Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

VINTE E SETE - CALLIE

Eu ainda não sei como aguento ser amiga da Annie. Ela sempre me aparece com suas ideias malucas e eu não consigo dizer não. A invenção de hoje é que ela quer fazer a festa de hoje com um tema. Mas ela ainda não decidiu qual.

Dormi na casa da Annie o final de semana todo. Acordo esgotada na segunda feira porque nós estamos passando a madrugada falando bobagens há duas noites. E ela parece animada como se tivesse dormido doze horas completas.

– Me deixa dormir mais duas horas! – enterro a cabeça no travesseiro.

– Levanta logo! – ela puxa o meu colchão e eu rolo para o carpete.

– Eu te odeio por isso.

– Quer ficar no chão? Tudo bem. Mas as meninas vão chegar logo e eu preciso de ajuda para te jogar na piscina.

– Você venceu – sento e arrumo meu cabelo. – Preciso de dez minutos e um copo de suco.

– Laranja ou abacaxi?

– Abacaxi.

– Eu volto aqui em três – ela deixa o quarto toda saltitante.

Levanto, vou até o banheiro, jogo uma água no meu rosto, penteio meu cabelo e escovo meus dentes. Eu pareço muito cansada e nem cem horas de sono curariam isso. Eu não paro de perder o sono me preocupando com Noah, em como ele está reagindo ao nosso término.

Abro minha mochila e vejo que não tenho mais roupas limpas. Annie chega nesse momento, deixa o copo na escrivaninha e coloca as mãos na cintura.

– Vamos ter que passar na sua casa também?

– Não, eu estava pensando se você poderia me emprestar só uma camiseta, acho que tenho um short limpo em algum canto – começo a procurá-lo.

– Bom, recolha suas coisas. Depois das compras, eu vou te deixar na sua casa e você só vai entrar aqui depois de um bom banho e um look melhor.

Ela joga uma camiseta para mim.

– Obrigada, Annie – entro no banheiro e fecho a porta.

Troco-me rapidamente e termino de recolher minhas coisas. Desço para a sala bebendo o suco e encontro Jessie e algumas amigas líderes de torcida da Annie – as quais eu converso pouquíssimo.

– Bom dia – digo.

– Pronta? – Annie se levanta e pega as chaves de casa. – Jessie, você vai no carro da Julie. Meninas, o foco hoje é fazer a melhor festa que nossos amigos e colegas já viram.

– E você já decidiu o tema? – Bella aparece e me cumprimenta com um aceno.

– Aloha! Havaí! – ela mexe o quadril como as dançarinas havaianas e nós caímos na risada.

– Vai ser fácil comprar as coisas. Só precisamos de decoração? – aproximo-me dela.

– Aham. Eu já comprei as comidas e bebidas. Chamei até um chefe para fazer uns pratos típicos, mas não contratei garçons porque nós vamos trabalhar!

Eu solto um resmungo enquanto as garotas comemoram.

– Eu não vou colocar aquelas saias de palha! Não mesmo! – deixo claro que não estou disposta a usar algo que pinica muito.

– Não vou te forçar a nada – Annie dá de ombros enquanto as outras garotas dizem que vão usar sem problemas. – Temos que providenciar as saias para vocês e algo bem descontraído para Callie.

– Vamos logo! – Julie nos apressa. – Vamos em três carros mesmo?

– Sim – Bella está na porta, pronta para sair. – Callie vem comigo, Annie fica com Ruby e Alessia, você fica com Jessie e Camila.

Não pergunto pra que isso tudo. Mas é Annie, ela vai comprar qualquer coisinha que achar bonita para enfeitar a festa. Concordamos que a primeira parada é uma loja de decoração de festas e depois vamos ao shopping e nos dividimos.

– Você está bem? – Bella me pergunta assim que tira o carro da vaga.

– Aham.

– Está preparada para vê-lo essa noite?

– Nem um pouco – pego meu celular e confiro as mensagens.

– Aja naturalmente. Mas se não der certo, corra para o quarto de Annie e deixe que eu leve vodca para você – ela pisca para mim e volta sua atenção para o trânsito.

– Obrigada, Bella. Você é uma ótima pessoa.

– Eu que tenho que agradecer a você. Ainda não me perdoei por ter sido má com tantas pessoas e agora eu sinto que tenho que ajudar alguém para me sentir melhor.

– Não era culpa sua.

– Eu sei – ela suspira. – Bom, estou bem agora. Tenho alguém para me apoiar...

– De nada.

Ela ri.

– Não estava falando de você ou da Annie.

Arregalo meus olhos.

– Como assim?

– Ainda é meio cedo para contar, mas eu e Tyler, é que nós estamos meio que namorando. Nada oficial.

– Mas vocês me disseram que não havia nada rolando. – Estou indignada porque não me contaram isso quando perguntei.

– Desculpa, é que Ty não quer espalhar isso ainda – ela tira uma das mãos do volante para consertar o seu cabelo, que voltou a ser castanho. – Eu sei que você não vai espalhar.

Estou chocada. Bella e Ty, quando isso iria acontecer? Só nos sonhos mais malucos dele, provavelmente.

– Callie, você já pode tirar essa sua cara de surpresa e chocada do rosto. – Ela aponta para mim.

– Não consigo! – exclamo. – Eu ainda estou processando a informação.

– Processe rápido, estamos quase chegando na loja e eu não quero ter que inventar desculpas por sua causa.

– Tudo bem, eu vou digerir isso – inspiro fundo e confiro a lista que Ruby nos passou. – Nós temos que comprar os colares havaianos e boias e bolas coloridas.

– Fácil.

– É, muito simples.

Estacionamos em frente ao estabelecimento e descemos ao mesmo tempo que as outras garotas. Só confirmamos o que temos que fazer – que consiste em pegar o que nos foi determinado e levar para Annie pegar – e entramos na loja.

Buscamos pelos colares em todas s seções e só os achamos no fundo da loja, dentro de caixas. Tentamos adivinhar quantos precisamos e acabamos pegando duas caixas – o que deve dar uns cem colares. As bolas e boias estão no nosso caminho até Annie e selecionamos as mais coloridas e tropicais.

– Bella – deixo o que carrego no chão e pego uma peruca rosa –, o que você acha?

– Experimente.

Prendo o meu cabelo e encaixo a peruca na minha cabeça. Ajeito os fios longos e sorrio.

– Gostei – ela ri.

– Acho que vou usar uma dessas hoje. – Recolho minhas coisas. – Rosa ficou bem em mim?

– Aham – ela acena para irmos logo.

Annie nem me reconhece de cara quando eu surjo com a peruca. Ela faz positivo e a arranca da minha cabeça para pagar. As outras garotas chegam logo após nós. Eu e Bella dividimos nossas caixas e levamos para o carro.

Annie: Deu um problema aqui, se você quiserem ir comer alguma coisa e voltar.

Callie: Ok. Mande uma mensagem quando se resolverem aí.

Conto para Bella o que aconteceu e ela aponta para uma cafeteria do outro lado da rua. Nós vamos na direção dela, mas entramos na loja ao lado para vermos biquínis.

– Bom dia, posso ajudá-las? – uma vendedora nos recebe.

– Viemos olhar biquínis – digo.

– Eu quero um maiô novo – Bella especifica.

– Fiquem à vontade para olharem os modelos nas araras, eu estou à disposição para procurar o tamanho de vocês e outras estampas caso o modelo tenha – ela sorri e aponta para o interior da loja.

– Obrigada – Bella e eu dizemos em uníssono.

Eu procuro por algo que me agrade e Bella acha diversos maiôs. Mostra-os para mim, todos ficarão ótimos no corpo dela, ainda mais se ela usar aquela saia ridícula.

– Qual deles? – ela mostra os dois escolhidos no cabide.

– Prove os dois – respondo. – O que você acha desse?

Exponho o biquíni estampado – algo que parece ser plumas e penas mega coloridas – com um pouco de vergonha. Não é algo que eu escolheria, mas parece ser o certo.

– Prove! É o seu tamanho?

Confiro a etiqueta e balanço a cabeça positivamente.

Ela também vai provar o maiô. Nós duas ficamos ótimas com nossas escolhas e Bella acaba pagando o meu biquíni como "uma forma de agradecimento e um presente bem atrasado de aniversário".

– Estou te devendo uma – voltamos para o estacionamento da loja e vemos Annie tentando guardar as últimas caixas.

– Onde vocês estavam? – Jessie surge do nada e percebe as nossas sacolas. – Achei que vocês fossem esperar para comprar no shopping.

– Bom, tínhamos tempo sobrando, então aproveitamos. Aí no shopping poderemos ajudar vocês a escolher algo! – explico nossa ação. – Acabamos aqui? O que falta agora?

– Falta nada! – Annie joga o cabelo para trás e descansa as mãos na cintura. – Compramos tudo o que precisávamos aqui. Agora nós vamos para o shopping fazer compras e almoçarmos.

Depois de três horas procurando uma roupa que agradasse cada uma das garotas, mais quarenta e cinco minutos de almoço e depois vinte minutos para descarregar os carros com as compras, eu finalmente chego em casa para descansar até a hora da festa.

– Mãe, cheguei! – tiro meus sapatos na entrada e tranco a porta.

– Como foi lá? – sua voz vem da sala, acompanhada com risadas dos meus irmãos.

– Foi bom. Hoje tem festa e eu devo dormir na casa da Annie – vou para a cozinha e me sirvo um copo d'água.

– Sem problemas.

Hannah aparece correndo e me abraça.

– Senti sua falta.

– Também senti sua falta, baixinha – inclino-me para beijar seu rosto. – E aí, alguma novidade?

– Mamãe fez bolinhos.

– Sério?

– E eles acabaram. – Seus olhos entregam que eles comeram todos e não deixaram um para mim.

– Mãe, vou querer bolinhos também! – grito e Hannah ri.

Minha mãe entra na cozinha com Alex no colo. Ele está me dando a língua e ela está rindo.

– Eu faço mais quarta. – Ela sorri para mim. – Eu falei que vocês deveriam ter guardado um para a irmã de vocês.

– A culpa não foi minha – Alex cruza os braços, bravo com o sermão da minha mãe.

– Venham cá, vocês dois! – eu peço e eles os fazem.

Abaixo-me e abraço-os com força. Eles tentam se afastar, no entanto desistem e me abraçam de volta.

– Os próximos bolinhos que ela fizer serão meus.

Solto-os e corro para o meu quarto. Deixo eles reclamando sobre isso com a minha mãe – que sabe que eu estou só brincando e ficou com a difícil tarefa de explicar isso para eles.

Jogo-me na minha cama e sinto toda a felicidade se derramar até o chão. Eu não sei se vou conseguir passar dois minutos em pé depois de ver Noah – principalmente se ele aparecer bêbado, coisa que não vai me surpreender.

Eu deveria ligar para Annie e dizer que eu não vou mais. E ficar em casa mofando, imaginando o que Noah e seus novos amigos estão fazendo.

Só que agir assim indicaria que eu sei de alguma coisa. E sei que Noah está enchendo a cara. Sei porque vi e meus amigos me contaram.

Eu não imagino o que se passa na cabeça dele quando ele bebe até cair. Talvez não passe nada e ele faz isso para afastar seus pensamentos. Bêbados não podem amar nada além da bebida, pois o amor foi feito para os sóbrios, feito para gente que processa as informações e não se importa caso doa um pouco.

O jeito que ele me olhou sexta feira era como se ele pudesse ler toda a minha dor, mas preferisse não comentar. Ele estava longe mesmo estando a metros de mim. Surpreso e machucado, assim como eu quando o vi de pé. Eu esperava uma ressaca para ele... e então Noah estava de pé e bem.

Preciso parar com isso.

Tomar as dores dele para mim para tentar amenizar a minha culpa no meio disso tudo. Nem a notícia de que Mike foi levado para a delegacia semana passada sob diversas acusações me fez esquecer o que aconteceu entre eu e Noah.

Eu guardei segredos dele e coloquei significados demais em pequenos detalhes da minha vida. Minha vontade é fazer as malas e me mudar para o mais longe daqui. Eu não sei quanto tempo mais vou aguentar. Ainda há como pedir uma transferência, porém eu não posso fazer isso com a minha família. Eles acham que agora está tudo bem, mas não está.

Está cada vez pior e dolorido e carregado de culpa.

E eu não sei como lidar. E nem decidi se quero bater de frente com os meus problemas. Parece tão fácil deixar eles me cobrirem até eu esquecer que eles existem, sendo que eles terão tomado conta de mim.

Eu faço o que Annie me recomendou. Tomo um banho bem longo para ficar mais do que limpa – ela disse que um bom banho pode renovar os pensamentos e levar as dores ralo abaixo – e começo a me arrumar quase duas horas antes da festa começar.

Maquio-me muito bem para esconder as duas cicatrizes que Mike deixou no meu rosto – eu não sei como alguns socos puderam deixar cicatrizes, mas tudo bem – e visto o meu novo biquíni. Ele cai bem em mim e fica melhor ainda quando eu experimento a peruca rosa.

– Você precisa de carona? – meu pai aparece na porta do quarto.

– Não, tudo bem, eu vou andando.

– Não quer nem pegar o carro?

Eu não tenho o costume de dirigir. Tirei a carteira faz alguns meses, mas eu não imploro pelo carro dos meus pais.

– Não pai, eu vou ficar bem. – Passo confiança para ele. – Devo dormir na casa da Annie, o carro é desnecessário.

– Se divirta – ele sorri e sai.

Prendo o meu cabelo e coloco a peruca. Ajeito-a para que se acomode perfeitamente e não me incomode. Visto um short jeans e um quimono de franjas preto. Olho a totalidade do look no espelho e me impressiono. Ficou bom e quase não dá para me reconhecer.

Confiro se peguei meu celular e minha chave de casa. Aviso aos meus pais que estou indo e saio. Tenho um longo caminho para percorrer sob o pôr do sol. Alguns moradores me encaram quando me veem com a peruca rosa e dão de ombros. Devem pensar que eu sou louca.

Corro nas últimas duas quadras até a casa de Annie. Jessie abre a porta para mim – usando um biquíni verde e a saia de palha – e manda eu entrar porque Annie está brava comigo.

– O que eu fiz dessa vez? – subo para o quarto dela.

– Se recusou a usar uma saia – ela sai do quarto. – Olha só como isso fica ótimo!

– Não, muito obrigada, eu prefiro isso daqui – aponto para o meu corpo. – E essa peruca, óbvio. Estou pensando em pintar meu cabelo dessa cor.

– Não faça isso, eu imploro – ela me abraça. – Vem, vamos descer, temos algumas coisas para terminar de organizar.

Encontro as outras garotas – biquíni e saia de palha é o novo uniforme – e nós ajudamos Annie. Colocamos as boias na piscina, acendemos as luzes e tochas no quintal, conferimos se o som está funcionando perfeitamente e separamos quem vai entregar os colares havaianos e quem ia ajudar a servir logo no começo da festa.

– Callie, você quer fazer o que? – Ruby pega um punhado de colares.

– Me passe alguns colares.

– Tudo bem.

Eu e ela vamos para a porta esperarmos os convidados. Bella nos serve suco de abacaxi com hortelã e desaparece. Ruby me pergunta se eu estou bem, aproveita para confirmar se ela está legal com aquele figurino e até tenta me convencer de cantar um pouco hoje.

– Acho que não vai dar certo. Aloha! – digo para quem chega e entrego colares. Ruby faz o mesmo. – É meio complicado.

– Ah, entendo. Aloha!

Eu agradeço por ela não fazer mais perguntas.

Meus colares acabam e eu vou na dispensa pegar mais. Encho a minha mão para levar alguns para Ruby e volto correndo. Ninguém mais chegou enquanto eu estava fora, dá tempo de eu entregá-la os colares e tomar meu lugar.

– Aloha! – ela exclama para os próximos que chegam. – Sejam bem vindos.

– Obrigado – um garoto que eu desconheço, e aparenta ser mais velho, pega seu colar e deixa os amigos fazerem o mesmo.

– Aloha! – eu ajudo um dos amigos dele a colocar o colar. Ele me encara por causa da peruca. – Fique à vontade.

– Pode deixar – ele sorri e libera o caminho.

Noah para na minha frente e eu congelo. Os colares caem da minha mão e eu me abaixo para pegá-los. Droga, droga, droga. Noah faz o mesmo.

– Deixa eu te ajudar – ele diz com as suas mãos esbarrando nas minhas.

– Noah, não precisa.

Ele congela assim como eu. Não acredito que essa peruca me deixou irreconhecível. Ele deve estar bêbado, não tem outra explicação. Encaro-o. Ele não parece bêbado, não parece alguém que bebeu – ainda.

– Callie – ele me chama, mas eu o ignoro e fico de pé.

– Aloha! – digo sem emoção alguma, porque encurralei tudo o que eu estou sentindo no fundo do meu estômago. – Aproveite a festa.

Ele se abaixa para que eu coloque o colar nele. Minhas mãos estão tremendo e eu faço o que posso para me controlar. Quando meus dedos passam perto do seu cabelo, eu sinto saudades de enterrar as minhas mãos naquela confusão no meio dos nossos beijos. Tenho que prender a respiração ao chegar no seu pescoço.

Ele me olha mais uma vez e sai do caminho.

Quando ele me dá as costas, eu respiro fundo. Ruby percebe e me abraça.

– Sinto muito, Callie – ela só me diz isso.

Eu engulo as lágrimas e volto a fazer o que devo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro