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Capítulo 26

O pastor Tiago dirigia o carro de Açucena seguindo a polícia, ao lado de Samara ela apertava a mão da amiga, compreendia sua angústia, afinal não era todo dia que o pai biológico perseguia o homem que você amava como a um pai, Açucena tinha suas diferenças com o pai, mas sabia o quanto a amiga o amava.

Suspirou olhando seu perfil, sabia que ela estava chorando, ela praticamente arrancou o celular das mãos do Rafael, certo que ele entregou a ela, mas ou era isso ou ela o jogava no chão e o tirava à força, ela era determinada quando queria, ninguém imaginou que ela seria capaz de tamanha agressividade.

- "Graças a Deus que o Eric convenceu o Luan a voltar ao hospital, ele está tão debilitado por causa da perca de sangue e do estresse que passou por minha causa". - Pensou quando o pastor se aproximava de onde a polícia parara.

Parecia cena de filme, a polícia bloqueando às pessoas para não se aproximarem, os carros parados, e os corpos estirados no chão, o choro antes baixo e contido de Samara se intensificou e mal ele parou o carro ela desceu correndo, Açucena correu até ela e grudou em sua mão, acompanhando-a sentiu o puxão em seu braço, fazendo-a parar.

- Ninguém pode se aproximar, senhoritas. - percebeu que a policial puxava no braço de Samara também, abriu a boca para explicar a situação, quando ouviu o estrondo da voz de Samara.

- Tenta me impedir de chegar perto do meu pai para você ver o que eu sou capaz de fazer contigo! - Samara soltou a mão que ela segurava e apertou a mão da mulher fazendo-a soltá-la, irritada a mulher soltou as duas.

Açucena pensou que ela estivesse falando do pai biológico, mas não fazia sentido, ela o odiava, talvez a expectativa de vê-lo morrer amoleceu seu coração, e pensou no que isso diria dela própria, então pela primeira vez olhou na direção em que Héctor se encontrava, não muito longe do outro.

- As deixe passar. - Gritou o delegado ao lado de Albert.

- Mas delegado! - Disse a policial irritada.

- É melhor deixar as duas se aproximarem. É muito provável que ele não aguente e precise se despedir delas. - Disse o delegado Abraão vacilante.

- Eu não estaria tão interessada em ver um pai assassino. - Disse a policial maldosa encarando Samara e Açucena. - E não se preocupe que vaso ruim não quebra facilmente, vocês não tiveram sorte com pais! - Ironizou.

- Mirtes você está sendo maldosa e desagradável, faça o seu trabalho. - Repreendeu o delegado. - Vocês podem vê-lo.

Ela nem olhou na direção de Albert, correndo para onde estava Rafael, Açucena ficou ali parada só olhando aquela movimentação, sentindo-se estranha e angustiada..

- Graças a Deus você está vivo. - ouviu Samara dizer se jogando em cima do seu pai.

- "Ele é o meu pai, eu deveria estar assim com ele e ela com o pai dela, que mundo é esse, onde os filhos preferem outros pais aos seus?" - perguntou triste. Afastou-se sentindo um nó na garganta.

- Rafael, cadê a ambulância? - ouviu Samara gritar chorando.

- Eles já estão chegando. - respondeu nervoso, sabia que ele estava mais preocupado com ela do que com qualquer outra pessoa, até mesmo os feridos.

- "Eu devia me aproximar e ver se ele está bem" - pensou sentindo o nó na garganta aumentar.

Héctor estava completamente imobilizado, ele não se mexia, mas Açucena percebeu seu olhar para ela, realmente queria ir até lá, mas não sabia como fazer isso, obviamente ele estava consciente e a filha não conseguiu deixar de pensar quão dolorosa era aquela experiência.

Ela não sabia ao certo os motivos disso, mas estava completamente anestesiada. Dentro de si, um turbilhão acontecia, enquanto do lado de fora se mostrava fria, passando pela multidão e finalmente chegando perto do pai biológico.

Se pudesse, Héctor mandaria toda aquela multidão desnecessária sair dali. Estava justamente diante das duas pessoas que gostaria de ter perto. Cada uma delas com seu jeitinho, sem que nada fosse alterado pelas circunstâncias.

Até a frieza de Açucena podia ser apreciada por ele, afinal de contas, estava num momento em que aquilo tudo era um privilégio, ela estava ali ao seu lado, e não o estava acusando de nada, apenas o observava.

Experimentou uma gratidão enorme por todo e qualquer gesto da filha biológica, enquanto a adotiva estava do mesmo jeitinho: impulsiva, intensa e amedrontada. com uma mistura de medo e raiva quase divertidas se fosse em outro momento

Ele sabia que não aguentaria e, sinceramente, o único empecilho para que pudesse partir em paz eram aquelas pessoas, afinal, por que as pessoas tinham mania de querer ver a desgraça alheia? Fechou os olhos e aguardou, a angústia da filha o estava deixando ainda pior, queria sair logo dali, elas não deveriam estar ali.

Com o suor escorrendo por sua testa e rosto, Açucena iniciou inúmeras tentativas de driblar o mal-estar. Primeiro, começou a andar em volta do pai em círculos, andando cada vez mais rápido à medida que o estresse e o desespero tomavam conta dela. Não ouvia a interação dele com Samara, sequer sabia se conseguiria falar fraco da maneira que estava, possivelmente enfrentando uma dificuldade imensa para respirar.

— Deus do céu, eu desejei, eu... Eu não, Não. Não era isso que eu queria! — Ela não sabia se estava pensando ou dizendo; não distinguia mais o que saía de sua mente ou da boca.

Héctor podia ouvi-la? Não saberia dizer, tentava concentrar-se no que Samara dizia ao pai, mas o remorso por um dia ter desejado sua morte a estava consumindo.

Ouviu um grito desesperado de Samara e pensou que ele houvesse perdido a vida. Não imaginou que pudesse ser tão grave, enquanto tentava consolar a amiga acreditava verdadeiramente que o pior não aconteceria, mas agora vendo os dois homens prostrados no chão, temia pelo pior.

Ela viu quando, em estado de choque, Samara foi amparada por Rafael. Era um choro doloroso de ouvir. Como se a amiga tivesse perdido a pessoa mais importante da vida, estava tudo fora do lugar, sentiu lhe faltar o ar.

Quando recobrou o juízo, deu de cara com o pai adotivo, visivelmente abalado, pois Héctor era um amigo querido para Jefferson, ainda assim, ele estava ali por ela disposto a confortá-la.

- Eu estou com tanto medo pai. - disse se jogando em seus braços.

- Eu sei meu amor, eu também estou com medo. - respondeu a apertando.

A ambulância ia a toda velocidade pelas ruas, enquanto Jefferson conduzia a filha ao hospital, o pastor Tiago e Rebeca retornavam com o carro dela.

- O senhor sabe o que houve com a Samara? Eu não a vi. - disse tensa, havia acompanhado a outra para apoia-la, no entanto, fungou frustrada.

- Um dos médicos solicitou a Rafael que a conduzisse à unidade de saúde também para que fosse medicada, do contrário, passaria mal. - respondeu sem olha-la.

- Pai, ele ainda estava vivo? - sussurrou.

- Os paramédicos nos disseram que ele está vivo, filha, por enquanto. — concluiu a encarando, ela respirou aliviada, esperava em Deus que o 'por enquanto' do homem fosse surpreendido pela Vontade dEle. - Açucena, tem uma coisa que eu não te contei, o tipo sanguíneo do Héctor também é falso o — Ela engoliu em seco, sabendo que os dois partilhavam o mesmo tipo sanguíneo, a mesma dificuldade em casos de transfusões.

— Como o senhor sabe disso, pai? — Questionou ela com a cabeça girando.

...

Aos quatro anos, Açucena já frequentava uma escolinha e era conduzida para a mesma numa van com outras crianças. No trânsito agitado de São Paulo, infelizmente acontecem alguns acidentes, um dia na ida à escolinha, um caminhoneiro dormindo ao volante bateu na van.

Héctor pagava a escola da filha, através de  Paola e Jefferson, assim avisaram a eles sobre o acidente, quando não conseguiram localizar Olívia. Foi quando souberam da tipagem sanguínea rara da menina e por isso resolveram consultá-lo antes mesmo de falar com Olívia.

Jefferson pensou em não ligar tão cedo, afinal de contas, era rotina do pai vigiar Açucena durante a madrugada, então ele saberia do acidente, mas com a questão da perda de sangue a situação era outra.

— Fala, Jefferson. — atendeu no segundo toque, levando o amigo a crer que estava sempre em alerta.

Héctor odiava rodeios, então frases como 'por favor, se acalme' ou 'não queria te acordar ou incomodar' não seriam bem-vindas.

— Mano é a Açucena... - começou sendo interrompido por Paola.

— Amor, a Olívia está me ligando. Eu atendo agora? — Paola interrompeu ao fundo da chamada.

— Meu amor, espera um pouco.

— Fale de uma vez, Jefferson! — Disse Héctor autoritário.

Durante o relato de Jefferson, ao ouvir que a filha precisava de uma transfusão de sangue, já solicitou o helicóptero de sua propriedade para que partisse imediatamente.

- E eu digo o que à Olivia? Ela não pode doar sangue para a filha?

— Não, a tipagem sanguínea da Olívia é B negativo. Se tivessem avisado ela antes, não ajudaria em nada, eu estou indo para aí agora!

— Héctor, não me diga que você finalmente...

— Não Jefferson, nada muda. Você e Paola recentemente sentiram a dor da perda de um filho e sabem o quão difícil é. Eu já te disse que não se trata de eu não querer que ela conheça sua própria história, e menos ainda que saiba que sou seu pai, a questão é que eu não quero passar por aquilo de novo. Eu quero que o quinto espaço ocupado naquele mausoléu seja meu e não de outra filha minha. Eu poderia correr o risco de aparecer no hospital, conversar com Olívia, entrar naquele quarto e dizer para minha filha: 'Oi, amor, eu sou seu pai'. Mas não, não quero correr o risco. Minha filha não é a peça de um tabuleiro. Você entendeu ou eu preciso repetir de novo? — Héctor tinha o poder de silenciar Jefferson, mas não com uma palavra autoritária, e sim com um tom de voz entre neutro e cansado.

Jefferson lembrava bem do episódio. Pelo trabalho, precisou fazer uma viagem para o interior, era coisa rápida de apenas uma noite e recebeu a ligação da esposa, estava no hospital, retornou imediatamente e descobriu a perda do filho com apenas 10 semanas de gestação.

Naquela ocasião, Héctor foi crucial para eles, afinal de contas, os dois não tinham parentes, pelo nenhum que se importasse de fato com eles, e a única pessoa que Paola pensou na hora de telefonar, além do marido, foi ele.

- Ok, e como vamos fazer isso? Precisamos avistá-la do acidente da menina, aliás, ela já está ligando.

- A Olívia conhece a tipagem sanguínea de vocês dois?

- Não. Quero dizer, eu acho que não.

- Todo doador tem um direito assegurado por lei da identidade preservada. Então, você vai dizer para Olívia que a Paola possui o mesmo tipo de sangue da Açucena. Eu faço a doação discretamente, a Paola vai para o local da coleta ao mesmo tempo, a Olívia, não se importa muito com a menina, não vai ficar fazendo perguntas. Nós podíamos correr o risco de buscar um doador, mas realmente é uma tipagem sanguínea rara, minha filha precisa e eu estou indo! — Héctor arquitetou o plano friamente para espanto do amigo.

— Só fico pensando na dificuldade que teremos para explicar isso para a Olívia, caso um dia isso seja necessário no futuro. Você pode até não concordar comigo, mas vai chegar o dia em que sua filha vai precisar saber da verdade. Afinal de contas, não dá para viver enganada a vida toda, e a Olívia pode fazer alguma coisa com ela nesse meio tempo.

— Não preciso de ninguém declamando meus medos, Jefferson, minha consciência já faz isso sozinha, por favor, guarde sua opinião para você.

- Sim senhor, como quiser. - resmungou desligando.

...

— Eu não me lembro do acidente, mas conheço a história, e vocês sempre me disseram que a mamãe havia me doado o sangue. - disse exausta.

— Não, filha, foi o Héctor. — Ela soltou um suspiro longo e cansado.

-  E a minha mãe realmente não desconfiou de nada? Ela não esteve presente quando fizeram a coleta? - perguntou confusa.

- Não, Seu pai conhecia bem a sua mãe, ela sofreu um desmaio quando chegou ao hospital e ouviu que três das crianças que estavam na van haviam morrido, ela só acordou horas depois, você já estava fora de perigo e acordada.

- Ela deve ter sofrido com essa triste notícia, e eu poderia ser uma das crianças mortas, imagino que não foi fácil para nenhuma das mães, estar feliz por seu filho estar vivo e, no entanto, estar tristes pela perda das outras mães.

O pai a olhou de uma maneira estranha, constrangida virou a cara para o outro lado, tentava se recordar se os pais sempre falaram daquela maneira da mãe, ou se começara depois que Héctor entrou em sua vida, infelizmente, puxando pela memória parece que ela que não queria ver o que estava bem na sua cara.

Por que tudo precisava ser sobre ele? Se a mãe estivesse viva, conheceria a história pelo lado dela, e ela poderia se defender e explicar aos pais adotivos que ele fizera uma lavagem cerebral neles, encolheu-se no banco, o homem estava morrendo e tudo só se complicava em sua cabeça.

- "Não deixe ele morrer meu Deus, por Cristo, não o deixe morrer" - pensou exasperada.

— Ele está vivo por um milagre e vamos continuar a orar para o milagre prorrogar durante a cirurgia. Já estou acostumado com milagres, mas se não tivesse presenciado tudo que presenciei na minha vida, não acreditaria no que aconteceu com ele, depois de todo o sangue que ele perdeu, precisamos urgentemente de doador falso o, presente em uma a cada 250 mil pessoas no mundo, espero sinceramente que consigamos porque no banco da cidade não tem.  - disse Eric.

- Se não conseguir? - perguntou Rafael.

- Se não conseguirmos? Na verdade estamos na mesma, espero em Deus que seja da Vontade dEle que ele sobreviva, buscamos o sangue por que é o que me cabe fazer como médico, mas na verdade a situação dele é delicada. — respondeu Eric.

- Eu e ele temos a mesma tipagem sanguínea. Inclusive, ele fez uma doação para mim quando eu era mais nova, embora fosse perigoso na minha idade. - Açucena aproximou-se dos dois, esbaforida. - Meu último check-up foi há pouquíssimo tempo e estou ótima de saúde, mas se você achar prudente, podemos fazer outro.

— Vou solicitar os resultados do seu check-up. Não temos tempo para realizar outros exames, ainda que seja o mais seguro a se fazer, Jefferson você se importa?

- Não, de jeito nenhum, ela está certa. -  disse orgulhoso abraçando-a.

Por pior que fosse sua relação com o pai, ainda que ele não fosse ficar muito tempo solto se realmente tivesse matado Olívia, o que ela já não acreditava com tanta veemência, não podia deixá-lo morrer sem lutar.

- Por favor, me deixe vê-lo antes da cirurgia. - Eric a leva até ele.

- Seja rápida, não temos muito tempo. - ela assentiu entrando no quarto.

— Héctor, eu odeio ver a Samara triste daquele jeito, então trate de sobreviver; não vai morrer agora. — disse sem saber se poderia ouvi-la ou não. — Se você morrer agora, vai parecer que a culpa foi minha, então, por favor, não faz isso comigo. A Samara não vai aguentar viver sem você, ela vai ficar desnorteada, e eu... Bom, eu continuo sendo um pouco orgulhosa, então não vou te dizer o que eu quero falar agora, porque senão você vai achar que pode morrer. Por isso, vou te deixar curioso. É sobre a minha infância, algo que você deixou passar nos seus inúmeros cuidados. Káti pou sou éleipse sto yperprostateftikó rantár sou, káti asynchórito. - Disse a última frase em grego.

— O que você disse a ele? Só peguei a frase grega da conversa, então não precisa ficar nervosa. — questionou Eric ao seu lado assustando-a.

— Algo que você deixou passar no seu radar de superproteção, algo imperdoável. — Repetiu a frase em português, dando conta de que o pai estava inconsciente e não teria como ouvir aquela conversa.

Aliás, ela mesma não sabia o que havia faltado. Ela mesma tinha dificuldades para entender o motivo de ter falado daquela forma, então era bom que ele não tivesse ouvido. Estava emotiva, era isso, o que dizia e fazia não deveria ser levado em consideração nem por Héctor nem por ninguém.

— Ah, Claro! — disse Eric, lançando a ela um olhar de compreensão.

— Avisou para a Sam que ele está vivo? — Açucena abaixou o olhar ao perguntar.

— Ainda não. Ela pensa que ele faleceu. Se dissermos que está vivo e ele morrer na cirurgia, é fazê-la sofrer duas vezes, eu realmente creio que ele vai sobreviver. - disse num tom mais vibrante, ela o encarou. - Sem contar que ela tomou um calmante e vai dormir até amanhã, graças a Deus, caso contrário estaria aqui deixando a mim e ela ainda mais estressados.

- A Samara é muito intensa com essa amizade com o Héctor, eu pensei que ela iria desmaiar no local do acontecido, não acho que ele lhe faça bem e temo que ela se machuque ainda mais. - disse sem pensar, sentiu o olhar de Eric sobre ela, e sentiu-se estranhamente constrangida.

— No início todos nós também temiamos por ela se entregar tanto a essa amizade, mas agora estamos mais tranquilos.

- E como vai ficar a cabeça dela quando eu provar que ele é um assassino?

- Se isso acontecer, não creio que ela vá abandona-lo, você viu o estado que ela ficou ao ler a mensagem que ele enviou ao Rafael.

- Ela ficou descompensada antes mesmo de ler. - mais uma vez falou sem pensar. - "O que está acontecendo com o meu filtro?" - pensou irritada.

- Entendo que para você ele seja um ser humano como outro qualquer, mas para a minha irmã ele realmente é um pai, na vida ela teve duas referências paternas, o William e agora o Héctor, o William praticamente morreu na frente dela, e Héctor está aqui lutando pela vida, mas ainda pensa que esteja morto e pelas mãos do seu próprio biológico exatamente como acontecera com o William. Açucena, o que você faria se fosse o Jefferson aqui no lugar do Héctor? - perguntou a encarando.

Ela colocou a mão na barriga como se sofresse um golpe físico, não precisava pegar tão pesado, ela morreria se seu pai fosse ferido daquele forma.

- Deus que me livre!

- Doutor! - uma enfermeira chamou da porta. - Tudo pronto.

- Ok! Vamos? - ela assentiu o seguindo.

Sim, definitivamente era tudo sobre ele. Já era visto pela família de Samara como seu pai, seus pais o admiravam por que ele saíra do seu mundinho e fora doar sangue para ela, eles agiam como se o Héctor fosse se importar com isso, como se importasse com a aprovação de Eric e sua Família os de seus pais biológicos que não parava de crescer, será que ela era a única que percebia isso? Que ele não ligava a mínima para nenhum deles?

Ela não queria que ele morresse, ficou extremamente abalada, mas não era hipócrita, Obviamente que estranhava o rumo dos acontecimentos, a forma que ele sutilmente entrava na vida de todos, com aquele ar de bom moço incompreendido, e para todo lado que ela virava agora tinha um defensor dele, Luan, Samara, seus pais sinceramente era tão difícil compreender que ela não o queria por perto ou queria?

Açucena ainda tinha esses pensamentos controversos quando finalmente foi liberada após a transfusão, estava cansada física e emocional, só queria ver Luan, ele sempre a acalmava e a fazer se sentir melhor, mesmo quando não concordava com ela.

...

Açucena tinha uma forma estranha de sentir dor e agonia. Tentava se distrair com coisas fúteis, era capaz de sorrir, de viver normalmente, como se algo não estivesse esmagando seu peito, deitou ao lado do Luan na cama de hospital, Jefferson prometera chamá-los ao fim da cirurgia, Eric não liberou a saída de Luan quarto.

Foram horas e mais horas de cirurgia até Jefferson chamá-la para o anúncio de Eric. Héctor estava vivo, ele estava bem, mas como era um paciente difícil para sua melhor recuperação a equipe médica decidiu induzi-lo ao coma por alguns dias.

— E então, como está seu pai? — Luan perguntou assim que ela entrou no quarto, ela deu um suspiro aliviado como se o peso do mundo tivesse saído de suas costas.

Ele era a calmaria no meio de sua tempestade, a única pessoa capaz de fazer com que o camaleão que habitava dentro dela mostrasse sua verdadeira forma. Luan era simplesmente Luan. Ela voltou a deitar no peito dele, aconchegando-se em seus braços.

- Graças a Deus ele está fora de perigo. - repetiu as palavras de Eric. - Me sinto um peixinho criado num aquário sendo forçado a ser lançado no mar. — Disse sem conseguir conter as palavras.

— O peixinho foi criado para o mar e não para ficar preso numa caixa de vidro imune a todos os perigos proporcionados pela natureza. É difícil pensar que você pode virar comida de tubarão, mas você foi criada para isso. Deus está te colocando no mar e não na terra onde você pode morrer sem respirar.

— Ah, Luan! — Aquela exclamação estava repleta de significados.

Significados que ele conhecia, ainda que não os expusesse. Era como se dissesse: 'eu te amo, mas estou quebrada demais para dizer isso com todas as palavras', e ele a compreendia, ele próprio ainda estava quebrado..

— Ah, Açucena! — ele devolveu no mesmo tom.

Era como se dissesse: 'Acalme-se, meu amor. Temos todo o tempo do mundo, embora também queira que você saiba que eu te amo do mesmo jeito', e ela também compreendia, sorrindo fechou os olhos se aconchegando ainda mais nele, e dormiu.

nota da autora.

Vocês me conhecem e sabem o fascínio que eu tenho pela medicina. Embora minha área preferida seja a psiquiatria, separei uma curiosidade sobre a tipagem sanguínea da Açucena e do Hector para vocês.

quando ouvi falar no falso ó pela primeira vez, minha curiosidade acendeu e eu fui logo pesquisando sobre.

Ironicamente, até então, não tinha a menor pretensão de colocar isso num livro.

Porém, todavia, entretanto, assim que o Hector tomou o tiro, foi como se o personagem me dissesse: "Então, eu já sou uma pessoa ferrada. Me ferre mais ainda, por favor..

Eu não vou contar da origem desse tipo de sangue nem quando surgiu, mas vou deixar um trechinho com uma breve explicação do site do Albert Einstein, caso alguém queira ler a matéria completa.

Uma em cada 250 mil pessoas possui um fenótipo extremamente raro de sangue, o Falso O. Essa condição, também conhecida como Bombaim, local onde foi descrito pela primeira vez, faz com que as hemácias do individuo sejam desprovidas dos antígenos ABH normais. A médica Carolina Bonet Bub, da equipe de hemoterapia do Einstein, explica que diferentemente da grande maioria das pessoas, indivíduos “Bombay” não possuem o antígeno “H” comum aos grupos sanguíneos conhecidos (A, B, AB e O). O indivíduo com sangue Falso O acaba tornando-se incompatível com todos os doadores que não sejam “Bombay”.    

Resumo da ópera: nosso querido personagem farmacêutico estaria ferrado se não fosse a Açucena, abrindo mão daquele orgulho ridículo para ajudar o pai. Agora, vamos para os próximos capítulos. Beijos e até breve!

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