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Capítulo 20 - Aniversário

Arco 3 - A Natureza, as Estrelas e a Lua


Hotaru

- Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidades! Muitos anos de vid-

Um estouro muito forte.

Abro os olhos e vejo que veio da janela atrás da minha irmã. Há pessoas estranhas tentando ataca-la... Caçadores.

Tento ir até ela, mas meu pai me impede.

- Vá com a sua mãe e seu irmão, eu vou pegar a Violeta. – ele falou e me empurrou para minha mãe.

Ela pega a minha mão, meu irmão está segurando a outra mão dela e começamos a correr.

- Olhem para frente, crianças. Para a frente!

Tá todo mundo gritando e há outros estouros também.

- Mãe, deveríamos estar lutando e não nos escondendo! – disse meu irmão irritado.

- Vocês e a Violeta são as prioridades minha e do seu pai, a luta pode ficar para depois.

Estou assustada, muito mesmo, e chorando, porque estou com medo de perder minha família, minha vida, tudo.

Olho para trás numa última tentativa de ver minha irmã e meu pai, mas vejo algo horrível. Os Caçadores conseguindo levar ela e o meu pai caindo com tudo.

Isso não pode ser real, por favor...

Fecho os olhos novamente.

Abro os olhos.

Vejo todo mundo alegre, batendo palmas e cantando. É aniversário do meu irmão.

- Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidad-

Um estouro muito forte.

Mais Caçadores cruéis.

Sou puxada para trás pelos meus avós enquanto minha mãe vai até o Pedro, meu irmão. Eu quero eles por perto, não quero perde-los que nem meu pai e a minha irmã...

Tento soltar a mão do meu vô para correr até eles, mas não dá certo. Ele fica de frente para mim, colocando a mão em meus ombros.

- Ei Pequena Sailor, vai ficar tudo bem, ok? Você vai ficar com a gente até a sua mãe e o seu irmão voltarem. Nada de ruim vai acontecer, tá? – disse meu avô.

Balanço a cabeça, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e voltamos a correr.

Há muitos Caçadores, mais do que da outra vez. Tenho medo de perder mais pessoas da minha família.

Mais um estrondo que deixou o local cheio de fumaça.

- VÔ!

Ele não me responde, não estou mais sentido sua mão. Olho para o lado, há muita fumaça, mas consigo notar que a minha vó não está mais aqui também, a gente se separou.

Só queria que fosse um pesadelo, que eu pudesse acordar e ver que tudo continua bem.

A fumaça diminuiu um pouco, está mais fácil de procurar por alguém ao mesmo tempo que tento escapar dos ataques.

- Mãe...

Vejo ela e o meu irmão machucados tentando se defender do Caçador, mas há um outro se aproximando aos poucos por trás. Tento correr até eles, mas ele é mais rápido do que eu, está cada vez mais perto. Não vai dar tempo.

Eu gostaria de ter os meus poderes, já tenho idade o suficiente para isso, assim seria possível ajuda-los. Tudo o que tenho é dor de cabeça e enjoo.

Ele vai ataca-los, é tarde demais.

- MÃE! – grito e estendo a mão em sua direção.

Aparece uma luz vermelha em meu braço que começa a se espalhar pelo o resto do meu corpo e depois ao meu redor, afastando todo os Caçadores – inclusive os que estavam atacando a minha mãe e o Pedro.

EU DESPERTEI!!

Começo a correr até eles, mas escuto dois disparos e paraliso. Vejo muito sangue inundando o chão, meu corpo inteiro está tremendo, olho melhor e vejo um tecido misturado com o sangue, é o tecido da minha blusa. Os disparos foram em mim.

Não quero morrer e não quero que eles morram...

- Esse dia consegue ficar cada vez melhor! Uma pequena Lendária que acabou de despertar, imagina quantas coisas podem ser feitas através disso. – falou o Caçador com um sorriso assustador, andando até mim.

Minha visão está ficando ruim, não consigo escutar direito. Não aguento mais ficar de pé e acabo caindo.

Vejo algo parecido como uma chaminha me encarando e alguém entra na minha frente, vira para mim, fala alguma coisa e depois volta a olhar para a frente. Acho que é o Thomas.

Fecho os olhos.

...

Acordo e começo a encarar o teto enquanto tento segurar as lágrimas que insistem em sair.

Coloco minhas mãos sobre o rosto, cobrindo-o numa tentativa para me acalmar. Porém, como sempre, me assusto ao sentir o frio do metal ao invés do calor humano.

No aniversário de 13 anos da minha irmã Violeta, os Caçadores invadiram nossa casa, raptaram ela e mais não sei quantos Lendários, além de ter matado aqueles que tentaram impedir o sequestro, o meu pai foi uma das vítimas. Eu tinha 7 anos quando essa merda aconteceu.

No ano seguinte, no aniversário de 10 anos do meu irmão Pedro, os Caçadores invadiram novamente com o mesmo objetivo. Tentaram pegar o meu irmão e minha mãe tentou impedir, não sei ao certo o que aconteceu, mas em algum momento os dois morreram. Nesse dia eu despertei os meus poderes e mesmo assim não consegui fazer nada para ajuda-los, para piorar o Caçador atirou em meus braços e agora tenho que usar essa prótese de braço mecânico (foi o Ministério Lendário que disponibilizou a prótese, já que isso é muito caro).

Um Lendário que era amigo há anos dos meus pais foi o responsável por passar informações nossas para os Caçadores, por isso que conseguiram nos encontrar.

Meus avós me acolheram de todas as formas possíveis. Logo após eu ter colocado a prótese entrei em um treinamento rigoroso que durou uns 4 anos (em uma vila que fica numa floresta), além de estudar arduamente para não ficar atrasada na escola.

- Pesadelo novamente? – perguntou Cookie ao se aproximar de mim.

Ele é o meu hamster sírio, possui uma pelagem marrom e longos pelos – meus avós sempre mandam eu cortar, mas é o estilo dele! -. Cookie entrou na minha vida enquanto estava na vila, logo nos primeiros dias. No início foi um tanto difícil a nossa relação, já que passei a ter medo de confiar nos outros, depois de tudo. Aos poucos, ele foi me mostrando que eu poderia confiar nele e estava tudo bem com isso, hoje percebo que uma das melhores coisas que aconteceu foi tê-lo.

- Apenas lembranças desagradáveis. – digo enquanto sento.

Respiro fundo e pego o retrato que fica na mesa de cabeceira, a foto presente nela foi tirada em meu aniversário de 6 anos. Há meus pais, meus irmãos, meus avós, eu, o Thomas, o Bernardo e a Hannah.

Nesse dia, ganhei uma pelúcia de uma corujinha lilás que minha vó tricotou, uma presilha de borboleta que minha irmã me deu e chocolate que os três irmãos me deram.

É hora de levantar e ir para a escola, infelizmente. A única coisa que me motiva é que vou ganhar um chocolate por causa de uma aposta que fiz com um garoto da sala, que claramente eu ganhei!

Estamos em novembro, logo mais acabam as aulas e depois só terei mais 1 ano de escola.

Pego o meu uniforme (shorts, a camiseta e a blusa de frio), mais as meias longas, o tênis, o colar de vagalume, a presilha de borboleta e minhas luvas marrons. Sempre as uso porque não quero que ninguém veja o braço mecânico, além de me protegerem por fazer com que os Caçadores tenham dificuldade em me achar e isso feito através do elemento Estrelas que é ilusionismo.

Após me trocar e ir ao banheiro, vou para a cozinha.

- Bom dia!

- Opa, olha só quem acordou! Bom dia Pequena Sailor. – disse meu vô enquanto ajuda minha vó a pôr o café na mesa.

Esse é o apelido que meu avô deu para mim, por causa de Sailor Moon. Minha mãe amava esse anime, chegou até ler os mangás, foi daí que surgiu o meu nome já que há uma personagem que se chama Hotaru Tomoe.

- Bom dia Hotaru, hoje tem bolo de chocolate! Mas não coma muito que nem da outra vez.

Bolo de chocolate é uma das especialidades da minha vó! Fica tão fofinho e saboroso, só de falar já dá vontade. Dá última vez, me empolguei tanto que acabei comendo mais do que devia e passei mal por um tempo e tive que ouvir sermão dela e do meu avô (porque não guardei um pedaço para ele). Não consigo deixar de rir ao me recordar disso.

- Eu já vou garantir um pedaço, antes que fico sem nada, tenho traumas. – falou meu vô ao ver o bolo sendo posto na mesa.

- A culpa não é minha se esse bolo é maravilhoso! Bora comer! – digo e sento na cadeira.

Tomo o café da manhã e vou para a escola.

- Você está me devendo o chocolate, saiba que não esqueci. – digo enquanto paro na mesa do garoto.

A aposta era sobre a nota da prova de outro aluno, eu apostei que ele tinha tirado vermelha e o garoto apostou que era azul.

- Não acredito que você ganhou. Isso sempre acontece, é estranho. Mas toma, está aqui o chocolate. – ele diz e entrega com receio.

- Obrigada e isso se chama sorte! – digo e depois me afasto dele.

Bom, é sorte e uma pequena mosquinha que eu fiz para poder ver o quanto ele tinha tirado para depois apostar. 

É intervalo, pego meu celular e entro no Genshin Impact. Saio da sala e vou em direção ao refeitório, há sempre um cantinho o qual eu fico e o adoro.

"- Parabéns pra você! Nesta data querida! Muitas felicidades! Muitos anos de vid-

Um estouro muito forte.

Abro os olhos e vejo que veio da janela atrás da minha irmã Violeta. Há pessoas estranhas tentando ataca-la junto com o meu pai."

"É aniversário do meu irmão."

"Vejo minha mãe e o meu irmão machucados."

Eu só queria jogar um pouco para esquecer o que relembrei hoje, mas não consigo. Encaro a tela do celular, posso ver o personagem do jogo parado e o cenário a sua volta, mas não presto atenção no que está acontecendo com ele e muito menos me lembro da onde estou. Só queria que isso parasse.

- Ei! Você tamb-

Alguém diz enquanto toca em meu ombro.

Arregalo os olhos e apenas faço o que uma pessoa, como eu, que aprendeu a se defender e ter um bom reflexo por causa do passado, deveria fazer.

- SAI CAPETA! – digo e meto a mão na cara da pessoa a ponto cair com tudo no chão.

Arregalo os olhos novamente ao perceber que foi uma péssima ideia porque é o Takeshi que veio falar comigo e o funcionário estava passando e viu exatamente tudo...

- Francamente Hotaru, o que aconteceu dessa vez?! O que o Takeshi, Camicazi e o Vitor estão fazendo aqui também? E essa marca vermelha aí na cara dele? - pergunta a diretora um tanto nervosa.

- A culpa não foi minha! Foi ele que me assustou e eu só reagi! – digo e aponto para ele.

- Você tá jogando a culpa em mim?! Você meteu uma surra na minha cara e diz ser a inocente! Esse tapa tá doendo muito, tá?! – ele revida e cruza os braços, dá para perceber um pouquinho das lágrimas nos olhos.

- Não estou jogando a culpa em você, só estou falando que não fiz por mal! Se você fizesse isso com a minha vó, tinha levado um chute no meio das pernas.

- Já chega vocês dois! E quanto a vocês, Camicazi e Vitor?

- É uma boa pergunta, só fomos arrastados juntos. – disse Vitor.

- Vamos fazer o seguinte então, acompanhem o Takeshi até a enfermaria.

Aproveito a deixa para me levantar e acompanhar o Takeshi, além de conseguir fugir da bronca dela.

- Você não, Hotaru! A Camicazi e o Vitor que vão acompanhar ele. – a diretora olha para mim com sangue nos olhos. – Você vai ficar bem aqui comigo, vamos conversar.

Camicazi é a primeira a se levantar e o Vitor ajuda o Takeshi, vão em direção a porta e saem.

- Sabe que situações como essa podem te levar a perder a bolsa da escola ou até mesmo expulsão, certo? – ela diz num tom calmo forçado.

Como meus pais morreram e eu passei a morar com meus avós, passamos a viver com a aposentadoria deles. É um bom dinheiro de fato, mas não o suficiente para pagar uma escola, além de contas e demais necessidades, esse também foi outro motivo por ter ficado estudando tanto durante o período que fiquei na vila.

- Eu realmente não desejei que isso acontecesse... Estava distraída na hora a ponto de me assustar e apenas reagir. – olho para o lado pensando no que fazer. - Posso arcar com a despesa de curativos e tudo mais, também vou me esforçar em não fazer mais isso! Então por favor, por favorzinho não me expulse e nem tire a bolsa de estudos, sim? – digo e junto as mãos e tento fazer uma cara igual do Gato de Botas.

- Você sempre repete essa última frase, imagino que tenha total consciência disso. Não sei porque ainda insisto tanto nisso. – ela diz e bufa.

- Mas eu tenho me esforçado! Do jeito que a senhora fala, parece que toda semana venho aqui.

- De fato tem se esforçado, de toda semana passou a ser quase toda semana, mas ainda pode se esforçar mais! Como a Camicazi, por exemplo.

- Ela causou um dominó humano, quer que eu faça isso?

Olho incrédula para ela e recebo uma encarada mortal.

- Quero que pare de arranjar confusão! Já não basta jogar o tênis num ventilador que quebra a janela e cai na cabeça de uma pessoa, ativar o alarme de incêndio e o extintor, quebrar a porta da sala de aula, tacar um apagador na cabeça de alguém, tacar fogo na apostila durante um experimento, além de usar os seus poderes para ficar curiando por aí, agora também meteu o soco em alguém?

-Na verdade foi um tapa. – digo com um sorriso forçado e recebo uma encarada mortal. -...Sim?

- E ainda tem coragem de admitir? – agora é a vez de ela ficar incrédula.

- É pra mentir? Então tá, sou inocente, não fiz nada disso aí, é calúnia!

- Quer mesmo que eu responda?

- Não há necessidade, compreendi tudo bonitinho.

Ela bufa e vira para pegar uma folha da impressora, além de assinar e carimbar.

- Quero isso assinado pelos seus avós e serão eles que irão me devolver. Ou seja, nada de falsificar a assinatura!

- Tá. – pego a folha e volto a olhar para ela. – Acha possível que ele tenha se machucado feio? Que quebrou algo ou coisa do tipo?

- Eu não sei, espero que não. De qualquer jeito, saberemos amanhã quando os pais dele vierem.

- Vai chama-los?!

- É claro que sim, pode ter sido sem querer, mas foi uma agressão. Quando eles e os seus avós estiverem aqui, iremos discutir sobre o que fazer com você. Só consigo pensar nisso para não te expulsar. Agora pode ir, está liberada.

Balanço a cabeça e saio da sala.



Hotaru ↓

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