aguentava mais, não queria mais saber, iria deitar ali e esperar sua morte, só... só parem de falar!

- Mugi-chan, não desiste! 

A voz fez Luffy abrir os olhos, encarando o vazio, de onde veio isso?

- Não desiste!

- Mugi-chan, você consegue!

Era... era Bon-chan!

- Porque ele é meu amigo!

Amigo... isso, Luffy não estava sozinho, ele tinha amigos, ele tinha Bon-chan! Bon-chan, que estava em perigo! Precisava o achar! Precisava o ajudar! Não podia perder seu amigo!

Com um último grito, Luffy se ergueu notando estar em uma caverna, respirando ofegante olhou em volta caminhando até a única porta, a socando com tudo até que abrisse.

Piscou para a claridade, sorrindo gigante antes de se jogar contra Bon-chan!

- Bon-chan! Bon-chan é você!

- Mugi-chan! - Bon Clay sorriu retribuindo o abraço.

- Eu ouvi você, Bon-chan! Você está bem?!

- Se eu estou bem?! Você foi envenenado!

- Shishishi! Eu sou forte!

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- Sir Crocodile, ou devo dizer, Newgate Yone, está na hora - A fala fez o ex-Shichibukai encarar o lado de fora, nem um pouco ansioso enquanto se erguia - Newgate Marco, você também.

Marco ergueu o olhar, sem muito ânimo.

- Espera, o que? - Crocodile franziu o cenho encarando Marco que sorriu pequeno.

- Não achou que eu esconderia isso, sabendo o que faria, achou, irmãozinho?

Os soldados entraram, soltando Marco antes de o algemar.

- E-espera! - Ace tentou se mexer.

- Não se preocupe, você também vem - Megallan anunciou enquanto Ace era solto e algemado.

- N-não! E-eu, eu sou o suficiente, se é o que querem, só eu basta!

- Ace! - Crocodile franziu o cenho.

- Por que contou sobre isso, Crocodile?! Por que contou sobre sua ligação com Oyaji?!

- Para te poupar, seu grande idiota, acha que ele ficaria feliz?!

- E acha que ele ficaria feliz se você morresse?!

- Creio que estejam falando do Mugiwara Luffy - A fala divertida de Megallan fez os dois homens congelarem.

- O que fez com ele? - Crocodile sibilou - O que fez com meu filho?!

- Croc! - Marco gritou, ótimo, agora Luffy teria ainda mais o governo em sua cola!

Megallan franziu o cenho, devia relatar isso, mas, bem não era como se Luffy fosse sobreviver.

- Ele está preso, a pequena confusão que aquele demônio armou já se encerrou e logo a vida dele também, já deve estar morto a essa altura.

- Seu! - Ace tentou atacar Megallan, sendo contido.

- Ace, não conseguirá nada assim! - Crocodile o lembrou, Luffy não estava morto, não podia estar!

Ace encarou Megallan.

- Deixe Marco e Crocodile irem, eu sou o suficiente para terem um bom show.

Megallan riu.

- E por que isso?

- Porque eu sou filho...

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Luffy olhou em volta assim que chegou no nível seis, os olhos arregalados, uma cela estava completamente vazia, seu estômago afundou.

- Eles acabaram de sair - A voz o fez se virar para outra cela - É você mesmo? Mugiwara D. Luffy?

- Onde está Ace?! E Croc?! Ivan-chan disse que ele está aqui também!

- Eles acabaram de ser levados, subiram pelo elevador.

- Certo! - Luffy começou a correr.

- Espere! Me leve com vocês, eu quero ajudar de alguma forma, em gratidão à Barba Branca-sama e Ace-kun!

Luffy parou antes de se virar, a cabeça inclinando.

- Quem é você?

- Jinbei.

- Vamos! Temos que nos apressar! Se descobrirem sobre Ace...

- Eles já sabem - Jinbei agradeceu quando a cela e suas correntes foram cortadas e os seguiu, esperava que chegassem a tempo.

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Luffy já estava de saco cheio, ele conseguia sentir a comparação de Ivan-chan dele com aquele dragão estúpido, ele não queria ser visto como filho de Dragon!

Mas não tinha tempo para discutir sobre isso, sequer sabia porque chamou aquele homem de pai quando Ivan-chan citou o nome, mas agora não era o momento, precisavam sair e Megallan estava a sua frente de novo enquanto esperava que os outros conseguissem um navio.

Tentou a todo custo o conter, querendo proteger seus novos companheiros, havia até mesmo reencontrado Buggy, não que fosse um reencontro feliz, mas precisavam sair, o mais rápido possível.

Começou a correr, chamando quem ficou para trás consigo, saltando para o mar assim como Jinbei pediu.

Ele havia ouvido o canto das baleias, um riso o deixando enquanto agradecia a ajuda, Jinbei ficou o olhando, maravilhado, enquanto Luffy conversava no caminho para o navio, convencendo as baleias a destruírem um dos navios navais que estavam os atacando.

O sangue ainda corria quente em si enquanto se sentava, ofegante, sua visão embaçando pelo veneno, mas não se importou enquanto olhava em volta, estavam perto dos Portões da Justiça, mas não é como se a marinha fosse abrir para eles.