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VINTE E DOIS - NOAH

Callie me disse que passaria no hotel para me ver hoje. Cada minuto dessa quinta feira, aguardo até que ela passe pela porta com um sorriso no rosto e a tal surpresa que ela falou. Jackie fica me zoando por isso.

Quando dá três horas e quarenta e dois minutos, Callie chega, mas eu não vou até ela porque estou fazendo as perguntas padrões a um hóspede que está deixando o hotel. Ela aguarda no final da bancada e aponta para mim quando Jackie pergunta se ela precisa de ajuda.

– Tenha uma boa viagem e volte sempre! – digo para o hóspede quando ele se afasta. Callie corre até onde estou.

– Bom te ver – ela pisca para mim. – Trouxe bolinhos e café.

– Noah não pode comer no trabalho – Jackie anuncia.

– Trouxe para você também, Jackie, acho que acertei sua preferência – ela sorri vitoriosamente. – Posso roubar Noah por alguns minutos?

Ela nos olha como se sentisse inveja e faz um sinal de positivo.

Eu levo Callie para o lobby e indico um sofá para ela se sentar. Eu me junto a ela e pego meu café. Ela coloca o que comprou para nós na pequena mesa de centro e deixa na sacola o que é para Jackie.

– Qual a surpresa?

Ela me olha como se dissesse "Sério, Noah?".

– Bom, eu te trouxe comida, isso era a surpresa.

– Obrigado – beijo sua bochecha.

– É a sua última semana aqui, não é?

– Aham – mordo um bolinho.

– Semana que vem, nós temos planos?

– Muitos – eu me seguro para não contar o que planejei para nós.

– Minha agenda está livre para você, Noah Young – ela me beija. Seus lábios tem gosto de café com chocolate e seu cabelo cheira a brisa do mar. – Por favor, me conta o que nós vamos fazer.

Sorrio e me afasto bem devagar.

– Terá que esperar para saber.

– Não é justo.

Rio de sua expressão decepcionada e a beijo novamente.

Terminamos de comer e eu volto para o balcão. Jason não pode me ver sem fazer nada, senão ficará reclamando. Callie entrega para Jackie a sacola com o que trouxe para ela e se apoia no balcão.

As duas iniciam uma conversa enquanto atendo um hóspede que pede dicas sobre o que fazer pela cidade. Ele não parece ter mais que a minha idade, então indico lugares que eu costumo ir com meus amigos. Ele agradece e deixa o hotel.

Estou preenchendo minha papelada diária quando alguém encosta no balcão e pergunta por mim.

– Noah Young trabalhando, deve ser um milagre. – Eu reconheço a voz antes mesmo de olhar. É Mike.

Levanto meus olhos e confirmo. E ele está olhando para Callie do outro lado do balcão. Ela está assustada e surpresa.

– Como posso ajudá-lo? – tento ser cordial e não perder a compostura.

– Eu queria saber como você ainda está com aquela vadia – ele aponta para Callie discretamente. – Sabe, vocês estão juntos a quase um ano e isso é muito tempo perdido com ela.

– Desculpe, mas eu não posso ajudá-lo com isso.

– Como não, Noah?

– Eu vou ter que pedir para você se retirar.

– Bem educado da sua parte, mas isso é um país livre.

– Desculpe, senhor, mas você precisa se retirar – Jackie diz com autoridade. Eu vejo que ela está com o dedo indicador no botão que aciona a segurança.

– Você pode me mostrar a saída? – Mike aponta para mim.

Eu olho para Callie antes de decidir algo. Ela acena com a cabeça para que eu vá.

Saio de trás do balcão e fico ao lado de Mike, entre ele e Callie, mais especificamente.

– A saída é naquela direção – pelo lugar por onde você entrou, completo em minha mente.

– Eu tenho mais uma coisa para resolver antes de ir. – Ele me joga para longe com um empurrão e se aproxima de Callie. – Como foi a viagem, vadia?

– Mike, vá embora – ela diz com a voz embargada pelo choro amedrontado que segura.

– Me responda.

Eu não sei como consigo, mas fico de pé rapidamente e empurro Mike para longe dela.

– Ciúmes, cara? – ele se levanta como se nada tivesse acontecido.

– Fique longe de nós – eu ordeno. Callie está bem atrás de mim e ela segura a minha mão.

– E se eu não quiser?

– Eu vou ter que te obrigar.

Ele ri com deboche.

– Noah Young acha que vai conseguir proteger a namorada do antigo namorado de verão dela.

– Noah, não escute ele – ela diz num sussurro.

– O que você disse, Callie? – Mike se aproxima. – Ele sabe sobre nós?

Nós? Como assim? Nada do que ele diz parece fazer sentido, contudo sinto que minha raiva foi substituída. O que Mike disse me desconcertou, não consigo saber o que pensar, muito menos dizer. Olho para Callie em busca de ajuda.

– Mike, me deixe em paz – ela se coloca na minha frente e o encara. – Eu estou cansada disso, eu não sou um boneco para você brincar.

Ele toca o cabelo dela, que lhe defere um tapa no rosto. Ele recua.

– Você está mais forte, isso é bom para o Noah e ruim para mim.

– Mike, vá embora antes que eu chame a polícia – ela insiste.

– Nós temos contas para acertar.

– Você não tem nada para fazer aqui – eu admiro como a minha voz sai alta, clara e confiante. – Você pode discutir isso em outra hora e outro lugar.

– Só porque é o seu trabalho, Noah? – ele ri.

– Se é um assunto particular, não acho que devemos tratá-lo aqui.

Olho ao redor. Alguns curiosos estão nos observando.

– Callie, Callie, Callie – ele não parece irritado ou constrangido com a situação. Ele gosta do que está provocando. – Você fez com que nós realmente ficássemos no passado. Você se esqueceu das festas? Dos nossos momentos na praia? Dos beijos?

Sinto meu sangue esquentar quando as imagens se formam na minha cabeça. Minha mandíbula está cerrada e minhas mãos coladas na lateral do meu corpo. Seguro-me ao máximo para não fazer nenhuma loucura.

– Mike, você deveria esquecer isso. – Ela diz. – Você sabe o quanto eu odiei cada momento ao seu lado. E não é porque as coisas entre nós foram horríveis que você tem o direito de fazer isso com o Noah.

– Você que não tem esse direito – ele aponta o dedo bem na frente da cara dela. – Você que estragou tudo e eu que tenho que fingir que foi tudo ótimo?

– Preciso lembrar mesmo de detalhes? De quanto você me destruiu?

– Já chega – eu puxo Callie para perto de mim. – Mike, cara, você precisa ser adulto o suficiente para superar isso logo e deixá-la em paz.

– Noah, você já namorou antes? Sabe como é ter seu coração partido?

– Cala a boca, Mike. Você nunca namorou para se sentir amado, você faz isso porque quer se sentir poderoso – Callie rebate.

– Você que deveria calar a boca – ele vem irado na nossa direção e eu me coloco na frente. – Saia da frente, Noah.

– Vá embora, Mike. Só dê a volta e vá. – Eu encaro o chão porque se eu levantar meus olhos e tiver a oportunidade de socá-lo, eu o farei.

Ele parece me ouvir. Desiste do que quer que estava pensando e anda para longe de nós, em direção a porta. Mas para no meio caminho e se vira.

– Ah, Callie, quase esqueci de perguntar. Foi bom beijar o meu primo?

Eu ouvi direito?

– Callie, do que ele está falando? – pergunto e esboço uma risada nervosa.

Mike só está te provocando, Noah. Nada disso é verdade.

– Noah, eu posso explicar – ela agarra minha camisa. – E eu juro que não foi culpa minha.

– O que? Você beijou o primo dele? – instantaneamente, passo a não me sentir muito bem.

– Conta pra ele, Callie. Parece que você tem paixonites pelos Sloan. – Mike provoca.

– Noah, olhe pra mim – ela segura meu rosto com suas mãos trêmulas. – Eu não beijei o primo dele, foi ele que me beijou, e eu nem sabia que eles tinham algum parentesco. – Ela parece bem surpresa por isso. – Eu juro para você.

Não consigo acreditar. Callie esteve com outro. Isso não pode ser verdade. Minha cabeça começa a doer.

– Callie... – Afasto as mãos dela de mim.

Mal consigo respirar.

– Você estragou tudo – ela vai até Mike e o soca no peito múltiplas vezes. Ele sente prazer nisso, em vê-la assim, desprotegida e destruída. Eu não consigo me mover.

– Ei, Young. Como se sente ao saber que ela só estava com você para me esquecer?

Sinto o ar ir embora de vez. Não me lembro de decidir ir em direção a Mike e socá-lo no rosto. Porém me sinto bem ao fazê-lo. E meu corpo pede por mais.

– Noah! – Callie grita e corre para me impedir de atacar Mike, que está caído no chão e escondendo o rosto com as mãos.

– Seguranças! – Jackie grita em algum canto da recepção. A realidade parece tão distante de mim.

– Noah! – Callie me empurra para longe de Mike. – Por que você fez isso?

Eu fiz isso por nós. Eu fiz isso por você? Eu sinto raiva de Callie por um instante. Eu fiz isso por mim. Eu nem sei mais quem é você.

– Eu não sei. – Respondo me afastando dela. Tudo que sinto agora é repulsa.

– Young, para o meu escritório, agora! – Jason grita.

– Noah, nós precisamos conversar – Callie segura a minha mão. Eu mal consigo olhá-la. Os seguranças estão tirando Mike do chão e eu não me concentro direito.

– Eu falo com você mais tarde – digo. Mas sei que não vou conseguir fazê-lo.

Abaixo a cabeça e caminho até a sala de Jason antes que as coisas piorem.

Explico a Tyler o que houve, controlando a voz para não gritar e me segurando para não quebrar alguma coisa. Quando termino, ele apenas fica olhando para mim, intrigado.

– Se ela falou que foi o cara que a beijou, qual o problema? – não acredito que ele está mesmo me perguntando isso.

– Como vou saber se o que ela está dizendo é verdade?

– Ela gosta de você. Não mentiria assim.

– Antes de tudo, ela não me falou nada. Mike foi quem contou. Ela só tentou arrumar o que ele disse. Ainda tem o fato de que ela mentiu sobre Mike. Sempre que eu perguntava qual o problema dele, ela só dizia que ele é maluco, que não era problema nosso... – Tento com muito esforço respirar de maneira controlada.

– Ela deve ter tido suas razões para não contar sobre Mike. Eu meio que entendo. Em seu lugar, eu também esconderia. – Ele tenta fazer graça. Apenas reviro os olhos. – E daí, Noah? O lance com Mike foi antes de você.

– Será? – estive tentando não pensar nisso, mas agora é tarde. – E se... E se eles estavam juntos todo esse tempo? – sinto uma sensação de repulsa percorrer meu corpo. – É claro. Por qual motivo Mike tentaria arranjar briga comigo aquela vez na educação física? Então Callie o socou. Estava com medo que ele contasse e depois se sentiu mal por isso. – Sacudo a cabeça ainda sem querer acreditar. – Como pude ser tão idiota?

Meus olhos começam a arder. Passo a mão pelo rosto e respiro fundo. Não irei ceder às lágrimas.

– Talvez ele estivesse apenas dando uma de ex-namorado que não aceitou o término e decidiu importunar o atual da garota? – Tyler sugere. Ele apoia o queixo na mão e olha para mim, fulminando-me. – Eu acho que você está sendo um idiota agora.

– Me explique àquela vez na casa da Annie! – Fico de pé. Meus punhos fechados. Sinto a mesma raiva que senti quando as palavras de Mike fizeram sentindo na minha cabeça. – Eles estavam juntos.

– Você está vendo coisa onde não tem, cara.

– Ela nem deve ter caído.

– Nós vimos Mike empurrá-la, Noah! Vimos o horror no rosto dela.

Ele está certo quanto a isso. Mas como posso ter certeza? Callie querendo que eu esquecesse toda confusão, Mike provocando...

Escorrego para o chão, meus momentos com Callie enchendo minha cabeça. Seu sorriso quando me via, o jeito que me olhava, que fazia com que eu me sentisse importante. Como me fazia bem sempre que estávamos juntos.

Por que isso aconteceu?

– Por que nós estávamos juntos, afinal? – pergunto-me em voz alta.

– Como é que é? – Tyler me faz lembrar que ele ainda está aqui.

– Antes de Callie, poucos sabiam meu nome. Eu era apenas o garoto do violão. – Mal reconheço minha própria voz. – Então, de um dia para outro, Callie Lewis sorri para mim.

– Não, não, não. – Tyler se agacha na minha frente e aponta para mim. – Você não vai fazer isso. – Não quero encará-lo. – Você não vai transformar todas as coisas boas que tiveram em mentira. Tudo foi real. O jeito que ela te olha... Não tem como ser fingimento, Noah. Pare com isso.

Pressiono minha cabeça na parede atrás de mim e expiro com força.

– Eu não consigo acreditar que fiz tudo por essa garota, Tyler.

Ele se senta ao meu lado com as pernas esticadas.

– Você tem que ouvi-la. Não agora. Você está de cabeça quente e seria estupidez. Mas quando estiver melhor...

– Não. – Não o deixo terminar. – Não quero ouvir mais nada que ela tem para me dizer.

– Não seja idiota.

– Não, Tyler. Estive sendo idiota por tempo demais. Acabou.

– Se não conversarem, isso nunca vai acabar. – Ele se levanta. Foco apenas em seus pés que vão em direção a porta. – É só o que tenho para te dizer, Noah. Xingar, gritar, bater... Nada disso irá te ajudar.

Levanto a cabeça a tempo de vê-lo sair do meu quarto.

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