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Capítulo 21 - Chocolate

Arco 3 - A Natureza, as Estrelas e a Lua

Hotaru

Não consegui falar com o Takeshi, a Camicazi ou com o Vitor depois da conversa com a diretora, ou seja, não sei como o ele está – mas consegui deixar um bilhetinho me desculpando, desejando melhoras e que estava a sua disposição!

Abro a porta de casa da maneira mais silenciosa possível para não chamar atenção dos meus avós (não tive nenhuma ideia para escapar do que houve hoje). A mesma fica no lado direito da parede, junto com a janela e suas longas cortinas, e logo após de atravessa-la dou de cara com a sala – na qual possui uma estante com a tv centralizada na parede do lado esquerdo, há um sofá cinza que fica de frente para ela e um outro que fica na vertical no lado direito também, entre ambos há uma mesinha pequena de madeira.

Após a sala tem uma meia parede que dá início a cozinha. O gabinete ocupa a lateral esquerda inteira mais a outro parede, a pia fica na lateral, já o fogão e a geladeira na outra, no centro do local há uma mesa com uma toalha tricotada pelo meu avô (tanto ele quanto a minha vó tricotam e querem me ensinar). Na parte direita tem outra meia parede, após ela vem os quartos, o banheiro e a pequena lavanderia.

A casa não é tão grande assim, na verdade é até um tanto pequena. Tirando os quartos e a cozinha, as paredes possuem uma variedade de tons da cor bege, a cozinha é um verde claro, já o meu quarto é azul e dos meus avós é cinza claro.

Há vários tubos em diferentes posições, nas paredes, para o Cookie percorrer sem correr o risco de ser esmagado ou pisado quando tá na rodinha. Sua casinha fica em meu quarto e quando estou aqui ele fica comigo ou dormindo o tempo todo, praticamente.

- Você está com cara de quem aprontou.

Me assusto e olho para o lado. Falando no diabo...

- Quer me matar? E fale baixo por favor.

- Você realmente aprontou! Qual foi dessa vez? Já sei, socou alguém!

-...

Eu não soquei, foi um tapa!

- Eu falei que aprontou! Bateu em alguém mesmo.

- Mas como você...?

- Já esqueceu que todo animal que trabalha com um Lendário consegue ler a mente do mesmo?

O miserável é um gênio mesmo.

- Mas nesse caso, eu também consigo ler de todos por ser da fauna!

- Hotaru? Está aí? – diz minha vó aparecendo na sala, segurando o cesto de roupas.

Merda, não tenho mais escapatória. Muito obrigado Cookie.

- O prazer é meu. – disse, mentalmente, o safado.

- Cheguei agora pouco. – digo e vou até ela. – Eu pego o cesto, é dia de lavar roupa, né?

- Isso, obrigada.

- E aí Pequena Sailor, como foi hoje? – perguntou meu avô ao sair do banheiro.

- Normal...como os outros dias. – digo e sigo a minha vó para a lavanderia.

Irei contar primeiro para a minha vó, assim vou adiar o dia da minha morte.

- Aconteceu alguma coisa? A diretora te chamou? – minha vó pergunta enquanto põe as roupas na máquina.

- Sim... Acabei dando um tapa no garoto da minha sala. – digo e desvio o olhar. – MAS! FOI SEM QUERER!

Ela derruba o monte que estava segurando.

- VOCÊ O QUE?! COMO E POR QUE?!

- Foi sem querer! Estava distraída e ele veio falar comigo, me assustei e meti o tapa. Eu só fiz o que vocês me ensinaram! Ficar sempre preparada para me proteger, sempre na defensiva, independente do lugar e da situação!

Minha vó balança a cabeça e suspira.

- Mas tenho uma notícia boa! A diretora vai me punir sem me expulsar da escola ou perder a bolsa! Mas vocês terão que ir lá amanhã para entregar a folha assinada e junto com o Takeshi e os pais dele pra decidirem o que fazer comigo.

Ela balança a cabeça, olha para mim e chama pelo meu avô para explicar o que aconteceu.

- Ao menos sabemos que a treinamos bem! - ele diz.

Chegou o momento da conversa com a diretora junto com o Takeshi e os seus pais, achei que seria algo mais caótico, no entanto, foi o oposto. Toda a situação foi exposta e explicada da melhor maneira possível. A diretora perguntou ao Takeshi qual seria a minha punição, imediatamente, ele disse que eu poderia fazer suas lições, trabalho ou as provas – o que claramente foi negado.

No fim, a diretora comentou sobre expulsão ou perder a bolsa e o Takeshi foi contra, imediatamente. Confesso que fiquei emocionada ao saber que não perderia nada do tipo, no entanto, recebi tarefa extra que se eu não fizer, posso acabar ficando prejudicada na hora das notas.

O tapa não provocou um machucado enorme, apenas ficou um pouco inchado, levemente roxo, e dolorido na região. Meus avós deram o dinheiro que foi gasto em pomada e remédio para tirar dor.

- Façam grupos de até cinco pessoas para realizarem o último trabalho do ano referente a minha matéria. – disse o professor de geografia.

É um arrasta de cadeiras que chega a doer os ouvidos, opto por encostar a cabeça na mesa e ao mesmo tempo vejo o professor reclamando por causa do barulho e entregando as folhas.

- Meu deus Camicazi, é só puxar a cadeira até a Hotaru. – disse Takeshi.

Pera, o que que esses dois estão fazendo?

Levanto a cabeça e os noto numa luta para pegar duas cadeiras, assim colocando-as de frente a mim.

- Mas o que...?

- Ele disse que era até cinco pessoas e aqui somos dois e você um!

- Disso eu sei, mas sempre realizei todos os trabalhos sozinha.

- Exatamente, realizou e agora não mais. Vai fazer com a gente. – ele fala e senta de frente para mim.

- Ok, espera aí. Você está querendo fazer um trabalho com a pessoa que te meteu um tapa no dia anterior?

- Sim, afinal tem que ser acima de três.

- Você é idiota ou o que?

- Ele é... – sussurra Camicazi.

Solto uma risada e isso faz o Takeshi acreditar que vamos realizar o maldito trabalho juntos. De qualquer jeito, acabo aceitando e o realizamos sem problemas. Durante esse tempo ficamos conversando sobre diversas coisas, pelo visto, temos muitos gostos em comum. O motivo dele ter me procurado ontem foi por ter visto o jogo no meu celular e os dois queriam ajuda.

- É o sinal tocando? – pergunta Camicazi.

- Caraca, é ele mesmo. Falta tão pouco pra gente acabar.

- Vocês vão fazer algo durante o intervalo? Senão, podemos continuar e aí acaba de uma vez. – falo.

- Pode ser, só vou avisar o Vitor. – falou Takeshi.

Continuamos a realizar o trabalho até que alguém dá uma batidinha na porta.

- Hey! Tudo bem se eu ficar aqui com vocês? – Vitor perguntou.

Camicazi e o Takeshi olharam para mim como se estivessem perguntando, apenas dou de ombros e volto a me concentrar. O Vitor entra e se senta próximo aos dois.

Desde o ano passado vejo os três passarem o intervalo juntos e fazendo algo, deve ser legal. Eu não me recordo de ter feito isso uma vez sequer, mas posso me recordar todas as vezes em que fiquei me perguntando o quão legal ou bom pode ser. Eu não tenho amigos e isso é uma escolha minha, meus avós me incentivaram várias vezes para fazer amizades, ir em festinhas de aniversários ou chamarem para o meu, mas sempre recusei a tudo. Optei por essa escolha porque não dá para saber o que pode acontecer e isso me assusta muito, só tenho os meus avós e não quero perde-los.

Conseguimos finalizar faltando alguns minutinhos para o intervalo acabar, aproveitamos para comer em paz – sem professor ou aluno enchendo o saco.

- Itadakimasu.

Não consigo evitar de olhar para a Camicazi e o Takeshi após isso.

- É uma expressão japonesa. Eu falo porque meu pai Yuri é japonês, assim como a Camicazi fala por causa da mãe dela, a Sayaka. – Takeshi fala como se estivesse confuso.

- Ah, desculpe! Não era a minha intenção ficar encarando, é que sempre vi isso nas telas ou em mangás e novels.

- Sua família não tem esse costume?

- Não.

Ele me encara, mais confuso ainda.

- Mas o seu nome...

- Ah! Tenho esse nome por causa de Sailor Moon.

- Eu adoro esse anime. – diz a Camicazi.

- Sim! Ele é muito bom mesmo. – respondo.

A Camicazi realmente se torna uma pessoa tímida quando está interagindo com pessoas que não são o Takeshi e o Vitor, tenho que admitir que os três são legais.

No entanto, não sai da minha cabeça que há algo com ela. O estrago que fez no chão, na missão que resgatou a Hannah, não é algo que um Lendário, sem ser do mesmo elemento que o meu, faça normalmente. Também teve aquelas estacas estranhas quando a encontramos desacordada e o Thomas...sem vida. Já perguntei ao Cookie sobre, mas não adiantou.

Não há nada de bom nos canais da tv, nenhum que seja interessante o suficiente para me prender e impedir que fique pensando sobre o que poderia ter acontecido para o meu avô ter sido chamado, de última hora, para uma reunião em algum setor do Ministério Lendário.

Estou me perguntando o que pode ser, não houve nada demais para uma emergência. Isso me faz lembrar quando descobriram os responsáveis em ajudar os Caçadores invadirem os aniversários dos meus irmãos.

Por mais que já faça tempo que meus avós não participem diretamente das missões, eles continuam sendo chamados para reuniões de várias coisas. Por isso que não significa que o motivo seja algo relacionado a minha família. Só que o pior de tudo é que o Cookie foi junto, ou seja, estou sozinha – minha vó foi tirar um cochilo.

Eu estaria roendo as unhas se ao menos as tivessem, ao invés dessas mãos de metal. Seria engraçado se não fosse trágico.

Depois de passar sabe-se lá quanto tempo, pude escutar passos se aproximando da porta principal. Só poderia ser o meu vô e o Cookie chegando, o que me faz pensar numa brincadeira.

Me jogo por completo no sofá e fecho os olhos. Consigo imaginar uma plaquinha "Garota que morreu de curiosidade por causa do avô e do hamster".

- Iiih, a Hotaru se foi. – diz Cookie.

- Oh! Então, não poderemos dar a ela o que compramos, Cookie. Serei obrigado a comer tudo.

- Bem que você poderia dividir comigo, hein? – diz o hamster.

- É chocolate, você não pode comer de jeito nenhum.

Eles já fizeram isso antes justamente para acabar com a minha brincadeira, eu ia correndo até eles e descobria que não tinha chocolate. Então permaneço quieta.

Continuam andando, provavelmente em direção à cozinha. E é aí que eu escuto uns barulhos de sacola e embalagens.

Merda, estavam falando sério.

Levanto correndo e vou até onde estão, vejo o vô colocando na mesa três embalagens e noto que se trata de brownie com cobertura de chocolate.

- Achei que a mocinha estava morta. – ele diz ao olhar para mim.

- Eu ressuscitei por causa do chocolate!

Ele dá risada, me entrega o brownie com uma colher e pega o outro para si. Sentamos à mesa para começarmos a comer.

- Sobre o que foi a reunião? – pergunto depois de comer um pouco.

Vejo-o terminar de engolir e endireitar a postura.

- Bem, foi algo que eu não esperava pra falar a verdade. – ele diz e olha para mim. – Mas...hã...por acaso você se lembra daquela notícia sobre os arqueólogos que encontraram aqueles esqueletos que tinham listras e tudo mais?

Concordo com a cabeça e o incentivo a continuar falando.

- Pelo visto, a notícia não é nenhum pouco falsa mesmo. Você sabe que quando um Lendário morre, a energia do elemento continua em seu corpo durante um bom tempo até se dissipar por completo?

- Sim, aí fazem aquele processo de selamento que resulta naquelas listras para que os Caçadores não consigam encontrar o corpo e drenarem o poder que tá lá.

- Exatamente, garota esperta!

- Então, aquela notícia é realmente verdadeira? Realmente encontraram? Mas como? A maioria dos corpos ficam num lugar completamente escondido dos Caçadores e das pessoas que não sabem da nossa existência.

- Isso é verdade. Mas é como você disse, a maioria e não todos os corpos. Há vários por aí que não fazemos ideia de onde possam estar, não temos nenhuma informação que indique onde estão todos e esse é um baita problema. Não podemos fazer nada para impedir que tantos eles quanto as outras pessoas os encontrem.

Respiro fundo e encaro o pote de brownie que agora se encontra vazio.

- Mas como descobriram que a notícia é verdadeira?

- Há foto dos arqueólogos nela e aparentemente viram alguém parecido com o que sobreviveu, o ruim é que foi visto de longe. Ou seja, pode ou não ser o cara. Mas já há possíveis lugares em que pode estar, de acordo com a região em que foi visto.

- Se ele realmente sobreviveu, então estamos ferrados. Ele deve ter tido acesso aos poderes daquele esqueleto. – digo levemente em pânico.

- Pequena Sailor, respire! Não há nada confirmado e mesmo que seja, não quer dizer que conseguiram pegar o resto de energia que tinha lá. Quando alguém, que não seja Lendário, toque-o acaba sendo atacado pelo elemento que está no corpo. Ocorre aqueles ataques que qualquer Lendário sofre quando perde o controle de seu elemento. É por isso que acho toda essa história estranha. Como poderia sobreviver?

É verdade, quando algum Lendário perde o controle total dos seus poderes, acaba voltando contra si mesmo.

Se eu perdesse o controle, os animais que posso invocar se voltariam contra mim, me tornaria a presa deles e seria caçada até a morte. Já na flora, as plantas iriam se enraizar em mim, podendo me perfurar com os espinhos se quiserem, para me impedir de respirar.

Até onde sabemos, a única maneira de escapar disso é conseguindo recuperar o controle. É por isso que o meu vô acha estranho essa situação, aqueles caras são Caçadores, as únicas maneiras deles conseguirem escapar é com a ajuda de um Lendário do mesmo elemento ou, se conseguirem, algum antídoto para isso.

Respiro fundo.

- E então? Qual é o próximo passo? – pergunto

- Convocarem Lendários para irem nos possíveis lugares, devem anunciar os escolhidos na semana que vem. Provavelmente você será um deles.

Solto um suspiro e cutuco o Cookie.

Faltam duas semanas para acabar as aulas e hoje será anunciado os escolhidos para a missão. Nesse período, joguei algumas vezes com o Takeshi, a Camicazi e com o Vitor na hora do intervalo.

Chego em casa e sou recebida com uma carta, decido abri-la.

Há a foto da notícia e outra de quando o viram recentemente, é de longe e não mostra muita coisa. Dá pra notar algumas semelhanças, mas não é o suficiente para ter certeza se realmente é a mesma pessoa.

Pego o outro papel para ver qual será a minha função e quem mais irá comigo.

Missão – Captura de informações e busca pelo Caçador.

Participantes:

· Allysson -> Comunicação;

· Camicazi -> Imobilização dos inimigos;

· Dustin -> Captura de informações

· Henrique -> Encontrar o Caçador;

· Hotaru -> Captura de informações;

· Sophia -> Encontrar o Caçador.

Mas que estranho, colocaram o Henrique a Sophia. São gêmeos e trabalham como assassinos. Nunca tive contato com eles, mas já ouvi algumas coisas. Foram os mais novos a entrar para os Lendários Superiores, com apenas quinze anos.

Os Lendários Superiores são aqueles que mais se destacaram em suas missões, a quantidade que já fizeram e tiveram sucesso também conta muito. São considerados os mais fortes, atualmente há sete integrantes.

· Banguela;

· Sabrina;

· Maya (é a ajudante da Sabrina);

· Théo;

· Olívia (é a mestra do Théo);

· Sophia;

· Henrique.

Sim, os animais também podem ser considerados como superiores de acordo com os mesmos critérios para os humanos.

A mestra da Sabrina também fazia parte, a Emily, mas acabou falecendo há alguns anos atrás, numa luta contra um Caçador de Elite.

Faltava pouco para o Thomas ser considerado como Lendário Superior, talvez aconteceria esse.

A missão será nessa sexta, na parte da noite.






A notícia dos arqueólogos foi citada no primeiro capítulo da história.

Itadakimasu - expressão usada antes das refeições, significa "agradeço pela comida".

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