Capítulo 55
Capítulo 55: Sou capaz de tudo por meu capitão.
Zoro sentiu o peito doer, aflição o tomando, nada naquela noite pareceu correr bem! Mas que merda absurda!!
Eles haviam encontrado um barril no mar, Luffy disse que os peixes estavam rindo, dizendo ter uma surpresa engraçada, o que fez o capitão querer pescar, mas era apenas uma pegadinha, foi quando uma névoa densa os cobriu e as coisas começaram a ficar estranhas.
Eles conheceram um esqueleto vivo, isso se esqueletos pudessem estar vivos, chamado Brook, Luffy o quis imediatamente, mas não deu tempo de Zoro pensar em como o arrastar à bordo já que ele logo saiu.
O Sunny acabou preso em uma teia de aranha estranha e eles tiveram de descer para explorar a ilha que apareceu do nada, então começaram a aparecer criaturas estranhas, Luffy quis adotar duas, por sorte Sanji o impediu, e a porra de Zumbis!
No meio de toda a confusão suas sombras foram roubadas e eles acabaram lutando contra outro Shichibukai, Geko Moria, para as recuperar ou então nunca mais poderiam sair ao sol novamente.
Tinham finalmente o derrotado, o dia nasceu e eles quase morreram antes de suas sombras voltarem, estavam tão cansados e todos só precisavam descansar antes de seguirem viajem, mas então outro Shichibukai apareceu, Kuma o pacificador, este que tinha ordens para matar a todos.
Zoro era o único acordado, ainda tentando impedir que Kuma levasse seu capitão, praticamente implorando para ser ele no lugar, Kuma pareceu pensar um pouco, foi quando Sanji acordou, dizendo para levar a ele e então o mundo de Zoro desabou.
Merda! Ele mal conseguia entender o motivo, mas parecia tão irreal Sanji não estar ali por ele, os dois discutindo e se ajustando silenciosamente para cuidarem de Luffy, ele não podia, ele simplesmente não podia perder Sanji e não estava nem um pouco a fim de pensar em o que essa merda toda significava.
Então desmaiou o loiro, voltando a falar com Kuma, ambos se afastaram do resto deles, Kuma criou uma bolha, a tirando de Luffy, dizendo ser toda a dor e o cansaço do capitão.
Zoro soube que não sobreviveria, não só pelo que passaram naquele dia, mas pelo passado do capitão, ninguém era capaz de suportar tudo aquilo e ele iria experimentar.
Engoliu em seco, o único indício visível de seu medo, antes de dar um passo pra frente, os braços cruzados, um pedido de desculpas à Kuina enquanto mordia a língua para não gritar.
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Zoro abriu os olhos gritando, seu corpo inteiro convulsionava com a dor que se alastrava sobre si, ele conseguia sentir cada ferida que Luffy já tinha tido, desde um ralar de joelhos, até... virou-se ignorando a dor em sua coluna para tentar vomitar, mas nada saiu.
- Aqui desse lado não existe uma maneira de vomitar - A voz o fez arregalar os olhos, tomando ciência de onde estava antes de se virar encarando a criança que lhe sorria.
- K-Kuina...
- Olá, perdedor - A garota sorriu.
- Eu estou morto?
- Ainda não, eu não gosto de ficar lá então sempre desço, foi quando eu vi o que fez, o seu sacrifício, e suicídio, te permite escolher, você vai ter que andar, sair dessa floresta, só existem duas formas, uma vai curar as dores que sente e te trará a felicidade e outra irá fazer você sentir dores piores que as atuais.
Kuina desapareceu, deixando Zoro sozinho, o esverdeado ignorou a dor enquanto sentava, olhando em volta antes de começar a andar, confuso, ele tinha que achar as saídas, não precisava passar por elas até ter certeza de para onde levava.
- Ei! Diga alguma coisa! - A voz era abafada e distante
Zoro suspirou ao reconhecer a voz de Sanji, o cozinheiro teria de lidar sozinho com todos agora.
Lembrou-se de Luffy, de suas promessas para com o capitão e sentiu a primeira lágrima cair.
- Luffy, me desculpa, eu prometi nunca o deixar, mas era a única forma de te proteger - Sussurrou para o nada antes de dar mais um passo para frente, despencando para o vazio.
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Luffy soube assim que viu, o corpo de pé de Zoro, mesmo que Chopper tenha encontrado os batimentos, mesmo que estejam tentando o salvar, Luffy soube, as lágrimas querendo cair enquanto ouvia as árvores sussurrarem o sacrifício de seu nakama.
Isso tudo tinha acontecido porque não era forte o bastante, porque não os protegeu, era a terceira vez que um nakama sentia a necessidade de se sacrificar.
Ele precisava ficar sozinho, precisava de ar, precisava...
- Luffy? - A voz de Nami o fez se virar, a navegadora o abraçou com carinho - Está tudo bem pedir ajuda, você não precisa ser forte sozinho sempre.
"Ele voltou."
"Verdade! Ele voltou!"
"Tá mais pra ele caiu de volta."
- Tenho certeza que Zoro vai ficar bem - Nami continuava sussurrando, apertando Luffy em seus braços.
- E-ele vai - Luffy concordou - Agora vai.
As árvores ouviam as almas, elas mesmas contaram à Luffy uma vez, elas conseguiam sentir quando tinham almas perto, se eram boas ou más, se fizeram a passagem ou não, adoravam contar à Luffy sobre a alma de cada animal, diziam que a alma era sempre transparente e a melhor forma de se conhecer alguém.
Luffy não ouvia as almas, ainda, mas tinha aprendido com as árvores a ouvir o caráter das pessoas, diferente dos peixes, elas raramente eram maldosas, gostavam de coisas simples, como elas, mas que, no fundo, eram adoravelmente complicadas, como a forma que se alimentavam, Luffy nunca entendeu.
Por isso, quando elas começaram a comemorar, dizendo que Zoro tinha voltado, por seu capitão e seu cozinheiro, Luffy acreditou, chorando contra o ombro de Nami enquanto ria em alívio de não ter o perdido.
Mesmo que ele tenha recuperado Ace, Sabo e vovô Garp, se Luffy perdesse alguém ele não saberia o que fazer, não saberia seguir em frente, ainda mais da forma que foi, não só perder alguém que tentava o proteger, mas alguém que estava sentindo tudo o que sentia diariamente.
Ninguém devia sentir tudo o que Luffy carregava consigo, disso ele sabia bem, ele odiava ao menos pensar em seus nakamas passando por algumas daquelas situações de sua adolescência, então é claro que ficou mal em saber que Zoro sentiu tudo àquilo.
Mas agora tudo ficaria bem, Luffy faria ficar, ele iria treinar mais, proteger melhor, ninguém, nunca mais, iria machucar seus nakamas.
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