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Capítulo 7

Sentado no corredor do hospital Luan orava enquanto esperava por notícias de Héctor Demetriou e sem saber se avisava a Açucena ou não.

- Irmão Luan! - chamou o plantonista.

- Sim? - colocou-se de pé Luan.

- Como você sabe apesar de sermos um hospital bem equipado ainda não somos o melhor, o ideal seria que o transferíssemos para o Hospital doutor Eric Martinelli, o paciente têm várias costelas fraturadas, e pelos Raios-x que fizemos ele tem sofrido algum tipo de tortura e está anêmico, infelizmente não temos condições de dar o devido tratamento a ele aqui, eu estou esperando o doutor Eric me responder se ele pode recebê-lo lá.

- Certo doutor, mas e agora? O que a gente faz com ele? Quem vai acompanhá-lo? Quem vai cuidar dele agora? - perguntou Luan.

Estranhamente algumas pessoas ali o trataram com hostilidade Luan estava surpreso não esperava em um ambiente hospitalar aquele tipo de tratamento aos seus pacientes.

- E então eu posso ver o misterioso Héctor Demetriou? - perguntou um homem esbaforido.

- Caetano você pediu afastamento do hospital não pode entrar e sair daqui a qualquer hora. - censurou o médico.

- Qual é Paulo larga mão de ser tão invejoso! Você sabe que se eu procurar o diretor do hospital, ele libera a minha passagem.

- Então vá falar com ele. O paciente está muito debilitado e nem você nem ninguém vai incomoda-lo. - o homem revirou os olhos.

- Héctor Demetriou. Quem diria! - disse o médico saindo.

- Doutor espera. - Chamou Luan. - O senhor o conhece? Conhece alguém que possa ajudá-lo?

- Garoto não se preocupa com ele, o Héctor é o tipo de pessoa que quanto menos você souber dele, menos você sofre. Acredite-me rapaz, ele tem condições de cuidar de si mesmo financeiramente, e não precisa de você, aliás, ele vai fazer questão de jogar isso na sua cara, e exatamente por causa desse tipo de comportamento dele, eu te garanto que ele não tem ninguém para cuidar dele, e se quer um conselho não se envolva com ele, nada de bom vem daquele homem. - o homem se retirou deixando Luan e o médico boquiabertos.

- Não se preocupa com o doutor Caetano ele é insuportável assim mesmo. - respondeu o doutor Paulo - Vou prepara-lo, tenho certeza que o doutor Eric o receberá.

- Pai, o senhor tem certeza que é para a gente amar ao próximo? Assim, precisa ser todo próximo mesmo? É que tem alguns próximos que dá vontade da gente pegar e não vou nem lhe dizer o que dá vontade de fazer. - com os punhos fechados e os olhos faiscando, Luan falou com Deus.

- Coisa mais feia Luanzito, questionando a bíblia? Nosso segundo pastor questionando a bíblia? Vou dizer tudo ao pastor Tiago! - disse Isaac sentando ao seu lado. - Quem te deixou assim tão irritado?

- Um médico chamado Caetano, parece que conhece o Héctor. - Isaac abriu a boca para retrucar, mas foi interrompido.

- O doutor Paulo disse que se você quiser ficar com o paciente enquanto aguarda a resposta do doutor Eric pode esperar no quarto. - disse uma enfermeira, os dois se levantaram.

- Só para te lembrar de que vou ser pastor e não super-homem! - disse em voz baixa adentrando o quarto.

- O que é uma pena, seria interessante ver o Kal-El como pastor, já imaginou? As pessoas ofendendo a Cristo e ele as queimando com visão laser dele?

- Sangue do Cordeiro! - argumentou Luan rindo.

- Parece que o homem misterioso acordou.

- Isaac você não vai escrever nada sobre ele não vai? - perguntou cético.

- Claro que não! Vou esperar ele ficar bom e ouvir a versão dele dos fatos.

Héctor olhava de um para o outro se perguntando de onde saíra aqueles dois, se recordava de tê-los visto aparentemente eles o salvaram, mas quem eram os dois? O que queriam dele? E o que o grandão queria dizer com escrever sobre ele?

- Você acha que seu irmão vai recebê-lo? - perguntou Luan preocupado.

- Óbvio que vai ele é irmão do papai aqui né amigo? O que pensas tu, meu caro futuro pastor? - Luan revirou os olhos.

- Eu acho que você se acha demais isso sim. - respondeu sorrindo.

Héctor continuou olhando os dois, observando a bela amizade construída entre eles. com exceção de Virgínia, Paola e Jefferson não se lembrava de ter tido uma amizade tão forte assim em outra época. Mesmo aquelas três pessoas não estavam mais ao seu alcance; tinha perdido. fechou os olhos, amargurado ao pensar no rumo dos acontecimentos, ciente de que nada mudaria.

- Como foi com o seu pai? - perguntou Luan.

- Tranquilo. Como nós imaginávamos, ele só estava esperando um mandado para ir até lá, a sua namorada falou com ele. - Héctor encarou imediatamente Luan deixando-o constrangido.

- Ela não é minha namorada. - disse baixo, sem saber ao certo se dizia a Isaac ou a Héctor.

- Não é ainda, mas eu já vi esse filme sei como termina. - disse indo à janela - Mano ele me perguntou se vimos alguém conhecido por lá. - disse tenso.

- Você disse a verdade? – perguntou desviando o olhar de Héctor.

- Eu disse que fiquei focado no carro e não prestei atenção ao derredor.

- Pois devia ter dito a verdade. - disse triste. - Não sabemos o que ela estava fazendo lá, mas ela estava então ela que se explique.

- Você vai ter coragem de entregar a dona Olga? Como você mesmo disse não se sabe o que ela estava fazendo lá.

- Isaac, me tira uma dúvida, o que você faria se fosse o seu pai no lugar da minha mãe?

Héctor arregalou os olhos mãe? Então aquele era o garoto que Olga criava. Sorriu por dentro quando a ouvia falar do filho adotivo imaginava de fato um garoto e não um homenzarrão de dois metros de altura, os dois concentrados um no outro não viram que Héctor olhava de um para o outro.

- Eu preciso te lembrar de que ele está na lista de suspeitos dos assassinos da mãe da Açucena? - perguntou Isaac.

Héctor sentiu o ar faltar em seus pulmões, então ele não se enganara ela realmente estava ali atrás do que não deveria procurar, ele fizera de tudo para que ela nunca soubesse a verdade sobre a mãe, mas o que estava acontecendo? Ela estava ali atrás dele, por que acreditava que ele matara Olívia?

- E agora um erro justifica outro? Não vamos dar a esse homem nem mesmo o benefício da dúvida? Você é um jornalista honesto mano, deveria agir com um pouco mais de cautela ainda mais na frente do homem. - disse Luan.

- Não se trata disso Luan, eu acredito sim que ele mereça o benefício da dúvida, e sua mãe também, quando eu soube que meu pai era o pai do Eric fiquei muito decepcionado e depois acabei compreendendo, eu acho que antes de você julgá-la e condena-la deveria falar com ela.

- Tem razão! Eu vou sim falar com ela.

- Luan, eu não quero ser chato não, mas eu acho que nós até podemos dar a ele o benefício da dúvida, porém, acho muito difícil que ela faça isso, a propósito você já falou com ela?

- Ainda não, na verdade não sei o que lhe dizer.

- Ora diga a verdade, que você se jogou no mar para salvá-lo. - disse rindo.

- Mas tem gente que é tão engraçadinho! – disse o empurrando de leve. - Ele não está em condições de passar por um interrogatório, acho melhor deixá-lo em paz até que possa falar com mais clareza o que aconteceu. - Isaac o encarou. – Porque no momento em que ela souber onde ele está ela vai ao seu encontro.

- Você acha mesmo que ele nos dirá o que aconteceu? - perguntou Isaac duvidoso.

- Espero que pelo menos para a filha ele diga. – comentou voltando o olhar para o homem de olhos fechados no leito.

- Bem, já estou indo. Mas antes de ir quero te dizer uma coisa, eu acho muito bonito esse cuidado que você está dando a ele parece enxergar algo mais que não conseguimos vê. - disse Isaac sério.

- É. Talvez eu esteja mesmo. - disse pensativo. - Faz-me um favor? - Isaac assentiu. - Avisa ao seu irmão que eu vou acompanha-lo na ambulância até o hospital, só para ele saber que não vai sozinho. - assentindo mais uma vez, Isaac se retirou. - e você, como se sente? - ignorou o tão falado sobrenome de peso dele, tratando-o de igual para igual.

- Não dói tanto assim. - respondeu sério ainda de olhos fechados.

Luan conteve um sorriso por respeito, tinha sofrido uma agressão bem menos grave em um passado distante, teve muitas lesões internas e só ele sabia descrever o nível da dor que sentia, questionou-se sobre a origem de toda aquela força, orgulho ou resiliência pelo sofrimento? Provavelmente um pouco dos dois.

- Vocês conversam assim o tempo todo? - perguntou no mesmo tom encarando Luan.

- Acho que desde que nos conhecemos. Desculpe se nós o atrapalhamos, deveríamos ter mais senso.

- Não me atrapalharam em nada. Só fiquei intrigado com que tipo de pessoas minha filha está envolvida. – disse sem nenhuma emoção, a filha ou um cão de estimação teriam o mesmo peso, Luan censurou-se por tal pensamento, só Deus sabia pelo que ele havia passado.

- Tem alguém que você queira contatar? - perguntou mudando de assunto.

Na verdade não queria que ele criasse caso por sua amizade com Açucena, afinal, agora ela não se importaria com a opinião dele, mas e depois quando descobrisse toda a verdade e fizesse as pazes com ele?

- Não tenho ninguém. - respondeu tranquilamente.

- Nenhum parente para te ajudar durante esse período complicado? Você vai ficar sem poder fazer muita coisa durante algum tempo.

- Não.

- E a dona Norma? Ela disse que era amiga do seu pai.

Olhou fixamente nos olhos de Luan, buscando qualquer motivo para todo aquele cuidado, os dois nunca se viram, jamais tiveram qualquer contato, o que esperava ganhar com tudo aquilo? A amizade e respeito da filha? Não, se levasse em conta que ela acreditava que ele fosse um assassino.

Olivia lhe deixara muitas feridas que ainda estavam abertas e a pior de todas era a incapacidade de se relacionar novamente, os pais o criaram para ser sozinho, sempre soube que não era e jamais seria amado, mas apesar disso, Heitor e Virgínia lhe mostraram que existiam sim, pessoas boas e confiáveis, mas Olivia conseguira destruir totalmente essa frágil confiança que ele tinha na humanidade, nos últimos anos qualquer atitude por mais simples que fosse relacionada a ele, era razão para se preparar para o pior, pois tudo era sinônimo de perigo.

- Ela tem as prioridades dela e eu não estou incluso, é melhor não incomodá-la. - o tom de sua resposta fez Luan sentir calafrio.

Héctor repetia essa resposta como um mantra para si mesmo desde criança, 'as prioridades dela não te incluem', quando esteve à beira da morte deixou a racionalidade de lado e esperou por algum ato benevolente da parte dela, a negativa foi certeira.

- Você diz mais do que fala, sabia disso? - a pergunta profunda de Luan foi capaz de surpreendê-lo.

- Quando vão me deixar sair daqui? - fora a vez dele de mudar de assunto, Luan sorriu.

- Sinto muito, mas você não está bem, o doutor Eric o médico que vai cuidar de você é extremamente exigente, não há a menor chance de ele te liberar tão cedo.

- Eu não tenho tempo para isso, tenho uma série de coisas para resolver e no máximo amanhã quero estar livre daqui. - deixou claro como se ele ou Luan fossem capazes de resolver um problema que apenas a medicina e o tempo resolveriam.

Ele conhecia seu estado e de fato estava mal, se sentia fraco e não tinha forças para quase nada, mas não poderia se dar ao luxo de adoecer, existia uma vida mais importante que precisava ser protegida com urgência, sua filha estava no único lugar que ele lutara para ela nunca ir.

- Héctor, eu lamento muito, mas essa decisão não está em suas mãos agora, só lhe resta acatar as ordens médicas e se curar para poder fazer o que queres fazer.

...

Açucena mais uma vez visitou o cemitério da cidade, desta vez, em busca do túmulo da família Demetriou, encontrou as lápides de Leônidas e Violeta, e das irmãs, cheia de dúvidas cruzou os braços diante das lápides.

- A Daiane me falou sobre você, mas eu não imaginei que te encontraria aqui e muito menos que você seria tão parecida com ele! Açucena, não é? – a mulher elegante extremamente parecida com Daiane aproximou-se, olhando as lápides das netas.

- Sim senhora, muito prazer! – respondeu lhe estendendo a mão, pela semelhança obviamente ela era sua avó. - Não sei se agradeço por ouvir que sou tão parecida com ele, levando em conta as circunstâncias. – A senhora sabe me dizer o que ouve com os avós do Héctor? Por que eles não estão enterrados aqui?

- seu avô não se dava com os pais, depois da morte da família, ele autorizou que eles fossem enterrados no Mausoléu da família na Grécia, e o Leônidas cortou qualquer laço com os parentes que ainda eram vivos, por isso exigiu que quando ele e a mulher morressem fossem enterrados aqui.

- E por que a senhora não brigou para que minha mãe fosse enterrada aqui? Já que ela ainda era a esposa dele?

- Eu cheguei a discutir com o seu pai por causa do corpo da sua mãe. Afinal de contas, o corpo nunca apareceu. Algo me diz que ele sabia onde o corpo estava enterrado. Então, eu tentei obrigá-lo a me dizer onde estava o corpo para colocá-lo ao lado do corpo das filhas, mas ele disse que não.

- Ele não é o meu pai, o Jefferson é o meu pai.

- Entendo. – disse a encarando.

- Não sei se a Daiane te explicou, mas as pessoas não sabem que eu sou a mãe dele, eu gostaria que as coisas continuassem assim.

- Por mim a senhora não precisa se preocupar, eu não tenho a intenção de dizer a ninguém que tenho uma avó que negligenciou o próprio filho. – o conflito mental de Norma estava longe do fim.

- Eu sei que não fui uma boa mãe querida, constatei isso quando a sua mãe chegou à minha casa chorando contando da morte da Dália e da frieza do Héctor diante de tudo aquilo, mas o Héctor representava a minha honra perdida, você não sabe o que significou para mim o nascimento dessa criança. Eu precisei fazer uma escolha, e ter optado por salvar a vida dele talvez tenha sido a minha única prova de amor por ele, meu pai planejava matá-lo para limpar a nossa honra, ou o entregava a família do Leônidas. Você não tem noção Açucena do que é ser obrigada a estar longe da sua família e dos seus amigos por uma coisa que você não planejou, nunca quis ter! Não vou negar, quando ele nasceu eu me encantei por ele, mas precisava me livrar daquele sentimento se quisesse voltar a minha vida de antes.

- A senhora não entende que a sua negligência pode ter transformado ele num assassino? No homem que matou a própria esposa e que me tirou a minha mãe? Dona Norma de acordo com sua própria filha, vocês moldaram ele para ser essa máquina de racionalidade, e hoje sou eu quem paga por isso, vivi sem a minha mãe, e a mulher que a senhora tanto dizia amar pagou por isso com a vida, provavelmente! - Açucena chorou lágrimas amarguradas.

- Por que você acha que eu apoiei a Olivia na fuga? Eu conheço o mal que tanto eu quanto o Leônidas causamos ao Héctor, as empregadas sabiam mais da vida do nosso filho do que nós mesmos, palavras do próprio Leônidas quando falávamos sobre ele, mas o que nós podíamos fazer? O Leônidas foi praticamente deserdado depois que os pais descobriram que ele havia me engravidado, ele precisou casar para recuperar o dinheiro que tinha e para compensar a esposa que infelizmente nunca conseguiu engravidar ele fazia tudo por ela. O Héctor sempre simbolizou a perca da vida que ele tanto quis ter. E depois da morte do pai e da mãe adotiva ele só piorou. Sua mãe às vezes batia naquele escritório por horas querendo estar ao lado do marido, para os dois viverem o luto pela filha, apenas para ser ignorada por ele, eu sei disso porque nos primeiros dias estava ao lado dela, ocupando o lugar na cama que seria dele enquanto ele trabalhava incansavelmente, no dia que ela bateu na minha casa implorando por ajuda eu não hesitei, o Héctor foi criado para viver sozinho e ninguém devia pagar por isso. Eu tentei livrar a sua mãe dos estragos que eu fiz na cabeça do meu filho, uma pena que não tenha tido tanto resultado já que ele a encontrou e provavelmente fez o que fez.

- A senhora também acredita que ele tenha a matado? – perguntou olhando-a nos olhos.

- Sinceramente eu não sei. Sempre pensei que ele fosse incapaz de algo tão monstruoso, realmente pensei que a Olivia estivesse feliz, casada com outro homem, tendo a vida que merecia, quando soube do seu assassinato, me recusei a acreditar que tivesse sido ele, mas depois do incêndio na casa dele e de seu desaparecimento eu fiquei na dúvida e hoje o reencontrando...

- A senhora o viu hoje? – Ela a interrompeu bruscamente. - Onde ele está? – perguntou furiosamente.

- Estava no hospital central, mas meu genro conseguiu informações de que foi transferido para o Hospital doutor Eric Martinelli. - disse ela atordoada.

Apressadamente Açucena enxugou as próprias lágrimas, sorrindo ironicamente.

- Preciso ir dona Norma, e espero que a senhora se lembre de que as atitudes que a gente comete hoje refletem nos nossos filhos, tudo indica que graças ao seu filho eu não tenho mais a minha mãe, e tudo isso graças ao seu egoísmo de querer levar uma vida perfeita quando deveria ter cuidado de uma coisa que a senhora fez conhecendo os riscos na época. - a frase dela foi cirúrgica capaz de cortar o coração da mulher ao seu lado, mas como tal neta é tal avó, dona Norma também sorriu ironicamente.

- Que bom que você sabe disso, então seja cuidadosa com suas atitudes, afinal 'as atitudes que a gente comete hoje refletem nos nossos filhos', pense no que você está fazendo minha neta.

As duas encararam-se cada uma mais cheia de sua própria verdade, mal sabendo que ambas magoavam muito mais do que jamais foram magoadas.

...

Héctor chegou ao hospital mostrando que seria um paciente complicado para as enfermeiras, não estava acostumado com cuidados então não era muito receptivo às pessoas, principalmente pessoa em cima dele o tempo todo.

Até dona Eugênia, sendo a mais experiente das enfermeiras estava com dificuldade para lidar com ele, o único membro da equipe que parecia conseguir cuidar dele sem tanta resistência era Samara, ela conseguia ser firme com ele, ainda que ele tentasse de toda forma mantê-la afastada.

- "Era só o que me faltava uma enfermeira no meu pé, que infelizmente eu não consigo assustar" – pensou irritado. – "Vamos vê garota quem vence essa queda de braço". – pensou planejando mil maneiras para assusta-la, já que era obrigado a ficar ali seria nos seus termos.

Samara saía do quarto do novo paciente quando esbarrou em Açucena, entristeceu-se pela moça, Luan havia lhe contado quem era o paciente.

- Eu preciso falar com ele! – disse Açucena furiosamente.

- Desculpa açucena, mas não posso permitir sua entrada dessa maneira.

- De que maneira? Como alguém que vai confrontar o assassino de sua mãe? – perguntou irritada.

- Eu sinto, mas ele sendo paciente da minha responsabilidade eu não posso liberar a sua entrada no quarto, ele está descansando e muito debilitado pra receber toda a sua fúria. - com o máximo de gentileza, a enfermeira retrucou.

- Escute-me, eu prometo que não o acordo se ele estiver dormindo, eu só preciso vê-lo, por favor! - insistiu.

- não, não e não Açucena me desculpa, mas você está muito alterada, e é sério ele não está bem. - disse enquanto outra enfermeira se aproximava.

- Samara a mulher que você trouxe para ala psiquiátrica está em crise, eu queria que você tentasse acalma-la porque está muito difícil. - o aviso da outra fez Samara simplesmente se esquecer de tudo e sair correndo para a ala psiquiátrica.

- Desculpa você querida Samara, mas eu não tenho outra escolha! - falou em voz baixa, se direcionando ao quarto.

Abriu a porta com as mãos trêmulas, e toda a sua força emocional se dissipou quando seus olhos se encontraram com os dele, que sentimento era aquele? Enquanto ela parecia ter levado um choque, chegando ao extremo de dar dois passos para trás ao vê-lo, ele mesmo se mostrava impassível, sendo o único conhecedor de seus próprios sentimentos.

Ele ouvira boa parte da conversa das duas, mais a parte que Açucena falara, pois a enfermeira moderava a voz e ele quase não a ouviu, mas estava tudo bem a parte da conversa que lhe interessava havia ouvido; definitivamente sua filha não viera para descobrir a verdade sobre a mãe, viera para julga-lo, condená-lo e sentencia-lo.

- E... Eu... Eu me chamo Açucena. - gaguejou e respirou fundo antes de completar. - A garota que aos cinco anos de idade deixou sem mãe. - concluiu, usando um equilíbrio mental que não tinha, pois no fundo queria chorar.

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