Capítulo 62
Capítulo 62: Iguais.
Luffy estava encrencado e ele nem mesmo fez nada!!!
Ao que parecia ele tinha caído em uma ilha só de mulheres no Calm Belt, uma onde homens eram estritamente proibidos, até tentou explicar que não se importava, poderia ir embora, mas elas não quiseram ouvir resultando em uma perseguição.
Todas elas estavam com medo, ele conseguia ouvir, o sentimento vibrando junto ao seu, elas estavam com medo de sua imperatriz, do que ela faria caso descobrisse Luffy, mas o D. não tinha tempo para isso, precisava sair dali.
Se estava vivo, seus Nakamas também estavam, ele precisava sair dali, ele precisava os achar, garantir que estavam bem e seguros, mas como fazer isso?!
Respirou fundo se decidindo, ele teria de enfrentar a imperatriz se quisesse sair dali, era a única forma.
Rumou então de volta para a cidade, olhando para ver se encontrava a tal imperatriz.
"O castelo" O muro o contou.
- É? Aquela construção enorme?
"Lerdo... o que mais seria?"
- Grosso! - Luffy fez bico, antes de correr para lá, saltando para o telhado, afinal entrando por cima evitaria guardas por mais tempo.
O D. caiu em algo molhado, se assustando, era uma armadilha?! Estaria morto?! Tentou se levantar, arregalando os olhos ao notar algo a sua frente, parecia o sol da testa do Hachi!
Um grito o atordoou e só então Luffy notou estar em algo raso, uma banheira, não o afogaria pelo menos.
- Você! - Alguém gritou, irritada consigo, Luffy ouviu das paredes que era a imperatriz e ela estava furiosa consigo.
- Nee-sama, ele viu! - Uma das outras contou fazendo Luffy piscar, confuso.
- Você viu? - A mulher morena questionou assustada.
- Vi? O sol? - Luffy inclinou a cabeça confuso.
- Isso é algo que ninguém jamais deveria ver! Você deve morrer! - A mulher decretou.
- Hm, não, obrigado, não posso morrer, preciso encontrar meus nakamas!
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Luffy saltou evitando o bote das irmãs, tentando proteger as mulheres petrificadas, as coisas tinham, novamente, desandado e ele estava ficando cansado disso!
A imperatriz, Boa Hancock, ficou completamente irada por Luffy ter visto aquela tatuagem e o jogou na arena para ser morto enquanto todas as outras assistiam, então três guerreiras, as mesmas que o salvaram quando chegou ali, tentaram o ajudar, assumindo a culpa, e foram transformadas em pedra.
Então as duas irmãs mais novas da imperatriz foram ordenadas para o matar e agora eles estavam nesse jogo, ele impedindo que as guerreiras se machucassem enquanto as mulheres-cobra tentavam o matar.
Uma das guerreiras foi pega pela mulher-cobra, e Luffy precisava aprender a guardar nomes, fazendo o Mugiwara se desesperar, a gama de sentimentos que vinha contendo desde Water Seven e apenas se acumulando vindo à tona enquanto gritava as mandando parar, todas caindo ajoelhadas em toda a arena.
O garoto não quis saber, saltando e pegando a estátua antes de a colocar em local seguro, evitando o fogo que quase o pegou no caminho e derrubando uma das enormes mulheres-cobra.
Seus olhos se arregalaram quando viu e Luffy se jogou nas costas da mulher que, por pouco, não caia nos espinhos afiados no fundo da arena.
- E-espere! - Ela gritou - N-nesse momento a única coisa que está ocultando minhas costas é ele.
Boa congelou, encarando a cena, era verdade, o fogo tinha queimado a roupa de sua irmã e ela estava com as costas nuas.
- Está tudo bem, não se mexa - Luffy murmurou, a voz embargando quando se lembrou da vez que Chopper teve uma farpa no dedo e o capitão o confortou para Nami a tirar.
- P-por que está fazendo isso? - A imperatriz questionou, franzindo o cenho.
- Você disse que era algo que ninguém poderia ver - Luffy argumentou, nem ele sabia direito o porque de ajudar essas mulheres que estavam tentando o matar, mas ele fez.
- Saiam todas, antes que os Olhos de Górgona sejam revelados! - Alguém gritou, mas Luffy não prestou atenção, ele estava ouvindo outra coisa, algo que chorava de tristeza, os corações das irmãs Boa.
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Luffy inclinou a cabeça, confusão o tomando, assim que a arena esvaziou a imperatriz lhe deu uma escolha: sair dali e encontrar seus nakamas ou libertar as três guerreiras.
Luffy queria ir até seus nakamas, garantir que eles estavam bem e cuidar deles, sem contar que queria falar com Sabo, saber se Ace já estava bem, ele estava tão preocupado com todos! Mas aquelas três tentaram o ajudar, indo contra seus medos só para isso.
Claro que ele sequer pensou duas vezes antes de pedir por elas, daria um jeito de encontrar seus nakamas e irmãos depois, poderia ir escondido no navio da imperatriz ou algo assim, ajudar as três era o mais urgente.
Isso pareceu afetar Hancock que as libertou e expulsou da arena antes de chamar Luffy para o palácio, era onde estavam agora, com a imperatriz mostrando suas costas.
- Você disse já ter visto essa marca, então sabe o que significa, certo?
Luffy inclinou a cabeça, era parecido com a marca de Hachi, mas não era um sol o que a imperatriz tinha nas costas, foi o que relatou fazendo a mulher suspirar.
- Essa é a marca dos Dragões Celestiais, todos aqueles marcados com isso são escravos.
Luffy deu um passo pra trás, o rosto branco, o estômago revirando, de repente não tinha mais fome, apesar de ter acabado de lutar.
- E-escravas...
Indiferente aos sentimentos do capitão pirata, a imperatriz contou sobre sua história e de suas irmãs, como foram raptadas do navio das piratas Kujas e como foram forçadas à escravidão por longos anos até um homem peixe, um ser que desafiava o próprio governo, invadir a terra natal dos Dragões Celestiais libertando seus companheiros e qualquer outro das amarras da escravidão.
Que elas encontraram o caminho de volta e a mais velha assumiu como imperatriz para proteger essa ilha e as irmãs, que se tornou Shichibukai para impedir que outras de seu povo passasse por isso e que, caso essa marca fosse vista, elas cairiam em desgraça e não poderiam mais viver nessa ilha.
- Escravas - Luffy tornou a sussurrar, ouvindo tudo em segundo plano antes de erguer seu short, o suficiente para revelar uma cicatriz quase do tom de sua pele, no interior de sua coxa, suas mãos tremiam enquanto contornava o que há muito existiu ali.
Hankcok arregalou os olhos ao identificar o tracejar invisível, encarando Luffy assustada.
- Como... como fugiu? Não é da nossa idade, não teria como ter fugido conosco.
- Não foi um dragão - Sussurrou antes de tornar a esconder a marca, por ser tão escondido nem Zoro nem Sanji a tinham notado, o que o D. agradecia - Era um nobre da ilha que vivi, ele não podia colocar coleiras que explodem, então fingi de morto.
Hancock sentiu as lágrimas virem, pela primeira vez na vida ela via um homem, outra pessoa, como seu igual além de suas irmãs.
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