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Capítulo 25

- Pelo amor de Deus, Héctor, o Silvio Santos não quis um especial de homenagem para ele antes de morrer para não dar azar, você está praticamente fazendo isso, por que você está tão preocupado com isso a essa altura do campeonato? - Jefferson fez a cena dramática, colocando a pasta na mesa do amigo, que a pegou sem pensar duas vezes.

Em nome da preservação de Samara, Héctor não podia contar com a ajuda dos próprios advogados para preparar aquela documentação. Se algo vazasse, a situação da moça ficaria ainda mais grave, então, pediu ajuda de Jefferson e seus advogados, o veterinário estava fazendo a entrega dos documentos durante uma visita surpresa para a festa preparada para Açucena.

- Nunca se sabe, Jefferson. Eles foram bem pagos para manter a boca fechada?

- Não sei se isso é bom ou não, mas eles têm medo de você, então aceitaram o pagamento, assinaram o contrato de confidencialidade e prometeram não tocar nesse assunto.

- Para algumas coisas, essa fama que eu tenho serve, você não acha?

- Você parece gostar muito dessa fama de monstro, contrariando tudo que eu e a Paola pensamos sobre você.

- Ah, meu irmão. - Jefferson ficou emocionado ao ouvir o apelido pelo qual sempre chamava Héctor quando ambos eram jovens. - Eu avisei que você e a Paola nunca me conheceriam por completo, não avisei? - Batidas na porta Seguiram sua fala.

- Com licença, Héctor, você me chamou? - Semelhante a uma criança assustada, Virgínia adentrou o escritório de cabeça baixa.

- Sim, senta por favor.

- Vou deixar vocês a sós, minha mulher e eu vamos visitar a Açucena. Tem certeza de que não quer nos acompanhar na festa de aniversário dela?

- Absoluta. Ela não me quer na vida dela, Jefferson, e eu não quero ocupar um espaço que já é seu no coração dela. Portanto, vou me contentar em saber que ela está bem, apenas isso. - Após um minuto apenas olhando o semblante um tanto abatido do amigo, o veterinário se retirou contrariado, pensando em mil formas de retrucar a fala de Héctor.

- Tem medo de mim, Virgínia? - Ficou de pé ao lado dela.

- Não sou mais aquela garota que você conheceu, Héctor. Eu não tenho medo de você, mas eu tenho medo de tudo. Medo do meu marido, medo da lembrança da minha irmã, medo de tudo que isso causou para mim. Meu coração é como um ferimento aberto que sangra todos os dias e eu não sei quando essa hemorragia vai parar. Hoje eu estou aqui com você, mas quem sabe como eu vou estar amanhã? No momento em que ele voltar, você vai me colocar de novo nas mãos dele.

Ela chorou. Fez o que ele não conseguia fazer de forma tão intensa e profunda, extravasar todas as emoções. Sem jeito cautelosamente ele a abraçou e aguardou, ela precisava lavar a alma, aos poucos o choro se tornou apenas um fungado.

- Passei 20 anos da minha vida preso, Virgínia. Tenho fama de assassino, tenho de louco, de homem cruel, mas estou longe de te devolver para ele ou deixá-lo te machucar. Ele só vai te tirar da minha casa por cima do meu cadáver. Você foi uma das pessoas que mais sofreu nas mãos da Olívia, nunca teve quem cuidasse de você, todas as vezes que tentou se reerguer, caiu no chão, e eu te entendo por isso. Você parecia pedir ajuda todas as vezes que entrava no meu escritório ou no meu laboratório para limpar. Até hoje eu me arrependo por não ter te visto, talvez as coisas tivessem sido diferentes, e não estou falando na questão de sentimentos por você, mas, - calou-se falar com Samara sobre sentimentos era mais fácil do que com ela.

Certamente se tratava dos sentimentos sim. Mas seria um grande egoísmo de sua parte dizer que deveria ter olhado para ela com outros olhos só porque a irmã o destruiu, como se ela fosse uma ótima segunda opção e estava bem longe de ser a segunda opção para alguém, ele sempre seria a melhor opção, pena que ele não enxergou há tempo.

- Seria tolice da minha parte esperar sentimentos vindos de você, ainda mais nessa situação. - ela o compreendeu errado. - Eu estou meio maluca, mas ainda não enlouqueci completamente. - A frustração despontava de sua voz, e aquilo quebrou seu coração.

- "Por que não consigo falar claramente com ela?" - pensou frustrado.

- Eu posso compartilhar uma reflexão com você? - Ela enxugou as lágrimas e ele concordou. - Você não amou a Olívia, Héctor. Teve muita pena da menina violada pelo pai, que desmaiou na sua porta, sofrendo por um passado triste e precisando da irmã para cuidar dela. Você se enxergou nela de alguma forma, mas ama-la, você nunca amou e vai notar isso quando gostar de verdade de alguém, - abaixou a cabeça tímida - eu não estou falando de paixão, pois não estamos mais em idade disso, mas quando amar, você compreender. - Ele respirou profundamente, olhando nos olhos dela.

- "Eu já compreendi, pois amei a você, mas fui tolo e perdi tudo" - pensou. - Às vezes eu penso que você me conhece melhor do que eu. - Repetiu a mesma frase que costumava dizer quando ambos conversavam, imaginou se ela recordaria.

- É como se eu estivesse em seu laboratório novamente, nós dois jovens e eu cheia de sonhos. - disse triste, apesar do sorriso.

- Agora que você parece melhor, nós precisamos tomar uma decisão muito importante. - disse mudando de assunto. - Virgínia, você precisa denunciar o Caetano. Tem que se livrar desse casamento e desse homem o mais rápido possível. - Ela abraçou o próprio corpo, amedrontada.

- Como se fosse fácil.

- Não é fácil, Virgínia, mas é necessário. Você não está mais sozinha, eu vou te proteger, vou cuidar de você, vou fazer de tudo para que ele não chegue perto de você, mas preciso de respaldo jurídico para isso, afinal de contas, eu estou mantendo na minha casa a esposa de outro homem, depois de tudo que você viveu, não é justo que esteja passando por isso agora. - Ela voltou a chorar. Naturalmente a puxou para seus braços.

- Você acha que a justiça vai ser capaz de me proteger dele? Para todos os efeitos, eu sou a esposa louca do doutor Caetano, a mulher que ele cuida, motivo da amargura dele, então quem vai acreditar em mim? É capaz do escândalo ainda vir para você também por estar me acolhendo.

- Nunca me importei com a opinião alheia quando era jovem e não é agora que vou começar, então comigo você não precisa se preocupar.

- Não sei, Héctor. Estou com medo, muito medo!

- Pense com calma, depois nos falamos. - disse a afastando, no momento exato que Eric entrou no escritório como um furacão, sem bater na porta nem pedir licença, Héctor sentiu o chão fugir debaixo dos pés.

- "Aconteceu alguma coisa com uma de minhas filhas ou com as duas" - pensou alarmado.

- A Samara e a Açucena estão desaparecidas. - Deu a sentença ofegante, provavelmente por ter subido os três lances de escada, Héctor segurou firme Virgínia para que não caísse.

- Ah, meu Deus. - exclamou ela.

- Jessica! - gritou Héctor, a moça entrou correndo. - Cuide da Virgínia. Querida eu volto logo com notícias delas

Sem mais uma palavra, acompanhou o médico para fora do escritório, ouvindo em silêncio o que havia acontecido.

...

Ao anoitecer, na residência de Eric, Açucena ainda não havia se recuperado da crise de riso, enquanto os demais tentavam se recuperar do que aconteceu.

- Será que uma das duas pode me explicar de novo o que aconteceu? - Inquiriu Héctor seriamente.

Não estava na lista de convidados para a festinha surpresa da filha, mas não sairia dali até ouvir uma explicação plausível, talvez pela oitava vez.

- A que o senhor se refere? - perguntou Açucena com deboche.

Talvez não tivesse percebido que estava brincando com ele, tratando-o com a mesma ironia com que agia com os demais.

- Como aquilo aconteceu. É a isso que me refiro. - Samara sorriu, os dois não percebiam o que acontecia. - Agora você também vai começar com a gracinha de ficar rindo?

- Não senhor, desculpe! - Os demais observavam a interação dos três, completamente perplexos, parecia realmente uma família.

- Chama a Cristina Rocha porque agora o barato vai ficar caro. - Brincou Isaac.

- Você não toma jeito. - resmungou Rafael ao seu lado, o amigo apenas sorriu.

- Eu estava pleníssima dormindo na minha cama quando o senhor, o meu pai e o Luan, numa cadeira de rodas, sem contar com o Rafael, apareceram na minha porta perplexos porque eu estava na minha caminha tranquila. Dirija a bronca para sua filha adotiva porque foi ela que saiu da casa dela para ir atrás de mim, sem avisar a ninguém. Eu estava tranquila, quieta no meu canto.

- Isso não é justo! - Samara esbravejou, levantando-se da cadeira. - Eu só fui lá porque estava preocupada, ela que ficou fazendo show querendo ir embora para São Paulo, eu só fui tentar impedir, não mereço bronca, a culpa é dela!

- Nós dois vamos conversar depois em particular quando eu não estiver irritado, porque ainda estou a mil por hora aqui e eu não quero acabar falando coisas que vão me deixar arrependido depois. - a pilha de nervos em que ele se encontrava desde que se deparou com as duas no apartamento era notória até para Açucena.

Uma grande insegurança tomou conta de Samara, o medo de ele deixar de sentir o mesmo carinho por ela, disfarçou a tristeza e ignorou as inseguranças, dizendo a si mesma que ele só estava nervoso e não queria descontar em ninguém, menos ainda nela.

- Sim senhor! - A palavra pai estava entalada na garganta há muito tempo e ela concluiu que aquele não seria um bom momento para isso.

- Você queria voltar mesmo, ir embora para São Paulo? Pretendia nos deixar sem ao menos dizer adeus? - Açucena engoliu em seco diante do olhar decepcionado de Luan.

- Me perdoa, eu não estava pensando direito. - pediu exasperada. - Graças a Deus que a Samara apareceu. Não me olha assim.

- Pensei que fossemos amigos. - disse arrasado.

- E somos amigos. - disse nervosa. - "Para mim, você é mais que um amigo". - pensou triste por ter sido tão tola e egoísta.

- Amigos não se abandonam dessa maneira. - retrucou triste, iria demorar para ele perdoá-la.

- Já não tenho mais nada a fazer aqui. - disse Héctor tirando o foco de Açucena e Luan.

Ele desocupou a cadeira, por maior que fosse o sonho de estar ao lado da filha em um aniversário, concluiu que além daquele não ser o melhor momento por ela ainda não ter afeto o suficiente para isso, ele estava nervoso demais para permanecer no meio de tanta gente, precisava respirar. Além disso, sabia que a razão de Açucena querer ir embora tinha sido ele e não estava bem para ouvir a mesma ladainha de sempre sobre a inocência de Olívia.

- Posso ir lá amanhã para nós conversarmos? - perguntou Samara, sentindo a força do mal-estar dele apenas pela irritabilidade em sua expressão.

- Por favor, Samara, vá. Eu estarei te esperando.

- Me desculpe por ter te deixado nervoso, não queria isso. - O olhar dela ao se desculpar o fez sentir o pior dos homens, até quando queria fazer alguma coisa certa, fazia errado.

- Não estou irritado contigo, só estou muito nervoso para conversar agora, então não se preocupe, - disse tocando seus cabelos - amanhã nos falamos, tudo bem? - Ela concordou, contrariada e preocupada.

Sentindo-se um intruso no meio de todas aquelas pessoas, ele se afastou lentamente, observando o olhar dos gêmeos pousando sobre ele, como se aqueles bebês soubessem que ele era um estranho ali.

Algumas coisas jamais mudariam, e a dificuldade dele para socializar estava entre elas. A socialização exigia simpatia para que a pessoa fosse considerada afável e hospitaleira, tudo que não conseguia ser por uma série de questões.

Não sabia se engajar em conversas animadas como eles, que conseguiam levar até aquela situação, onde momentos antes estavam todos extremamente estressados, como brincadeira depois do ocorrido e de todos estarem bem, talvez isso fosse ser pessoas normais, se preocupam, mas se alegram, pela preocupação ter passado.

Açucena não disse nada mais a ele, não se despediu nem agradeceu, o pai adotivo estava ao seu lado, amparando-a.

- Me desculpem, eu sei que estava errada e estou ainda mais constrangida porque, sem querer, coloquei a vida da Samara em risco, não era para ela ter ido atrás de mim, me perdoe, mana.

- Está tudo bem, você faria o mesmo por mim. - disse sorrindo.

- Vocês prepararam essa festinha com tanto carinho e eu me sinto muito mal por ter estragado a surpresa que o Luan teve tanto cuidado em fazer para mim. - Açucena se retratou tentando minimizar a situação.

- Você errou em fazer isso, minha filha, mas graças a Deus sabe disso e não vai fazer de novo, certo? - Jefferson perguntou e ela assentiu.

- Não mesmo, vocês terão que me aguentar de agora em diante. - respondeu francamente.

- Ótimo! Então não vamos mais perder tempo discutindo. Açucena, nós poderíamos perder tempo brigando com você, pontuando quão imbecil foi essa decisão, mas não vale a pena. - Jefferson continuou.

- Pai, o senhor quer me ajudar ou piorar as coisas para mim? - perguntou Açucena fingindo-se ofendida.

- Tudo para te ajudar minha filha! - disse solenemente, todos sorriram.

- Luan. - disse Açucena se levantando aproximando-se dele. - Vamos esquecer tudo isso e comer do meu bolo?

- Você disse 'bolo' a palavra mágica?

- Estou perdoada?

- Precisamos conversar sobre isso, - sussurrou sério - mas por enquanto vamos pensar no bolo e brigadeiros. - concluiu sorrindo.

Rosa trouxe o bolo, e a festa começou, a pequena Débora fazia uma lambança, colocando brigadeiros em seus cabelos.

- Em nome de Jesus, filha. - Isabela suplicou como se a pequena fosse capaz de compreender.

- Eu vou te recompensar, apenas não fique chateado comigo, por favor!

- Não estou chateado. Só fico pensando em como seria difícil perder você, no quão complicado seria suportar o fato de você ter ido embora sem ao menos se despedir. - ele a encarou. - Eu não quero te perder, Açucena.

As pessoas conversavam animadamente, sem prestar atenção aos dois, apenas Samara afastada os observava, Luan sorriu para ela, desejando que Rafael fosse até ela, suspirou focando na mulher a sua frente, na verdade ele não estava irritado, mas estava verdadeiramente decepcionado.

- Me desculpe, por favor. - tornou a pedir, ele apertou uma das mãos dela com toda a força possível, como se fosse capaz de abraçá-la fazendo isso.

- Só se você me prometer que não vai mais fazer isso e, se for fazer outra loucura parecida, me avisa da mesma forma que você fez com a Samara para eu te impedir também. - Pediu ele com aquele sorrisinho de criança que derretia seu coração.

- Sabe o que é estranho, ela não foi lá em casa por causa da mensagem.

- Como assim? - perguntou intrigado.

- Ela disse que sonhou comigo.

- Vocês duas tem um laço muito forte e especial.

- Isso é verdade, e nós dois também. - disse o encarando. - Eu amei a festa surpresa. - disse beijando seu rosto. - Mais alguma coisa para eu ser totalmente perdoada? - Indagou, sorrindo, observando o olhar dramático dele.

- Aquela cereja que está no meio do seu bolo, eu quero ela. - Uma melancolia tomou conta de Açucena e ela chorou emocionada por tê-lo ali do mesmo jeitinho de sempre.

- Ela é sua e eu te garanto que vou encomendar um caminhão de cerejas da confeitaria para você assim que possível. - Ele voltou a sorrir, e de repente ela percebeu que não havia outro lugar do mundo onde ela quisesse estar.

- Falando sério agora, pessoal, - começou Eric para que todos ouvissem, eu entendo que o celular da Açucena virou história porque caiu no balde e que a Samara já entendeu que não era para desaparecer, então vamos esquecer tudo isso, hoje foi um dia difícil para todos nós.

- Vamos esquecer, mas o acontecido na portaria do prédio, vai ficar na história para a posteridade. - disse Isaac se acabando de rir. - O pobre do Luan sentado na cadeirinha de rodas dele, triste por não poder subir aquelas escadas como um herói de filmes e salvar sua donzela, o Jefferson e o Rafael passaram dez minutos tentando convencer o porteiro a liberar a cópia da chave para vermos se as donzelas estavam no apartamento, eu estava vendo a hora do Rafael sacar a arma e atirar na cara do pobre coitado.

- Eu jamais faria algo assim. - disse Rafael sorrindo.

- Principalmente, por que o coitado só estava reagindo a sua reprimenda de quando invadiram o apartamento da Samara. - lembrou Isaac.

- Eu nem me lembrava mais disso. - sussurrou tímido.

- E aí, depois de todo o drama dos nossos heróis, chega aquele cujo nome não pode ser mencionado para ajudar o coitado do cadeirante que convalescia junto com seus dois companheiros. E gente, o homem chegou com sangue no olho. Confirma aí, Rafael, você que viu a sede por sangue do homem, já que o Luan estava mais preocupado em pegar o elevador na velocidade da luz. - O relato de Isaac foi responsável por suavizar a festa e os ânimos.

- Prioridades, meu caro! - Luan defendeu-se sorrindo. - Eu sei que você sabe bem como é isso.

- Verdade, eu sei mesmo. - concordou apertando a mão de Natália.

- É estranho como estamos começando a conhecê-lo melhor, em outro momento eu teria pensado que ele não se importa com vocês, quando eu disse sobre o desaparecimento de vocês, ele ficou agoniado, mas não fez nenhum estardalhaço a única reação foi ao gritar para que a Jessica cuidasse da Virgínia, ele ouviu em silêncio todo o relato sem mover um único músculo do rosto. - disse Eric.

- Talvez ele realmente não se importe. - disse Açucena.

- Eu acho que você está equivocada. - respondeu Eric. - Quando eu liguei para o Isaac para saber notícias e ele disse que o porteiro não queria lhes entregar a cópia da chave por uma questão de ética, e também porque você tinha pedido para ninguém ter acesso ao seu apartamento sem a sua autorização, por causa do que aconteceu na época do esqueleto da sua mãe, ele ficou furioso mesmo, e apenas levantou e seguiu para o seu prédio. - relatou Eric.

- Eu vou dizer para vocês, - começou Isaac - o Héctor não precisa gritar para discutir com alguém. A fúria no rosto do cara foi tão forte que o porteiro ficou um pouco preocupado, só não sei se ele tem mais medo do Héctor ou da Açucena. - disse rindo.

- Amor! - protestou Natália.

- Verdade amor, o coitado estava apavorado, os dois discutiram por dois minutos, o porteiro nervoso ergueu a voz e ele calmo, como não sei o quê dizendo que ele daria um jeito de entrar no apartamento nem que tivesse que dar um jeito de provocar uma demissão. Foi então que ele tranquilamente ligou para o dono do prédio que liberou a entrada dos heróis, para dar de cara com as donzelas dormindo e igual a bela adormecida, só faltou o beijo. - provocou Isaac.

Isaac observou que Samara estava triste de um lado e Rafael do outro, sorrindo, ele beijou a noiva e foi até o amigo.
...

Albert foi alertado sobre não chegar perto daquele homem, mas não tinha mais o que perder. Estava desacompanhado, suscetível a um ataque. Logicamente, o seguiu sem ser visto, para bem longe da casa de Eric. O delegado estava lá, bem como toda aquela família problemática.

Caetano era um tolo por avisá-lo para não tocar em um simples homem que não era nada além de uma figura importante repleta de dinheiro na conta, como se fizesse dele um homem mais importante, de repente, em um caminho estreito, quase um beco sem saída, ele viu Héctor parar o carro e descer.

- Quer bancar o herói idiota? Não seja por isso! - disse a si mesmo parando e descendo do carro.

Logicamente, que Héctor não cometeria aquela imprudência sozinho, ele percebeu logo que estava sendo seguido, mas decidiu ignorar ainda estava estressado para se preocupar com isso, até que reconheceu o carro do Albert, então antes de parar o carro e descer tratou de enviar uma mensagem sucinta a Rafael, esperando que lesse.

"O Albert está atrás de mim. Avise ao delegado e a uma equipe de policiais para rastrear meu carro e vir ao local, nem ouse vir sozinho. Não tenho tempo para dizer e, por favor, não deixe a Samara saber. Se ela vier atrás de mim e acontecer alguma coisa com ela, é em cima de você que eu vou jogar a minha raiva, e acredite em mim, você não vai gostar disso, e se acontecer alguma coisa comigo, cuide dela com todo o amor que eu sei que você sente por ela, diga a ela que a amo e que não estou com raiva dela"

Ele sabia que não adiantaria nada fazer ameaças a Rafael, afinal de contas Samara tinha vontade e teimosia própria, mas achou prudente alertá-lo sobre os perigos. Talvez, apenas talvez, conseguisse proteger a filha.

Aproximou-se vagarosamente do carro, notando a concentração do outro que também havia descido do carro e o esperava armado.

Em vez de fazer qualquer cumprimento formal, Albert engatilhou a arma. O sorriso de Hector foi como se tivesse encontrado um amigo de infância na maior calma possível.

- "Por essa eu não esperava, mas o que esperar de um psicopata que quer matar a própria filha?" - pensou sorrindo.

- Era justamente o homem que eu queria ver! - comentou Albert sorrindo falsamente.

-Mas você já chega assim para uma pessoa que quer conhecer? Cadê o velho e bom aperto de mão?

- Eu não disse que queria te conhecer, eu disse 'ver'. - disse sarcástico, e mais uma vez Héctor sorriu.

- Verdade, peço desculpas pelo meu lapso de memória, eu não prestei atenção ao que o senhor disse. - retrucou sorrindo.

- Qual o teu problema cara? Eu estou com uma arma apontada para você. - disse furioso.

- Não sei se você tem coragem de atirar, mandar matar não é o mesmo que matar você mesmo, não sei se você compreende a diferença.

- Você é mesmo muito idiota, não é? Qual é o problema dessa cidade contigo? Estou vendo apenas um tolo que se acha esperto.

- Talvez você tenha razão.

- Cansei de falar contigo, mas como sou muito bonzinho, eu vou te explicar porque você vai morrer. - Tentou outra vez.

- Quanta bondade, Albert. Você não vai me matar e quer saber por quê? Você está caçando seus filhos por dinheiro. Sabe que, se me matar, vai preso e, pela minha influência, você vai passar um bom tempo na cadeia. Isso se não for julgado segundo as leis daqui e pegar uma pena de morte. - Albert se enfureceu.

- Está muito marrento para quem vai perder a vida e não tem como se defender. - disse sorrindo.

Héctor tirou a mão que estava para trás, apontando a arma para o outro que palido arregalou os olhos dando um passo para trás.

- Você pensa que é tão fácil assim matar alguém a sangue frio? - perguntou gargalhando.

- Você é um perigo para alguém que eu amo, então é melhor não me testar.

- Não seja ridículo. - disse passando a mão na testa. - Você também não vai ter coragem de me matar pelas mesmas razões que você acabou de pontuar, eu também sou um homem influente e você por mais influente que seja, não vai se livrar da cadeia.

- Já estive preso. Albert, não me interesso nem um pouco pela liberdade, até sinto falta, às vezes, do lugar onde estive preso nos últimos vinte anos. Eu tinha paz, ninguém exigia nada de mim, não tinha imprensa e, às vezes, o silêncio era tão ensurdecedor que eu até ouvia as batidas do meu coração. Acredita? É terapêutico. Sem contar que se eu me livrar de você agora, é muito provável que não sofra uma punição tão severa. Afinal de contas, vou fazer um favor para a polícia. E acima de tudo, livrando seus filhos, se é que você pode ser chamado de pai por alguém, não é mesmo?

- Não me diga que você chegou a uma decadência tão grande que agora é capaz de morrer por uma filha que não é sua? Ninguém sabe que eu estou em Granville. Ninguém sabe que eu vim atrás de você. Então, ninguém vai saber quem foi o autor do seu assassinato. Depois que eu acabar contigo se é que alguém vai vir atrás de você, vou atrás da Samara, posso pegar a sua querida Branca de Neve, que agora você assumiu a paternidade, então não me considero mais pai, posso fazer o que o Caçador não teve coragem de fazer a mando da Madrasta, depois me livro do Bernardo e então como vou estar completamente sem filhos, dou um jeito de sua filhinha ter um comigo. - A vista de Héctor escureceu

No lugar de Albert, por três segundos, teve a visão de Olívia ameaçando matar Açucena. Se era para passar mais vinte anos na cadeia, faria isso pelo motivo certo. Faria algo contra essa pessoa. Na pior das circunstâncias, ficaria completamente sozinho de novo dentro de um presídio, mas Samara estaria livre dele, bem como Açucena não correria mais alguns riscos. Foi pensando nisso que disparou a arma sem pensar duas vezes.

Uma sucessão de tiros teve início sem trégua, como se para os dois fosse matar ou morrer. E se fossem morrer, ao menos levariam o outro consigo.

AO MESMO TEMPO, UM DESVIAVA DAS BALAS DO OUTRO, COMO SE QUISESSEM LUTAR PELA VIDA, EMBORA NÃO FOSSE EXATAMENTE ESSE O INTUITO, E SIM UMA SITUAÇÃO DE AUTOPROTEÇÃO, No caso de Héctor para preservação de terceiros.

- Merda! - Albert exclamou ao receber dois tiros, um em cada perna. Aproveitando a queda do outro, Héctor deixou a arma para trás e iniciou uma luta corporal com ele, que ainda se recuperava, tendo a perna ensanguentada.

Albert parecia se debater e se arrastar enquanto Héctor fazia tudo numa frieza metódica, como se aquilo não o afetasse de forma alguma.

Com o nariz sangrando, pelo menos três costelas quebradas e o corpo todo dolorido, Albert estava quase inconsciente por não ter conseguido se defender como gostaria dos socos certeiros e firmes. Ele estava certo que, por maior que fossem suas chances de lutar, não conseguiria. O outro sabia o que estava fazendo com ele ao machucá-lo.

Antes que sentisse tudo escurecer, ele se aproveitou de um momento de distração de Hector, tomou posse de sua arma e atirou em seu peito de forma igualmente certeira. Albert não teve tempo para vê-lo tombar. Perdeu a consciência antes de vislumbrar os resultados de sua atitude.

Héctor estava certo de uma única coisa, queria ter perdido a consciência ao sentir o tiro, a dor era simplesmente insuportável.

O sangramento interno era muito maior do que o do próprio peito, que já molhava sua camisa, era simplesmente impossível respirar com a quantidade de sangue bloqueando a passagem do ar.

Fechou os olhos e abriu várias vezes esperando que a escuridão o tomasse, coisa que não aconteceu. Algo dentro dele suplicava para que não se mexesse, embora a dor de ficar na mesma posição por minutos também fosse insuportável.

Se sentia como um nadador, nadando um oceano inteiro para chegar à praia e sucumbir à exaustão. Ninguém chegaria a tempo, o máximo que encontrariam era seu corpo ao lado de Albert.

Contava com Rafael para tomar conta de Samara e não deixá-la sucumbir a um luto desnecessário. Quanto a Açucena, bom, ela não era preocupação, não sentia nada por ele além de ranço e pela primeira vez ficou feliz por isso.

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