PRÓLOGO
– "A sua alma é muito bela, minha menina, e eu lhe agradeço. Não há imperador que tenha recebido presente igual! Os anjos choraram esta noite."
Estava em um dos camarins do majestoso teatro municipal e estava a pouco de entrar em cena. Seria uma grande noite. Mais uma grande noite... Não, seria a grande noite! Concentrava-se na fala do personagem, quando ouviu um rangido vindo da porta. Sem se desviar, observa um vulto humano que lhe adentrara e, logo o percebendo, sorri.
Minutos depois se ouviu e se sentiu, abalando toda a estrutura do imponente lugar, um forte estrondo e, em pouco tempo, tudo virou uma balburdia.
O alarme de incêndio ressoou. Calú não se apresentaria naquela noite...
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