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ATO 5 - O FINAL

– Não continuar...  Desistir... Não são pensamentos de um Kara. Não, não pertencem a mim! – Calú proferira para o espelho em um camarim, como se estivesse ensaiando para uma peça futura. Logo, pegou a máscara que lhe fora deixada, a colocou e voltou a dizer, endurecendo mais a voz: – Eu posso ouvir a canção... O fantasma da ópera está aqui!

Seus ouvidos treinados, assim como seus demais sentidos, notaram logo a presença de alguém que não escondera a surpresa por vê-lo ali. Calú virou e se deparou com a Janine que desviou o olhar rapidamente para confirmar o que parecia inacreditável. Calú não estava no próprio camarim... Ele estava no de número 4, o camarim assombrado. Por alguns instantes ficaram sem nada falar ou fazer, até Calú acenar com a cabeça como afirmando, retirar a máscara guardando-a na jaqueta e seguindo para qualquer lugar que Janine preferiu conferir também.

***

– Quatro! Camarim de número quatro! – Falou Calú, sentado em uma mesa num local pouco iluminado, enquanto com uma mão de cartas, na companhia de mais duas pessoas encobertas pelo véu das sombras. – Parece um número qualquer, mas também pode ressaltar um terror fictício.

– Oras, Calú! Mas, o que é isso...

– Número 13, também conhecido e difundido como "o número do azar" – Calú interrompeu o amigo e enfatizou nas aspas. – Aquele número favorito de Jason Vorhees para os seus ataques assassinos.

– Pega leve Calú, eu acho que...

– Quatro é o resultado de 1+3, o número 13 em questão. Terror igual a 13, que é igual a fantasma. Como vocês são criativos – riu Calú.

– Foi apenas uma brincadeira, amigo – falou sério, se escondendo na penumbra. – Talvez fosse melhor nos concentrarmos na peça de hoje à noite agora...

– Ha! – Exclamou em zombaria. – Vocês sabem que não haverá peça nesta noite... Ao menos, não aqui!

– Não sei como o diretor vai aceitar que adiemos e...

– Como não percebi antes? – Ainda rindo, Calú falava como um ébrio, ignorando os amigos. – Objetos sumidos que costumam ser usados por mulheres. Pluma, pente, pote demaquilante, pulseira... Todos com a letra "P"! Encontrados em banheiros e lugares altos.

– Você vai mesmo entrar nessa? – Bob se aproximou da frágil luz que estava no centro da mesa, se revelando, enquanto jogava um "Valete" de paus.

– Fantasma de toga... – riu mais. – Seria mais fácil ter pensado em "togga" com "dois Ps".

Janine suspirou, abaixando sua mão de cartas e perguntou:

– Qual é a sua resposta afinal?

– Acalmem-se, amigos apressados – Calú continuou divertido, voltando a atenção. – As mensagens de desestímulo que eu recebi sabendo que eu jamais iria por esse caminho até que foram engraçadas, mas a mensagem em código morse enquanto todos corriam desesperados pensando num blackout foi a melhor. Logo, a máscara apareceu no meu camarim.

Calú retirou a máscara da jaqueta e a colocou na mesa. Parecia que o objeto atraía toda a iluminação do ambiente e reluzia. Enquanto a fitava, Calú pode rememorar todo o ocorrido até ali, contemplando enfim a prova final daquele mistério fantasmagórico.

Peggy enviava mensagens com frequência para Calú, o que era obviamente recíproco. Mas, a última que recebera o deixara curioso, ainda que não tenha dado a devido importância na época, visto que aconteceu quando todas aquelas brincadeiras começaram. A namorada americana havia dito que estava mais perto dele do que poderia imaginar... Claro que ela gostava de usar de símbolos e metáforas românticas por vezes, mas não parecia tão evidente daquela vez.

Ainda assim, Calú não pensou naquele momento que a própria Peggy estaria por trás de tudo isso... Não sozinha, mas interpretando o papel principal. Objetos sumidos foram com a primeira letra do nome dela, encontrados no local d 'onde Chumbinho a salvara e logo ela conheceu os Karas; o banheiro e nos locais altos que somente uma atleta que pula como um canguru conseguiria alcança-los. Claro que ela teve ajuda dos amigos e companheiros de teatro que estavam ali, naquela mesa, esperando por uma resposta dele. Nosso jovem e belo ator sabia que Peggy tinha um poder grande de convencimento e não estranhava que tivesse feito amizade tão rapidamente. Além disso, Calú estava certo de que Chumbinho, aquele pivete não tão pivete mais, aficionado por tecnologia e fliper, estava ajudando com os "efeitos" de luz, sons, iluminação e mais... O "Código Morse" com os dizeres "O fantasma está aqui" e a toga resplandecente... Ou melhor, togga! Seguindo o código "TENIS-POLAR" dos Karas, trocando as letras conforme as palavras correspondentes e o "I" por "Y", o nome da Peggy se evidenciava. Bob e Janine não sabiam disso, tinha certeza, mas Chumbinho e Peggy pareceram ter tempo suficiente para planejar tudo... E era bom! Estava tudo muito bom! Eles não haviam se esquecido dele.

­– Então... – começou dizendo, ainda contemplando a máscara, com um sorriso nostálgico.

– Então? – Incentivou Bob, mantendo Janine e ele na expectativa.

Calú jogou as cartas na mesa, como um sinal de desistência, e voltou o olhar para a sombra dos amigos; ora se dirigindo para Bob, ora para Janine. Até que disse, após um longo suspiro:

– Vocês já sabem a resposta.

Janine pareceu séria, mas Bob sorriu malicioso. Calú fizera aquela voz fantasmagórica outra vez.

***

Estava novamente em seu camarim, a pouco de entrar em cena. Treinava com afinco suas falas... Mas, não eram mais a de Don Juan:

– "A sua alma é muito bela, minha menina, e eu lhe agradeço. Não há imperador que tenha recebido presente igual! Os anjos choraram esta noite."

Seria uma grande noite. Mais uma grande noite... Não, seria a grande noite, como havia dito e diria novamente! Concentrava-se na fala do personagem, quando ouviu um rangido vindo da porta. Sem se desviar, observa um vulto humano que lhe adentrara e, logo o percebendo, sorri. Era realmente quem esperava. Pensou que esse momento demoraria muito mais para chegar. Calú se aproximou e a abraçou, dizendo:

– Você demorou muito, mas ainda assim está sendo precisa.

Peggy retirou o véu do capuz negro e aproximou os lábios dos de Calú. Mas, o beijo não pôde durar tanto quanto gostariam.

– Temos que ir – alertou Peggy, enquanto guiava Calú para a escuridão seguida pela agitação do teatro.

O blackout no teatro não voltaria tão cedo daquela vez e a peça teria que ser adiada. Chumbinho realmente era um dos mais habilidosos seres que Peggy conhecia. Graças a ele, ela conseguiria brincar de teatro ao lado do rapaz que amava, sem que ninguém suspeitasse quem eram devido às máscaras e maquiagem que usariam.

– Você não precisava aceitar – falou Peggy a Calú, enquanto a caminho. – Mas, confesso que me satisfaz muito pensar que você deixou de interpretar em uma peça tão importante por minha causa.

– Hey – censurou-a Calú. – Não diga nada que não tenha relação com o roteiro. Esta noite, será nossa. Apenas nossa!

Apesar da repreensão, nosso jovem ator se desviou do próprio roteiro e beijou a amada, extravasando toda a saudade que sentira. 

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