Capítulo 30: Sentimentos ignorados

Vivi observou Nami com um sorriso de alívio, a garota estava bem melhor, discutindo com Luffy sobre o tempo e o que poderia os esperar até chegarem à Alabasta, desde que adoeceu Nami parecia mais... maleável.

Ela tinha agradecido por Vivi cuidar de si e as duas tiveram algumas conversas sobre suas infâncias, Vivi adorou contar sobre seus amigos e sua vida no palácio, Nami contou sobre a mãe e a irmã e a forma que cresceram, mesmo que Vivi notasse que Nami só falava de quando era bem pequena.

As duas até acordaram abraçadas algumas vezes e Nami não se irritou, pelo contrário, apenas sorriu, deu bom dia e começou o dia.

Vivi nunca esqueceria do quão má Nami poderia ser, mas, a cada vez que a conhecia mais, sentia que poderia achar fofo mesmo seu pior lado, ela não tinha ideia do que isso tudo significava, mas não era como se pudesse pensar sobre no momento, seu foco era unicamente o bem estar de seu povo.

- Um doce por seus pensamentos - A voz cantada de Sanji a despertou e Vivi se virou, as bochechas vermelhas enquanto encarava o cozinheiro que tinha uma bandeja com doces em mãos.

Vivi pegou um antes de voltar a olhar para Nami e Luffy, Sabo tinha sido arrastado para a discussão e passava a maior parte do tempo rindo dos outros dois.

- Não é nada, não é como se isso importasse - Suspirou antes de mordiscar a sobremesa, Sanji ergueu a sobrancelha tragando de seu cigarro.

- Talvez eu possa entender - Confessou - Eu costumo ser gentil apenas com mulheres, vocês são seres divinos que desceram à Terra para agraciar nós homens com sua beleza e doçura - Vivi riu da fala do outro - Mas ele certamente é especial.

Vivi arregalou os olhos com a fala do cozinheiro, Sanji achava que pensava em Luffy?!

- Gosta dele? - Indagou decidindo não focar em seus sentimentos, eles não importavam, ela já tinha decidido isso.

- Não - Sanji bufou, seus olhos não mais em Luffy, mas sim no espadachim que dormia perto da confusão dos outros três, Vivi riu.

- Você claramente tem ciumes dele com Zoro.

Sanji bufou, mas não retrucou.

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Todos estavam reunidos na cozinha, Vivi observou em silencio enquanto Nami estendia o mapa sobre a mesa, Luffy estava sentado no lugar de sempre com Zoro e Sanji o ladeando, Chopper estava sentado no colo de Sabo e Usopp estava do lado esquerdo de Nami deixando o direito para a princesa.

- Esse é o mapa de Alabasta, Vivi me disse que Crocrodile vive aqui - A garota apontou para um ponto marcado no mapa - Apesar disso, a capital, onde possivelmente os rebeldes atacarão, é aqui - Ela apontou o outro ponto marcado no mapa - Eu já expliquei para Luffy e ele concordou, então nosso plano é derrubar Crocrodile, nosso foco são os agentes da Baroque Works, Luffy quer chutar a bunda de Crocrodile pessoalmente.

- E a capital? - Zoro indagou.

- Não é nossa preocupação - Vivi garantiu - O povo é quem faz o país, se eles destruírem a capital apenas destruirão montes de pedra e construções que podem ser reerguidas, nosso foco é em revelar o plano de Crocrodile ao mundo, assim a revolução irá parar já que não terão mais motivos para o povo se voltar contra seus governantes.

- Luffy? - Nami encarou o capitão.

- Vamos fazer isso, vamos chutar a bunda de Crocrodile! - Os outros sorriram animados - Sabo! Nos ensine haki!

- Claro Luffy, temos quanto tempo até Alabasta?

- Três dias - Nami explicou interessada nesse tal haki.

- Deve bastar, você já sabe usar de forma inconsciente então será mais fácil.

Luffy comemorou animado dando a reunião como encerrada.

Vivi não conteve o bocejo antes de desejar boa noite seguindo para o quarto feminino antes de ir se trocar para encerrar o dia.

- Você ficou próxima de Sanji - A voz de Nami a deixou tensa e com as bochechas vermelhas, afinal tinha acabado de retirar sua roupa.

- S-Sanji é uma boa pessoa - Vivi buscou desesperadamente por seu pijama, onde ele estava?!

- Buscando isso? - Vivi se virou lentamente, o coração a mil enquanto via seu conjunto emprestado nas mãos da verdadeira dona - Sanji é um mulherengo, mesmo que esteja mais comportado do que quando o conheci, ele ainda é um mulherengo.

- E-eu sei, ele adora flertar, mas o coração dele não está nisso - Vivi tentou se cobrir com as próprias mãos, não sabia se pedir pelo pijama seria a coisa certa, talvez Nami decidisse brincar ainda mais com seu constrangimento.

- Você não o conhece como eu - Nami andou lentamente até a Nefertari - Sanji não faz nada por fazer, o coração dele está sim nisso, o seu é que não está, acha fofo e fica lisonjeada, mas nada além disso, você vai o machucar e eu nunca poderia permitir isso, Sanji é como um irmão e eu não deixo que minha família se machuque.

- E-eu... - Vivi não soube o que dizer, tinha quase certeza de que Sanji gostava de Luffy, mas Nami o conhecia a muito mais tempo, provavelmente estava certa.

- Eu disse à Luffy que te queria nesse navio, me responsabilizei por você, Luffy me entregou você, você é minha - A cada afirmação Nami ficava mais e mais perto - E eu não posso deixar que você machuque alguém nesse navio, seja física seja emocionalmente.

- S-sua? - Vivi arregalou os olhos, as bochechas vermelhas - O-o que quer dizer com sou sua??

Nami sorriu antes de a puxar para um beijo, um breve selar, mas que deixou Vivi completamente sem curso.

- Que é minha.

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Shanks ergueu uma sobrancelha ao sentir aquela presença, o que Garp fazia se aproximando de seu navio? Ele não aparecia desde que contou ao homem que Luffy estava vivo...

- Capitão, o vice-almirante Garp se aproxima!

- Deixem-no subir - Mandou enquanto ia se sentar para esperá-lo, não demorou muito para o Monkey estar a sua frente - Garp.

- Luffy está na Grand Line - Garp foi direto ao assunto - Sei que decidiu descer para o Paraíso para o encontrar.

- E o que você tem com isso?

Garp olhou Shanks por um tempo antes de soltar um longo suspiro.

- Talvez seja a hora de você saber sobre a mãe de Luffy já que vai ser um dos poucos que conseguirá se aproximar.

Shanks se interessou, gesticulando para Garp continuar.